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Guias e Dicas
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Biotecnologia II aplicações e tecnologias, Manuais, Projetos, Pesquisas de Biotecnologia

CAPÍTULO 1 Técnicas e análises de biologia molecular

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2019
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Compartilhado em 23/08/2019

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ALESSANDRA NEJAR BRUNO
1
Reagente I (detergente)
Reagente II (sal de cozinha)
Água destilada
Álcool etílico (92%) gelado
Faca
Placa de Petri
Proveta
Tubos Falcon (50 mL)
Funil
Papel filtro
Bastão de vidro
Banho-maria
Freezer
Protocolo de aula prática: extração de DNA de
amostras biológicas: morango
CAPÍTULO 1
Técnicas e análises
de biologia molecular
BIOTECNOLOGIA II
APLICAÇÕES E TECNOLOGIAS
Material (reagentes, vidrarias e equipamentos):
Morango
Aula prática de extração de DNA - 1
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1 ALESSANDRA NEJAR BRUNO

Reagente I (detergente) Reagente II (sal de cozinha) Água destilada Álcool etílico (92%) gelado Faca Placa de Petri Proveta Tubos Falcon (50 mL) Funil Papel filtro Bastão de vidro Banho-maria Freezer

Protocolo de aula prática: extração de DNA de

amostras biológicas: morango

CAPÍTULO 1

Técnicas e análises

de biologia molecular

BIOTECNOLOGIA II

APLICAÇÕES E TECNOLOGIAS

Material (reagentes, vidrarias e equipamentos): Morango Aula prática de extração de DNA - 1

2 BIOTECNOLOGIA II

Procedimentos:

Misturar, em um tubo falcon, 8 mL do reagente I e 8 g do reagente II, completando com água destilada até 40 mL. Aqueça a solução em banho-maria a 60°C. Picar com a faca, em uma placa de Petri, um morango em pedaços pequenos. Adicionar a amostra (morango) na solução aquecida. Aquecer a solução por 10 minutos em banho-maria a 60°C. Resfriar rapidamente a mistura colocando o frasco no freezer por aproximadamente 15 minutos (precipitação do DNA). Coar a mistura com um papel filtro, recuperando o filtrado em outro tubo falcon. Adicionar álcool etílico gelado ao filtrado, deixando o etanol escorrer pela parede do vidro. Observar a formação de fios esbranquiçados. Estes fios correspondem aos ácidos nucléicos, DNA e RNA (e açúcar). Luvas de látex Banho-maria Microcentrífuga Micropipetas Microtubos autoclavados Ponteiras para micropipetas autoclavadas Swab ou cotonete Solução tampão de extração/lise Solução de clorofórmio:álcool isoamílico (24:1; v/v) Álcool etílico 70% Álcool etílico absoluto (a -20°C, ou isopropanol, soluções acetatos de sódio ou amônio) Solução tampão TE (Tris e EDTA) Papel toalha Aula prática de extração de DNA - 2

Protocolo de aula prática: extração de DNA de

células da bochecha

Material:

4 BIOTECNOLOGIA II

Luvas de látex Material vegetal Balança analítica Banho-maria Microcentrífuga Micropipetas Microtubos autoclavados Ponteiras para micropipetas autoclavadas Solução tampão de extração/lise CTAB Solução de ß-mercaptoetanol Solução de clorofórmio:álcool isoamílico (24:1) Álcool etílico absoluto (a -20°C (ou isopropanol ou soluções acetatos de sódio ou amônio) Álcool etílico 70% Solução tampão TE (Tris e EDTA) Papel toalha Aula prática de extração de DNA - 3

Protocolo de aula prática: extração de DNA de

vegetais

Material:

Procedimentos:

Adicionar 500 mL de solução tampão CTAB e 5 mL ß-mercaptoetanol (1% de volume do tampão, p.ex. 10 mL em 1 mL) em um microtubo de 2 mL e aquecer em banho-maria a 60-65°C. Pesar 100 mg de material vegetal, de preferência fresco, e transferir ao microtubo com tampão de extração pré-aquecido. Macerar o material com auxílio de um bastão de vidro. Fechar o microtubo e misturar bem o material macerado com a solução tampão. Incubar as amostras em banho-maria, a 60-65°C, por 15 minutos, agitando ocasionalmente o microtubo para manter o material vegetal ressuspendido. Retirar o microtubo do banho-maria e esperar que a mistura atinja a temperatura ambiente. Adicionar 350 mL de solução de clorofórmio:álcool isoamílico. Fechar o microtubo e misturar manualmente por inversão. Centrifugar a 13.000 rpm, por cerca de 7 minutos, a temperatura ambiente, para separar a fase orgânica da aquosa.

5 ALESSANDRA NEJAR BRUNO

Remover a fase aquosa (fase superior) para um microtubo novo, previamente identificado, com auxílio de uma micropipeta. Evitar pegar resíduos da fase orgânica e interface. Repetir a etapa com clorofórmio:álcool isoamílico mais uma ou duas vezes, levando em consideração que as repetições podem tornar a amostra mais pura, porém com maiores perdas de DNA. Adicionar RNase a uma concentração final de 100 mg/mL e incubar a 37°C por 30 minutos. Essa etapa é opcional e contribui para aumentar a pureza da sua amostra (remoção RNA). Adicionar 500 mL álcool etílico absoluto ou 150 mL de isopropanol, ambos a -20°C. Misturar suavemente até visualizar o DNA. Centrifugar a amostra a 13.000 rpm, por cerca de 7 minutos. Descartar o sobrenadante, vertendo-o por inclinação do microtubo (cuidado para não perder o DNA). Caso o precipitado se solte, repita a centrifugação por 5 minutos. Lavar o DNA (o DNA não deve estar escuro em uma boa preparação) com 300 mL de álcool etílico 70%, por 5 a 10 minutos, e após centrifugar a amostra por cerca de 7 minutos, a 13. rpm. Caso o precipitado se solte, repita a etapa da centrifugação por 5 minutos. Descartar o sobrenadante, vertendo- por inclinação do microtubo (cuidado para não perder o DNA).

10 11 12 13 14 15 Deixar os microtubos abertos com as amostras de DNA para que o etanol evapore, por 24 h a temperatura ambiente ou por 24 h a temperatura ambiente ou por 1 hora em estufa a 37°C. Após a total evaporação do álcool, ressuspender o DNA em 50 ml de tampão TE e deixar a 4°C por 24 h. A amostra pode ser então armazenada a - - 20°C.(freezer) até seu uso. 16 17 Associe as soluções de 1 a 5 a suas respectivas funções nas extrações de DNA. Resposta: (5); (3); (2); (1); (4); Calcule a quantidade de DNA extraído e o índice de pureza das amostras 1 e 2 analisa das por espectrofotometria. Qual amostra apresenta maior quantidade e qualidade de DNA? Resposta: Amostra 1: Concentração do DNA: 190 ng/μL; Pureza: 1, Amostra 2: Concentração de DNA: 325 ng/μL Pureza: 1, Melhor: amostra 2 AGORA É A SUA VEZ

7 ALESSANDRA NEJAR BRUNO

Fazer o mesmo procedimento para cada amostra de DNA extraído ou PCR. Tampar a cuba de eletroforese e ligar a corrente elétrica. Observar a posição dos polos. O eletrodo negativo deve ser o mais perto das amostras, pois os ácidos nucléicos por terem carga negativa migram em direção ao polo positivo. Obs. Não é possível ver os fragmentos de DNA migrando por serem incolores, mas estima-se a migração das amostras pelo corante azul de bromofenol do tampão de amostra. Após cerca de ___ minutos de migração (o tempo depende da amperagem liberada pela fonte, tamanho da cuba, concentração do gel e tamanho dos fragmentos de DNA), desligar a corrente elétrica. Retirar o gel da cuba e colocar sob o transiluminador de luz UV para a visualização dos fragmentos de DNA (bandas).

10 11 12 13 Nos dois alelos (a) e (b) representados abaixo, indique o local de anelamento dos primers 5’-GCCTCT-3’ e 3’-GGATCC-5’ e os tamanhos dos fragmentos amplificados por PCR, em pares de base (pb). Resposta: Local de anelamento marcados: (a) ....5’- AGGCCTCTAGCTAGCTAGCTAGCTAGCTAGCTAGCTAGCTCCTAGGTTCGAT -3’.......... ....3’- TCCGGAGATCGATCGATCGATCGATCGATCGATCGATCGAGGATCCAAGCTA -5’.......... Tamanho dos fragmentos: 44 pb (b) ....5’- AGGCCTCTAGCTAGCTAGCTAGCTAGCTAGCTAGCTAGCTAGCTAGCTAGCTCCTAGGTTCGAT -3’.... ....3’- TCCGGAGATCGATCGATCGATCGATCGATCGATCGATCGATCGATCGATCGAGGATCCAAGC- TA -5’.... Tamanho dos fragmentos: 56 pb AGORA É A SUA VEZ Leia sobre sequenciamento de DNA no artigo “Sequenciamento de DNA: decifrando o manual de instruções dos seres vivos” de André Luis Fachini de Souza1, Liziane Cristina Campos Brusamarello acessandohttp://media.wix.com/ugd b703be_836b6eacd07540a2b8ed918cf7d64d2a.pdf Para obter mais informações sobre o Projeto Genoma Humano leia os dois artigos disponíveis em:

  • http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/4322/n/dez_anos_de_genoma_humano
  • https://www.ufrgs.br/bioetica/genoma.htm

8 BIOTECNOLOGIA II

  1. A figura abaixo representa uma eletroforese em gel de agarose. Analise o gel e determine o genótipo e o fenótipo dos 11 indivíduos amostrados. Resposta: 1: CD, doente; 2: AC, doente; 3: AA, “normal”; 4: AB, “normal”; 5: AB, “normal”; 6: BC, doente; 7: BC, doente; 8: BC, doente; 9: AB, “normal”; 10: BD, “normal”; 11: BB, “normal”.
  2. A figura a seguir representa um gel de eletroforese em poliacrilamida que indica o diag- nóstico de uma determinada doença monogênica autossômica recessiva...... A partir dessas informações, indique qual o genótipo e o fenótipo dos indivíduos A, B e C. Resposta: A: heterozigoto, “normal”; B: homozigoto para o alelo normal, normal; C: homozigoto para o alelo mutante, “doente”. AGORA É A SUA VEZ

A B C

As variações genéticas podem ter impactos diretos na vida das pessoas. Pelo estudo dos genes que afetam a saúde dos indivíduos é possível buscar o diagnóstico precoce de doenças, tratamentos adequados e a melhoria da qualidade de vida da população. Além disso, estes podem ser utilizados na avaliação pré-natal, no aconselhamento genético de casais, e no teste do pezinho. Um exemplo interessante está descrito no artigo “O gene da intolerância à lactose” de Renata Palacios e Marcos Edgar Herkenhoff, disponível em: http://media.wix.com/ugd/ b703be_4cfdcc3e914e427c918ff768bdf3ac1a.pdf O desenvolvimento de testes de diagnóstico genético-molecular tem tido impacto direto na medicina, possibilitando a identificação dos genótipos dos indivíduos para diversas mutações. Enquanto a detecção de algumas alterações permite o diagnóstico correto de doenças genéticas, outras são caracterizadas apenas como fatores de risco para doenças complexas. O artigo abaixo discute as consequências destes testes sobre os pacientes e na sociedade: http://blog.newtonpaiva.br/pos/wp-content/uploads/2013/04/PDF-E6-FARM21.pdf

10 BIOTECNOLOGIA II

CAPÍTULO 2

Cultivo de

células animais

1.1. Link para texto sobre células-tronco 1.2. Link para mais informações sobre oncogenes 1.1. Link para texto sobre cultivo celular Acesse o site http://www.ghente.org/ para encontrar informações atuais e contextualizadas sobre assuntos como células-tronco, terapia gênica, farmacogenética, nanobiotecnologia e patentes biotecnológicas http://www.infoescola.com/genetica/oncogenes/ http://www.laben.ufscar.br/metodos-utilizados/cultura-celular (disponível em 16/09/2013) É possível observar rapidamente se uma cultura está confluente pela cor do meio no interior da garrafa de cultivo? Resposta: Sim. Com o crescimento das células, os nutrientes do meio de cultura vão sendo consumidos e os produtos do metabolismo dessas células são liberados no meio, reduzindo o seu pH. Como o meio de cultura contém o indica- dor de pH vermelho de fenol, a coloração mais alaranjada indica que houve redução do pH desse meio e, portanto, a cultura está com uma alta confluência. AGORA É A SUA VEZ

11 ALESSANDRA NEJAR BRUNO

Protocolo para o repique de células aderentes

Procedimentos:

Observações:

  • Levar ao fluxo laminar pipetas de vidro autoclavadas, gazes autoclavadas, pipetas de vidro autoclavadas e garrafas novas e deixar 20 minutos sob a ação constante da luz UV.
  • Levar o meio de cultura acrescido de soro ao banho-maria a 37°C.
  • Observar as células ao microscópio e, caso seja observada aproximadamente 80% de confluência, prosseguir com o processo de repique.
  • Remover o meio de cultura da garrafa de cultivo celular com o auxílio de uma pipeta de vidro.
  • “Lavar” as células adicionando aproximadamente 5 mL de meio de tampão fosfato estéril 1X (PBS).
  • Remover o meio de lavagem com pipeta de vidro ou Pasteur.
  • Adicionar solução de tripsina/EDTA em quantidade suficiente para cobrir totalmente as células.
  • Aguardar aproximadamente 5 minutos e fechar a tampa da garrafa para a retirada do fluxo.
  • Levar a garrafa ao microscópio para observação das células. Caso as células ainda estejam aderidas, colocar a garrafa na estufa durante mais 5 minutos.
  • Quando as células começarem a se soltar, adicionar meio de cultura suplementado com soro com o dobro do volume adicionado de solução de tripsina, cuidando para não deixar nenhuma gota no gargalo da garrafa.
  • Suspender novamente as células (aspirar e soltar o volume da garrafa com as células em suspensão), cuidando para não fazer espuma.
  • Fechar a tampa da garrafa e observar ao microscópio se as células estão individualizadas.
  • Levar as células novamente para a estufa de CO2 abrindo levemente a tampa da garrafa. Para esta prática, você precisará de fluxo laminar, luvas (de preferência sem talco), microscópio invertido, estufa de CO2, pipetas de vidro autoclavadas, micropipetas, ponteiras pequenas, meio de lavagem de células (tampão fosfato- PBS), tripsina, meio de cultura acrescido de soro, garrafa de cultivo celular nova, álcool 70%, gaze.
  • Este protocolo pode ser utilizado para um grande número de células aderentes. Entretanto, as particularidades das células que estão sendo utilizadas devem ser consideradas, como o tipo de meio de cultura adequado, o tipo de soro e sua concentração.
  • É preciso saber o volume de meio de cultura que é normalmente utilizado nas garrafas de cultivo de acordo com o tamanho dessas garrafas. Na tabela a seguir, há algumas dicas de volume.

13 ALESSANDRA NEJAR BRUNO

  • Suspender novamente as células no meio de congelamento, de modo que haja aproximadamente de 106 a 107 células em 1 mL desse meio.
  • Deixar esses criotubos por 30 minutos no freezer.
  • Transferi-los para o ultrafreezer (à -80°C), mantendo-os por aproximadamente 24 horas.
  • Em alguns casos, você pode armazenar em nitrogênio líquido com os devidos rótulos de identificação.
  • Retire as células do nitrogênio líquido e coloque-as em banho-maria à 37ºC.
  • Descontamine o criotubo externamente usando álcool 70% e coloque-o no fluxo laminar.
  • Despeje o conteúdo do criotubo em um tubo de centrífuga com 10 mL de meio de cultura com soro.
  • Centrifugue a 200 g por 5 min.
  • Despreze o sobrenadante e suspenda novamente as células em 2 mL de meio de cultura com soro.
  • Feche as garrafas e identifique-as com nome, data e passagem (P).
  • Incube na estufa de CO2 à 37ºC.
  • Para as células aderentes, troque o meio de cultura 24 horas depois do congelamento para a retirada do crioprotetor e das células mortas.
  • Observe as células diariamente. Protocolo para o descongelamento de células

Procedimentos:

Para essa prática você precisará de centrífuga, estufa de CO2, fluxo laminar, álcool 70%, luvas, meio de cultura acrescido de soro, pipetas, tubos de centrífuga e garrafas estéreis. 1.4. Link para texto “avaliação do processo de esterilização por autoclavagem utilizando indicadores biológico e químico, da unesp http://www.unesp.br/pgr/pdf/autoclave.pdf

14 BIOTECNOLOGIA II

1.5. Link para capítulo sobre cultivo celular da escola politécnica de saúde joaquim venâncio http://www.epsjv.fiocruz.br/upload/d/capitulo_5_vol2.pdf 1.1. Procedimento para a limpeza dos materiais

Procedimento:

  • Os materiais que entraram em contato prévio com culturas devem ficar em, contato em média 3 horas no hipoclorito de sódio 2%.
  • Enxague o material com água da torneira.
  • Coloque em uma bacia plástica o detergente (p. ex., o detergente comercial Extran®) na porção de 1 a 5 % da quantidade de água que for colocada na bacia (cerca de meia tampa para 10 L de água).
  • Deixe o material de molho por no máximo 2 a 3 horas.
  • Escove o material com uma escova usada apenas para esse fim. Retire muito bem o detergente do material (por dentro e por fora) com água corrente da torneira e escove até não ver mais a formação de nenhuma bolha de sabão.
  • Continue escovando, desta vez com uma nova escova usada apenas para a lavagem desse material (este passo é muito importante).
  • Passe sete vezes em águas deionizadas (para a retirada do excesso de íons) por períodos de 30 minutos, sendo que a oitava vez será feita com água, por também no mínimo meia hora (a fim de retirar parte da matéria orgânica).
  • Seque na estufa todo o material e guarde em um armário para posterior autoclavagem.
  • Acondicione os materiais e vidrarias sob condições especiais para cada tipo e, em seguida, efetue a autoclavagem sob pressão a 121°C por 20 minutos. Para essa prática você precisará de centrífuga, estufa de CO2, fluxo laminar, álcool 70%, luvas (de preferência sem talco), meio de cultura, soro fetal bovino, solução de tripsina, DMSO (Dimetilsulfóxido), ultrafreezer, nitrogênio líquido, pipetas estéreis, tubo de centrífuga e criotubos. Existem várias maneiras e processos para a limpeza e esterilização dos materiais e vidrarias utilizados na cultura de células. A seguir é apresentado um exemplo de procedimento para esse fim.

16 BIOTECNOLOGIA II

CAPÍTULO 4

Tecnologia

do Cultivo de

Microrganismos

1.1. Alguns dos bancos de cultura existentes no brasil:

  • Fundação André Tosello, Coleção de Culturas Tropical (CCT), Campinas, SP (www.fat.org.br)
  • Secretaria de Agricultura e Abastecimento, Coleção de Culturas IBSBF do Instituto Biológico, Campinas, SP (www.biologico.sp.gov.br)
  • Instituto Oswaldo Cruz, IOC/FIOCRUZ, Rio de Janeiro, RJ (www.fiocruz.br)
  • Coleções Científicas - Coleções Microbiológicas, Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, SP (www.ial.sp.gov.br)

17 ALESSANDRA NEJAR BRUNO

CAPÍTULO 5

Bioinformática

e biologia de

sistemas

Link para o NEBcutter: http://tools.neb.com/NEBcutter2/ Identifique variações entre sequências nos sítios de corte para enzimas de restrição utilizando a ferramenta NEBcutter. Qual é o padrão de fragmentos formado pelo corte das enzimas nas sequências 1 e 2? De que maneira é possível diferenciar as duas sequências utilizando as enzimas? Resposta: Sequência 1 CTGGCTGCCCTGTACTGCCTACTGTGGAGTTTCCGAACCTCCGCTGGCCACTTCCCTCGAGCCTGTGCCTCCTCCAAGAGCC- TGACGGAGAAGGAGTGCTGCCCGCCCTGGGCGGGCGATGGGAGCCCCTGTGGCCGGCTCTCAGGCAGGGGCTCCTGCCA- GGACGTCATTCTGTCCAGGGCACCACTCGGACCTCAGTTCCCCTTCACGGGGGTGGACGACCGCGAGTCTTGGCCCTCCA- TCTTTTATAACAGAACCTGCCAGTGCTTTAGCAACTTCATGGGATTCAATTGCGGAAGTTGTAAGTTTGGATTTAGGGGACCCC- GCTGCACAGAAAGGCGACTTTTGGTGAGAAGAAACATCTTTGATTTGAGTGTCCCAGAGAAGAACAAGTTTCTTGCCTATCT- CACTTTGGCAAAACATACCACCAGCCCAGACTACGTCATCCCCACGGGCACCTATGGCCAAATGAATCATGGAACAACACCCC- TGTTTAATGACGTCAGTGCTTACGACCTCTTTGTCTGG AGORA É A SUA VEZ

19 ALESSANDRA NEJAR BRUNO

Sobre o programa Medusa e outros programas desenvolvidos para lidar com redes biológicas O Medusa é o programa desenvolvido para a visualização de redes IPP de mais simples utilização e está disponível gratuitamente no endereço https://sites.google.com/site/medusa3visualization. Apresenta uma interface amigável e é bastante intuitivo, tornando a sua utilização facilmente executável até mesmo para o usuário sem qualquer experiência. Este software trabalha no ambiente Java e foi desenvolvido especialmente para lidar com dados do STRING. Você pode utilizar o Medusa para abrir diretamente o arquivo salvo no STRING. Isso permite a visualização da rede, bem como sua manipulação, usando os diferentes algoritmos presentes no programa. Um software bastante completo para lidar com redes biológicas é o Cytoscape. Ele é um programa mais completo, porém mais complexo que o Medusa. É disponibilizado gratuitamente no endereço http://www.cytoscape.org/. Muitas vezes as redes de interação são utilizadas para se obter respostas funcionais acerca do sistema que estamos estudando. Entretanto, devemos ser cuidadosos com as conclusões que tiramos a partir de medidas topológicas da rede, como conectividade, clusterização e centralidade. Principalmente quando trabalhamos com redes pequenas. Uma estratégia interessante é utilizar a estrutura topológica da rede IPP para projetar dados funcionais sobre o sistema em estudo como, por exemplo, se os genes que você está estudando estão mais ou menos expressos em uma determinada condição biológica. A partir da visualização da topologia da rede IPP podemos projetar sobre a rede dados referentes ao comportamento biológico daquele processo bioquímico. O programa ViaComplex foi desenvolvido exatamente para este fim. O ViaComplex é um software livre que está disponível gratuitamente no endereço http://lief.if.ufrgs. br/pub/biosoftwares/viacomplex/, onde constam também os manuais e alguns exemplos. Da mesma forma que o Medusa, o ViaComplex trabalha no ambiente Java, apresenta uma interface amigável e é bastante intuitivo. O programa apresenta, dentre as suas funcionalidades, análises de topologia customizadas (Landscape analysis – custon model). Nele, você pode carregar os dados de expressão gênica sobre a topologia da rede IPP e gerar um gráfico de cores mostrando quais porções da rede encontram-se os genes mais ou menos expressos. Além de dados de expressão gênica, é possível utilizar o programa projetar virtualmente qualquer tipo de informação funcional sobre redes biológicas. As técnicas apresentadas neste capítulo podem ser executadas em um computador pessoal comum e são de fácil execução mesmo para quem nunca teve contato com ferramentas de bioinformática.

A) Como acrescentar informações funcionais à minha

rede IPP?

Para saber mais:

20 BIOTECNOLOGIA II

Entretanto, caso você queira se especializar no tema, é conveniente desenvolver algum conhecimento em programação, principalmente na linguagem R. O R é considerado um ambiente de programação, o qual é cada vez mais utilizado em diversas áreas do conhecimento. Possui um funcionamento que envolve tanto funções básicas, quanto pacotes compactados para a execução de tarefas complexas. A partir do download do ambiente, o usuário tem acesso a pacotes básicos, os quais vêm instalados no programa e são capazes de executar funções que vão desde matemática básica a análises mais complexas. A partir daí, o usuário pode efetuar o download de pacotes específicos para os mais diversos fins. O número de usuários do R é crescente e envolve principalmente as comunidades acadêmicas de diversas áreas. Como se trata de um ambiente aberto e gratuito, diversos usuários disponibilizam seus próprios pacotes, os quais podem ser utilizados por qualquer indivíduo. Dentre os diversos repositórios responsáveis por organizar e distribuir os pacotes de R estão o Cran (do inglês, the Comprehensive R Archive Network - http://cran.r-project.org/) e o Bioconductor (http://www.bioconductor.org/). O Cran é o repositório oficial do R, onde é possível efetuar o download do ambiente. Já o Bioconductor é um repositório voltado especialmente para pacotes utilizados em ciências biológicas. Dentre as incontáveis vantagens do R, encontram-se a vasta documentação bem como a grande quantidade de funcionalidades alcançada pela disseminação de pacotes gerados por usuários em todo o mundo. De fato, é possível encontrar pacotes em R para a execução de virtualmente todas as análises estatísticas conhecidas. Ademais, além das análises estatísticas, diversos pacotes lidam com informações gráficas, de modo que é possível organizar um fluxo de trabalho que vai desde a tabulação dos dados, passando pelas mais variadas análises, até a geração dos gráficos finais. Tudo dentro do mesmo ambiente de trabalho. Outra grande vantagem do R é o fato de ser de livre acesso para qualquer pessoa. Talvez a maior desvantagem esteja na necessidade de uma razoável familiarização com linguagem de programação, não sendo o R tão intuitivo como softwares de linguagem mais alta. Entretanto, a já citada documentação disponível ajuda o usuário a avançar na utilização deste ambiente. O R está disponível para todos os principais sistemas operacionais.