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Biossegurança em centros DE BELEZA.pdf, Manuais, Projetos, Pesquisas de Estética

Biossegurança em centros DE BELEZA.pdf

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2021

Compartilhado em 05/05/2022

Mary-Hbrandt
Mary-Hbrandt 🇧🇷

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UNOPAR BIOSSEGURANÇA EM CENTROS DE BELEZA
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em centros de
beleza
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Biossegurança

em centros de

beleza

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Tomedi, Danieli Juliani Garbuio

ISBN 978-85-522-0303-

  1. Biossegurança. 2. Saúde pública. I. Albanese, Silvia Paulino Ribeiro. II. Título.

CDD 363.

Garbuio Tomedi, Silvia Paulino Ribeiro Albanese. – Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018. 168 p.

T656b Biossegurança em centros de beleza / Danieli Juliani

© 2018 por Editora e Distribuidora Educacional S.A. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Editora e Distribuidora Educacional S.A. Presidente Rodrigo Galindo Vice-Presidente Acadêmico de Graduação Mário Ghio Júnior Conselho Acadêmico lberto S. Santana Ana Lucia Jankovic Barduchi Camila Cardoso Rotella Danielly Nunes Andrade Noé Grasiele Aparecida Lourenço Isabel Cristina Chagas Barbin Lidiane Cristina Vivaldini Olo Thatiane Cristina dos Santos de Carvalho Ribeiro Revisão Técnica Simone Nunes Pinto Editorial Adilson Braga Fontes André Augusto de Andrade Ramos Leticia Bento Pieroni Lidiane Cristina Vivaldini Olo

Editora e Distribuidora Educacional S.A.^2018 Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João PizaCEP: 86041-100 — Londrina — PR e-mail: editora.educacional@kroton.com.br

Unidade 1 | Noções microbiológicas das mãos___________________________

Seção 1 - Princípios de microbiologia__________________________________ 1.1 | Introdução à microbiologia_______________________________________ 1.2 | Células procarióticas e eucarióticas_________________________________ 1.3 | Formação de biofi lme e esporulação________________________________ 1.4 | Microbiota residente e transitória___________________________________ Seção 2 - Higienização das mãos____________________________________ 2.1 | Contexto histórico da higienização das mãos_________________________ 2.2 | A importância da higienização das mãos_____________________________ 2.3 | Impacto da higienização das mãos sobre as microbiotas residente e transitória____________________________________________________ 2.4 | Técnica de higienização das mãos__________________________________ 2.5 | Produtos recomendados para a higienização das mãos__________________ 2.6 | Outras recomendações para a higienização das mãos__________________

Unidade 2 | Doenças infectocontagiosas e legislação em biossegurança___

Seção 1 - Biossegurança ___________________________________________ 1.1 | Introdução à biossegurança no embelezamento e imagem pessoal ________ 1.2 | Legislação da biossegurança no Brasil_______________________________ 1.3 | Risco biológico_________________________________________________ 1.4 | Vírus ________________________________________________________ 1.5 | Bactérias_____________________________________________________ 1.6 | Protozoários____________________________________________________ 1.7 | Fungos________________________________________________________ 1.7.1 | Micoses superficiais____________________________________________ 1.7.2 | Onicomicose________________________________________________ 1.7.3 | Helmintos___________________________________________________ 1.7.4 | Artrópodes___________________________________________________ 1.8 | Risco químico_________________________________________________ 1.9 | Risco físico___________________________________________________ 1.10 | Risco ergonômico _____________________________________________ 1.11 | Acidente de trabalho com material biológico_________________________ 1.12 | Equipamentos de proteção individual ______________________________ 1.13 | Utilização de luvas de procedimento não estéril______________________ Seção 2 - Doenças infectocontagiosas_______________________________ 2.1 | HIV _________________________________________________________ 2.2 | Hepatites virais________________________________________________ 2.3 | Hepatite B____________________________________________________ 2.4 | Vacina da hepatite B_____________________________________________ 2.5 | Hepatite C____________________________________________________ 2.6 | Embelezamento e biossegurança__________________________________

Unidade 3 | Esterilização, desinfecção e limpeza em centros de beleza____

Seção 1 - Mecanismos de controle de infecção em centros de beleza______ 1.1 | Conceitos básicos utilizados nos processos de controle de infecção________ 1.2 | Classifi cação de artigos__________________________________________ 1.3 | Mecanismos de controle de infecção _______________________________


Seção 1 - Princípios de microbiologia__________________________________





Seção 2 - Higienização das mãos____________________________________








Seção 1 - Biossegurança ___________________________________________

















Seção 2 - Doenças infectocontagiosas_______________________________








Seção 1 - Mecanismos de controle de infecção em centros de beleza______




Sumário

7 10 10 12 20 24 27 27 28 31 33 37 38

45 48 48 49 50 51 51 52 52 53 55 55 55 56 57 58 59 59 63 65 65 67 68 68 69 70 77 80 80 82 86

Atitudes biosseguras são indispensáveis nos serviços de saúde no qual o Embelezamento e Imagem Pessoal estão inseridos, por abordar medidas de controle de infecção para proteção dos profissionais e dos clientes, e também na importância da preservação do meio ambiente no descarte dos resíduos dos serviços de saúde.

Ao procurar um Centro de Embelezamento o cliente busca por beleza e bem-estar, deste modo contrair infecção por fungos, vírus ou bactérias está longe das suas expectativas. Por esta razão, os profissionais devem comprometer-se com a saúde e segurança do cliente que confia seu bem-estar ao profissional ao atendê-lo.

Verificar a ausência das boas práticas nos Centros de Embelezamento pode estar relacionado muitas vezes a falta de capacitação dos profissionais que não tiveram oportunidade de adquirir conhecimentos ao longo da sua formação. Ressalta-se que existem poucas publicações sobre o tema Biossegurança no Embelezamento e Imagem Pessoal.

Esperamos que esta obra venha atender os objetivos inicialmente propostos suprindo as necessidades dos estudantes do curso de Embelezamento e Imagem Pessoal, bem como contribuir para a prática diária na profissão escolhida, que procurem alternativas para a melhoria das condições de trabalho e assim colaborem com a redução das ocorrências de acidentes de trabalho e doenças relacionadas ao mesmo.

A proposta deste livro é trazer informações necessárias para realização das boas práticas em biossegurança e no controle de riscos e infecções, para que estes riscos possam ser amenizados e prevenidos com a devida implementação dos conhecimentos adquiridos, com compromisso em prestar um serviço de qualidade.

Apresentação

A importância da higienização das mãos é descrita historicamente desde 1847, quando o médico húngaro Ignaz Philipp Semmelweis estabeleceu o procedimento como protocolo no Lying Hospital em Viena, sob sua direção, após observar que tal medida estava diretamente relacionada com a diminuição dos índices de febre puerperal naquela época. Atualmente, as técnicas mais eficazes são estabelecidas por órgãos importantes como Ministério da Saúde e Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Além de ser um procedimento simples e acessível, tem um grande impacto na prevenção de infecções.

Seção 2 | Higienização das mãos

Abordaremos nesta unidade de ensino alguns conceitos da microbiologia. Os profissionais de Centros de Embelezamento estão constantemente em contato com microrganismos capazes de causar agravos à saúde dos indivíduos, portanto, conhecer quais são os principais microrganismos e como ocorre a contaminação é tão importante quanto saber preveni-las.

Todos nós, seres humanos, possuímos uma microbiota residente natural, ou seja, microrganismos que colonizam nosso sistema, mas que em condições normais não nos causam qualquer doença, porém, em algumas situações, carregamos em nossa pele a microbiota transitória, a qual é constituída por microrganismos patogênicos e causadores de doenças.

Diante disso, a higienização das mãos torna-se um dos meios mais eficazes e menos dispendiosos para prevenção de infecções. Por esta razão, a Organização Mundial da Saúde desenvolveu algumas diretrizes sobre como esse procedimento deve ser implementado nos serviços de saúde.

Além disso, a área da embelezamento tem apresentado um crescimento constante e, mais do que somente possuir as competências e habilidades necessárias inerentes à profissão, é necessário prezar pela segurança e saúde dos profissionais, dos clientes, e da coletividade como um todo.

Portanto, na Seção 1, abordaremos alguns conceitos celulares básicos, como a estrutura das células procariontes e eucariontes, e especificamente das bactérias, vírus e fungos, tendo em vista que são os principais microrganismos transmissores de infecções. Na Seção 2, estudaremos as técnicas corretas de higienização das mãos, o impacto de adotar esta rotina nos Centros de Embelezamento e quais as soluções mais eficazes na prevenção de infecções cruzadas.

Introdução à unidade

U1 - Noções de microbiológicas e higienização das mãos 11

gerados pela atividade do homem por meio do desenvolvimento da biotecnologia.

Para saber mais Leia o artigo que aborda os benefícios dos microrganismos na área de embelezamento, intitulado: Toxina botulínica tipo a no tratamento de rugas: uma revisão de literatura. Disponível em: <http:// publicacoesacademicas.fcrs.edu.br/index.php/mostracientificafarmacia/ article/view/1271/1038>. Acesso em: 10 de out. 2017.

O advento da descoberta dos microrganismos apresentou um importante papel na compreensão dos mecanismos de transmissão e prevenção de doenças, fato que se tornou possível graças ao uso de microscópios que permitiram a ampliação dos organismos impossíveis de serem vistos a olho nu. Destacamos aqui o pesquisador Anton van Leeuwenhoek (1632-1723), que foi o primeiro homem a observar o universo dos microrganismos por meio do microscópio simples. Entretanto, apesar do grande avanço para a época, Leeuwenhoek ainda não havia conseguido relacionar os microrganismos às causas das doenças.

No século XIX, o cientista francês Louis Pasteur, por meio de seus experimentos, conseguiu demonstrar a presença dos microrganismos em locais como a matéria não viva, os sólidos, os líquidos e o ar. A importância dessa descoberta influenciou diretamente na busca por técnicas de descontaminação que são utilizadas até os dias de hoje. Os estudos de Pasteur também contribuíram de maneira fundamental para o desenvolvimento de uma das principais técnicas utilizadas na conservação de alimentos, conhecida como pasteurização, que consiste no aquecimento do alimento, seguido do seu resfriamento súbito.

Os experimentos de Pasteur, de certa forma, permitiram relacionar os microrganismos como possíveis causadores de doenças. Nessa época, as doenças infecciosas foram grandes responsáveis pela alta taxa de mortalidade, pois muitos tratamentos foram descobertos por meio de tentativas e erros cometidos nos experimentos, porém, para outras, não havia tratamento eficaz. Assim, os estudos acerca da microbiologia continuaram se desenvolvendo, e um dos mais

12 U1 - Noções de microbiológicas e higienização das mãos

importantes acontecimentos foi a descoberta da causa da febre puerperal pelo médico húngaro Ignaz Semmelweis, em 1860, que relacionou a higienização das mãos como forma de prevenção da mortalidade de mulheres após o parto. Entretanto, foi somente em 1876 que o médico alemão Robert Koch correlacionou, por meio de uma sequência de experimentos, os microrganismos como os causadores de doenças. Posteriormente, em 1884, Joseph Lister realizou estudos sobre o impacto da higienização prévia da pele do paciente na redução da infecção do sítio cirúrgico. Ainda hoje observamos que algumas das principais doenças, tanto do homem como de outros animais e plantas, são causadas por microrganismos. Portanto, para uma melhor compreensão a respeito desses seres, apresentaremos a seguir algumas de suas principais características. 1.2 Células procarióticas e eucarióticas Os microrganismos representam formas de vida muito pequenas, invisíveis a olho nu, sendo somente visualizados por meio de microscópio, e uma das principais classificações desses organismos refere-se ao tipo celular. De uma forma geral, todas as células vivas podem ser classificadas como procarióticas ou eucarióticas. Essa nomenclatura tem origem grega, Pro : antes e Karyon : núcleo; Eu: verdadeiro e Karyon : núcleo. Os microrganismos procariontes são representados, principalmente, pelas bactérias, enquanto vírus, algas, fungos e protozoários representam os eucariontes.

Questão para reflexão Quais as diferenças básicas entre as células procarióticas e as células eucarióticas?

As células eucarióticas apresentam tamanho maior em relação às procarióticas, além de apresentarem maior complexidade estrutural devido à presença das organelas celulares e a organização do DNA em múltiplos cromossomos e compartimentalizados no núcleo celular. Além disso, as células procarióticas são formadas basicamente por estruturas externas à parede celular, pela parede celular propriamente dita e por estruturas internas à parede celular. Na figura a seguir, podemos

14 U1 - Noções de microbiológicas e higienização das mãos

à fímbria, porém, mais longos e em menor quantidade e que também exercem papel de ligação com a superfície. Além disso, as bactérias ainda podem apresentar os flagelos, como estrutura essencial em sua locomoção. Membrana celular: realiza a delimitação do contorno celular e estabelece a fronteira entre a célula e o meio extracelular, ou seja, o meio externo à célula. É responsável pelo transporte de nutrientes e outros componentes necessários ao metabolismo celular, bem como excreção de produtos e metabólitos, sendo constituída principalmente por proteínas e fosfolipídios. Apresenta em seu conteúdo, organelas como os ribossomos. Citoplasma: corresponde a um fluido existente entre as membranas do núcleo e da membrana celular, no qual estão inseridas as organelas e substâncias essenciais ao bom funcionamento da célula. Nucleoide: as células bacterianas, principais representantes dos organismos procariontes, não apresentam material genético delimitado por um envoltório nuclear. Seu material, denominado nucleoide, consiste em um único e grande cromossomo circular onde está contido o material genético, principalmente DNA. Alguns tipos de bactérias, possuem moléculas de DNA secundárias, chamadas plasmídios, que suplementam as informações contidas no cromossomo. Conforme citamos anteriormente, destacamos as bactérias como as principais representantes dessa classe. Esses microrganismos são unicelulares, ou seja, apresentam uma única célula, e podem apresentar-se de diversas formas, sendo as mais comuns, os cocos (Figura A), os bacilos (Figura B), e espiraladas (Figura C), ilustrados na figura abaixo.

Fonte: adaptado de Brooks, 2001, p. 49.

Figura 1.2 | Formas de apresentação das bactérias

A B C

U1 - Noções de microbiológicas e higienização das mãos 15

Os cocos são redondos e podem apresentar algumas variações, com formas ovaladas, alongadas ou achatadas em uma das extremidades. Algumas bactérias, em forma de cocos, podem permanecer unidas umas às outras no momento de sua divisão celular, surgindo assim, os cocos aos pares (diplococos), cadeias (estreptococos) e cachos (estafilococos).

Fonte:<https://www.istockphoto.com/br/foto/neisseria-gonorhoeae-bact%C3%A9rias-gram-negativas-que-causam-a-gonorreia- gm872562310-243720578>; https://www.istockphoto.com/br/foto/streptococcus-pneumoniae-gm160808739-22816383; <https://www.istockphoto.com/br/foto/ou-superbug-staphylococcus-aureus-resistente-%C3%A0-meticilina-bact%C3%A9rias- gm463286527-32595190>. Acessos em: 23 nov. 2017.

Figura 1.3 | Formas de arranjo dos cocos

Quanto aos bacilos, estes se dividem sobre seu eixo menor, formando agrupamentos com menor frequência que os cocos. Esses arranjos podem se formar quando os bacilos se apresentam aos pares (diplobacilos) ou em cadeias (estreptobacilos). Existem, ainda, alguns bacilos que se assemelham aos cocos e são denominados cocobacilos.

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Fonte: https://www.istockphoto.com/pt/foto/vibrio-cholerae-bacteria-gm624718516-109852915; <https://www.istockphoto. com/br/foto/espirilo-bacteries-gm485943707-38190542>; <https://www.istockphoto.com/br/foto/treponema-pallidum- bact%C3%A9ria-gm486710522-73520673>. Acessos em: 23 nov. 2017.

Figura 1.5 | Formas de arranjo das bactérias espiraladas

Algumas estruturas das células procarióticas também estão presentes, de forma semelhante, nas células eucarióticas, como a membrana plasmática e a parede celular. Conforme citamos anteriormente, as células eucarióticas apresentam um núcleo celular organizado e mais estruturado, além de apresentar em seu citoplasma, organelas celulares como: Retículo Endoplasmático Liso e Rugoso, Complexo de Golgi, Lisossomo, Mitocôndria, Peroxissomos e Centrossomos. Os microrganismos eucariontes são representados pelos vírus, algas, fungos e protozoários, sendo os vírus e fungos os de maior relevância para a área de embelezamento. Além disso, os metazoários (animais e plantas) também são constituídos por células eucarióticas. Na figura a seguir, podemos observar a organização estrutural dessas células, com a quantidade de organelas e a complexidade de arranjo celular.

18 U1 - Noções de microbiológicas e higienização das mãos

Fonte: adaptada de Tortora, Funke e Case (2010, p. 99).

Figura 1.6 | A estrutura morfológica de uma célula eucariótica

Agora que já conhecemos as estruturas dos principais tipos celulares, que tal aprendermos sobre os microrganismos de maior relevância na transmissão de doenças infecciosas em Centros de Embelezamento? Vamos aprender sobre os vírus e os fungos. Os vírus são microrganismos que para muitos autores traçam a linha de separação entre os organismos vivos e não vivos, uma vez que sua organização estrutural é muito mais simples, contendo basicamente um ácido nucleico, que pode ser DNA ou RNA, envoltos por uma cápsula proteica. Estão entre os menores agentes infecciosos existentes, sendo que seu tamanho só pode ser determinado com a utilização da microscopia eletrônica. Além disso, os vírus não possuem organização e metabolismo próprios para se multiplicarem de forma independente, permanecendo inativos até que ocorra a interação entre eles e as células hospedeiras. Essa característica classifica os vírus como parasitas obrigatórios, uma vez que dependem do metabolismo das células hospedeiras para replicar seu material genético e transferi-lo para outras células, causando as infecções. A fim de impedir a multiplicação viral, na tentativa de combater os vírus, as drogas antivirais acabam atingindo as próprias células hospedeiras, o que dificulta a criação de novos medicamentos. Os diversos tipos de vírus podem infectar plantas, protozoários, fungos, animais vertebrados, bactérias e até mesmo outros vírus. Todos eles possuem um espectro de hospedeiros, que corresponde