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BIOSSEGURANÇA EM CENTRO CIRÚRGICO, Trabalhos de Enfermagem

Trabalho sobre segurança no centro cirúrgico

Tipologia: Trabalhos

2019

Compartilhado em 27/08/2019

flavia-gava-6
flavia-gava-6 🇧🇷

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FACULDADE DE TEOLOGIA, FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS GAMALIEL
CURSO DE CIÊNCIAS HUMANAS- BACHARELADO EM ENFERMAGEM
Andreza Andrade Miranda
Camila Dias Silva
Flavia Saturnino Gava
Jaqueline Almeida Freitas
Pamela Ferreira Nunes
Pablo Augusto de Leão Barbosa
BIOSSEGURANÇA EM CENTRO CIRÚRGICO
TUCURUÍ-PA
2019
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FACULDADE DE TEOLOGIA, FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS GAMALIEL

CURSO DE CIÊNCIAS HUMANAS- BACHARELADO EM ENFERMAGEM

Andreza Andrade Miranda

Camila Dias Silva

Flavia Saturnino Gava

Jaqueline Almeida Freitas

Pamela Ferreira Nunes

Pablo Augusto de Leão Barbosa

BIOSSEGURANÇA EM CENTRO CIRÚRGICO

TUCURUÍ-PA

Andreza Andrade Miranda

Camila Dias Silva

Flavia Saturnino Gava

Jaqueline Almeida Freitas

Pamela Ferreira Nunes

Pablo Augusto de Leão Barbosa

BIOSSEGURANÇA EM CENTRO CIRÚRGICO

TUCURUÍ-PA

Trabalho dissertativo apresentado à disciplina de Centro Cirúrgico, como parte dos requisitos necessários à obtenção de nota. Professor: Anderson Viana Disciplina: Centro Cirúrgico Turma: Enf. 5.

1. INTRODUÇÃO

Dados históricos revelam que os responsáveis pelo processo de mumificação utilizavam meios de proteção para mãos e rosto, o que poderíamos considerar, hoje, como os ancestrais dos equipamentos de proteção individual (EPI)(1), evidenciando que a preocupação em se proteger remonta ao tempo do Antigo Egito. As doenças ocupacionais são resultantes de exposições a agentes físicos, ergonômicos, químicos e biológicos presentes no local do trabalho, e mais recentemente considera-se também o risco psicossocial(6).

O acidente de trabalho, por exposição à material biológico, constitui uma constante preocupação para as instituições e trabalhadores da área de saúde, pois o ambiente hospitalar favorece a ocorrência desse evento, principalmente devido à elevada frequência de procedimentos invasivos, intensidade e dinâmica de trabalho(3).

(TEIXEIRA, P., and VALLE, S. p.19) “A Biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, riscos que podem com prometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.”(2)

2. REFERENCIAL TEÓRICO

A biossegurança é uma área de conhecimento relativamente nova, que impõe desafios não somente à equipe de saúde, mas também a empresas que investem em pesquisa. A biossegurança designa um campo de conhecimento e um conjunto de práticas e ações técnicas, com preocupações sociais e ambientais, destinados a conhecer e controlar os riscos de acidentes que o trabalho pode oferecer ao ambiente e à vida(2).

Entre os acidentes, destacam-se aqueles que envolvem materiais perfurocortantes e fluídos corporais devido a atividades como manuseio de agulha, lâmina de bisturi, tesoura e outros instrumentais(3).

Nesse contexto, a unidade de centro cirúrgico, devido à característica do atendimento realizado ao paciente que exige habilidade e precisão, associado à alta intensidade de estresse dos trabalhadores, pode favorecer a ocorrência do acidente com material perfurocortante contaminado por microrganismos e/ou material infectante(3).

Embora dados de estudos brasileiros reportando a magnitude dos acidentes de trabalho em âmbito nacional ainda não sejam encontrados, medidas preventivas aos acidentes de trabalho são enfatizadas e recomendados oficialmente aos trabalhadores e instituições de saúde por diferentes normas regulamentadoras, portarias. Estas medidas estão voltadas para a utilização de equipamentos de proteção individual, minimização dos consequentes agravos e a notificação compulsória dos acidentes (4).

Segundo Oliveira e Gonçalves (2010, p. 485, 486) a agulha é principal material envolvido no acidente e os motivos atribuídos à ocorrência dos acidentes entre os trabalhadores foram a falta de atenção, más condições de trabalho, descuido do colega, pressa e acaso/azar. Estes foram considerados como fatores contribuintes para a subnotificação e irrelevância do acidente, desconhecimento do protocolo de rotina, displicência e sobrecarga de trabalho(3).

Apesar das melhorias no atendimento médico, no avanço tecnológico e nos sistemas de proteção, profissionais que praticam procedimentos invasivos ainda têm risco de contaminação caso medidas adequadas de proteção não sejam observadas(7).

São inúmeros os Princípios Fundamentais para evitar a contaminação Profissional-Paciente- Profissional, dentre eles os mais importantes são(7).

Cuidados Gerais:

 Lavagem das Mãos  Anti-sepsia  Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

Cuidados Específicos:

 Esterilização do material

Produtos utilizados:

Álcool a 70%Vantagem: Possui uma excelente ação germicida, cuja ação é quase imediata, tem concentração de 70%, em peso e 80% em volume.  Desvantagem: Não tem efeito residual e pode ressecar a pele durante operações repetidas. Não é esporicida.  Ação : induz à desnaturação de proteínas e são eficazes contra bactérias, fungos, bacilos e vírus.  PVPI a 10%

O iodo é considerado o mais antigo e eficiente elemento com ação bactericida, já foi utilizado de várias maneiras e concentrações(7).

Desvantagens: indutor de processos alérgicos que podem ser graves pode produzir lesões na pele e mucosas: queimaduras e irritação ; e é fotossensível  Ação : possui efeito residual e reduz a flora bacteriana de 68 a 84% em uma única aplicação e de 92 a 96% quando usada por 6 vezes seguidas. Ainda são os agentes mais utilizados, hoje em dia, pela eficácia e baixo custo.

Clorohexidina a 4%

É uma solução usada desde 1972, com efeito bactericida na pele e baixa toxicidade. Não provoca ressecamentos, irritações ou desconforto(7).

Desvantagens: tem pequeno efeito contra microbactérias  Triclosano a 2%

Ação : destruição da membrana celular e precipitação dos componentes internos da célula microbiana

3.3. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Os EPIs são dispositivos usados individualmente para proteger a integridade física do trabalhador e incluem: luvas, protetores oculares ou faciais, protetores respiratórios, aventais e proteção para os membros inferiores. A utilização de equipamentos como barreira na presença da infecção hospitalar ou exógena passa por constantes modificações, sobretudo, na busca de novos materiais que sejam impermeáveis a microorganismos sob pressão, flexíveis, distensíveis e confortáveis, além de permitir as boas práticas médicas(7).

Gorros : servem de proteção contra o desprendimento de partículas biológicas (descamação

da pele, cabelos e barbas); quando necessário, deve ser utilizado o tipo capus para proteção

de longas barbas, expondo apenas os olhos.

Capus para proteção de longas barbas, expondo apenas os olhos.

Máscaras : existem vários tipos e com efeitos diferentes na prevenção e passagem de bactérias nasais e orais. Deve-se recomendar a troca da máscara entre uma cirurgia e outra.  Pró-pés: Podem ser reutilizáveis ou de preferência descartáveis. A utilização de tamancos pode ser aceita, entretanto em procedimentos que não tem risco de exposição de sangue e fluidos nos pés.  Aventais : deve proteger o corpo do operador e cobrir do pescoço até abaixo dos joelhos. Além de permitir ajuste confortável, já existe o tipo impermeável adequado principalmente para extensas exposições e manipulação de grandes quantidades de fluidos orgânicos.  Luvas : normalmente são de borracha natural (látex) ou borracha sintética. Deve ser sempre observado se estão com furos ou rasgadas, o que pode ocorrer em 50 a 70% dos atos cirúrgicos. Um defeito puntiforme, em 20 minutos, pode deixar passar 40.000 microorganismos.  Óculos : com proteção para a parte lateral do globo ocular. Podem ser de plásticos e devem observar a boa visibilidade e não ser facilmente embaçados pela mudança de temperatura.

4. DOS CUIDADOS ESPECÍFICOS

4.1. ESTERILIZAÇÃO DE MATERIAIS

Esterilização é o processo utilizado na destruição de todas os microorganismos: bactérias, fungos, vírus e esporos por meio de agentes físicos ou químicos(7).

Agentes físicos : O tempo necessário para que ocorra a esterilização de toda vida microbiana é variável e dependente do artigo e das condições de limpeza do mesmo.  Agentes químicos: Os esterilizantes químicos ou germicidas de alto nível são antimicrobianos e atuam sobre a célula do organismo infectante. O período para ocorrer à esterilização é variado entre 3 a 18 horas. Os artigos devem ser previamente limpos e os elementos químicos, em concentrações adequadas. 4.2. CONTROLE DA ESTERILIZAÇÃO

Métodos Físicos: Observar a validade dos manômetros e registradores do equipamento; solicitar manutenção periódica como recomendada pelo fabricante dos equipamentos.  Métodos Químicos: São utilizados indicadores termocrômicos que mudam de cor quando expostas a temperaturas determinado tempo..  Métodos Biológicos: Usados para controle de autoclaves e estufas, deve ser realizado uma vez por semana na primeira carga; e após, em manutenções preventivas ou corretivas.

Os únicos elementos considerados esterilizantes são: óxido de etileno, glutaraldeído a 2% e o formaldeído (metanol) a 8 e 10%(7).

5. CONCLUSÃO

Diante das informações levantadas, sugere-se a implementação de programas efetivos de prevenção e controle dos acidentes envolvendo materiais perfurocortantes, fluxo da notificação e devolução das estatísticas dos acidentes entre a equipe assistencial multiprofissional de forma a sensibilizar tais profissionais a reconhecerem a seriedade da questão, os riscos a que estão expostos e a sua responsabilidade individual no contexto da prevenção.

Orientações benéficas no controle de acidentes com profissionais de saúde(7):  Rastrear a população de risco para AIDS, para hepatite B, para hepatite C;  Cuidados com materiais pérfuro-cortantes, principalmente, agulhas e lâmina de bisturi; evitar reencapar agulhas;  Descartar o material em recipientes e locais apropriados;  Nos casos de contaminação da pele do profissional por sangue, por perfuração ou  Ruptura das luvas, devem-se lavar as mãos com água e sabão, completando-se com álcool a 70% ou PVPI, ou outra substância anti-séptica;  Em caso de acidentes em geral, ou após contato com sangue de pacientes reconhecidamente soro-positivos para AIDS ou Hepatite, procurar imediatamente o Serviço de CCIH ou Serviço Médico do Hospital;  Criar reuniões de Educação Continuada para discussão de temas como risco biológico e orientação sobre biossegurança.

6. REFERENCIAS

  1. Costa MAF. Biossegurança Química básica em biotecnologia e ambientes hospitalares. 1ª. ed. São Paulo: Livraria Santos; 1996.
  2. TEIXEIRA, P., and VALLE, S., orgs. Biossegurança: uma abordagem multidisciplinar [online]. 2nd ed. rev. and enl. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2010. 442 p. ISBN: 978-85-7541-306-7. Available from SciELO Books http://books.scielo.org.
  3. ANDRADE, Andréia de Carvalho; SANNA, Maria Cristina. Ensino de Biossegurança na Graduação em Enfermagem: uma revisão da literatura. Rev. bras. enferm., Brasília , v. 60, n. 5, p. 569-572, Oct.
  4. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034- 71672007000500016&lng=en&nrm=iso>. access on 11 Mar. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-
  5. OLIVEIRA, A.; GONÇALVES, J. Acidente ocupacional por material perfurocortante entre profissionais de saúde de um Centro Cirúrgico. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 44, n. 2, p. 482-487, 1 jun. 2010.
  6. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria n. 777, de 28 de abril de 2004. Dispõe sobre os procedimentos técnicos para a notificação compulsória de agravos à saúde do trabalhador em rede de serviços sentinela específica, no Sistema Único de Saúde – SUS [legislação na Internet]. Brasília; 2004. [citado 2008 abr. 25]. Disponível em: http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port2004/GM/GM-777.htm.
  7. Tipple, Anaclara Ferreira Veiga; et all. Equipamentos de proteção em centros de material e esterilização: disponibilidade, uso e fatores intervenientes à adesão. Cienc Cuid Saude 2007 Out/Dez; 6(4):441-448. Disponível em: https://repositorio.bc.ufg.br/xmlui/bitstream/handle/ri/16641/Artigo%20- %20Anaclara%20Ferreira%20Veiga%20Tipple%20-%202007.pdf?sequence=5&isAllowed=y
  8. LOPES. ARC; FREIRE. ANM. Segurança profissional durante procedimentos cirúrgicos. In: Diretoria de Vigilância e Controle Sanitário – DIVISA. Manual de Biossegurança, Parte II - Unidades de Saúde Capítulo 11 - Biossegurança nas Atividades de Cirurgiões-Dentistas. Salvador. 2001. Cap. 11 p. 166 á
  9. Disponível em: http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/biosseguranca/manual_biosseguranca.pdf