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Uma revisão de artigos científicos sobre o tratamento ortodontico com o bionator de balters, que visa normalizar a relação funcional entre a mandíbula e a maxila, permitindo o crescimento e desenvolvimento normal do aparelho stomatognático. O bionator evita a interferência dos tecidos moles das bochechas sobre as arcadas dentárias e provoca a inversão de polaridade do ovo, resultando na modificação da curva de spee e no reequilíbrio do sistema dentomaxilofacial. Os estudos citados mostram que o uso do bionator pode resultar em alterações favoráveis no perfil facial e no padrão esquelético, liberando o potencial de crescimento da mandíbula restringido pela função anormal da musculatura orofacial.
Tipologia: Provas
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Resumo O Bionator é um aparelho ortopédi- co funcional com ação de verdadeira gi- nástica e treinamento muscular. Visa a normalização funcional, a alteração postural da mandíbula em relação à maxila, devolvendo ao aparelho esto- matognático estímulos normais de cres- cimento e desenvolvimento, dando-lhes condições para normalização através de forças próprias do organismo. A Bionatorterapia preocupa-se, por- tanto, com o equilíbrio das estruturas faciais aos dentes relacionados, para que o equilíbrio final do aparelho mas- tigatório possa ser alcançado.
Introdução O bionator é um aparelho ortopédi- co funcional que foi desenvolvido por Wilhelm Balters na década de 50 7,12. A terapêutica ortopédica funcional é aquela que se fixa com o propósito de modificar a morfologia do aparelho den- tomaxilofacial para obter um complexo arquitetônico mais adaptado à função5,8,10. Ela age não apenas sobre a arcada den- tária, mas também em estruturas craniofaciais médias, e sobre funções vi-
tais essenciais, tais como musculares, res- piratórias e fonéticas. O propósito do mé- todo do Professor Balters corresponde à esta definição citada por Muzy, que afirma que o desenvolvimento harmonioso dos arcos dentários é promovido pela estimu- lação de todas as funções21,27,56. Balters considerou que a comprova- ção da influência dos hábitos adquiridos agindo como fatores etiológicos das ano- malias dentofaciais, poderia ser feita me- diante a observação do crescimento na- tural do corpo e sua capacidade de apre- sentar compensações e um correto equilí- brio de suas partes, sem a utilização de forças mecanicamente ativas. Chamou a isto de autocorreção dirigida e utilizava o bionator dentro desta concepção integral do corpo, ressaltando a importância do estabelecimento do equilíbrio entre a mus- culatura mastigatória, labial, lingual e bucinadora; capacitadas a influir sobre o crescimento dos maxilares e posiciona- mento dentário5,6,10,28^. Enfatizou, ainda, a observância à manutenção da respiração nasal, como sendo necessária ao correto equilíbrio desses músculos 7,69,77. Para representar esquematicamente o espaço bucal, Balters utilizou a forma de
Unitermos: Bionator de Balters, Ortopedia Funcional dos Maxilares.
Cristina Ortolani-Faltin
Cristina Ortolani-Faltin Kurt Faltin Junior
A (^) Especialista em Ortodontia - Universidade Paulista; Mestre e Doutora em Diagnóstico Bucal - FOUSP; Professora Adjunta da Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade Paulista; Professora Titular da Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Fonoaudiologia da Universidade Paulista B (^) Pós-Graduado e Doutorado em Ortopedia Maxilar - Bonn, Alemanha; Professor Titular da Disciplina de Ortodontia e Responsável pelos Cursos de Pós-Graduação (Especialização e Mestrado) da Universidade Paulista; Professor Convi- dado da Universidade de ULM - Alemanha.
um ovo onde, em condições de nor- malidade, o polo maior estaria para frente, tendo sua amplitude máxima na região dos primeiros molares. O espaço bucal é constituído pela cavi- dade bucal, essencialmente formada pela abóbada palatina. Após a erup- ção dos dentes e formação das arca- das dentárias, o espaço bucal apre- senta limites que podem ser modifi- cados. Assim, pode mudar de forma e se ampliar, através das modifica- ções da posição mandibular e lin- gual4,6,7,12,23,32. O vedamento desse espaço é as- segurado, na parte anterior, pelos lá- bios e, na posterior, pelo encontro do dorso da língua com o palato mole 48,73. Segundo o autor os dentes e os maxilares são submissos às funções do espaço bucal, no que se refere ao seu crescimento, alinhamento e rela- ções mútuas. Nas anomalias, o polo maior do ovo está na região do palato mole ou mais posteriormente, interfe- rindo nas zonas reflexas da degluti- ção. A excitação constante ou ocasioa a necessidade de deglutir frequente- mente ou provoca uma abertura labi- al, a fim de separar a língua do palato mole, ocasionando, assim, uma pro- pensão à respiração bucal. O polo menor do ovo estará voltado para frente, dando à arcada dentária uma forma ponteaguda na região de inci- sivos. Na região palatina anterior se estabelece uma êxtase linfática e uma irrigação sanguínea deficiente4,6,8,11,28. Sendo assim, o princípio do tra- tamento com o Bionator consiste em provocar a inversão de polaridade do ovo, levando à normalização do es- paço bucal funcional, na modificação da Curva de Spee e no reequilíbrio de todo o sistema dentomaxilofacial 21. No tratamento das anomalias dentofaciais, a meta é normalizar o espaço bucal funcional e não apenas corrigir a posição dentária e a rela- ção maxilo-mandibular. Quando o espaço bucal está alterado, encon- tram-se também distúrbios na mastigação deglutição, fonação e res- piração10,15,18,54^. (^) FIGURA 1 - Tipos de Bionatores de Balters.
A função do bionator é obter o espaço bucal ideal e corrigir a posi- ção e a função da língua, lábios e bochechas mediante o estímulo de forças fisiológicas. Desta maneira torna-se possível levar ao pleno de- senvolvimento as forças de cresci- mento próprias do organismo 9,29. Para Balters, o equilíbrio da lín- gua de um lado e dos lábios e boche- chas do outro é de grande importân- cia para a harmonia das bases ósse- as e arcadas dentárias. E conclui que, para o aparelho mastigatório se com- portar como uma unidade funcional, é necessário, além do espaço funcio- nal para a língua, um perfeito sela- mento anterior dos lábios e um sela- mento posterior do dorso da língua com o palato mole 26,35,^. O conhecimento de ciências bio- lógicas básicas, o respeito ao tipo facial e à individualidade de cada pa- ciente, o estudo dos mecanismos de controle do crecimento, o diagnósti- co detalhado de cada caso através de documentação e análise avança- das e auxiliadas pela computação são princípios que necessitam ser respei- tados no uso de qualquer terapia. O uso da Bionatorterapia no planeja- mento de uma correção facial deve, portanto, ser obrigatoriamente fun- damentada num correto e minucioso diagnóstico diferencial^30.
Tipos de bionatores
Existem três tipos de bionatores que se destinam à correção das dife- rentes anomalias esqueléticas e alte- rações funcionais: o bionator base, o invertido e o fechado. Algumas dis- funções podem exigir escudos de pro- teção no setor lateral e/ou frontal dos dentes. Os elementos do Bionator e suas principais funções segundo a descri- ção de Balters:
- plano de oclusão: é um plano de acrílico com orientação pararela ao plano de Camper. Ele vai orientar os dentes logo após a erupção; - alça palatina: colocada na base de acrílico, entre a língua e o palato. Serve para sustentação do corpo do bionator e orienta o posicionamento da língua. - alça vestibular: é formada por duas partes: - alça labial: estimula o selamen- to labial. - alça bucinadora: continuação da alça labial ocupa o espaço en- tre a arcada dentária e o músculo bucinador. Ela vai evitar a interfe- rência dos tecidos moles das bo- chechas sobre as arcadas dentá- rias; - apoios verticais: asseguram uma fixação permanente da oclusão fun-
de topo a topo. A dimensão vertical da mordida de construção, baseia-se na altura de desoclusão posterior de- corrente do contato de topo entre os incisivos. a - Base acrílica: a base acrílica é mínima em extensão e espessura, possibilitando o uso do aparelho o dia inteiro. O acrílico estende-se lateral- mente de distal dos caninos superio- res até cerca de 2 a 3mm atrás dos primeiros molares. No sentido verti- cal se estende somente 2 a 3mm abaixo da margem gengival dos den- tes posteriores superiores e inferio- res. Na região anterior inferior, o acrí- lico se estende de distal de canino a distal de canino, protegendo a arca- da inferior da pressão lingual. O acrí- lico, nesta região, não deve tocar dentes e gengiva. A base acrílica não se estende à região anterior superior, portanto, não há proteção acrílica nos dentes anteriores superiores. b - Alça palatina: tem como objeti- vo estimular a alteração de postura da língua e estabilizar as partes laterais da base acrílica. É confeccionada com fio 1,2 mm e se insere na base acrílica na região de mesial dos primeiros pré- molares superiores. Tem a forma oval voltada para distal e vai até a região medial dos primeiros molares superi- ores. A alça palatina está ligeiramen- te afastada do palato e é passiva. Ela nunca deverá ser ativada. c - Alça vestibular: apresenta par- tes bucinadoras bilaterais e a parte labial. As partes bucinadoras, que são posteriores, têm como finalidade afas- tar os tecidos moles das bochechas. A parte labial, que é anterior,tem como finalidade excitar o selamento labial. A alça vestibular é confeccionada com fio 0.9 mm que se insere na base acrílica, no plano de mordida posteri- or, na região dos primeiros pré-mola- res superiores, e apresenta um percur- so superior posterior até a medial do primeiro molar superior,retornando em sentido anterior inferior até a região dos primeiros pré-molares. Esta é a parte bucinadora que deverá estar afastada cerca de 3 mm dos dentes, (^) BIONATOR BASE
impedindo a pressão das bochechas e estimulando, desse modo, a expan- são das arcadas atrésicas. Sofre, nes- te local, uma dobra no sentido anteri- or superior até a região do canino su- perior onde sofre nova dobra no sen- tido horizontal, contornando os den- tes anteriores superiores na altura do estômio, até a região do canino supe- rior do lado oposto. A parte labial da alça vestibular é passiva e está dis- tante cerca de 1 mm dos incisivos su- periores. Ela não pode ser ativada de encontro com os incisivos. 2 - BIONATOR FECHADO: para a correção das mordidas abertas com ou sem alterações esqueléticas. É idêntico ao bionator base, com uma característica especial: a base acrílica apresenta uma extensão na região dos dentes anteriores superi- ores. Esta extensão de acrílico tem a finalidade de proteger também os dentes anteriores superiores da pres- são lingual anormal. O acrílico nas regiões anteriores superior e inferior não pode tocar dentes e gengiva. A eliminação da interferência lingual, a normalização da sua postura junto ao palato e a excitação do selamento labial permitem o fechamento da mor- dida aberta anterior. 3 - BIONATOR INVERTIDO: para corrigir o prognatismo mandibular. a - Mordida de construção: é to- mada na posição mais retrusiva, no sentido ântero-posterior e no sentido vertical, numa altura um pouco maior que topo a topo para permitir a corre- ção da mordida cruzada anterior. b - Base acrílica: é idêntica à do bionator base. c - Alça palatina: é invertida, isto é, se insere na região distal dos pri- meiros molares superiores e apresen- ta um trajeto anterior em forma oval. Sua parte anterior fica na altura dos primeiros pré-molares ou primeiros molares decíduos. Ela é, portanto, aberta no sentido posterior. A alça palatina invertida tem por finalidade alterar a postura da língua, excitan- do a ação da ponta da língua no sen- tido anterior posterior. (^) BIONATOR FECHADO
agem como um efeito estimulante que proporciona crescimento da cartilagem condilar. Os autores afirmaram, ain- da, que a intensificação da atividade do escudo retrodiscal é associada a um aumento no fluxo de sangue e de linfa e uma diminuição tanto da concen- tração catabólica celular como dos fa- tores de “feedback negativo“. Estas mudanças explicam o crescimento suplementar da cartilagem condilar, ocasionado pelo bionator. SCHULHOF e ENGEL 68 analisa- ram telerradiografias de 33 pacien- tes portadores de Classe II que fo- ram tratados com bionator e compa- raram os resultados com a previsão de crescimento sem tratamento. Os resultados obtidos mostraram que o tratamento com o bionator estimu- lou maior crescimento que o espera- do. Os autores observaram os seguin- tes resultados com o uso do bionator: · eixo condilar: aumento maior que o crescimento normal; · eixo do corpo: aumento maior que o crescimento normal; · ângulo goníaco: não houve mu- dança significativa; · eixo facial: constante; · incisivos inferiores: sem extrusão com o crescimento; · incisivos superiores: inclinados para palatino; · molares inferiores: pequena di- ferença do crescimento normal; · molares superiores: permanecem distal contra o crescimento.
Utilizando o Bionator no trata- mento de pacientes com má oclusão de Classe II, divisão 1 na dentição mista tardia, TSAMTSOURIS e VENDRENNE^74 puderam concluir que as alterações favoráveis obtidas no perfil facial e no padrão esquelético eram resultado da liberação do po- tencial de crescimento da mandíbu- la, que estava restringido até então pela função anormal da musculatura orofacial. Para os autores, o uso deste aparelho na dentição mista protege- ria os incisivos de possíveis fraturas, eliminaria a injúria da mucosa oral
na sobremordida profunda traumá- tica e favoreceria a competência la- bial. Seus benefícios não seriam só estéticos, mas também na melhoria dos padrões de crescimento vertical e horizontal do complexo dentofacial. DROSCHL^25 enumerou as principais metas a serem atingidas com o Biona- tor, segundo o seu idealizador Balters: · selamento labial e contato do dorso da língua com o palato; · aumento do espaço bucal; · estabelecimento de uma boa re- lação entre os incisivos superiores e inferiores; · avanço mandibular com conse- qüente aumento do espaço bucal e melhora do posicionamento lingual; · obtenção como resultado de to- das essas adaptações de um melhor relacionamento entre as bases ósse- as e um melhor posicionamento da língua, das arcadas dentárias e dos tecidos moles peribucais.
BOLMGREN e MOSHIRI 17 estu- daram a influência do uso do Biona- tor durante o tratamento de pacientes com má oclusão Classe II, divisão 1 com deficiência ou retrognatismo man- dibular. Para este estudo utilizaram um grupo de 20 pacientes tratados com o Bionator e complementados a seguir com aparelhos ortodônticos fixos, sen- do verificados radiograficamente em uma e outra fase do tratamento. Este grupo foi comparado com 2 grupos controle também de Classe II divisão 1, sendo o primeiro de pacientes não tratados e o segundo de pacientes tra- tados exclusivamente com aparelhos fixos. Os resultados demonstraram que o Bionator proporcionou uma retrusão e verticalização dos incisivos superiores, um aumento do compri- mento mandibular ( Co-Gn ), a nor- malização do relacionamento maxilo- mandibular e um aumento da altura dentária posterior responsável pelo aumento do ângulo do plano mandi- bular. Na fase seguinte com aparelhos fixos mostrou que aparentemente por causa do tratamento prévio com o Bi- onator as alterações dentárias e es-
queléticas nesta fase foram muito se- melhantes às dos grupos controle. Este estudo, segundo os autores, demons- trou que as alterações esqueléticas, principalmente na indução da acele- ração do crescimento mandibular, fo- ram mais significativas que as altera- ções dentoalveolares,na correção da Classe II. STUTZMANN e PETROVIC 70 , através de estudo realizado, chega- ram à conclusão de que o Bionator é basicamente um aparelho funcional cujo grau de efetividade depende, pri- meiramente, do avanço suplementar da mandíbula, que é maior nos ca- sos de crescimento rotacional ante- rior da mandíbula. Concluíram, tam- bém, que o Bionator é efetivo na indução de um crescimento suple- mentar na cartilagem condilar e re- bordo posterior do ramo ascenden- te, isto é, um alongamento suplemen- tar da mandíbula. CARELS e VAN DER LINDEN 20 afirmaram que, com o uso do Biona- tor, tem-se uma influência tanto no complexo nasomaxilar como na man- díbula, no sentido sagital e vertical. Toda vez que o paciente usa o apare- lho, uma força generalizada age no sentido anterior e inferior, na man- díbula; e posterior e superior, no com- plexo maxilar. MAMANDRAS e ALLEN 46 através de telerradiografias iniciais e finais de tratamento, analisaram os resultados alcançados com o uso do Bionator nos pacientes portadores de má oclusão Classe II, divisão 1 apresentando retrogna- tismo mandibular. Compararam 20 ca- sos tratados com resultados mais ex- pressivos, onde os avanços do ponto Pogônio após o tratamento foram de 3,5 mm ou mais, com outros 20 casos de menor expressão, onde os avanços do ponto Pogônio foram de 3 mm ou menos. A avaliação do crescimento total da mandíbula ( Co-Gn) na compara- ção entre os dois grupos mostrou que houve um incremento mais significati- vo no crescimento total da mandíbula naqueles pacientes que ao início do tra- tamento apresentavam o ponto
Pogônio mais próximo da linha per- pendicular de referência; sugerindo que aqueles pacientes que possuíam man- díbulas menores, responderam melhor ao tratamento. Os autores atribuíram os resultados encontrados a uma pos- sível ação do Bionator que seria a de atuar contra os fatores inibitórios do crescimento mandibular, liberando o potencial de crescimento que se en- contraria mais restringido nos paci- entes com maior retrognatismo. FALTIN JR.^29 apresentou os resul- tados de um estudo de longo prazo, realizado sobre uma amostra formada por pacientes de ambos os sexos, sele- cionada consecutivamente com base no número de controle de fichas clínicas; apresentou média de idade de 9,8 anos e tempo médio de tratamento de 2, anos. A reavaliação telerradiográfica pós- tratamento, abrangeu um perío- do de 5 a 9 anos. Os resultados do estudo avaliados pela análise cefalomé- trica de Ricketts, mostraram que hou- ve uma estabilidade do ângulo da Pro- fundidade Maxilar, com média de 89, graus, enquanto o Ângulo da Profun- didade Facial, apresentou um incremen- to médio de 2,2 graus, estatisticamen- te significante ao nível de 5%. A com- binação desses dois resultados, teria, então, propiciado a correção da má oclusão de Classe II. MCNAMARA JR. e BRUDON 53 con- sideram, a respeito do Bionator, que as modificações verticais do crescimento mandibular seriam as mais difíceis de serem obtidas no tratamento ortopédi- co da Classe II, principalmente quando a Altura Facial Ântero-Inferior fosse ex- cessiva. Os autores indicaram o Bio- nator para o tratamento dessas más oclusões, com ênfase para pacientes com extrema diminuição da Altura Facial Ântero-Inferior. Nesses casos, o Bionator seria usado para aumentar a dimensão vertical, através da erupção diferencial dos dentes posteriores. Res- saltaram também que o Bionator po- deria ser usado nos casos que apre- sentassem uma Altura Facial excessi- va, promovendo a prevenção da sobre erupção dos dentes posteriores, reali-
zada através de um bloqueio com o acrílico do plano de oclusão do apare- lho. Os autores salientaram que o Bi- onator talvez seja o aparelho funcio- nal mais utilizado na atualidade em todo o mundo devido as facilidades proporcionadas por este aparelho, tanto no que se refere à confecção, como no manejo clínico e aceitação por parte dos pacientes, pois apre- senta uma estrutura mais simples e menor volume. KESSNER 42 realizou um estudo cefalométrico em telerradiografias ob- tidas em norma lateral, com a finali- dade de avaliar o efeito do tratamento com o Bionator de Balters sobre a mandíbula, em pacientes portadores de má oclusão de Classe II, divisão 1 com retrognatismo mandibular. A amostra tratada contou com um total de 33 pacientes, com média de idade de 10 anos e tempo médio de contro- le radiográfico de 18,6 meses. O au- tor averiguou o comportamento das variáveis da mandíbula: XI-PM, XI- DC, AFP e CF-XI, comparando as di- ferenças encontradas em suas medi- das entre os momentos T1 e T2, com as respectivas expectativas de incre- mento, de acordo com a previsão de crescimento de Ricketts. As variáveis XI-DC e XI-Co foram comparadas nos dois momentos. A análise dos resul- tados indicou que as variáveis man- dibulares apresentaram incrementos significantes maiores do que suas pre- visões, destacando-se as diferenças marcantes verificadas nas variáveis do ramo ascendente da mandíbula, cujas concordâncias de resultados salienta- ram as mudanças ocorridas na estru- tura do ramo ascendente durante o período estudado.A frequência de ocor- rência de incremento entre as variá- veis Ba-Na,XI-PM e XI-DC só apon- tou correlação entre Ba-Na e XI-PM. Segundo o autor o Bionator de Balters foi um recurso eficiente na aceleração do crescimento mandibular. ALMEIDA 1 realizou estudo com o propósito de avaliar as mudanças nas dimensões transversas dos arcos den- tários no tratamento da má oclusão de
Classe II com retrognatismo mandibu- lar, usando o aparelho Bionator base de Balters. Foram utilizados modelos de gesso de 31 pacientes em dentição mis- ta, com uma idade média ao início do tratamento de 10 anos e 3 meses, nos quais foram realizadas medidas nos modelos antes e após o tratamento (mé- dia de duração de 11.9 meses), nos caninos, primeiros pré-molares e pri- meiros molares. Três pontos de medi- ções foram usados para verificar se o aumento esperado seria por movimen- to de corpo ou inclinação do dente. Os resultados sugeriram movimento de cor- po dos caninos superiores e pré-mola- res inferiores. Um aumento significante na largura dos arcos para todas as medidas foi observado, exceto para as distâncias intercaninos inferiores e intermolares inferiores a nível alveolar. Os resultados indicam que normal- mente ocorre uma expansão passiva dos arcos quando o Bionator é usado. Essa expansão foi significantemente maior no arco maxilar do que no arco mandibular. BIGLIAZZI^14 analizou cefalometri- camente 35 pacientes utilizando a análise das contrapartes de Enlow, com a finalidade de avaliar as altera- ções anatômicas e morfológicas do tratamento com o Bionator de Balters em pacientes portadores de má oclu- são de Classe II, divisão 1 com re- trognatismo mandibular, com uma média de idade de 9 anos e tempo mé- dio de controle radiográfico de 20 me- ses. Após análise estatística dos re- sultados verificou quais relações anatômicas responderam ao trata- mento com o Bionator e quais perma- neceram inalteradas e concluiu que o Alinhamento da FCM, Alinhamento do ramo, Alinhamento corpo-oclusal, Largura Ra/FCM e o ângulo goníaco permaneceram inalterados durante o período de tratamento com o Biona- tor. Responderam significantemente no sentido de reduzir a retrusão man- dibular o Efeito agregado FCM.A/ Ra.B, Efeito agregado FCM.PrS/Ra.Id, Maxila A/Mandíbula B, Maxila PrS/ Mandíbula Id e a Curva de Spee.
18 19
15 16
FIGURA 20, 21, 22 - Fotos bucais no início do tratamento.^20
FIGURA 23, 24, 25 - Fotos bucais 3 anos após o término do tratamento.^23
FIGURA 26, 27, 28 - Fotos bucais 7 anos após o término do tratamento.^26
Initial - 07/06/ Retention - 23/05/ Final - 23/06/
MBS Race: Caucasian Born: 25/03/ Sex: M
Analysis: FALTIN Superimposition: Basion-Nasion at CC
MBS Race: Caucasian Born: 25/03/ Sex: M
Analysis: FALTIN
27.
83.4 81.
60.
10.
49.
22.
3.0 124.
5.
28.
Initial - 07/06/
FIGURA 29, 30, 31 - Telerradiografias laterais no início do tratamento, 3 anos e 7 anos pós-tratamento.^29
FIGURA 32, 33, 34 - Traçados cefalométricos: início do tra- tamento, 3 e 7 anos pós-tratamento.
FIGURA 35, 36, 37 - Superposições dos traçados cefalométricos do início do tratamento, 3 anos e 7 anos pós-tratamento.
32
35
Initial - 07/06/ Retention - 23/05/ Final - 23/06/
MBS Race: Caucasian Born: 25/03/ Sex: M
Analysis: FALTIN Superimposition: Corpus Axis at Xi
MBS Race: Caucasian Born: 25/03/ Sex: M
Analysis: FALTIN Superimposition: Basion- Nasion at Nasion
MBS Race: Caucasian Born: 25/03/ Sex: M
Analysis: FALTIN
27.
88.1 87.
57.
22.
51.
25.
4.6 131.
0.
23.
Final - 23/06/
30 31
33 34
36 37
MBS Race: Caucasian Born: 25/03/ Sex: M
Analysis: FALTIN
29.
24.
82.
84.
59.
16. 51.
22.
129. 4.
3.
Retention - 23/05/
Initial - 07/06/ Retention - 23/05/ Final - 23/06/
39 40
42 43
FIGURA 50, 51, 52 - Fotos bucais em fase intermediária.^50
FIGURA 53, 54, 55 - Fotos bucais 5 anos após a comple- mentação com aparelhos fixos.^53
Figura 44, 45, 46 - Fotos bucais no início do tratamento.^44
FIGURA 47, 48, 49 - Fotos bucais em fase intermediária: Bionator + arco base inferior.^47
AMGL Race Caucasian Born: 29/01/ Sexo: M
Analysis: FALTIN Superimposition: Basion-Nasion at CC
Initial - 30/12/ Progress (bionator)
- 13/09/ Final - 25/02/
32.
86.
81.
64.
14.
52.
25.
118. 0.
9.
AMGL Race: Caucasian Born: 29/01/ Sex: M
Analysis: FALTIN
FIGURA 59, 60, 61 - Traçados cefalométricos: início do tra- tamento, fase intermediária e 5 anos pós-tratamento.
FIGURA 56, 57, 58 - Telerradiografias laterais no início do tratamento, fase intermediária e 5 anos pós-tratamento.
FIGURA 62, 63, 64 - Superposições dos traçados cefalométricos do início do tratamento, fase intermediária e 5 anos pós-tratamento.
62
56
59
Initial - 30/12/
AMGL Race: Caucasian Born: 29/01/ Sex: M
Analysis: FALTIN Superimposition: Corpus Axis at Xi
Initial - 30/12/ Progress (bionator)
- 13/09/ Final - 25/02/
AMGL Race: Caucasian Born: 29/01/ Sex: M
Analysis: FALTIN Superimposition: Basion-Nasion at CC
Initial - 30/12/ Progress (bionator)
- 13/09/ Final - 25/02/
31.
91.
85.
64.
23.
53.
17.
142. 0.
3.
AMGL Race: Caucasian Born: 29/01/ Sex: M
Analysis: FALTIN
Progress (bionator) - 13/09/
60
63 64
57 58
31.
91.
85.
62.
23.
52.
19.
143. -1.
1.
AMGL Race: Caucasian Born: 29/01/ Sex: M
Analysis: FALTIN
Final - 25/02/
61