B.F. Skinner: uma biografia e sua contribuição para a psicologia, Resumos de Psicologia

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CURSO DE PSICOLOGIA

Lara Vulpi Corteletti, Maria Fernanda Vasconcelos Vilela, Natália Ferreira Dadalto, Victória Alcoforado Corrêa Uma Breve Biografia dos Expoentes Clássicos da Psicologia Vila Velha 2020

Lara Vulpi Corteletti, Maria Fernanda Vasconcelos Vilela, Natália Ferreira Dadalto, Victória Alcoforado Corrêa Uma Breve Biografia dos Expoentes Clássicos da Psicologia Trabalho apresentado para o cumprimento de uma das exigências da disciplina História da Psicologia, do curso de Psicologia da Universidade Vila Velha (UVV). Orientador: Prof. Eduardo Barbosa Lopes Vila Velha 2020

tornar escritor. O contato com a literatura se tornou ainda mais forte ao fazer um curso de verão em 1925, onde conheceu o poeta Robert Frost. No último ano da faculdade, ele compartilhou seus planos de se tornar escritor com os pais, que receberam a notícia com muita pesar, já que acreditavam que escolher esse curso, não o traria sucesso financeiro (Bjork, 1997). Em 1926, o recém- formado Skinner retorna para a casa dos pais com o objetivo de se tornar um escritor de romance. Após o projeto de se tornar escritor fracassar, a ideia de estudar em Psicologia, ganha mais força em 1927 e decidiu entrar em Harvard para pós-graduação. O início de Skinner na psicologia em Harvard foi frustrante, as matérias de psicologia apresentavam interpretações mentalistas e ele, e identificava com perspectiva behaviorista, graças a Pavlov e Watson. Skinner foi responsável por desenvolver a análise do comportamento com isso criou uma escola de pesquisa experimental em psicologia o que possibilitou realizar e estudar melhor os experimentos comportamentais. Ele pensou em seus estudos e ideias aplicados sobre o projeto de comunidade humana em sua publicação de romance utópico (Walden II). Na época de escola foi um aluno bem pontual, sendo o primeiro a aparecer todas as manhãs, gostava de frequentar as aulas, e uma curiosidade é que no fim do curso só havia mais sete pessoas com ele, e o ginásio era o mesmo que seu pai e mãe cursaram no passado. Na fase da infância e adolescência, ele tinha preferência por brincadeiras de construção, como aviões, atiradeiras, canhões, trenós,

carrinhos, jangadas, carrosséis, até atirava buchas de batata e cenoura no telhado da vizinhança. Gastava bastante tempo na época para construir uma máquina de movimento perpétuo. Desde novo já demonstrava curiosidade pelo comportamento animal, já que lia muito sobre eles e, além disso, guardava cobras, sapos, tartarugas, lagartos, sapos e esquilos. Mais tarde em sua vida adulta esses comportamentos foram de grande influência para realizar seus estudos com animais. Skinner reflete sobre seu sistema de psicologia, principalmente, suas primeiras memórias e experiências da vida. Ele pensava na vida como um produto de reforços passados e dizia que sua própria história foi tão predeterminada e organizada quanto seu sistema acreditava que a vida dos sujeitos fosse. Pouco antes de sua morte, ele construiu em seu porão a famosa "caixa de Skinner" que se baseia em um local controlado que concedia reforço positivo. Ele dormia todos os dias no ambiente em cima de um tanque plástico amarelo, que era consideravelmente pequeno (espaço para um colchão), mantinha livros e um televisor pequeno. Conciliava sono e trabalho e idas à universidade numa rotina apertada, mas para recuperar as forças ouvia músicas a tarde inteira. Durante a sua vida profissional, Skinner teve em torno de mais ou menos 300 artigos e 20 livros publicados, sendo eles algumas das obras mais importantes, que são: O comportamento dos organismos (1938), Comportamento Verbal (1957), que foi dado pelos behavioristas como uma das

comportamento levando em consideração todo o contexto e motivações do organismo ter agido de tal maneira, quais as consequências ou modificações que ocorreram no ambiente para o comportamento ser possível de acontecer, não estudando apenas a ação do comportamento em si. Dessa forma, a análise é mais completa: o estímulo (contexto), a ação (resposta) e a consequência. Skinner deu continuidade às teorias de Watson, porém conseguiu melhorar e deixar o Behaviorismo com mais características de uma área da psicologia, não deixando a mente de lado, mas entendendo sua devida importância assim como no comportamento humano. Ele afirmava que todo comportamento poderia ser moldado ao se controlar os estímulos do meio ambiente. Seu desenvolvimento nessa área foi dividido em duas fases. A primeira foi marcada por uma influência das ciências físicas e da filosofia do reflexo. Skinner buscava um evento no ambiente que se relaciona com as ações do organismo, porém considerava que esse evento deveria ser um estimulo antecedente que provoca uma resposta. Sua segunda fase mostra que sua influência era as ciências biológicas, principalmente a teoria da evolução das espécies por seleção, elaborada por Darwin. Nessa fase, ele desenvolve, sem abandonar as ideias de Watson e Pavlov, o condicionamento operante, que aumenta a probabilidade de repetição de um comportamento por meio de um reforço positivo. Ele não negava a existência dos pensamentos e estados mentais, mas achava que a psicologia deveria se interessar pelo estudo do

comportamento relacionado às condições e situações existentes. Skinner ganha importância na psicologia quando traz a ideia de uma subjetividade do mundo privado, e afirma que o mundo privado de cada um é uma construção social. Em seu livro, afirmou que "os homens agem sobre o mundo, modificam-no, e, por sua vez, são modificados pelas consequências de sua ação" (Skinner, 1978, p.15). O Behaviorismo Radical, fala que a mente e o comportamento fazem parte da mesma natureza, mostrou como o comportamento tanto de animais ou humanos podem ser aprendidos, controlados, diminuídos ou aumentados. Rompeu Freud por não focar em coisas “abstratas” e trabalhou com o que ele tinha como analisar “visualmente”, algo palpável. Acreditamos que é extremamente importante, assim como as outras abordagens ao longo do curso. O fato de ser uma análise do comportamento, onde deve analisar até mesmo as consequências e ainda assim não desconsidera que todo comportamento poderia ser moldado ao se controlar os estímulos do meio ambiente, algo que um psicólogo pode desenvolver em meio a uma sessão de terapia. Referências Bjork, D. W. (1997). B. F. Skinner: A life. American Psychological Association.