Baixe Treliças Modulares para Pontes de Madeira no Pará: Boa Alternativa e outras Notas de estudo em PDF para Construção, somente na Docsity!
BIANCA OLIVEIRA FERNÁNDEZ
Sistemas de treliças modulares para pontes de madeira:
uma boa alternativa para o Estado do Pará
São Carlos
BIANCA OLIVEIRA FERNÁNDEZ
Sistemas de treliças modulares para pontes de madeira:
uma boa alternativa para o Estado do Pará
Dissertação apresentada à Escola de
Engenharia de São Carlos da Universidade
de São Paulo, como parte dos requisitos
para obtenção do título de Mestre em
Engenharia de Estruturas
ORIENTADOR: Prof. Titular Carlito Calil Junior
São Carlos
Aos meus pais Bolívar e Marlúcia, aos meus irmãos, Bolívar Filho, Bruno e Ben, ao meu noivo Anderson, à minha afilhada Giovanna e ao filho que carreguei no ventre mas infelizmente não chegou a nascer.
“Sábio é aquele que usa a exata e a humaniza”. Raima Fontenele
RESUMO
FERNÁNDEZ, B. O. (2010). Sistemas de treliças modulares para pontes de madeira: uma boa alternativa para o Estado do Pará. São Carlos, 2010. Dissertação (Mestrado) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo.
O Estado do Pará tem uma área de 1.253.164,49 km², possui uma malha hidrográfica abundante e aproximadamente 19.253,35 km de estradas vicinais, que são cortadas por muitos rios. Neste contexto, a construção de pontes com pequenos e médios vãos é imprescindível para a melhoria do transporte intermunicipal e interestadual. O sistema de treliças modulares para pontes, já estudado no Reino Unido, Brasil e implantado na África, como também na América Central, se adéqua bem ao estado, e é constituído por vigas treliçadas planas, que utilizam peças serradas de madeira com seções transversais comerciais na composição da superestrutura da ponte. Procurando-se implantar o sistema no Pará, esse trabalho tem por objetivo a adequação do projeto de uma ponte treliçada de Eucalipto citriodora em projetos com madeiras tropicais, como Maçaranduba, Jatobá e Ipê. Para esta finalidade o sistema modular treliçado foi estudado por meio de análise numérica e experimental, e avaliado para pontes de até 36 m, com superestrutura formada por vigas treliçadas de madeira com 1 m de altura e ligações parafusadas. Como resultado deste estudo foi elaborada uma tabela contendo o número de vigas treliçadas a serem utilizadas em uma largura de ponte de 3,80 m dependendo do tamanho do vão. O sistema proposto proporciona vantagens como redução de custos e maior rapidez de execução, além de posterior reaproveitamento dos módulos.
Palavras-chave: vigas treliçadas de madeira, pré-fabricação, madeira tropical, pontes de madeira.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1.1 – Vistas distintas de uma ponte de madeira serrada em Monte Dourado -PA, 2008............................................................................................................ 1 Figura 1.2 – Ponte de madeira que liga a cidade de Esperantina à Barros-PI (Fonte: <reporteresp.blogspot.com/2008_01_27_archive.html>)...................... 2 Figura 1.3 – Ponte Estrada Floresta em Piracicaba (Fonte: CALIL JR., 2005)...................... 2 Figura 1.4 – Madeira serrada (Fonte:< www.basesolida.com.br>)........................................ 3 Figura 1.5 – Tabuleiro convencional de ponte de madeira em viga simples.......................... 4 Figura 1.6 – Tipos de treliça de madeira (Fonte: MESQUITA FILHO, 2007)...................... 5 Figura 1.7 – Vista geral de um módulo da treliça (Fonte: CALIL et al., 2004)...................... 6 Figura 2.1 – Bacia Amazônica (Fonte: <www.portalamazonia.globo.com>)........................ 8 Figura 2.2 – Bacias Hidrográficas do Brasil (Fonte: <www.portalbrasil.net>)...................... 9 Figura 2.3 – Mapa do Estado do Pará (Fonte:< www.brasilrepublica.com>)...................... 10 Figura 2.4 – Floresta Amazônica (Fonte: http://3.bp.blogspot.com)................................ 12 Figura 2.5 – Ponte de madeira na Transamazônica (Fonte: http://dashausdiefrau.com)........................................................................... 13 Figura 2.6 – Árvore de CUMARU (Fonte: <www.ibama.gov.br>)..................................... 15 Figura 2.7 – Seção transversal, tora e corte radial de CUMARU (Fonte: <www.ibama.gov.br>)..................................................................................... 17 Figura 2.8 – Árvore de IPÊ (Fonte: <www.ibama.gov.br>)................................................. 17 Figura 2.9 – Seção transversal, tora e corte radial de IPÊ (Fonte: <www.ibama.gov.br>)..................................................................................... 19 Figura 2.10 – Árvore de JATOBÁ (Fonte: <www.ibama.gov.br>)........................................ 20 Figura 2.11 – Seção transversal,corte tangencial e tora de JATOBÁ (Fonte: <www.ibama.gov.br>)......................................................................... 21 Figura 2.12 – Árvore de MAÇARANDUBA (Fonte: <www.ibama.gov.br>)....................... 22 Figura 2.13 – Seção transversal,corte tangencial e tora de MAÇARANDUBA (Fonte: <www.ibama.gov.br>)......................................................................... 23 Figura 2.14 – Árvore de TATAJUBA (Fonte: <www.ibama.gov.br>).................................. 24 Figura 2.15 – Seção transversal,corte tangencial e tora de TATAJUBA (Fonte:<www.ibama.gov.br>).......................................................................... 25 Figura 2.16 – Árvore de Eucalyptus citriodora ...................................................................... 26 Figura 2.17 – Eucalyptus citriodora (Fonte: <www.madeiratotal.com.br>).......................... 28 Figura 2.18 – Madeira Eucalyptus citriodora (Fonte: <www.madecom.com.br>)................ 29
Figura 2.19 – Tipos de protensão do tabuleiro de madeira (Fonte: OKIMOTO e
SUMÁRIO
RESUMO.................................................................................................................................... i
ABSTRACT............................................................................................................................... ii
LISTA DE FIGURAS............................................................................................................... iii
- CALIL, 2001)...................................................................................................
- Figura 2.20 – Seções transversais mais usuais (Fonte: FONTE e CALIL, 2007)..................
- vigas de MLC (Fonte: PIGOZZO, 2004)........................................................ Figura 2.21 – Detalhe de união das placas do tabuleiro de MLC montado sobre
- de revestimento asfáltico (Fonte: MOLINA, 2008)......................................... Figura 2.22 – Detalhe do tabuleiro misto de madeira e concreto com a utilização
- concreto na flexão (Fonte: MOLINA, 2008).................................................... Figura 2.23 – Cisalhamento dos conectores na interface dos materiais madeira e
- Figura 2.24 – Ponte mista Caminho do Mar em Cubatão (Fonte: CALIL, 2005)..................
- Figura 2.25 – Treliça plana teórica (Fonte: FERNÁNDEZ e PENNA, 2007)........................
- <www.estruturasdemadeira.blogspot.com>).................................................... Figura 2.26 – Treliça de madeira roliça (Fonte:
- www.estruturasdemadeira.blogspot.com>)...................................................... Figura 2.27 – Treliça de madeira laminada colada (Fonte:
- Figura 2.28 – Treliça de madeira serrada (Fonte: CALIL et al., 2004)..................................
- Figura 2.29 – Ligações com pregos (Fonte: NBR 7190/1997)...............................................
- Figura 2.30 – Ligações com parafusos (Fonte: NBR 7190/1997)..........................................
- Figura 2.31 – Ligações com anéis (Fonte: NBR 7190/1997).................................................
- Figura 2.32 – Espaçamento em ligações com pinos (Fonte: NBR 7190/1997)......................
- Figura 2.33 – Pinos em corte simples e em corte duplo (Fonte: NBR 7190/1997)................
- Figura 2.34 – Ligações com chapas de dentes estampados (Fonte: NBR 7190/1997)...........
- Figura 2.35 – Treliça “King”
- Figura 2.36 – Treliça Pratt
- Figura 2.37 – Treliças Howe
- Figura 2.38 – Treliça Howe-Zhuravsky
- Figura 2.39 – Treliça Warren
- Figura 2.40 – Treliça Bowstring
- Figura 2.41 – Vista geral do módulo da treliça.......................................................................
- Figura 2.42 – Chapa de ligação inferior (Fonte: CALIL et al., 2004)....................................
- Figura 2.43 – Esquema de ensaio (Fonte: CALIL et al., 2004)..............................................
- Figura 2.44 – Vista geral do ensaio (Fonte: CALIL et al., 2004)...........................................
- banzo superior (Adaptado: CALIL et al, 2004)................................................ Figura 2.45 – Relação entre carregamento aplicado e esforço normal sofrido pelo
- banzo inferior (Adaptado: CALIL et al, 2004)................................................. Figura 2.46 – Relação entre carregamento aplicado e esforço normal sofrido pelo
- diagonal (Adaptado: CALIL et al, 2004)......................................................... Figura 2.47 – Relação entre carregamento aplicado e esforço normal sofrido pela
- do vão (Adaptado: CALIL et al., 2004)........................................................... Figura 2.48 – Relação entre carregamento aplicado e deslocamento vertical no meio
- Figura 2.49 – Ponte de quatro treliças em Nyeri (Fonte: PARRY, 1981)..............................
- Figura 2.50 – Membros de madeira dos módulos (Fonte: PARRY, 1981).............................
- Figura 2.51 – Banzo inferior (Fonte: PARRY, 1981).............................................................
- (Fonte: PARRY, 1981)..................................................................................... Figura 2.52 – Contraventamento típico, com duas, quatro, seis, e oito treliças
- Figura 2.53 – Detalhe do tabuleiro (Adaptado: PARRY, 1981).............................................
- Figura 2.54 – Lançando um par de treliças (Fonte: PARRY, 1981).......................................
- Figura 3.1 – Peça de madeira serrada que compõe o banzo superior dos módulos..............
- Figura 3.2 – Peça de madeira serrada que compõem as diagonais dos módulos..................
- Figura 3.3 – Peça de madeira serrada que compõem o montante dos módulos....................
- módulos............................................................................................................ Figura 3.4 – Chapa de aço que compõem a ligação banzo superior-diagonal dos
- Figura 3.5 – Detalhe da ligação montante-banzo superior dos módulos..............................
- módulos............................................................................................................ Figura 3.6 – Chapa de aço que compõem a ligação diagonais-montante dos
- Figura 3.7 – Um módulo de treliça.......................................................................................
- Figura 3.8 – Barra de aço que forma o banzo inferior do módulo........................................
- Figura 3.9 – Detalhe da ligação da barra de aço, com chapas e pinos soldados...................
- Figura 3.10 – Módulos prontos...............................................................................................
- Figura 3.11 – Esquema do ensaio dos módulos da treliça......................................................
- Figura 3.12 – Detalhe das posições de extensômetros e relógios vistos pelo lado
- dos módulos......................................................................................................
- Figura 3.13 – Detalhe das posições de extensômetros e relógios vistos pelo lado
- dos módulos......................................................................................................
- Figura 3.14 – Detalhe das ligações.........................................................................................
- Figura 3.15 – Módulo montado de maneira invertida
- Figura 3.16 – Detalhe da célula de carga e do relógio............................................................
- Figura 3.17 – Detalhe do apoio do módulo treliçado.............................................................
- Figura 3.18 – Sistema Kyowa (leitura das deformações).......................................................
- Figura 3.19 – Ruptura dos módulos na ligação do apoio........................................................
- Figura 3.20 – Tela de entrada do Ftool
- Figura 3.21 – Numeração dos nós...........................................................................................
- Figura 3.22 – Numeração das barras.......................................................................................
- Figura 3.23 – Figura do Ftool para caracterizar seção retangular...........................................
- Figura 3.24 – Módulos de treliça montados na Tela do Ftool
- Figura 3.25 – Corte transversal da ponte................................................................................
- Figura 3.26 – Espraiamento transversal das cargas................................................................
- Figura 3.27 – Prancha de madeira serrada que compõe o tabuleiro........................................
- Figura 3.28 – Duas pranchas de 50 cm compondo o rodeiro..................................................
- Figura 3.29 – Trem-tipo (classe 30)........................................................................................
- Figura 3.30 – Carregamento de multidão distribuído na pista de rolamento..........................
- Figura 3.31 – Carregamento crítico........................................................................................
- Figura 3.32 – Flecha da ponte de 8 m ( Ftool ).........................................................................
- Figura 3.33 – Esforços normais sofridos pela ponte de 8 m ( Ftool ).......................................
- Figura 3.34 – Localização dos nós nos quais foram verificadas as ligações..........................
- Figura 3.35 – Detalhe da ligação do nó 01.............................................................................
- Figura 3.36 – Detalhe da ligação do nó 06.............................................................................
- Figura 4.1 – Locais onde foram medidos os deslocamentos verticais..................................
- Figura 4.2 – Diferença dos deslocamentos verticais em cada ponto dos módulos...............
- Figura 4.3 – Compressão na madeira....................................................................................
- Figura 4.4 – Tração no aço....................................................................................................
- Figura 4.5 – Diferenças dos deslocamentos verticais em cada ponto dos módulos............
- Figura 4.6 – Compressão na madeira..................................................................................
- Figura 4.7 – Tração no aço..................................................................................................
- superior........................................................................................................... Figura 4.8 – Relação entre o carregamento aplicado e a tensão sofrida pelo banzo
- Figura 4.9 – Relação entre carregamento aplicado e tensão sofrida pela diagonal.............
- banzo inferior.................................................................................................. Figura 4.10 – Relação entre carregamento aplicado e esforço normal sofrido pelo
- meio do vão.................................................................................................... Figura 4.11 – Relação entre carregamento aplicado e deslocamento vertical no
- Figura C.1 – Seção transversal da ponte para duas treliças................................................
- Figura C.2 – Seção transversal da ponte para quatro treliças.............................................
- Figura C.3 – Seção transversal da ponte para seis treliças..................................................
- Figura C.4 – Seção transversal da ponte para oito treliças.................................................
- Figura C.5 – Peças de madeira............................................................................................
- Figura C.6 – Construção do módulo...................................................................................
- Figura C.7 – Conexão do elemento de contraventamento..................................................
- Figura C.8 – Banzo inferior................................................................................................
- Figura C.9 – Detalhe de fixação da treliça na estrutura de fundação..................................
- Figura C.10 – Ligação superior.............................................................................................
- Figura C.11 – Ligação superior final de cada módulo..........................................................
- Figura C.12 – Ligação inferior..............................................................................................
- Figura C.13 – Detalhe do tabuleiro.......................................................................................
- Tabela 1.1 – Dimensões dos produtos produzidos em serraria (Fonte: NBR 7203/1982)...... LISTA DE TABELAS
- de Transportes do Estado do Pará)................................................................... Tabela 2.1 – Estado de Conservação das pontes no Pará (Fonte: Cadastro do Sistema
- Tabela 2.2 – Trabalhabilidade do JATOBÁ (Fonte: <www.ibama.gov.br>).......................
- Tabela 2.3 – Caracterização das madeiras tropicais..............................................................
- (Fonte: PARRY, 1986)..................................................................................... Tabela 2.4 – Número de treliças requeridas em função do vão e da classe da ponte
- Eucalyptus citriodora que foi usada na composição do módulo de treliça...... longitudinal (Ec0) fornecidos pelos ensaios de caracterização da madeira
- Tabela 3.2 – Média de resultados dos carregamentos no ensaio 01 – deformação...............
- Tabela 3.3 – Média de resultados dos carregamentos no ensaio 01 – deslocamento............
- Tabela 3.4 – Média de resultados dos carregamentos no ensaio 02 – deformação...............
- Tabela 3.5 – Média de resultados dos carregamentos no ensaio 02 – deslocamento............
- deslocamento.................................................................................................... Tabela 3.6 – Valor corrigido da média de resultados dos carregamentos no ensaio 01 –
- deslocamento.................................................................................................... Tabela 3.7 – Valor corrigido da média de resultados dos carregamentos no ensaio 02 –
- Tabela 3.8 – Resultados do carregamento no ensaio de ruptura – deformação....................
- ruptura – deslocamento..................................................................................... Tabela 3.9 – Resultados do carregamento e seus valores corrigidos no ensaio de
- Tabela 4.1 – Deslocamentos dos módulos em centímetro (ensaio 01).................................
- Tabela 4.2 – Deslocamentos dos módulos em centímetro (ensaio 02).................................
- Tabela 4.3 – Tensão normal nos locais dos extensômetros no ensaio 01.............................
- Tabela 4.4 – Tensão normal nos locais dos extensômetros no ensaio 02.............................
- Tabela 4.5 – Posição dos extensômetros nas barras..............................................................
- Tabela 4.6 – Tensão normal nas barras (ensaio 01)..............................................................
- Tabela 4.7 – Tensão normal nas barras (ensaio 02)..............................................................
- Tabela 4.8 – Força axial nas barras (ensaio 01)....................................................................
- Tabela 4.9 – Força axial nas barras (ensaio 02)....................................................................
- Tabela 4.10 – Deslocamento numérico dos módulos...........................................................
- Tabela 4.11 – Força axial numérica em cada barra...............................................................
- Tabela 4.12 – Tensão numérica em cada barra.....................................................................
- Tabela 4.14 – Tabela de pré-dimensionamento da ponte de treliça modular........................
- Tabela A.1 – Resultados dos ensaios de compressão dos corpos de prova
- Tabela A.2 – Resultados dos ensaios de compressão do corpo de prova
- Tabela A.3 – Resultados dos ensaios de compressão do corpo de prova
- Tabela A.4 – Resultados dos ensaios de compressão do corpo de prova
- Tabela A.5 – Resultados dos ensaios de compressão do corpo de prova
- Tabela A.6 – Resultados dos ensaios de compressão do corpo de prova
- Tabela B.1 – Primeiro carregamento do ensaio 01 – deformação.......................................
- Tabela B.2 – Primeiro carregamento do ensaio 01 – deslocamento....................................
- Tabela B.3 – Segundo carregamento do ensaio 01 – deformação.......................................
- Tabela B.4 – Segundo carregamento do ensaio 01 – deslocamento....................................
- Tabela B.5 – Terceiro carregamento do ensaio 01 – deformação........................................
- Tabela B.6 – Terceiro carregamento do ensaio 01 – deslocamento.....................................
- Tabela B.7 – Quarto carregamento do ensaio 01 – deformação..........................................
- Tabela B.8 – Quarto carregamento do ensaio 01 – deslocamento.......................................
- Tabela B.9 – Primeiro carregamento do ensaio 02 – deformação.......................................
- Tabela B.10 – Primeiro carregamento do ensaio 02 – deslocamento....................................
- Tabela B.11 – Segundo carregamento do ensaio 02 – deformação.......................................
- Tabela B.12 – Segundo carregamento do ensaio 02 – deslocamento....................................
- Tabela B.13 – Terceiro carregamento do ensaio 02 – deformação........................................
- Tabela B.14 – Terceiro carregamento do ensaio 02 – deslocamento.....................................
- Tabela B.15 – Quarto carregamento do ensaio 02 – deformação..........................................
- Tabela B.16 – Quarto carregamento do ensaio 02 – deslocamento.......................................
- INTRODUÇÃO.................................................................................................................... LISTA DE TABELAS............................................................................................................ viii
- 1.1- Objetivos do trabalho..................................................................................................
- 1.2- Justificativa...................................................................................................................
- 1.3- Estruturação do Trabalho...........................................................................................
- 2- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...........................................................................................
- 2.1- O Estado do Pará.........................................................................................................
- 2.1.1- Hidrografia.............................................................................................................
- 2.1.2- Aspectos Sócio-econômicos.................................................................................
- 2.1.3- Madeiras tropicais................................................................................................
- 2.1.4- Condições das pontes existentes..........................................................................
- 2.2- Madeira.......................................................................................................................
- 2.2.1- Madeiras tropicais................................................................................................
- 2.2.1.1- CUMARU ( Dipteryx odorata ).....................................................................
- 2.2.1.2- IPÊ ( Tabebuia serratifolia )..........................................................................
- 2.2.1.3- JATOBÁ ( Hymenaea courbaril )..................................................................
- 2.2.1.4- MAÇARANDUBA ( Manilkara sp. )............................................................
- 2.2.1.5- TATAJUBA ( Bagassa guianensis )...............................................................
- 2.2.2- Caracterização das madeiras tropicais..................................................................
- 2.2.3- Eucalyptus citriodora
- 2.3- Pontes de madeira para médios vãos........................................................................
- 2.4- Treliças de madeira....................................................................................................
- 2.4.1- Características......................................................................................................
- 2.4.2- Tipos de vigas de madeira utilizadas em treliça...................................................
- 2.4.3- Ligações usadas entre elementos de madeira.......................................................
- 2.4.4- Análise estrutural das ligações.............................................................................
- 2.4.5- Tipos de treliças...................................................................................................
- 2.4.6- Características importantes..................................................................................
- 2.5- Treliça modular..........................................................................................................
- 2.5.1- Processo alternativo..............................................................................................
- 2.5.2- Descrição geral do comportamento do sistema....................................................
- 2.5.2.1- Ligações dos módulos..................................................................................
- 2.5.2.2- Ensaio dos módulos de Calil et al. (2004)....................................................
- 2.6- Pontes de treliça modular testadas no Quênia........................................................
- 2.6.1- Madeira serrada....................................................................................................
- 2.6.1.1- Especificações da madeira serrada...............................................................
- 2.6.1.2- Preservação da madeira................................................................................
- 2.6.2- Aço.......................................................................................................................
- 2.6.3- Contraventamento................................................................................................
- 2.6.4- Tabuleiro..............................................................................................................
- 2.6.5- Fabricação............................................................................................................
- 2.6.6- Avaliação do projeto............................................................................................
- 2.6.7- Manutenção..........................................................................................................
- 2.6.8- Custos...................................................................................................................
- 2.7- Conclusão da revisão bibliográfica...........................................................................
- 3- MATERIAIS E MÉTODOS.............................................................................................
- 3.1- Montagem dos Módulos.............................................................................................
- 3.2 - Ensaio de caracterização..........................................................................................
- 3.3- Descrição do ensaio dos módulos..............................................................................
- 3.4- Ensaio dos módulos....................................................................................................
- 3.5- Ensaio de Ruptura.....................................................................................................
- 3.6- Análise numérica........................................................................................................
- 3.7- Memória de cálculo da ponte de treliça modular....................................................
- 3.7.1- Documentos normativos.......................................................................................
- 3.7.2- Esquema geral da ponte........................................................................................
- 3.7.3- Características da ponte exemplo.........................................................................
- 3.7.4- Hipóteses e simplificações de cálculo..................................................................
- 3.7.5- Ações atuantes......................................................................................................
- 3.7.6- Cálculo do peso próprio.......................................................................................
- 3.7.7- Cálculo do impacto vertical..................................................................................
- 3.7.8- Trem-tipo..............................................................................................................
- 3.7.9- Cálculo do carregamento de multidão..................................................................
- 3.7.10- Aceleração e frenagem dos veículos..................................................................
- 3.7.11- Carregamento no guarda-corpo..........................................................................
- 3.7.12- Cálculo da combinação de ações........................................................................
- 3.7.13- Verificação da flecha máxima............................................................................
- 3.7.14- Verificação da compressão.................................................................................
- 3.7.15- Verificação da tração..........................................................................................
- 3.7.16- Verificação das ligações.....................................................................................
- 4- ANÁLISE DOS RESULTADOS......................................................................................
- 4.1- Análise Experimental.................................................................................................
- 4.2- Analise Numérica.......................................................................................................
- 4.3- Comparação numérico x experimental..................................................................
- 4.4- Análise da ponte de treliça modular.......................................................................
- 4.5- Discussões..................................................................................................................
- 5- CONCLUSÕES................................................................................................................
- 5.1- Utilização de madeira tropical no projeto.............................................................
- 5.2- Estudo numérico-experimental...............................................................................
- 5.3- Vantagens do projeto...............................................................................................
- 5.4- Tabela de pré-dimensionamento.............................................................................
- 5.5- Recomendações para trabalhos futuros.................................................................
- 6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................
- CARACTERIZAÇÃO DO EUCALIPTO CITRIODORA.............................................. APÊNDICE A – RESULTADOS DETALHADOS DOS ENSAIOS DE
- MÓDULOS DE TRELIÇA................................................................................................. APÊNDICE B – RESULTADOS DETALHADOS DOS ENSAIOS DOS
- APÊNDICE C – DETALHAMENTO DA PONTE DE TRELIÇA MODULAR...........
1
1. INTRODUÇÃO É de suma importância para o desenvolvimento de qualquer lugar, dos pontos de vista tanto econômico como social, a existência de boas rodovias para o deslocamento de cargas como também de pessoas. No Estado do Pará, que possui suas estradas cortadas por muitos rios e córregos, os quais se tornam pequenos obstáculos a construção de pequenas e médias pontes é imprescindível para a melhoria do transporte intermunicipal e interestadual e, por conseqüência, para seu desenvolvimento. Entretanto, processos “incorretos” de construção e manutenção são empregados nas pontes da região, principalmente pela carência de informações técnicas das administrações estaduais e/ou municipais. O péssimo estado em que se encontram as estradas e pontes vicinais desestimula a permanência das pessoas nas comunidades rurais, pois isso, dificulta o trânsito, causa desconforto e insegurança às mesmas, além de aumentar os custos dos transportes para os produtores como também os custos de manutenção para as administrações locais. Vale mencionar que a maioria das pontes de madeira no Brasil não são projetadas nem construídas por técnicos e construtores especializados em madeiras e, por causa disto, as estruturas são quase sempre caras, inseguras e de baixa durabilidade. O estado atual de degradação destas pontes reflete um quadro a respeito da madeira que revela a necessidade de ampliar os estudos de modo a se gerar subsídios para a otimização do projeto, garantindo maior durabilidade e melhor desempenho para tais estruturas.
Figura 1.1 – Vistas distintas de uma ponte de madeira serrada em Monte Dourado-PA, 2008.