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Uma pesquisa sobre as melhoras fisiológicas decorrentes dos exercícios aeróbicos e anaeróbicos, com ênfase nos sistemas cardio-circulatório e respiratório. O texto aborda as fontes de energia utilizadas em cada tipo de exercício, as adaptações fisiológicas, como a diminuição de triglicerídeos e a melhora da eficiência respiratória, e as vantagens para a saúde. Além disso, o documento cita estudos e autores relevantes na área.
Tipologia: Notas de aula
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FELIPE AUGUSTO BENVENUTTI
Monografia apresentada à Disciplina Seminário de Monografia como requisito parcial para conclusão Departamento^ do curso de Licenciatura em Educação Física, do de Educação, Setor de Ciências Biológicas, da Universidade Federal do Paraná.
Agradeço a DEUS principalmente, a minha futura esposa Cristiane. E também a minha família que sempre me apoiou e fez de mim a pessoa que sou hoje...
LISTA DE FIGURAS
O presente estudo teve como objetivo verificar as melhoras ocorridas a níveis fisiológicos,anaeróbicos nadecorrentes musculação. dos Foramexercícios analisados aeróbicos os seguintesem geral sistemas:e dos exercícioso cardio- circulatório, o respiratório, o endócrino, o nervoso e o músculo-esquelético. Observou- se que os exercícios aeróbicos ocasionam adaptações relevantes principalmente aos sistemas cárdio-circulatório e respiratório; enquanto os exercícios anaeróbicos melhoram, consideravelmente as funções fisiológicas do sistema músculo-esquelético. Esta pesquisa, também pode trazer como resultado positivo dos exercícios aeróbicos, uma melhora da pressão arterial, principalmente a sistólica em repouso e no exercício, e uma redução do percentual de gordura, visto que os exercícios aeróbicos de longa duração conseguem catabolizar os ácidos graxos livres do organismo. Especificamente,muscular, ósseo e articular, uma vez que ajudam a corrigir problemas articulares ou os exercícios anaeróbicos causam adaptações positivas à nível ejn último caso minimizá-los, principalmente se o exercício anaeróbico, for do tipo musculação, onde são utilizadas sobrecargas, as quais farão com que haja um aumento da massa muscular e também da massa óssea, prevenindo as doenças ósteo-articuiares, como por exemplo a osteoporose.
Na presente pesquisa bibliográfica, será abordada a questão fisiológica do exercício. Uma área fascinante, que pode trazer várias informações para o entendimento dos benefícios que a atividade física traz ao ser humano. Especificamente, este trabalho levará aos profissionais de Educação Física e aos da área de saúde, uma analise sobre os exercícios aeróbicos e anaeróbicos, bem como as suas adaptações fisiológicas. O mesmo trabalho apresenta uma divisão dos sistemas de funcionamento do corpo, onde será dada ênfase para os sistemas cárdio - circulatório e respiratório, nos exercícios aeróbicos em geral, e no caso dos chamados exercícios anaeróbicos na musculação, o sistema músculo - esquelético é o que será abordado com mais ímpeto. Também serão estudados os sistemas endócrino e nervoso. O estudo tentará passar o maior número de informações sobre estes dois tipos de exercícios, procurando passar o que há de melhor em cada, isto, levando em consideração a adaptação fisiológica ao exercício. Sabendo destes benefícios, os leitores poderão usufruir deste conhecimento científico na área da fisiologia do exercício, e poderão ter melhores condições de por em prática estes conceitos em suas atividades profissionais. Contribuindo para um melhor esclarecimento também, sobre estes dois tipos de atividade física.
Em relação à utilização de energia durante o treinamento aeróbico, Counsilman (1975) apud TUBINO (1993), relata que há uma melhor utilização do ATP, isto o comparando com o treinamento anaeróbico, pois a glicose gera muito mais energia por molécula/grama utilizando o oxigênio. VILLIGER et al (1995) coloca que através do exercício aeróbico, o organismo utiliza uma fonte energética na qual é necessária a oxidação dos substratos (hidratos de carbono, gorduras e proteínas) para transformar em energia, no caso aeróbica. Para melhor ilustrar a questão das fontes energéticas, é necessária a observação da tabela 1. Para o mesmo autor, com o aumento da atividade das enzimas responsáveis pela mobilização das gorduras, o músculo treinado-aerobicamente será capaz de armazenar, mobilizar e oxidar maiores quantidades de gordura. Por causa disto, a pessoa treinada nestas condições, produzirá mais energia mediante a decomposição de ácidos graxos livres, numa solicitação submáxima de exercício.
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Para WEINECK (1999), FLECK & KRAEMER (1999) e BARROS (2002), o treinamento de resistência acarreta num aumento dos reservatórios energéticos, o que pode ser chamado de supercompensação, esta supercompensação pode ser originada devido ao esvaziamento e a recarga constante destes reservatórios. Vale destacar, que o mesmo considera estes efeitos fisiológicos, de grande importância para pessoas que treinam regularmente o desenvolvimento da resistência aeróbica, portanto devem ser considerados, como fundamentais para pessoas que necessitem perder peso de gordura. De acordo com os mesmos, um treinamento aeróbico faz com que exista uma grande participação de enzimas oxidativas ou aeróbicas e aumenta a velocidade da reação. Com isso, também haverá uma melhoria no fornecimento de energia e um aumento da resistência contra o cansaço. BARROS (2002) relata que, andar, pedalar, correr e dançar à velocidades moderadas são exemplos de atividade aeróbicas, sendo que as mesmas são aeróbicas, pois utilizam fundamentalmente o oxigênio como fonte energética.
De acordo com FOX (1991), TUBINO (1993), VILLIGER et al (1995), POWERS & HOWLEY (2000) e ROBERGS & ROBERTS (2001), existem dois
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sistemas energéticos utilizados em exercícios anaeróbicos, estes são: (1) o sistema dos fosfagênios (ATP-PC); e (2) a glicólise anaeróbica. De acordo com FOX (1991) há uma maior capacidade do músculo em oxidar glicogênio e um aumento no volume de glicogênio, armazenado no músculo após o treinamento anaeróbieo. Esta maior oxidação fará o músculo esquelético aumentar a sua capacidade para desintegrar o glicogênio na falta de oxigênio, produzindo ATP, e com isso o músculo terá sua capacidade anaeróbica de produção de energia melhorada. O mesmo autor salienta que maiores capacidades da glicólise anaeróbicas foram observadas com o treinamento com pesos. Já esta modificação é explicada pela maior utilização de energia ou ATP derivada do sistema do ácido lático, que conseqüentemente terá uma maior capacidade glicolítica após o treinamento anaeróbieo e mostrado pela "habilidade" de acumular quantidades muito maiores de ácido lático sangüíneo após um treinamento altamente anaeróbieo. Segundo TUBINO (1993), nos processos de utilização energética em jovens praticantes de atletismo, mais especificamente na prova de 100 metros rasos, foram verificados os seguintes valores no tempo máximo de 14,2 segundos: 64% da energia utilizada foram responsáveis pelo processo glicolítico, 21% das reações foram feitas pela PC, e o processo aeróbico chegou a 15%. Com isso, para o mesmo autor, uma maior parte da energia utilizada nos 100 metros rasos foi feita por processos anaeróbicos. Concordando com VILLIGER et al (1995), POWERS & HOWLEY (2000) e ROBERGS & ROBERTS (2001), no caso do exercício ser do tipo anaeróbieo, o
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ocorrerá de uma forma natural de resposta fisiológica, pois o LDL diminuíra em virtude da utilização do HDL, para metabolizá-lo. Uma evidente melhora para SANTARÉM (1998), é a diminuição tanto do colesterol-LDL, quanto dos triglicerídeos, em reposta aos exercícios de resistência aeróbica, diminuindo, portanto, a quantidade de gordura nas artérias. WILMORE & COSTILL (2001), também descrevem uma possível melhora causada pelos exercícios aeróbicos, praticados regularmente é a diminuição das taxas de triglicerídeos e do colesterol-HDL, pois, para os mesmos, se estas taxas estiverem altas, prejudicaram as funções do sistema cardiovascular, em sua irrigação sangüínea.
FOX (1991), VILLIGER et al (1995) e SANTARÉM (1998), relatam que as adaptações do ser humano aos exercícios anaeróbicos são uma diminuição dos níveis de triglicerídeos, porém não tão evidentes quanto às melhoras promovidas pelo sistema aeróbico de energia. Esta diminuição esta relacionada com o aumento da massa muscular, que aumentará o gasto calórico total, e a menor quantidade de gordura nos vasos sangüíneos, o que faz o organismo ter uma melhor hemodinâmica dentre estes vasos. Para FLECK & KRAEMER (1999), os exercícios anaeróbicos farão a diminuição dos triglicerídeos, porém não da mesma forma que os de cunho aeróbico,
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justamente porque os exercícios aeróbicos conseguem catabolizar mais gordura durante o exercício. WILMORE & COSTILL (2001) citam em sua obra a diminuição das taxas de triglicerídeos, como modificações vantajosas às pessoas que praticam atividades anaeróbicas regularmente. Segundo HOUSTON (2001) haverá uma diminuição dos triglicerídeos através de exercícios anaeróbicos, e também os níveis de LDL - colesterol podem diminuir, enquanto o HDL tende a aumentar. Este HDL, em maior quantidade, faz com que diminua o LDL, pois segundo o mesmo autor, o chamado colesterol bom pode diminuir o LDL, como resposta aos exercícios anaeróbicos.
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débito cardíaco, pois o coração, conseguirá ejetar mais sangue. Esta ejeção será mais aprofundada nos tópicos subseqüentes. McARDLE et al (1998) demonstra que há um aumento do débito cardíaco em atletas campeões de endurance, estes comparados com atletas bem treinados aeróbicamente e (ou) pessoas que não praticavam nenhum tipo de atividade física. Segundo MAUGHAN et al (2000), os exercícios aeróbicos promovem, além da hipertrofia miocárdica, um maior débito cardíaco, ou seja, uma maior quantidade de sangue será ejetada pelo ventrículo esquerdo, em uma menor quantidade de tempo, pois o coração será mais eficiente e economizará batimentos, concordando com o autor. WILMORE & COSTILL (2001) relata que nas pessoas que se submeterem a exercícios aeróbicos regulares ocorrerá um maior débito cardíaco e isto melhorará o sistema cardiovascular. Por isso, os exercícios de resistência aeróbica devem ser utilizados para que os indivíduos tenham uma melhor circulação sangüínea. HOUSTON (2001) cita que o aumento do débito cardíaco como fator resultante da hipertrofia miocárdica e do aumento do volume sistólico.
OSIECKI (2001) classifica as atividades de cunho aeróbico como importantes meios modificadores das funções cardio-circulatórias e metabólica geral, e realizando esta atividade aeróbica com regularidade, pode-se diminuir o risco a doenças cardiovasculares e também diminuir a pressão arterial, tanto sistólica quanto diastólica.
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De acordo com OSIECKI (2001), em analise dos efeitos do exercício e treinamento em homens e mulheres idosos com hipertensão essencial, destaca-se que parece ser o treinamento aeróbico um fator importantíssimo para a queda da pressão arterial sistólica e diastólica em indivíduos acima de sessenta anos. FOX (1991), POLLOCK (1993), VILLIGER et al (1995), MCARDLE et al (1998), POWERS & HOWLEY (2000), WILMORE & COSTILL (2001), ROBERGS & ROBERTS (2001) e HOUSTON (2001) afirmam que em virtude da utilização dos exercícios aeróbicos, pode ocorrer uma diminuição da pressão arterial em repouso. E também segundo estes autores, os indivíduos com hipertensão arterial, mostram reduções significativas tanto na pressão sistólica, quanto na diastólica, sendo mais evidente a diminuição da pressão arterial sistólica. Com isso, melhorando contundentemente o fluxo sangüíneo do indivíduo.
O volume de ejeção aumenta com os exercícios de resistência aeróbica, tanto no exercício, quanto em repouso, segundo (FOX 1991). Para POLLOCK (1993), em virtude do treinamento aeróbico constante haverá uma maior demanda sangüínea, principalmente pelo aumento do volume sistólico que estes exercícios promovem. Em relação a este tópico, VILLIGER et al (1995) descrevem as melhorias adaptativas do sistema cardio-circulatório, principalmente no que diz respeito a um maior volume sistólico, ou de ejeção, tanto em repouso quanto em esforço físico.