Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Sintaxe do Português I: Complementação e Transitividade, Notas de estudo de Língua Portuguesa

Nesta documentação, encontram-se informações sobre as aulas da disciplina flco277 do departamento de letras clássicas e vernáculas da faculdade de filosofia, letras e ciências humanas da universidade de são paulo (usp). Aulas ministradas por prof. Dra. Márcia santos duarte oliveira, abordam as temáticas de complementação e transitividade em português. Textos obrigatórios para a disciplina, como moderna gramática portuguesa de evanildo bechara, e outros referências para melhor compreensão do assunto.

O que você vai aprender

  • Qual é a importância da Complementação e Transitividade em Português?
  • Como a sintaxe moderna classifica os predicados?
  • Quais são os papeis temáticos dos argumentos em uma sentença portuguesa?

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

jacare84
jacare84 🇧🇷

4.5

(451)

225 documentos

1 / 3

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
!
1!
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO / USP
FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS / FFLCH
DEPARTAMENTO DE LETRAS CLÁSSICAS E VERNÁCULAS / DLCV
ÁREA DE FILOLOGIA E LÍNGUA PORTUGUESA / AFLP
Disciplina: FLCO277 Sintaxe do Português I ano: 2015
Docente Responsável: Profa. Dra. Márcia Santos Duarte de Oliveira
Turmas: 2015101 quartas-feiras (19:30 às 21:00h);
2015102 - 2015104 (8:00 às 10:00h - 10:00 às 12:00h)
!
Tópico da Aula 9
Textos:
Bechara, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 2006. Edição revista e ampliada.
Rio de Janeiro: Editora Lucena.
Cyrino, Sônia M., Jairo Nunes & Emílio Pagotto. 2009. Complementação. In Kato, Mary A. &
Milton Nascimento. (Orgs.). Gramática do português culto falado no Brasil A construção da
sentença, p. 47-100. Campinas: Editora da UNICAMP, vol. 3.
Kenedy, Eduardo. 2013. Curso básico de linguística gerativa. Contexto: São Paulo.
Sintaxe e computações sintáticas, p. 191-208; cap. 8.
Oliveira, Márcia Santos Duarte. 2010. Análise Sintática do Português Falado no
Brasil. Rio de Janeiro: MULTIFOCO. Vol. 1. Capítulo 4, p. 99-152.
:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::
(I) Complementação
A partir dessa aula, evidenciaremos a noção de complementação, principalmente
ligada a verbos em língua portuguesa, relacionada, entre outras coisas, a três
especificações:
1) quantos (de zero a três) são os argumentos que esse verbo requer;
2) qual é o papel temático (agente, paciente, experienciador etc.) desses
argumentos;
3) qual é a realização sintática (sintagma nominal, sintagma preposicional
etc.) de tais argumentos.
Cyrino, Nunes & Pagotto (2009: 50)
pf3

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Sintaxe do Português I: Complementação e Transitividade e outras Notas de estudo em PDF para Língua Portuguesa, somente na Docsity!

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO / USP FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS / FFLCH DEPARTAMENTO DE LETRAS CLÁSSICAS E VERNÁCULAS / DLCV ÁREA DE FILOLOGIA E LÍNGUA PORTUGUESA / AFLP Disciplina : FLCO277 Sintaxe do Português I – ano: 2015 Docente Responsável : Profa. Dra. Márcia Santos Duarte de Oliveira Turmas: 2015101 – quartas-feiras (19:30 às 21:00h); 2015102 - 2015104 (8:00 às 10:00h - 10:00 às 12:00h) Tópico da Aula 9 Textos: Bechara, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 2006. Edição revista e ampliada. Rio de Janeiro: Editora Lucena. Cyrino, Sônia M., Jairo Nunes & Emílio Pagotto. 2009. Complementação. In Kato, Mary A. & Milton Nascimento. (Orgs.). Gramática do português culto falado no Brasil – A construção da sentença , p. 47-100. Campinas: Editora da UNICAMP, vol. 3. Kenedy, Eduardo. 2013. Curso básico de linguística gerativa. Contexto: São Paulo. Sintaxe e computações sintáticas, p. 191- 208 ; cap. 8. Oliveira, Márcia Santos Duarte. 2010. Análise Sintática do Português Falado no Brasil. Rio de Janeiro: MULTIFOCO. Vol. 1. Capítulo 4, p. 99-152. ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: (I) Complementação

  • A partir dessa aula, evidenciaremos a noção de complementação, principalmente ligada a verbos em língua portuguesa, relacionada, entre outras coisas, a três especificações: 1) quantos (de zero a três) são os argumentos que esse verbo requer; 2) qual é o papel temático (agente, paciente, experienciador etc.) desses argumentos; 3) qual é a realização sintática (sintagma nominal, sintagma preposicional etc.) de tais argumentos. Cyrino, Nunes & Pagotto (2009: 50)
  • Em teoria da sintaxe, os “predicados” são classificados conforme o número de lugares (argumentos) que exigem para formar uma proposição. Os predicados não são necessariamente ‘verbos’. Exemplo de predicado de um lugar: sorrir x Exemplo de predicado de dois lugares: matar x y Exemplo de predicado de três lugares: dar x y z A representação exemplificada por ‘variáveis’ acima foi absorvida pela sintaxe moderna por itens lexicais. No lugar das variáveis, aparecerem os argumentos com “papeis semânticos” – chamados de “papeis temáticos” (da letra gregra θ): agente, experienciador, paciente, fonte, meta, instrumento, local etc.)
  • Observe o exemplo abaixo em português europeu (PE), embora retirado de uma gramática prestigiada brasileira – Bechara (2006: 423). (1) Alguns alunos compraram flores [ao florista] para a professora Segundo Bechara (2006: 423), o sintagma “ao florista” é o objeto indireto pois a pronominalização do dativo LHE só pode ser comutada a esse PP e não a “para a professora”:
  • Alguns alunos compraram-lhe ao florista
  • Atente, portanto, para os papeis θ do OI em PE em (1) (1) Alguns alunos compraram flores [ao florista] [PP ao florista] Em PE a sentença (1) é ambígua, pois o PP pode ter dois papeis θ: ‘fonte’ ou ‘meta’: (i) fonte : alguns alunos compraram flores (da florista) (ii) meta : alguns alunos compraram flores (para a florista) Observe que em português brasileiro (PB), o PP [à florista] não seria ambíguo, pois caso o interpretássemos como ‘fonte’ o expressaríamos com a preposição ‘de’; caso o interpretássemos como ‘meta’, o interpretaríamos com a preposição