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Nova Perspectiva na Terapia da Bancroftose: A Importância da Infeção Secundária Bacteriana, Notas de estudo de Medicina

Este documento discute as novas descobertas sobre a bancroftose, uma doença filarial, e como a compreensão da doença e de sua terapia tem evoluído. Antes, acreditava-se que a elefantiasis era causada por uma reação imunológica do hospedeiro ao parasita. No entanto, novas evidências sugerem que a principal causa da evolução de linfedema e elefantiasis é a involvação de infecções bacterianas secundárias. O documento também destaca a importância de outras formas de terapia de suporte, como educação e conselhos psicológicos, além de medicamentos antiparasitários.

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Tiago22
Tiago22 🇧🇷

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217
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
33(2):217-221, mar-abr, 2000.
ARTIGO DE OPINIÃO
Bases para o tratamento da morbidade em áreas
endêmicas de filariose bancroftiana
Rational for morbity management in bancroftian
filariasis endemic areas
Gerusa Dreyer12
e Patrícia Dreyer1
Resumo A escolha da terapia mais apropriada para o paciente com bancroftose requer um
conhecimento das diversas características clínicas da doença filarial e de sua patogênese. Como
resultado de novos testes diagnósticos e avanços clínicos, não apenas nosso entendimento
sobre a filariose bancroftiana mudou rapidamente de forma, como as nossas idéias sobre o
tratamento. No passado, acreditava-se que a elefantíase era causada pela reação imunológica
do hospedeiro ao parasita filarial. Posta dessa maneira, essa forma da doença seria o ponto final
de uma inter-relação hóspede-hospedeiro imutável, dada a inexistência de medicamentos ou de
condutas que possibilitassem a sua involução nos denominados “indivíduos imunologicamente
predispostos”. Entretanto, nos últimos anos, surgiram evidências de que o linfedema e a elefantíase
tinham outro agente etiológico. O principal fator de evolução para os quadros de linfedema e
elefantiásicos seria o desenvolvimento de infecções bacterianas secundárias de repetição. Hoje,
é perfeitamente claro que outras formas de terapia de suporte (incluindo a educação e o
aconselhamento psicológico) são necessárias e são, muitas vezes, mais importantes que a terapia
antiparasitária.
Palavras-chaves: Filariose.
Wuchereria bancrofti.
Morbidade. Controle.
Abstract Selection of the most appropriate therapy for the patient with bancroftian filariasis
requires a knowledge of the diverse clinical characteristics of filarial disease and their pathogenesis.
As a result of new diagnostic tests and clinical advances, our understanding of bancroftian filariasis
has changed rapidly, as have our ideas about treatment. In the past, it was believed that
elephantiasis was caused by an immunologic reaction of the host to the filarial parasite. From this
perspective, elephantiasis was seen as the endpoint of an unalterable relationship between the
host and the parasite, and given the absence of effective medication or procedures, affected
individuals were considered “immunologically predisposed” to this end-stage disease. In the last
few years, however, new evidence has suggested that lymphedema and elephantiasis have another
etiologic agent. Namely, the principal factor in the evolution of lymphedema and elephantiasis is
the involvement of recurrent secondary bacterial infections. Today, it is clear that other forms of
supportive therapy (including education and psychological counseling) are necessary and are
often more important than antiparasitic drugs.
Key-words: Filariasis.
Wuchereria bancrofti.
Morbidity. Control.
1. Universidade Federal de Pernambuco e 2. Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães/FIOCRUZ, Recife, PE.
Suporte financeiro: UNDP/World Bank/WHO Special Programme for Research and Training in Tropical Diseases (TDR), FACEPE,
CNPq, Fundação Nacional de Saúde, Fundação Oswaldo Cruz (PAPES) e Organização Não Governamental Amaury Coutinho.
Endereço para correspondência:
Drª Gerusa Dreyer. Núcleo de Ensino, Pesquisa e Assistência em Filariose (NEPAF). Departamento
de Cirurgia - Hospital das Clínicas/UFPE. Av. Prof. Moraes Rego s/nº, 50670-901 Recife, PE, Brasil.
Telefax: 55 81 427-6455.
Recebido para publicação em 28/7/99.
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Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 33(2):217-221, mar-abr, 2000.

ARTIGO DE OPINIÃO

Bases para o tratamento da morbidade em ·reas

endÍmicas de filariose bancroftiana

Rational for morbity management in bancroftian

filariasis endemic areas

Gerusa Dreyer1 2^ e Patrícia Dreyer 1

Resumo A escolha da terapia mais apropriada para o paciente com bancroftose requer um conhecimento das diversas características clínicas da doença filarial e de sua patogênese. Como resultado de novos testes diagnósticos e avanços clínicos, não apenas nosso entendimento sobre a filariose bancroftiana mudou rapidamente de forma, como as nossas idéias sobre o tratamento. No passado, acreditava-se que a elefantíase era causada pela reação imunológica do hospedeiro ao parasita filarial. Posta dessa maneira, essa forma da doença seria o ponto final de uma inter-relação hóspede-hospedeiro imutável, dada a inexistência de medicamentos ou de condutas que possibilitassem a sua involução nos denominados “indivíduos imunologicamente predispostos”. Entretanto, nos últimos anos, surgiram evidências de que o linfedema e a elefantíase tinham outro agente etiológico. O principal fator de evolução para os quadros de linfedema e elefantiásicos seria o desenvolvimento de infecções bacterianas secundárias de repetição. Hoje, é perfeitamente claro que outras formas de terapia de suporte (incluindo a educação e o aconselhamento psicológico) são necessárias e são, muitas vezes, mais importantes que a terapia antiparasitária.

Palavras-chaves: Filariose. Wuchereria bancrofti.Morbidade. Controle.

Abstract Selection of the most appropriate therapy for the patient with bancroftian filariasis requires a knowledge of the diverse clinical characteristics of filarial disease and their pathogenesis. As a result of new diagnostic tests and clinical advances, our understanding of bancroftian filariasis has changed rapidly, as have our ideas about treatment. In the past, it was believed that elephantiasis was caused by an immunologic reaction of the host to the filarial parasite. From this perspective, elephantiasis was seen as the endpoint of an unalterable relationship between the host and the parasite, and given the absence of effective medication or procedures, affected individuals were considered “immunologically predisposed” to this end-stage disease. In the last few years, however, new evidence has suggested that lymphedema and elephantiasis have another etiologic agent. Namely, the principal factor in the evolution of lymphedema and elephantiasis is the involvement of recurrent secondary bacterial infections. Today, it is clear that other forms of supportive therapy (including education and psychological counseling) are necessary and are often more important than antiparasitic drugs.

Key-words: Filariasis. Wuchereria bancrofti.Morbidity. Control.

  1. Universidade Federal de Pernambuco e 2. Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães/FIOCRUZ, Recife, PE. Suporte financeiro: UNDP/World Bank/WHO Special Programme for Research and Training in Tropical Diseases (TDR), FACEPE, CNPq, Fundação Nacional de Saúde, Fundação Oswaldo Cruz (PAPES) e Organização Não Governamental Amaury Coutinho. Endereço para correspondência: Drª Gerusa Dreyer. Núcleo de Ensino, Pesquisa e Assistência em Filariose (NEPAF). Departamento de Cirurgia - Hospital das Clínicas/UFPE. Av. Prof. Moraes Rego s/nº, 50670-901 Recife, PE, Brasil. Telefax: 55 81 427-6455. Recebido para publicação em 28/7/99.

Dreyer G e Dreyer P

A a p r e s e n t a ç ã o c l í n i c a d a f i l a r i o s e bancroftiana é bastante diversificada, variando desde as formas assintomáticas e sintomáticas agudas até as formas crônicas. A doença pode acometer homens e mulheres, atingindo diferentes partes do organismo, como os membros inferiores e os superiores, as mamas, a região escrotal, o pênis e, raramente, a vulva. No homem, o porta- voz da doença é o trato urogenital. Na mulher, a elefantíase — a mais desfigurante dentre todas as manifestações crônicas — localiza-se, predominantemente, nos membros inferiores 4. Estima-se que cerca de 10 a 15% dos indivíduos infectados irão evoluir para a cronicidade 30 gerando, no universo dos doentes, uma parcela importante da população que precisará de cuidados especiais relacionados com a recuperação de sua saúde física e mental 15. No plano individual, considera-se a fase crônica como sendo a mais importante não só do ponto de vista clínico como terapêutico. É nessa fase que têm origem as formas graves e estigmatizantes da filariose linfática, de difícil resolução. Muitas vezes, essas formas são irreversíveis ou solucionadas apenas parcialmente, com reflexos negativos que comprometem a adaptação do paciente à própria sociedade em que vive. O processo inicia-se com a infecção do indivíduo, geralmente quando criança ou adolescente^13 , podendo o mesmo permanecer assintomático por toda a vida ou por um tempo indeterminado, evoluindo, então, para a fase crônica da doença. Nesse sentido, o infectado porém assintomático deve ser alvo também dos programas de controle da morbidade, no sentido de se minimizarem os efeitos da infecção a médio e longo prazos. Se, por um lado, é fato que a mortalidade associada à filariose linfática praticamente inexiste, em contrapartida, é verdadeiro que portar suas formas crônicas é um fardo pesado 19 27^ , muitas vezes incapacitante e de relevante importância para a saúde pública nas regiões endêmicas.

Avanços recentes no conhecimento da doença. Relacionados ao verme adulto. Recentemente, com a introdução da ultra- sonografia como método para a localização e para a visualização dos vermes adultos vivos de Wuchereria bancrofti 1 2, foi possível verificar que o substrato anatomopatológico da infecção filarial é a dilatação dos vasos linfáticos de causa não obstrutiva, sem qualquer reação inflamatória 23. Adicionalmente, duas outras conseqüências importantes foram geradas pela ultra-sonografia:

  1. a identificação de indivíduos amicrofilarêmicos

e portadores de vermes adultos 18 , mostrando que todo paciente infectado já tem no mínimo doença subclínica; e 2) a avaliaçãoin vivo da eficácia das drogas antifilariais. Foi então possível testar, com muito mais precisão, o efeito adulticida de drogas, constatando-se que: 1) a única droga com efeito adulticida, a DEC, é só parcialmente efetiva e que doses crescentes não aumentam a sua eficácia^24 ; 2) a ivermectina, com excelente efeito microfilaricida 5 , não tem qualquer ação nos vermes adultos^14 , mesmo em altas doses^6. Assim, uma grande parte da população tratada com ambas as drogas, quer isoladas5 24^ ou combinadas 7 10 persistirá infectada ainda por tempo não determinado, até que a morte do verme ocorra de formanatural. O tempo estimado de vida média do parasito adulto é descrito na literatura como sendo de 5 a 8 anos com bases, de forma indireta, no desaparecimento da microfilária circulante^3. A disfunção linfática é produzida pela linfangiectasia, e esta, por sua vez, induzida pelos vermes filariais adultos, vai gerar conseqüências diferentes, dependendo da região anatômica em que os mesmos estejam localizados. Quando a linfangiectasia se localiza em áreas que têm contato com o exterior (membros superiores e inferiores, mama feminina, parede escrotal ou pênis) pode haver predisposição para as infecções bacterianas secundárias 12. Quando o linfático afetado drena linfa de partes internas do organismo, a bactéria não faz parte do processo. Nesse caso, as anormalidades produzidas estão diretamente relacionadas ao parasita filarial. É o caso da hidrocele, quilocele e quilúria 11. Em uma pequena parcela da população, o processo inflamatório agudo é causado diretamente pela morte do verme adulto da filária, denominado de linfangite filarial aguda, raramente produzindo linfedema. Quando esse ocorre, é do tipo transitório e com manifestações sistêmicas presentes, na minoria dos indivíduos, com caráter bem menos severo que os surtos de etiologia bacteriana 12 17^. Assim, diante dos conhecimentos acumulados, temos condições de afirmar que a manifestação clínica, direta ou indiretamente relacionada à infecção filarial, depende da localização do verme adulto, e essa, por sua vez, depende do sexo do indivíduo infectado. Isso é explicado pela localização mais habitual do parasito adulto: nas mulheres, membros inferiores, superiores 12 e mamas 8 ; no homem, linfáticos do cordão espermático constituem a localização mais freqüente para vermes adultos, o que justifica a

Dreyer G e Dreyer P

  1. Andrade LD, Medeiros Z, Pires ML, Pimentel A, Rocha A, Figueredo-Silva J, Coutinho A, Dreyer G. Comparative efficacy of three different diethylcarbamazine regimens in lymphatic filariasis. Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene 89:319-321, 1995.
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  3. Coutinho A, Dreyer G, Medeiros Z, Lopes E, Machado G, Galdino E, Rizzo JA, Andrade LD, Rocha A, Moura I, Godoy J, Ottesen EA. Ivermectin treatment of bancroftian filariasis in Recife, Brazil. American Journal of Tropical Medicine and Hygiene 50:339-348, 1994.
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  11. Dreyer G, Norões J, Addiss D, Santos A, Medeiros Z, Figueredo-Silva J. Bancroftian filariasis in a paediatric population: an ultrasonographic study. Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene 93:633-636, 1999.
  12. Dreyer G, Norões J, Amaral F, Nen A, Medeiros Z, Coutinho A, Addiss D. Direct assessment of the adulticidal

efficacy of single dose ivermectin in bancroftian filariasis. Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene 89:441-443, 1995.

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  11. Olszewski WL, Jamal S, Manokaran G, Pani S, Kumaraswami V, Kubicka U, Lukomska B, Dworczynski A, Swoboda E, Meisel-Mikolajczyk F. Bacteriologic studies of skin, tissue fluid, lymph, and lymph nodes in patients with filarial lymphedema. American Journal of Tropical Medicine and Hygiene 57:7-15, 1997.

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    1. Shenoy RK, Sandhya K, Suma TK, Kumaraswami V. A preliminary study of filariasis related acute adenolymphangitis with special reference to precipitating factors and treatment modalities. Southeast Asian Journal of Tropical Medicine and Public Health 26: 301-305, 1995.
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