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Como começou a idolatria no mundo?
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
Textos base : 1 ...“Vem comigo, eu te mostrarei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas, 2 com quem os reis do mundo se prostituíram e os habitantes da terra se embriagaram com o vinho da sua sedução”. Apocalipse 17
2 Então, ele bradou com poderosa voz: “Caiu! Caiu a grande Babilônia, e tornou-se habitação de demônios… Apocalipse 18
Perguntas: 1 - Quem é a prostituta? 2 - Se refere a uma cidade de verdade?
Primeiro é importante tomar conhecimento sobre o que a Bíblia fala sobre a Babilônia, entender a história de tal cidade, origem, influência para humanidade etc. No Novo Testamento, a palavra utilizada no grego para designar Babilônia é Βαβυλὼν
hebraico de Babel (ver Gn 11:9) e no Antigo Testamento temos uma “revelação” maior quanto a palavra, pois temos ocorrências nas traduções para a língua portuguesa escritas Babel e outras Babilônia, exemplos:
1 “...Vede! Eis que farei levantar uma ventania arrasadora que se abaterá contra a Babilônia …” Jeremias 51
9 “Por isso se chamou o seu nome Babel , porquanto ali confundiu o Senhor a linguagem de toda a terra, e dali o Senhor os espalhou sobre a face de toda a terra.” Gênesis 11
Sim, mas o que é “revelador”? Tanto a palavra “Babel” como a palavra “Babilônia” quando no hebraico ou aramaico, vimos se tratar da mesma palavra! No
confusão), mas Ninrode permaneceu neste lugar, e o nome em acadiano para este lugar era “Bab-ilim” que significa “Portão de deus(es)”. A tradição ensina que o nome Bavel (confusão) teria sido uma espécie de trocadilho, para “reverter” o nome que designaram para tal cidade Bab-ilim, tendo um sentido idólatra. Vimos até aqui que Babilônia = Babel, ambas se referem ao mesmo lugar, só que em Português criou-se uma distinção, atribuindo o nome Babilônia para o período do império. que tal irmos ainda mais fundo agora? Precisamos entender melhor a História de Bavel, para isso precisaremos examinar conteúdo extra-bíblico, tradição judaica,
targumim e livros antigos. Você sabe quem fundou Bavel?
Bavel foi fundada por Nimrod (Ninrode), tendo sido uma das cidades mais antigas da Mesopotâmia ou de Sinear (Gn. 10:8–10). Não encontramos muita coisa a respeito de Nimrod na Bíblia, nos textos que bíblicos apontam Nimrod como um homem poderoso: “Como Ninrode, poderoso caçador diante do Senhor.” Mas quem de fato foi Nimrod, o fundador de Babel? Caçador diante do Senhor? Como assim? לִפְנֵי (lifney) neste texto, pode não significar “andar na presença” mas um homem influenciador, poderoso (liderança/fama) que era rebelde “diante do Senhor”, diante neste texto pode ter sentido de “oposição”. Esse sentido fica claro após algumas consultas extra-bíblicas o Targum Yonatan de Gn 10:8-9 afirma que Nimrod foi:
“um homem poderoso no pecado e rebelde diante do Senhor, e desde a criação do mundo não houve homem como ele em tais atributos negativos.”
Reparou que no Targum Yonatan também aparece “ lifney - diante de ”? E no Targum fica claro o sentido de oposição, pois relata o quão ruim era Nimrod, poderoso no pecado e rebelde “em oposição” ao Senhor. Mais um exemplo do Targum Yonatan:
“Então disseram: Construamos para nós uma cidade e uma torre cujo cume alcançará os céus, e façamos para nós um ídolo no seu topo, e poremos uma espada na mão, e isto fará uma fileira de batalha diante dele [YHWH]...”
Mais uma vez, agora diante dele, no sentido de oposição. E veja que o Targum revela que a intenção era colocar um ídolo no topo da torre! Para não me prolongar muito, não entrarei em muitos detalhes sobre “a torre de Babel”, do que se trata, mas eruditos e arqueólogos acreditam que se tratava de um zigurate , que era um edifício de degraus, feito com tijolos de barro, cujo significado preciso da estrutura é desconhecido, embora seja amplamente aceito que ela formava uma escadaria entre “ os deuses e a terra.” Mais algumas referências da tradição judaica sobre Nimrod (Ninrode):
Nimrod é o protótipo de um povo rebelde, seu nome é interpretado como “aquele que fez todo o povo rebelde contra Deus” (Talmud, Pesachim 94b).
“Elohim disse: ‘Eu fiz Nimrod grande; mas ele construiu uma torre para se rebelar contra mim” (Talmud, Chulin 89b).
A Torre de Bavel é considerada por estudiosos antigos como “a Casa de Nimrod”, e foi considerada um local de idolatria. Mesmo depois da dispersão dos construtores,
Tamuz (Babilônia) veio a ser Hórus para os Egípcios, que tinha como companheira Asterote (Ishta) “a rainha dos céus”, personagem do panteão fenício, deusa dos sidônios e a mais importante deusa dos fenícios, filha de Baal , irmã de Quemós , deusa da lua, que era adorada em Sidom, Tiro e Biblos. Mitologicamente muito conhecida, pelos povos da Suméria e dos acádios, era chamada por Ichtar ou Imana. Mais tarde para os gregos esta divindade foi chamada de Afrodite e Hera, para os egípcios como Ísis, aparecendo na mitologia na batalha entre Hórus e Set. De acordo com a lenda, a mulher de Ninrode, Semíramis conhecia a promessa feita de Adão e Eva que suscitaria um descendente da mulher para pisar a serpente (Gn 3:15) e assim teve um filho supostamente de maneira milagrosa. Este foi apresentado como o libertador prometido e assim começou a ser adorado juntamente com sua mãe, dando início a uma prática de adorar o filho salvador e a mulher escolhida para concebê-lo. Jeremias condenou a entrega de oferendas a Semíramis (também conhecida por Astarte ou Asterote), conhecida como “rainha do céu” (Jr 7:18; 44:17-19,25), como também a adoração a Tamuz (Ez 8:14). Todo esse culto pagão se alastrou por toda a Mesopotâmia. O uso de imagens de Semíramis segurando uma criança foi difundido chegando a Fenícia e a partir de lá, espalhou por toda a terra. No Egito foram conhecidos como Ísis e Hórus, no panteão egípcio são Osíris e Ísis; na Grécia como Afrodite e Eros, Tamuz também é apresentado como Adonis; na Itália como Vênus e Cupido; e sendo Tamuz associado a Baal e a Dagon, o deus-peixe, também chamado de “guardião da ponte”. O sincretismo religioso foi tão intenso que a “mãe de deus/rainha dos céus” e seu “filho” receberam diversos nomes em distintas culturas:
“rainha dos céus” (a Mãe) = Astarote (Israel), Astarte (Fenícia), Ishtar (Babilônia), Afrodite (Grécia), Diana/Cibele (Roma), Ísis (Egito), Maria (divindade difundida pelo Catolicismo Romano por todo o mundo).
“Tamuz” (reencarnação de Ninrode - o filho) = Tamuz (Israel), Baco (Fenícia), Tamuz (Babilônia), Dionísio (Grécia), Atis (Roma), Hórus (Egito).
Importa registrar que o culto a Tamuz estava associado à adoração do deus Sol. Isto foi mostrado pelo SENHOR ao profeta Ezequiel, quando os israelitas realizavam rituais pagãos dentro do próprio Templo (ver Ezequiel 8:13-16).
Além da adoração pagã a Tamuz, as Escrituras igualmente narram sobre a idolatria cometida pelos hebreus ao cultuarem Astarote (Ver Jz 2:13; 3:7; 10:6; 1 Rs 11:15, 33) , também conhecida como “Rainha dos Céus”.
Moedas antigas foram encontradas retratando um toco de árvore (que representa o morto Ninrode) e uma pequena árvore que cresce nas proximidades (Tamuz). Os israelitas idólatras promoviam seus rituais debaixo de árvores:
“... contudo em todo o outeiro alto e debaixo de toda a árvore verde te andas encurvando e prostituindo-te” (Jeremias 2:20).
“Somente reconhece a tua iniquidade, que transgrediste contra o SENHOR teu DEUS; e estendeste os teus caminhos aos estranhos, debaixo de toda a árvore verde, e não deste ouvidos à minha voz, diz o SENHOR” (Jeremias 3:13).
1 - Quem é a prostituta? R: A idolatria iniciou em Bavel/Babilônia, de lá espalhou para as nações e infelizmente também para Israel, por isso “A Grande Babilônia, mãe das prostitutas e de todas as práticas repugnantes sobre a terra”. Toda idolatria existente teve origem, e a origem foi Babel! Há um castigo reservado para a Babilônia!
2 - Se refere a uma cidade de verdade? R: Se refere a uma cidade, um sistema, ou religião, eu creio que só o tempo dirá! Mas de uma coisa tenho certeza, o motivo da queda será por ter espalhado a idolatria pelo mundo. Com o passar do tempo, existiram várias especulações, o cenário interpretativo muda com o tempo, ex: o Catolicismo já matou muitos, já houve até tortura, o que levou a alguns protestantes acreditarem que de lá sairá o anti-cristo ou o falso profeta - mas hoje o Catolicismo não mata mais, atualmente a “religião que mata” é o islamismo, o que já leva a muitos entenderem que de lá poderá sair o anti-cristo ou falso profeta.
Possibilidades que penso:
1 - O castigo poderá, ou não, ser local (para o local que antes era a Babilônia - no Iraque), próximo aos momentos finais poderá vivenciar momentos semelhantes a antiga Bavel, retornando a ser um antro de idolatria. 2- Algo de muito ruim (abominável), poderá sair dessa “cidade” e o mundo irá aderir. 3 - Um “sistema/ordem” influenciadora regerá o mundo, e terá a mesma característica de Bavel, fazendo com que todos venham a se unir em Rebelião contra o Senhor. 4 - Uma “religião” idólatra terá uma maior aceitação (milagres e prodígios?), fazendo com que atraia vários adeptos, e os pecados/práticas iníquas passaram a ser algo “natural”, pessoas praticando, sem enxergar o quão perverso, o quanto vai contra o Senhor. 5 - Podendo ser a cidade, mas pense na característica da antiga Bavel, como “sistema”, leia: “Celebrai sobre ela, ó céus, e vós santos, apóstolos e profetas! Porquanto, afinal, Deus a julgou, retribuindo-lhe tudo quanto ela praticou contra vós !”... Ap 18:20 - com esse verso, entendo que Babilônia sempre existiu, um “sistema” rebelde que distancia o homem do seu Criador.