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Guias e Dicas
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Anatomia e Funcionamento do Fígado em Ratos: Circulação Sangüínea e Intoxicação por DMBA, Manuais, Projetos, Pesquisas de Toxicologia

Informações sobre a anatomia e funcionamento do fígado em ratos, com ênfase na circulação sanguínea e na intoxicação por dmba. O texto descreve a estrutura do hilo hepático, as vias biliares, o sistema circulatório hepático e as alterações observadas após a administração de dmba. Além disso, o documento detalha as técnicas utilizadas para a análise histopatológica e a quantificação do dmba no tecido hepático e adiposo.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Amazonas
Amazonas 🇧🇷

4.4

(80)

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Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Mestrado em Patologia Experimental
AVALIAÇÃO DO FÍGADO NUM MODELO DE
TOXICOLOGIA EXPERIMENTAL COM
DMBA
EVALUATION OF THE LIVER IN A MODEL WITH EXPERIMENTAL TOXICOLOGY
WITH DMBA
Ana Rute Bertão Duarte Nº: 1998100062
Mestrado em Patologia Experimental
Coimbra, 2014
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Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra

Mestrado em Patologia Experimental

AVALIAÇÃO DO FÍGADO NUM MODELO DE

TOXICOLOGIA EXPERIMENTAL COM

DMBA

EVALUATION OF THE LIVER IN A MODEL WITH EXPERIMENTAL TOXICOLOGY

WITH DMBA

Ana Rute Bertão Duarte Nº: 1998100062 Mestrado em Patologia Experimental Coimbra, 2014

IV

AGRADECIMENTOS

As nossas realizações pessoais são naturalmente fruto de um considerável esforço próprio, mas não são indissociáveis de um grande número de contribuições, apoios, su- gestões, comentários ou críticas. A sua importância assume no caso presente uma valia tão preciosa que sem elas, teria sido muito difícil de chegar a qualquer resultado digno de menção. Os responsáveis por esta ajuda desinteressada são uma referência para o resto da minha vida. Mencionar aqui o nome dessas pessoas constitui um preito de justiça e uma homenagem sentida. Os meus primeiros e profundos agradecimentos têm que ir para os meus Pais e para as minhas Irmãs, que com muito amor e carinho, me apoiaram nos momentos mais difíceis e contribuíram para a minha educação e para a minha forma- ção enquanto ser humano que vive integrado numa sociedade, onde os valores morais e profissionais se devem conjugar num sentido de responsabilidade. Expresso a minha sin- cera gratidão ao Professor Doutor António Silvério Cabrita, pela oportunidade que me deu, de trabalhar e colaborar nos projetos envolvidos no Serviço de Patologia Experimental, permitindo-me a realização de um estágio voluntário e uma iniciação científica na área da investigação em animais de laboratório, que me motivaram à realização deste mestrado. A sua sempre pronta disponibilidade, aliada à grande capacidade de trabalho, de organiza- ção e de transmissão de conhecimentos, contribuíram sem dúvida para o meu enriqueci- mento e desenvolvimento do ponto de vista teórico e prático em termos científicos, sendo decisivo para a realização desta tese. À Mestre Dra. Patrícia Jesus, o meu reconhecimento pela receptividade e interesse na ajuda à minha formação e ao trabalho de investigação no mestrado, disponibilizando os seus conhecimentos na área da química e da administração experimental do DMBA. À Mestre Dra. Ana Calado Lopes, o meu especial agradecimento por mais uma vez continuar na sua árdua tarefa de me orientar e acompanhar, confiando e fazendo reconhecer o valor das coisas realmente úteis para a minha formação e experi- ência profissional. Aos colegas do Serviço de Patologia Experimental, Professora Doutora Andreia Figueiredo, Dr. Eduardo Costa, Dr. Gustavo Barandas, Dra. Joana Costa, Mes- tre Eng. José Cabeças, Dr. Miguel Marto, Dra. Rita Pereira, Dra. Rita Silva, Mestre Dr.

V

´Indice

  • Introdução
  • Objectivos
  • Materiais e Métodos
  • Resultados
  • Discussão e Conclusão
  • Lista de Acrónimos
  • Bibliografia

Lista de Figuras

1 Figado de rato [50]............................... 1

2 Esquema representativo da localização anatómica dos órgãos no rato. O fígado localiza-se caudalmente ao diafragma, na região crânio-abdominal direita (Adaptado de [8].............................. 3

3 Orientação dos lobos do fígado na cavidade abdominal em posição ventro- dorsal e em relação com os órgãos adjacentes. O fígado relaciona-se cra- nialmente com o diafragma e caudalmente com o estômago, o intestino del- gado, o pâncreas, o baço, o rim direito e a glândula adrenal direita. LLE: lobo lateral esquerdo; LM: lobo médio; LME: lobo médio esquerdo; LMD: lobo médio direito; LLD: lobo lateral direito; LLDCr: lobo lateral direito cranial; LLDCa: lobo lateral direito caudal; LC: lobo caudado; LCCr: lobo caudado cranial; LCCa: lobo caudado caudal (Adaptado de [13]............ 4

4 Lobos do parênquima hepático do rato e processo caudado (zona ponte- ada). LM: lobo médio (LMD: lobo médio direito; LME: lobo médio esquerdo); LLE: lobo lateral esquerdo; LLD: lobo lateral direito (LLDCr: lobo lateral di- reito cranial; LLDCa: lobo lateral direito caudal); LC: lobo caudado (LCCr: lobo caudado cranial; LCCa: lobo caudado caudal); PC: processo caudado (Adaptado de [4]................................. 5

VIII

14 Estrutura básica de um lóbulo hepático clássico, com setas a indicar o sen- tido da circulação do sangue e da bílis (Adaptado de [28])........... 11 15 Estrutura básica de um lóbulo hepático, mostrando as placas hepatocelu- lares, os vasos sanguíneos, o sistema coletor da bílis e o sistema de fluxo linfático, composto pelo espaço de Disse e pelos ductos linfáticos [29].... 13 16 Diagrama esquemático de um sinusóide hepático, do espaço de Disse, dos hepatócitos e da localização das células de Kuppfer e das células estreladas (Adaptado de [32]................................ 13 17 Circulação do sangue e da bílis num lóbulo hepático. O sangue arterial (seta vermelha) e venoso (seta azul) entra no lóbulo hepático através dos vasos do espaço porta, passa através dos sinusoides hepáticos (seta roxa) e deixa o lóbulo através da veia central (seta azul). A veia central converge para a veia hepática que transporta o sangue venoso do fígado. A bílis é secretada pelos hepatócitos para os canalículos biliares (seta verde), que drenam para os ductos biliares do espaço porta (Adaptado de [28])............. 15 18 Lóbulo portal (Adaptado de [31])......................... 16 19 Ácino hepático (Adaptado de [31])........................ 16 20 Desenho de um aglomerado acinar [33]..................... 17 21 Representação esquemática das zonas de um ácino hepático [32]...... 19 22 Etapas da carcinogénese [37].......................... 28 23 Ilustração das reações de fase I, mediadas pelas isoenzimas do citocromo P450 e das reações de fase II (adaptado de [49]................ 31 24 Regeneração do fígado de rato, com restauração da massa original e não da forma, pela extensa proliferação celular dos lobos residuais, após hepa- tectomia do LLE e LM (adaptado de [50]).................... 32 25 A sigla DMBA refere-se à abreviatura do nome químico da substância 7,12- Dimetilbenzantraceno.............................. 33 26 Estrutura química do DMBA [57]......................... 34 27 Formação do DMBA a partir de uma molécula de antraceno (adaptado de [55],[57]..................................... 34

X

28 Principais vias de exposição ao DMBA ([64], [65])............... 35

29 Esquema representativo da glândula mamária de uma fêmea de rato com 55 dias de idade. A glândula está dividida em três zonas: a zona A, é proximal ao mamilo (n) e contém a maioria dos lóbulos do tipo 1 (lob); a zona B, é mediana e contém o gânglio linfático (LN); a zona C, é distal ao mamilo e contém a maioria do crescimento ativo dos TEB e também estão presentes botões alveolares (AB) e ductos terminais (TD) [76].............. 39 30 Via metabólica do DMBA [86].......................... 42

31 Laboratório de Experimentação Animal II.................... 47

32 Gaiola rectângular completa (A), com base, tampa de arame, tampa filtrante ou microisoladora e bebedouro [9]. Tampa de arama (B) possuindo uma superfície plana (1) e uma superfície mais baixa com inclinação de 45o^ e uma divisória interna amovível para a ração e o bebedouro (2). Base da Gaiola (C) [97].................................. 48

33 Ração comercial peletizada para ratos..................... 48

34 Ratos machos da estirpe Wistar na gaiola, com bebedouro e ração comer- cial peletizada suspensos na tampa de arame. Cama constituída de carolo de milho e papel utilizado como enriquecimento ambiental.......... 49

35 Cartão de identificação das gaiolas....................... 49

36 dentificação temporária dos ratos nas gaiolas: rato sem traço na base da cauda (0TC) e rato com um traço na base da cauda (1TC) [98]....... 49 37 Organigrama temporal do protocolo experimental do grupo controlo..... 50

38 Organigrama temporal do protocolo experimental do grupo teste....... 50

39 O DMBA em pó foi pesado numa balança analítica............... 50 40 Preparação da solução de DMBA com a ajuda de magnetes (A) e uma placa de agitador magnético (B)............................ 51

41 Pesagem dos animais com o auxílio de uma balança digital e de um recipi- ente de plástico.................................. 51 42 Administração da solução de DMBA por via endogástrica (gavagem)..... 52

XI

61 Diversos atos utilizados na preparação das lâminas histológicas (adaptado [101], [102] e [103])................................ 64

62 Microscópio de luz Nikon coolpix 990...................... 65

63 Preparação do solvente, clorofórmio e metanol (2:1).............. 65

64 Homogeneizador manual tipo Cruscher, constituído por um tubo e um êm- bolo de vidro................................... 66

65 Procedimento de pesagem e homogeneização do fragmento da amostra... 66

66 Homogeneização com solvente......................... 66

67 Centrífuga de bancada (Hettich Universal II).................. 66

68 Microcentrífuga de bancada (Sigma 1-15)................... 67

69 Variação do peso corporal dos ratos do grupo controlo ao longo do tempo experimental................................... 68

70 Variação do peso corporal dos ratos do grupo teste ao longo do tempo ex- perimental.................................... 69

71 Ganho de peso médio dos ratos do grupo controlo e do grupo teste..... 70

72 Comprimento dos ratos à necrópsia do grupo controlo e do grupo teste... 71

73 Fórmula do Índice de Lee............................ 71

74 O coração apresenta uma forma semelhante a um cone invertido, com as

respetivas fórmulas do volume. V: volume; π: pi (3,14); r: raio; h: altura; a:

comprimento; b: largura; c: espessura..................... 73

75 O baço apresenta uma forma elipsoide, com a respetiva fórmula do volume.

V: volume; π: pi (3,14); a: comprimento; b: largura; c: espessura....... 74

76 Corte histológico do fígado de um rato do grupo controlo com um lobulo hepático clássico delíneado. Estrutura poliédrica com a veia central (V) da qual irradiam os hepatócitos e com os espaços porta (EP) à periferia (HE, ampliação 5x do original)............................. 75

XIII

77 Corte histológico do fígado de um rato do grupo control com os hepatócitos centrolobulares bastante uniformes e organizados em trabéculas. Predomi- nância de hepatócitos com um único núcleo redondo, com um (1) ou dois (2) nucléolos proeminentes e alguns hepatócitos binucleados (3). Células de Kupffer visíveis (4) (HE, ampliação 20x do original)............. 75 78 Corte histológico do espaço porta ou tríade portal de um rato do grupo con- trol. Ramo da artéria hepática (AH), ramo da veia porta (VP) e ducto biliar (DB) (HE, ampliação 20x do original)...................... 76 79 Corte histológico do fígado de um rato do grupo teste, com aumento do espaço entre as trabéculas e respetiva desorganização dos hepatócitos na região periportal e centrolobular, compatível com edema (HE, ampliação 5x do original).................................... 76 80 Corte histológico do fígado de um rato do grupo teste, com aumento do espaço entre as trabéculas e hepatócitos com núcleos muito basófilos (HE, ampliação 10x do original)............................ 77 81 Corte histológico do fígado de um rato do grupo teste, com degenerescência da zona centrolobular. Hepatócitos com aspeto pálidos e sem contornos definidos (HE, ampliação 20x do original).................... 77 82 Corte histológico do fígado de um rato do grupo teste, com tumefação turva dos hepatócitos. Citoplasma diluído e aspeto rendinhado, devido à formação de vacúolos de contorno imprecisos. Núcleo permanecendo em posição central (HE, ampliação 40x do original)..................... 78 83 Cromatograma da solução padrão controlo. Presença do pico do tempo de

retenção referente ao DMBA (tr ≈ 29 min)................... 79

84 Cromatograma de uma amostra de fígado de um rato do grupo controlo em que não foi quantificado o DMBA. Ausência do pico do tempo de retenção

referente ao DMBA (tr ≈ 29 min)......................... 79

85 Cromatograma da amostra do fígado do rato 17 do grupo teste onde foi quantificado o DMBA. Presença do pico do tempo de retenção referente ao

DMBA (tr ≈ 2 min)................................ 80

XIV

Lista de Tabelas

I Protocolo de processamento das amostras para histologia.......... 59 II Resumo da técnica de coloração de rotina de Hematoxilina e Eosina de Mayer (HE) (min - minuto; N.A. - Não aplicável)................ 63 III Valores médios da pesagem (g) dos órgãos recolhidos na necrópsia dos ratos....................................... 72

XVI

Resumo O presente estudo tem como objetivo avaliar e verificar o potencial efeito toxicoló- gico hepático agudo da administração oral de 20 mg/kg/dia, três vezes por semana, durante 4 semanas, do hidrocarboneto aromático policíclico, DMBA, num modelo ex- perimental com ratos, da estirpe Wistar, machos, de 8 semanas de idade. No fim do protocolo experimental, todos os animais foram sacrificados e necropsiados. Do fígado e do tecido adiposo, foram recolhidos fragmentos para avaliação histológica e para ex- tração e determinação quantitativa da presença do DMBA, através da técnica HPLC, de forma a relacionar a intoxicação de DMBA com alterações morfológicas ao nível do fígado e a presença do DMBA nos tecidos hepático e adiposo. Neste estudo, todos os ratos em que se administrou DMBA apresentavam uma magreza em relação ao grupo controlo e observaram-se ligeiras a moderadas alterações histopatológicas de hepatotoxicidade. A análise cromatográfica quantificou a presença de DMBA no tecido adiposo dos ratos do grupo controlo. Este estudo da administração de DMBA mostrou ter um ligeiro efeito toxicológico hepático agudo, ao provocar alterações nos diferentes parâmetros avaliados, que embora não sejam muito significativas, vão de encontro aos estudos que apontam para a hepatotoxicidade do DMBA. Palavras-Chaves: Rato, fígado, hidrocarbonetos aromáticos (HCA), 7,12-dimetilben- zantraceno (DMBA).

XVII

Abstract The present study aims to evaluate and verify the potential acute hepatic toxic effects of oral administration of 20 mg/kg/day, three times a week for four weeks, the polycyclic aromatic hydrocarbon, DMBA, an experimental model with rats, strain Wistar, male, eight weeks of age. At the end of the experimental protocol, all animals were sacrificed and necropsied. Liver and adipose tissue fragments were collected for histological eval- uation and extraction and quantitative determination of the presence of DMBA by HPLC technique, in order to relate the toxicity of DMBA morphological changes in the liver and in the presence of DMBA liver and adipose tissues. In this study, all rats in which DMBA was administered showed a thinness compared to the control group were observed and mild to moderate pathological changes of hepatotoxicity. Chromatographic analy- sis quantified the presence of DMBA in adipose tissue of rat in the control group. This study of DMBA administration has shown a slight acute hepatic toxic effects by causing changes in the different parameters evaluated, which although not very significant, go against studies that point to the hepatotoxicity of DMBA. Password: Rat, liver, polycyclic aromatic hydrocarbons (PAH), 7,12-dimethylbenzan- tracene (DMBA).

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