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AVALIAÇÃO DE DIFERENTES NÍVEIS DE ADUBAÇÕES E DENSIDADES DE SEMEADURA NA CULTURA DA SOJA, Notas de estudo de Engenharia Agronômica

AVALIAÇÃO DE DIFERENTES NÍVEIS DE ADUBAÇÕES E DENSIDADES DE SEMEADURA NA CULTURA DA SOJA

Tipologia: Notas de estudo

2012

Compartilhado em 31/10/2012

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FACULDADE CENTRO MATO GROSSENSE
CURSO DE AGRONOMIA
AVALIAÇÃO DE DIFERENTES NÍVEIS DE ADUBAÇÕES
E DENSIDADES DE SEMEADURA NA CULTURA DA
SOJA
TIEGO APARECIDO XAVIER DOS SANTOS
SORRISO MT
JUNHO DE 2012
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FACULDADE CENTRO MATO GROSSENSE

CURSO DE AGRONOMIA

AVALIAÇÃO DE DIFERENTES NÍVEIS DE ADUBAÇÕES

E DENSIDADES DE SEMEADURA NA CULTURA DA

SOJA

TIEGO APARECIDO XAVIER DOS SANTOS

SORRISO – MT

JUNHO DE 2012

FACULDADE CENTRO MATO GROSSENSE

CURSO DE AGRONOMIA

AVALIAÇÃO DE DIFERENTES NÍVEIS DE ADUBAÇÕES E

DENSIDADES DE SEMEADURA NA CULTURA DA SOJA

TIEGO APARECIDO XAVIER DOS SANTOS

Monografia apresentado ao curso em Agronomia da (FACEM), Faculdade Centro Mato-grossense como parte dos requisitos para obtenção do titulo de Engenheiro Agrônomo, sob orientação do professor Engenheiro Agrônomo Alan Brasil Pietrobon Magalhães.

SORRISO – MT

JUNHO DE 2012

iii

AGRADECIMENTOS

 A Petrovina Sementes por ter cedido o local para realização do experimento aos funcionários que ajudaram no cotidiano.  Aos Professores; Engenheiro Agrônomo Alan Brasil Pietrobon Magalhães, Dr. Eder Novaes Moreira e M.Sc. Jacqueline Enéquio pela orientações e auxílio no desenvolvimento do trabalho.  A minha família, em especial aos meus irmãos, Jordan Bassani Xavier e Laucidio Xavier e meu pai Cicero Francisco dos Santos pela compreensão, paciência, e pelo exemplo de vida e educação que me proporcionaram.  A todos os meus amigos, Caritaiana Puhl, Clarinda Wichrowski, Cristina Felix, Denis Gemelli, Edson Dias, Ludemir Bellaver, Marcelo Wichrowski, Queila Souza, Pablo Jean Cerutti, Raicler Bonavigo, Rudinei Janissek e Ronei Siqueira pois estão juntos dos meus momentos de felicidade, necessários para o bom andamento dos estudos.  Ao Casal Deucione e Solismar Luiz Giasson, pela ajuda durante todos esses anos de estudos, e pela oportunidade de estágio na Fiagril.

iii

SUMÁRIO

LISTA DE TABELAS ................................................................................................... i LISTA DE FIGURAS ................................................................................................... ii

  • 1 INTRODUÇÃO RESUMO iii
  • 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
  • 2.1 CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA
  • 2.1.1 Exigências Hídricas
  • 2.1.2 Exigências Térmicas e Fotoperiódicas
  • 2.2 ADUBAÇÕES PARA CULTURA DA SOJA
  • 2.2.1 Adubação Nitrogenada
  • 2.2.2 Adubação Fosfatada
  • 2.2.3 Adubações Potássica
  • 2.2.4 Adubação Enxofre
  • 2.2.5 Adubações com Micronutrientes
  • 2.3 DENSIDADES DE SEMEADURA E POPULAÇÕES DE PLANTAS
  • 3 MATERIAIS E MÉTODOS
  • 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
  • 5 CONCLUSÕES
  • 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
  • 7 ANEXOS

ii

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Produtividade média de grãos de cinco variedades de soja em área com duas doses de calcário e três doses de fósforo, aplicadas a lanço, na forma de superfosfato simples, em Latossolo Vermelho Escuro argiloso. ................................. 7 Figura 2 – Média do número de vagens por planta (NV) para o fator adubação, médias seguidas pela mesma letra, não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade de erro............................................................................................ 19 Figura 3 – Média do número de vagens por planta (NV) para o fator densidade de semeadura, médias seguidas pela mesma letra, não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade de erro. ...................................................................... 20 Figura 4 – Média das produtividades (P) para o fator densidade de semeadura, médias seguidas pela mesma letra, não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade de erro............................................................................................ 22

iii

RESUMO

SANTOS, T. A. X. Avaliação de diferentes níveis de adubações e densidades de semeadura na cultura da soja. Sorriso – MT, 2012. 43p. (Monografia) – FACEM Faculdade Centro Mato-grossense.

O ambiente de produção agrícola apresenta variáveis e quando estudadas podem auxiliar o produtor a melhorar sua produtividade, utilizando técnicas de manejo que estão presentes no cotidiano dos produtores, como adubação e densidade de semeadura. Visando conhecer as influencia na arquitetura da soja e variáveis que interferem na produtividade, esse trabalho tem como objetivo determinar as melhores produtividades da soja em diferentes níveis de adubação aliados a densidades de semeadura. O experimento foi realizado na safra 2011/12, em Sorriso/MT. A cultivar utilizada foi TMG1176RR, com densidade de 200.000, 300.000 e 400.000 sementes aptas ha-1. As adubações realizadas foram 00, 400 e 600 Kg do formulado (00-18-18) por hectare. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso com parcelas subdivididas e quatro repetições, sendo as adubações na parcela principal e nas subparcelas as densidades de semeadura. As variáveis avaliadas foram altura de planta (AP), número de vagens (NV) e índice de área foliar (IAF) nos estádios R2 e R5.5, e a produtividade (P). O fator densidade de semeadura afetou significativamente todas as variáveis avaliadas. As melhores produtividades foram constatadas com densidade de semeadura de 400. sementes ha-1, as adubações realizadas com essa densidade não apresentaram diferenças significativas.

Palavras-chave: competição, interação, produtividade.

1 INTRODUÇÃO

A soja é uma planta da família das leguminosas sua origem é da Ásia, cultivadas em várias regiões do mundo com intuito de ser destinada para nutrição humana e animal, apresenta alto teor em proteína, é uma planta que proporciona múltiplas utilizações e a formação de um grande complexo industrial, o farelo é o produto mais valioso, principalmente nas receitas para exportações. A planta responde ao fotoperíodo e a temperatura do ar para o florescimento (MUNDSTOCK e THOMAS, 2005). Segundo a Campanha nacional de abastecimento (CONAB, 2012), a produção brasileira de soja na safra 2011/12, reduziu em 8,95 milhões de toneladas comparada a safra 2010/11, e o estado do Mato Grosso registrou uma perda na produção de 2,2%. Na produtividade a perda para Mato Grosso foi menor em relação aos outros estados isso devido ao aumento de área cultivada de 550, milhões de hectares. Os altos rendimentos são obtidos quando o genótipo apresenta potencial produtivo e alta adaptabilidade, quando aliado aos tratos culturais requeridos pela cultura, o grande objetivo é elevar o máximo a produtividade, no entanto quando se trabalha com as densidades de semeadura os objetivos são vários, entre eles, a melhorar distribuição de plantas, prevenirem ocorrências de doenças, uniformizarem a maturação e evitar o acamamento das plantas. O estudo sobre arranjo de plantas de soja com novas distribuições na lavoura permite minimizar a competição intraespecífica e maximizar o aproveitamento dos recursos ambientais. As modificações no arranjo podem ser realizadas por meio da variação do espaçamento, entre as plantas na linha de semeadura e da distância entrelinhas (HEIFFIG et al , 2006). As técnicas para o aproveitamento de área têm como objetivo elevar ou manter as produtividades com a viabilidade econômica para produtor, junto a um bom desempenho agronômico da cultura. O campo apresenta uma grande variabilidade tanto na fertilidade solo, como no ambiente, essa variabilidade faz com que haja a necessidade de estudos para identificar o desempenho da soja sob diferentes técnicas de manejo. O objetivo desse trabalho foi avaliar a resposta da soja a diferentes dosagens de fertilizantes em três condições de densidades de semeadura.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A soja é uma das culturas mais antiga, e plantada pelo menos há cinco mil anos. Espalhou-se pelo mundo por intermédio dos viajantes ingleses e por imigrantes japoneses e chineses, sendo confirmado por Mundstock e Thomas (2005), que a soja originada da Ásia domesticada cerca de 4500 a 4800 anos com objetivo de usar o grão na dieta humana.

2.1 CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA

De acordo com a Embrapa (2004), a soja pertence à classe das dicotiledôneas, família leguminosa e subfamília papilionoides. Seu sistema radicular é pivotante, com a raiz principal bem desenvolvida e raízes secundárias em grande número, ricas em nódulo de bactérias Fhisobium Japonicum fixadoras de nitrogênio atmosférico. Segundo Mundstock e Thomas (2005), a soja pode ser dividida em dois períodos de desenvolvimento, o vegetativo e o reprodutivo. O desenvolvimento vegetativo inicia-se nos primórdios da semente em que se encontram as raízes e a parte aérea. Após a emergência da plântula ocorre o desenvolvimento do sistema radicular seminal e o desenvolvimento do meristema apical que dará origem a parte aérea. Este conjunto faz com que a plântula possa absorver nutrientes do solo e produzir fotoassimilados para seu crescimento vegetativo. A germinação ocorre de 7 a 10 dias após a semeadura isso vai depender da profundidade, temperatura, umidade e vigor das sementes. O desenvolvimento vegetativo da planta se da com e emissão da folha ao longo do caule que possui ao redor de 16 a 20 nós cada qual com folhas trifolioladas. O nó em cada inserção do pecíolo de cada folha com o caule há uma gema axilar meristemática essa gema axilar pode ficar dormente ou originar estruturas vegetativas como ramos, ou reprodutivas como flores legumes grãos (MUNDSTOCK e THOMAS, 2005). Segundo Mundstock e Thomas (2005), o desenvolvimento reprodutivo inicia devido à indução interativa do fotoperíodo e temperatura do ar. No período reprodutivo encontra se desde florescimento, desenvolvimento das vagens, enchimento de grãos e maturação. O florescimento ocorre na parte superior do caule com posterior surgimento de flores nos demais nós. O número de legumes e a sua

Tabela 1 – Exigência hídrica da soja em função do estádio de desenvolvimento. Subperíodos Evapotranspiração diária (mm) Semeadura – emergência 2, Emergência – Início de Florescimento 5, Início de Florescimento – Surgimento de vagens 7, Surgimento de vagens – 50% de Folhas Amarelas 6, 50% de Folhas Amarelas – Maturação 3, Fonte: FUNDAÇÃO MT apud, NETO e ALMEIDA 2004.

A soja tem um melhor desenvolvimento com uma pluviosidade de 700 mm a 1200 mm anuais bem distribuídas (SEBRAE, 2006).

2.1.2 Exigências Térmicas e Fotoperiódicas

A soja se adapta bem a temperaturas em torno de 20 graus Celsius (ºC) a 30 ºC o ideal para o desenvolvimento é de 30ºC, não é indicado efetuar a semeadura da soja quando o solo estiver com uma temperatura abaixo de 20ºC, pois prejudica a germinação e a emergência, a temperatura ideal para semeadura varia de 20ºC a 30ºC sendo o Indicado 25ºC. O desenvolvimento da soja é pequeno ou nulo a temperaturas menores que 10ºC e em temperaturas acima de 40ºC provoca distúrbios na floração, diminuindo a capacidade de retenção de vagens (EMBRAPA, 2010). A floração da soja é induzida em temperaturas acima de 13 ºC as datas de floração podem variar de um ano para o outro, mesmo sendo semeado em uma mesma época, utilizando uma mesma cultivar pode ocorrer mudanças devido as variações de temperatura assim uma floração precoce ocorre devido as temperaturas serem mais elevadas, e podem ter como consequência uma planta de porte menor ( EMBRAPA, 2010). De acordo com a Embrapa (2010), as diferenças entre as datas de floração entre cultivares de mesma época de semeadura, são devido principalmente às respostas de cada cultivar ao comprimento do dia (fotoperíodo). A maturação pode ser acelerada decorrente de altas temperaturas, no entanto quando associadas a alta umidade contribuem para diminuir a qualidade da semente, e quando associados com baixas umidades, podem ocasionar danos mecânicos durante a colheita. Temperaturas baixas no período da colheita associadas com períodos

chuvosos e alta umidade ocasionam atraso na data de colheita. As várias opções de cultivares adaptadas a diversas regiões para a escolha vão depender das condições hídricas e térmicas. De acordo com Mudstock e Thomas (2005), a época em que a soja floresce é importante, pois afeta o rendimento dos grãos, e afeta o balanço entre crescimento vegetativo e o crescimento reprodutivo. O melhor equilíbrio é aquele em que a planta até o florescimento tenha um bom desenvolvimento da parte aérea (ramos, caule e folhas), para gerar o maior número de legumes. O florescimento precoce não permite um bom desenvolvimento em números de ramos e folhas, e como consequência, o número de nós onde serão geradas as flores são reduzidos.

2.2 ADUBAÇÕES PARA CULTURA DA SOJA

Segundo a Associação Brasileira de Pesquisa da Potassa e do Fosfato (POTAFOS, 2003), a absorção de nutrientes por determinada espécie é diversificado devido a influências de fatores como a temperatura, as diferenças genéticas entre as cultivares de uma mesma espécie, e outros como manejos do solo, e tratos culturais.

2.2.1 Adubação Nitrogenada

Para uma produtividade de 1.000 quilos (Kg) de soja são necessários 80 Kg de nitrogênio, no caso da soja esse nutriente é fornecido por bactérias do gênero Bradyrhizobium, esse processo é chamado de Fixação Biológica do Nitrogênio (FBN), essas bactérias que fixam nitrogênio entram em contato com as raízes da soja nos pelos radiculares, infectando-as, e formam os nódulos. Não é indicada a adubação nitrogenada, pois isso faz com que reduza a nodulação (POTAFOS, 2003). De acordo com Sousa (2000), os nódulos bacterianos possuem cerca de 1 a 3 centímetros (cm) e concentram-se na “corôa da raiz”, de onde saem as principais ramificações radiculares. A nodulação primária ocorre nessa região e predomina sobre a nodulação secundária, isto é, a nodulação das raízes secundárias. Nódulos sadios apresentam-se externamente com superfície rugosa e internamente com coloração rósea a avermelhada, indicando que está ocorrendo à fixação do nitrogênio (N 2 ).

A correção da acidez é uma prática que contribui para disponibilizar o P no solo e a eficiência dos fertilizantes fosfatados. Como pode ser observada na Figura 1, em que para a dose de 200 kg hectare (ha-1) de P 2 O 5 , na área sem calagem, a produtividade foi de 1,32 toneladas (t) ha-1^ de grãos de soja, enquanto com essa mesma dose, na área onde foi realizada a calagem, a produtividade da soja foi de 3,04 t ha-1^ (POTAFOS, 2003).

Fonte: POTAFOS, 2003. Figura 1 - Produtividade média de grãos de cinco variedades de soja em área com duas doses de calcário e três doses de fósforo, aplicadas a lanço, na forma de superfosfato simples, em Latossolo Vermelho Escuro argiloso.

A recomendação de adubação corretiva para fosfato em Cerrados é de acordo com a Tabela 2.

Tabela 2 – Interpretação da análise de solo para recomendação de adubação fosfatada (fósforo extraído pelo método Mehlich I). Teor de P (mg dm-3) Teor de argila Muito Baixo Baixo Médio Bom 61 a 80 0 a 1,0 1,1 a 2,0 2,1 a 3,0 > 3, 41 a 60 0 a 3,0 3,1 a 6,0 6,1 a 8,0 > 8, 21 a 40 0 a 5,0 5,1 a 10,0 10,1 a 14,0 > 14, < 20 0 a 6,0 6,1 a 12,0 12,1 a 18,0 > 18, Fonte: SOUSA et al apud LOPEZ e GUILERME, 2000.

Ao atingir níveis de fósforo extraível acima dos valores estabelecidos nesta classe, utilizar somente adubação de manutenção. Para adubação de manutenção, após a adubação corretiva, tendo então os teores de P e de potássio (K) dentro de níveis médios, a recomendação é de 20 kg de P 2 O 5 /ha e também de 20 kg de K 2 O/ha para cada 1.000 kg de grãos/ha que se busca produzir, (LOPES e GUILERME, 2000). Estas dosagens foram indicadas pela Embrapa (2003), que quando realizada, vai de acordo com a produtividade esperada, por exemplo, com 60 kg de P 2 O 5 /ha espera-se uma produtividade de 3.000 kg/ha ou 80 kg de P 2 O 5 /ha para a produção de 4.000 kg/ha. As formas mais utilizadas para adicionar P ao solo são a lanço, na superfície, com ou sem incorporação, no sulco de plantio, em cova e em faixas. Segundo Malavolta (2008), são aplicados anualmente cerca de 2,5 milhões de toneladas de P 2 O 5 no Brasil. A aplicação de nutrientes no solo depende das características químicas, onde as mesmas estão relacionadas com a natureza dos minerais e a disponibilidade de nutrientes no solo (forma trocável ou solúvel), sendo fundamental o conhecimento destas para a recomendação das doses de fertilizantes e corretivos agrícolas (POTAFOS, 2003). Para saber a época ideal de aplicação dos fertilizantes, deve-se analisar a época de maior demanda da cultura e verificar a solubilidade dos fertilizantes. Para adubos nitrogenados, e em certos casos, adubação potássica, que são solúveis em água, existe, há necessidade de parcelamento, para um maior aproveitamento do nutriente (LOPES e GUILERME, 2000). Fertilizantes pouco solúveis como fosfatos naturais que apresentam baixa reatividade, devem ser aplicados com a certa antecedência, para que ocorra o processo de dissolução de maneira que esteja disponível na solução do solo, (LOPES e GUILERME, 2000). Conforme Potafos (2003), os adubos fosfatados

Tabela 3 – Interpretação da análise de solo para Potássio (K) extraído pelo método Mehllch -1 com o teor de argila para adubação potássica. Teor de K método Mehllch -1^ em cmol/ dm³ Argila (%) Baixo Médio Alto (%) K na CTC ideal

≤ 15 < 0,07 0,08 a 0,12 > 12 4 % 16 a 30 < 0,13 0,14 a 0,20 > 20 4 % 31 a 45 < 0,17 0,18 a 0,25 > 25 4 % 46 a 60 < 0,20 0,25 a 0,35 > 35 4 %

60 < 0,27 0,28 a 0,45 > 45 4 % Fonte: BROCH e RANNO 2007.

De acordo com Korndörfer (2001), a quantidade de adubação a ser realizada com base na análise de solos para região de Cerrado, é de 50 a 100 Kg/ha conforme Tabela 4.

Tabela 4 – Adubação corretiva de K para solos de Cerrados com teor de argila > 20%, de acordo com dados de análise de solo. Teores de K extraível Adubação recomendada (mg dm-3) (kg K 2 O/ha) 0 – 25 100 26 - 50 50

50 0* Fonte: EMBRAPA , 2010.

Estando o nível de K extraível acima do valor crítico (50 mg dm-3), recomenda-se a adubação de manutenção de 20 kg de K 2 O para cada tonelada de grão a ser produzida.

Para culturas anuais recomenda-se efetuar a adubação potássica na semeadura e em cobertura, dependendo do caso, no sulco de plantio ou nas covas, com parte do nitrogênio e parte, ou todo fósforo. O adubo não deve entrar em contato com a semente, para evitar a queima das mesmas devidas altas concentrações salinas (KORNDÖRFER, 2001). As fontes de potássio são cloreto de potássio (Kcl): é um fertilizante muito solúvel, não contendo cloreto de sódio. Comercialmente são vendidos dois tipos: um com 48 a 50% de K 2 O e outro com 60 a 62%. Nitrato de Potássio (KNO 3 ): é um dos fertilizantes mais ricos em nitrogênio e potássio. Contém mais ou menos 16% de N e 46% de K 2 O. A absorção pelas plantas é feita na forma de nitrato de carbonato. Sulfato de Potássio (K 2 SO 4 ): é um sal branco às vezes levemente avermelhado,

cristalino, solúvel em água e facilmente assimilável pelas plantas. Sulfato de potássio e magnésio (K 2 SO 4 .MgSO 4 ): Tem em geral 20 a 22% de K 2 O, 18% a 19% de magnésio como MgO e 22% a 23% de enxofre (S) ( KORNDÖRFER, 2001).

2.2.4 Adubação Enxofre

Segundo Neto (2009), o enxofre (S) é o nutriente menos exigido pela cultura da soja em torno de 35 Kg por hectare, tem funções como auxiliar na formação de nódulos, com funções enzimáticas envolvidas na fotossíntese e na fixação de nitrogênio. Sua deficiência é bem parecida com a de nitrogênio apresentando uma clorose geral nas folhas. A necessidade de enxofre para cultura de soja segundo a Embrapa (2010) deve ser determinada com base na análise de solos que dever ser realizada em duas profundidades, 0 a 20 cm e 20 a 40 cm, devido a imobilidade do nutriente no solo, e ao acúmulo na segunda camada. As quantidades indicadas para a aplicação são de acordo com a Tabela 5.

Tabela 5 – Indicação de adubação de correção e de manutenção com enxofre (S), conforme as faixas de teores de S no solo (mg dm-3), a duas profundidades no perfil do solo, para a cultura da Soja no Brasil. 2ª aproximação Teor de S no solo Faixas para Solo argiloso Solo arenoso Quantidade de S Interpretação > 40% de argila ≤40% de argila a aplicar (kg ha-1)

Profundidade (cm) 0 a 20 20 a 40 0 a 20 20 a 40 0 a 20 20 a 40 Baixo Baixo <5 <20 <2 <6 80+M Baixo Médio <5 20 a 35 <2 6 a 9 60+M Baixo Alto <5 >35 <2 >9 40+M Médio Baixo 5 a 10 <20 2 a 3 <6 60+M Médio Médio 5 a 10 20 a 35 2 a 3 6 a 9 40+M Médio Alto 5 a 10 >35 2 a 3 >9 M Alto Baixo >10 <20 >3 <6 40+M Alto Médio >10 20 a 35 >3 6 a 9 M Alto Alto >10 >35 >3 >9 M Fonte: Sfredo et al apud Embrapa (2010). 1 Métodos: Extração-Ca(H 2 PO 4 )2 0,01 M L-1; Determinação-Turbidimetria. 2 M = Manutenção: 10 kg para cada 1000 kg de produção de grãos esperada.