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Contaminação Microbiológica em Geladeiras Domésticas: Estudo das Superfícies Internas, Manuais, Projetos, Pesquisas de Biologia molecular

Um estudo experimental sobre a contaminação microbiológica em refrigeradores domésticos, com ênfase nas paredes e superfícies internas. A pesquisa identificou a presença de microrganismos, principalmente bactérias do tipo pseudomonas spp e fungos, nas superfícies inferiores, que apresentam maior armazenamento de alimentos e deficiência na higienização. O documento também destaca a importância da higienização regular dos refrigeradores com álcool a 70% e a evitança do uso de sacolas plásticas para armazenamento.

O que você vai aprender

  • Por que as superfícies inferiores apresentam maior contaminação?
  • Quais microrganismos foram detectados nas superfícies inferiores dos refrigeradores?
  • Qual é a importância da higienização regular dos refrigeradores?

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2015

Compartilhado em 27/11/2021

camila-vitalino
camila-vitalino 🇧🇷

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bg1
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
Ao se consumir um alimento, dois aspectos são fundamentais e devem sempre ser
levados em consideração. O primeiro se deve à correta aplicação das boas práticas de
higiene durante seu preparo e manipulação e o segundo se refere às condições ideais de
armazenamento, como temperatura, umidade, embalagem, entre outros. Segundo algumas
pesquisas atuais, uma parcela significativa dos surtos de doenças patológicas é atribuída ao
consumo de alimentos contaminados por agentes biológicos. Dessa forma, tem sido cada
vez mais crescente a preocupação com relação às doenças transmitidas por alimentos
armazenados nos refrigeradores de forma inadequada, sendo esses surtos cada vez mais
frequentes. As condições impróprias de preparação associadas ao armazenamento
inadequado dos alimentos, costumam causar o que chamamos de contaminações cruzadas.
Dessa forma, tem sido cada vez mais crescente a preocupação com relação às doenças
transmitidas por alimentos armazenados nos refrigeradores de forma inadequada, sendo
esses surtos cada vez mais frequentes.
Em todas as amostras analisadas detectou-se a presença de microrganismos,
patogênicos ou não. Comparando as partes dos refrigeradores, as superfícies inferiores
mostraram-se mais contaminadas do que as superiores. As bactérias patogênicas
identificadas foram as do tipo Pseudomonas spp, o que representa um padrão de perigo
iminente, pois são microrganismos nocivos à saúde. Fungos também foram detectados, o que
indica associação de umidade com falta de higienização adequada.
É fundamental e imprescindível ressaltar sobre a importância da higienização dos
refrigeradores com álcool a 70%, pois este apresenta uma alta capacidade de
descontaminação, o que minimiza e/ou reduz os perigos das intoxicações alimentares por
alimentos contaminados durante o armazenamento.
AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION (APHA). For Science. For Action. For Health. Disponível em: http://www.apha.org/.Acesso em
01 de julho de 2014.
COELHO A.I.M. et al. Contaminação microbiológica de ambientes e de superfícies em restaurantes comerciais. Ciência & Saúde
Coletiva,15(Supl. 1):1597-1606, 2010: Viçosa 2007
GERBA, C. P. WILLIAMS, D. SINCLAIR, R. P. Avaliação do potencial de contaminação cruzada de produtos alimentícios por sacolas de
compras reutilizáveis. Escola de Saúde Pública da Universidade Loma Linda, Califórnia. Califórnia. 9 de Junho de 2010.
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 8 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005.
Agradecimentos: PROBIC
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
OBJETIVOS
Investigar as paredes e/ou as superfícies internas de refrigeradores domésticos como
possíveis fontes de contaminação microbiana dos alimentos.
Camila de Fátima Vitalino¹, Elaine Frota¹, Érica Aparecida Belasco da Silva¹, Pâmela Natali Ornague¹, Rafael Moreira
dos Santos¹, Lucimara Bergamo Panice²
1Acadêmicos do curso de Ciências Biológicas – FAFIMAN; 2Professora Adjunta do Departamento de Ciências Biológicas – FAFIMAN
AVALIAÇÃO DE CONTAMINANTES MICROBIOLÓGICOS MAIS
COMUNS EM REFRIGERADORES DOMÉSTICOS
A pesquisa é do tipo experimental e foi realizada em três fases: Na fase 1 do
experimento, amostras foram coletadas em refrigeradores domésticos, selecionados
aleatoriamente tendo o consentimento livre e esclarecido do proprietário. Nas fases 2 e 3, as
amostras, devidamente identificadas e acondicionadas, foram enviadas ao laboratório para
análises. Na coleta de amostras, utilizou-se o método de Swabs, conforme o procedimento
proposto pela American Public Health Association (APHA, 2014; MORTON, 2001). Após
amostrado o local desejado, o Swab foi levado até um frasco contendo solução de rinsagem,
e, antes de serem plaqueadas, as amostras foram conservadas sob refrigeração de 2°C à 8°C,
por um período de 24 horas (SILVA JR, 1997). Na sequência, procedeu-se o plaqueamento de
0,5mL da solução amostrada em Plate Cont Agar onde foram armazenadas para leitura de
crescimento a 35°C, após 24 horas, 48 horas e 72 horas, a fim de acompanhar o crescimento
do microrganismo (COELHO et al., 2010).
Na segunda e terceira fases do experimento, foram realizadas a identificação e a
quantificação quanto a formação de Unidades Formadoras de Colônias em > ou < (maior ou
menor) que 1 UFC/mL. Foram analisados o formato de cada colônia quanto às suas
características visíveis a olho nú, lembrando sempre de suas respectivas identificações
numéricas. As colônias observadas foram então isoladas, através da separação pelo método
de Coloração de Gram, conforme Gwendolyn (2005). Foi utilizado o método de Coloração de
Gram para identificar as Bactérias Gram positivas e Gram negativas, através das medidas
comparativas das características externas das colônias, pela coloração e formato da
bactéria, a serem consideradas, portanto, do mesmo gênero ou não. Os resultados foram
previamente anotados até o aguardo da confirmação com o método de provas bioquímicas.
Durante as provas bioquímicas, foi utilizado o Enterokit B (figura 1). Em microbiologia, é
importante realizar os métodos de provas bioquímicas, que consistem na forma em que o
microrganismo metaboliza o substrato. É fundamental a utilização deste método para chegar
à espécie de bactérias analisadas (CARDOSO et al. 2004).
Figura 1 – Enterokit B utilizado nas provas bioquímicas
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram coletadas e analisadas um total de 30 amostras, obtendo-se 1839 Unidades
Formadoras de Colônias (UFC), com uma média de 306,5 UFC/5mL, sendo 23% correspondente
ao crescimento de fungos e 77% ao crescimento de bactérias.
Em todas as amostras analisadas, houve maior crescimento de microrganismos nas
superfícies inferiores do que nas superfícies superiores dos refrigeradores (figura 2). Esse
resultado está de acordo com algumas pesquisas realizadas em que o crescimento de
microrganismos nas prateleiras inferiores foram mais significativos do que nas prateleiras
superiores (CASTELLANI, 2014; TORTORA, 2005). Esses resultados podem ser explicados em
função da maior armazenagem de alimentos nesse local do refrigerador, bem como em
decorrência da deficiência na higienização dos mesmos ao serem guardados.
Após a realização das provas bioquímicas para identificar as bactérias isoladas,
observou-se que 32% do total das bactérias detectadas eram patogênicas e que as mesmas
correspondiam a Pseudomonas spp., causadoras de doenças como infecções urinárias,
respiratórias, nos vasos sanguíneos, na pele, nos ossos, pele, mucosas etc. (TORTORA;
FUNKE; CASE, 2005).
Figura 2 Valores médios para o crescimento de microrganismos em UFC/5mL total, bactérias e
fungos, em função do tipo de superfície amostrada
Cuidados básicos de higienização e formas adequadas de armazenamento dos alimentos
nos refrigeradores devem sempre serem observados para se evitar possíveis contaminações.
O uso de sacolas plásticas, por exemplo, para armazenar alimentos no interior dos
refrigeradores, costuma ser um procedimento comumente adotado pelas pessoas. No entanto,
são ações que podem gerar contaminações cruzadas e acarretarem graves intoxicações
alimentares (GERBA; WILLIAMS; SINCLAIR, 2010).
Formas ideais de armazenamento seriam substituir as sacolas plásticas por sacolas
transparentes limpas ou recipiente próprio para o armazenamento de alimentos. Ainda, a
higienização periódica do refrigerador com álcool a 70%, que tem um alto poder de
descontaminação, deve ser uma prática constante para se minimizar e/ou eliminar as
contaminações e intoxicações, fatores de risco à saúde do consumidor.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS

Ao se consumir um alimento, dois aspectos são fundamentais e devem sempre ser levados em consideração. O primeiro se deve à correta aplicação das boas práticas de higiene durante seu preparo e manipulação e o segundo se refere às condições ideais de armazenamento, como temperatura, umidade, embalagem, entre outros. Segundo algumas pesquisas atuais, uma parcela significativa dos surtos de doenças patológicas é atribuída ao consumo de alimentos contaminados por agentes biológicos. Dessa forma, tem sido cada vez mais crescente a preocupação com relação às doenças transmitidas por alimentos armazenados nos refrigeradores de forma inadequada, sendo esses surtos cada vez mais frequentes. As condições impróprias de preparação associadas ao armazenamento inadequado dos alimentos, costumam causar o que chamamos de contaminações cruzadas. Dessa forma, tem sido cada vez mais crescente a preocupação com relação às doenças transmitidas por alimentos armazenados nos refrigeradores de forma inadequada, sendo esses surtos cada vez mais frequentes. Em todas as amostras analisadas detectou-se a presença de microrganismos, patogênicos ou não. Comparando as partes dos refrigeradores, as superfícies inferiores mostraram-se mais contaminadas do que as superiores. As bactérias patogênicas identificadas foram as do tipo Pseudomonas spp , o que representa um padrão de perigo iminente, pois são microrganismos nocivos à saúde. Fungos também foram detectados, o que indica associação de umidade com falta de higienização adequada. É fundamental e imprescindível ressaltar sobre a importância da higienização dos refrigeradores com álcool a 70%, pois este apresenta uma alta capacidade de descontaminação, o que minimiza e/ou reduz os perigos das intoxicações alimentares por alimentos contaminados durante o armazenamento. AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION (APHA). For Science. For Action. For Health. Disponível em: http://www.apha.org/.Acesso em 01 de julho de 2014. COELHO A.I.M. et al. Contaminação microbiológica de ambientes e de superfícies em restaurantes comerciais. Ciência & Saúde Coletiva,15(Supl. 1):1597-1606, 2010: Viçosa 2007 GERBA, C. P. WILLIAMS, D. SINCLAIR, R. P. Avaliação do potencial de contaminação cruzada de produtos alimentícios por sacolas de compras reutilizáveis. Escola de Saúde Pública da Universidade Loma Linda, Califórnia. Califórnia. 9 de Junho de 2010. TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 8 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. Agradecimentos: PROBIC

INTRODUÇÃO

METODOLOGIA

OBJETIVOS

Investigar as paredes e/ou as superfícies internas de refrigeradores domésticos como possíveis fontes de contaminação microbiana dos alimentos.

Camila de Fátima Vitalino¹, Elaine Frota¹, Érica Aparecida Belasco da Silva¹, Pâmela Natali Ornague¹, Rafael Moreira

dos Santos¹, Lucimara Bergamo Panice²

1 Acadêmicos do curso de Ciências Biológicas – FAFIMAN; 2 Professora Adjunta do Departamento de Ciências Biológicas – FAFIMAN

AVALIAÇÃO DE CONTAMINANTES MICROBIOLÓGICOS MAIS

COMUNS EM REFRIGERADORES DOMÉSTICOS

A pesquisa é do tipo experimental e foi realizada em três fases: Na fase 1 do experimento, amostras foram coletadas em refrigeradores domésticos, selecionados aleatoriamente tendo o consentimento livre e esclarecido do proprietário. Nas fases 2 e 3, as amostras, devidamente identificadas e acondicionadas, foram enviadas ao laboratório para análises. Na coleta de amostras, utilizou-se o método de Swabs, conforme o procedimento proposto pela American Public Health Association (APHA, 2014; MORTON, 2001). Após amostrado o local desejado, o Swab foi levado até um frasco contendo solução de rinsagem, e, antes de serem plaqueadas, as amostras foram conservadas sob refrigeração de 2°C à 8°C, por um período de 24 horas (SILVA JR, 1997). Na sequência, procedeu-se o plaqueamento de 0,5mL da solução amostrada em Plate Cont Agar onde foram armazenadas para leitura de crescimento a 35°C, após 24 horas, 48 horas e 72 horas, a fim de acompanhar o crescimento do microrganismo (COELHO et al., 2010). Na segunda e terceira fases do experimento, foram realizadas a identificação e a quantificação quanto a formação de Unidades Formadoras de Colônias em > ou < (maior ou menor) que 1 UFC/mL. Foram analisados o formato de cada colônia quanto às suas características visíveis a olho nú, lembrando sempre de suas respectivas identificações numéricas. As colônias observadas foram então isoladas, através da separação pelo método de Coloração de Gram, conforme Gwendolyn (2005). Foi utilizado o método de Coloração de Gram para identificar as Bactérias Gram positivas e Gram negativas, através das medidas comparativas das características externas das colônias, pela coloração e formato da bactéria, a serem consideradas, portanto, do mesmo gênero ou não. Os resultados foram previamente anotados até o aguardo da confirmação com o método de provas bioquímicas. Durante as provas bioquímicas, foi utilizado o Enterokit B (figura 1). Em microbiologia, é importante realizar os métodos de provas bioquímicas, que consistem na forma em que o microrganismo metaboliza o substrato. É fundamental a utilização deste método para chegar à espécie de bactérias analisadas (CARDOSO et al. 2004). Figura 1 – Enterokit B utilizado nas provas bioquímicas

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram coletadas e analisadas um total de 30 amostras, obtendo-se 1839 Unidades Formadoras de Colônias (UFC), com uma média de 306,5 UFC/5mL, sendo 23% correspondente ao crescimento de fungos e 77% ao crescimento de bactérias. Em todas as amostras analisadas, houve maior crescimento de microrganismos nas superfícies inferiores do que nas superfícies superiores dos refrigeradores (figura 2). Esse resultado está de acordo com algumas pesquisas realizadas em que o crescimento de microrganismos nas prateleiras inferiores foram mais significativos do que nas prateleiras superiores (CASTELLANI, 2014; TORTORA, 2005). Esses resultados podem ser explicados em função da maior armazenagem de alimentos nesse local do refrigerador, bem como em decorrência da deficiência na higienização dos mesmos ao serem guardados. Após a realização das provas bioquímicas para identificar as bactérias isoladas, observou-se que 32% do total das bactérias detectadas eram patogênicas e que as mesmas correspondiam a Pseudomonas spp ., causadoras de doenças como infecções urinárias, respiratórias, nos vasos sanguíneos, na pele, nos ossos, pele, mucosas etc. (TORTORA; FUNKE; CASE, 2005). Figura 2 – Valores médios para o crescimento de microrganismos em UFC/5mL total, bactérias e fungos, em função do tipo de superfície amostrada Cuidados básicos de higienização e formas adequadas de armazenamento dos alimentos nos refrigeradores devem sempre serem observados para se evitar possíveis contaminações. O uso de sacolas plásticas, por exemplo, para armazenar alimentos no interior dos refrigeradores, costuma ser um procedimento comumente adotado pelas pessoas. No entanto, são ações que podem gerar contaminações cruzadas e acarretarem graves intoxicações alimentares (GERBA; WILLIAMS; SINCLAIR, 2010). Formas ideais de armazenamento seriam substituir as sacolas plásticas por sacolas transparentes limpas ou recipiente próprio para o armazenamento de alimentos. Ainda, a higienização periódica do refrigerador com álcool a 70%, que tem um alto poder de descontaminação, deve ser uma prática constante para se minimizar e/ou eliminar as contaminações e intoxicações, fatores de risco à saúde do consumidor.