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Controle Estatístico de Processos
CEP (Controle Estatístico de
Processos)
Gráficos de Controle por
variáveis
Adriano P. Balau
Introdução
- (^) Muitas caracterísitcas da qualidade devem ser expressas em termos de valores numéricos, Por exemplo, o diâmetro de um pino. As características da qualidade mensuráveis tais como peso, dimensão, volume em qualquer escala enumerável, são denominadas variáveis
- (^) Uma vez eliminadas as causas especiais que afetam o processo e estabelecidas as medidas contra a reincidência de tais causas, pode-se iniciar a construção dos gráficos de controle. Aqui, será mostrado o monitoramento de características de qualidade representadas por variáveis contínuas (gráficos de controle por variáveis): o gráfico da média X, o da amplitude R, o da variância S 2 , e o do desvio-padrão S. Para o exemplo acima do diâmetro do pino, o valor médio é controlado através do gráfico da média X; já a variabilidade do processo, através do gráfico do desvio-padrão S ou da amplitude R.
Objetivos e Interpretação
- (^) A função dos gráficos é a de identificar/detectar qualquer evidência de que a média do processo e sua dispersão não estejam operando a níveis estáveis
- (^) Se encontrado um ou mais pontos fora dos limites de controle (tanto para gráfico X como R), ou outro padrão de não-aleatoriedade, existe um sinal de alerta (ou indicador) de que o processo não está sob controle estatístico.
- (^) Um dos objetivos da aplicação dos gráficos de controle é testar se um processo, não conhecido, está sob controle estatístico ou não é, caso o processo seja diagnosticado “fora de controle”, deve-se, sempre, orientar as ações para levar o processo ao estado de controle:
- dispostos todos os pontos correspondentes às médias amostrais e às amplitudes amostrais nos respectivos gráficos, e não existindo nenhum padrão de não aleatoriedade, o processo é considerado “sob controle”.
Objetivos e Interpretação
(cont.)
- Se algum ponto fora dos limites de controle ou qualquer outro padrão de não aleatoriedade é encontrado, consideramos que causas especiais de variação estão presentes. Estas causas deverão ser procuradas e corrigidas. Depois de corrigidas as causas que determinam o padrão de não aleatoriedade, novos limites e novas linhas centrais são calculadas, eliminando para este cálculo os elementos da amostra que determinam o padrão de não aleatoriedade. Este processo deverá ser repetido, interativamente, até que nenhum padrão de não aleatoriedade seja encontrado. Neste momento consideramos que o processo atingiu o estado de controle. Com o processo em estado de controle podemos aplicar os gráficos como instrumento para monitorar o processo e realizar melhorias contínuas.
Cálculo dos limites de controle
(médias e amplitudes) – X e R
- (^) Para médias: LSC = X + A 2 * R LC = X LIC = X – A 2 *R
- Para amplitudes LSC = D 4 * R LC = R LIC = D 3 * R
Cálculo dos limites de controle
(médias e amplitudes) – X e S
A diferença dos gráficos X e S com relação aos de X e R é no cálculo de S (desvio-padrão). Estimamos S de forma direta, ou seja, através do cálculo do desvio-padrão amostral. O Gráfico X e S é utilizado quando o tamanho da amostra é grande, ou seja, normalmente quando o tamanho n da amostra é maior que 8 ; além disso, o tamanho da amostra pode ser variável.
- Para médias: LSC = X + A 3 * S LC = X LIC = X – A 3 *S
- Para desvios-padrão: LSC = B 4 * S LC = S LIC = B 3 * S
Referências:
- (^) Apostila “Estatística para a Qualidade - Controle Estatístico da Qualidade – Ensitec – Prof. Marcos Aurélio Topa, 2013.
- (^) CONTROLE ESTATÍSTICO DA QUALIDADE; Antonio Fernando Branco Costa, Eugenio Kahn Epprecht e Luiz Cesar Ribeiro Carpinetti ; Atlas.