Aula sobre Controle de Processos, Notas de aula de Gestão da Qualidade

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Estabilização de Processos

Adriano P. Balau

Tipos de causas

Aleatórias ou Comuns

Especiais ou Assinaláveis

Conf. (2):“Para o gerenciamento do processo e redução da variabilidade, é

importante investigar as causas da variabilidade no processo. O primeiro

passo é distinguir entre causas comuns e causas especiais.

Deming (1986) explica que a confusão entre causas comuns e especiais leva

à maior variabilidade e a custos mais elevados. A atuação em causas

comuns como se fossem causas especiais pode levar a um aumento

indesejado da variação, além de representar um custo desnecessário.

Por outro lado, se causas especiais passarem despercebidas, elas podem

ser incorporadas ao resultado do processo, tornando aceitável o que

deveria ser rejeitado, além de se perder uma oportunidade de melhoria do

produto. “

Causas Aleatórias ou Comuns(cont.)

Causas Especiais ou Assinaláveis

O problema é que nenhum processo deixa de estar sujeito, também, à

ocorrência ocasional de perturbações maiores, chamadas de causas

especiais , que têm o efeito de deslocar a distribuição de um processo

e/ou aumentar sua dispersão. Uma causa especial é um problema ou

modo de operação anormal do processo, que pode, portanto, ser corrigido

ou eliminado; pode ser um ajuste incorreto de uma máquina, rompimento

de uma tubulação, um parâmetro de uma máquina desajustado, um lote

de matéria-prima com defeitos, etc.

Em (2): “ As causas especiais são causas que não são pequenas e não

seguem um padrão aleatório (erros de set up, problemas nos

equipamentos ou nas ferramentas, um lote de matéria prima com

características muito diferentes etc.) e por isso também são chamadas de

causas assinaláveis. São consideradas falhas de operação. Elas fazem

com que o processo saia fora de seu padrão natural de operação, ou seja,

provocam alterações

Resumo causas: Vide (2)

Etapas implementação:

Conhecer

Estabilizar

Ajustar

Conhecer (cont.)

Este processo está sob efeito de várias causas especiais , que na maioria

das vezes é possível identificar e eliminar. Observações extraídas no

processo durante este período de instabilidade não são apropriadas para a

contrução dos gráficos de controle, pois a média e limites são construídos

baseados na média e desvio-padrão a partir de valores não-ideais.

Então, antes de construir os gráficos, precisa-se identificar e eliminar as

causas especiais que estão fazendo o processo sair do controle

estatístico. Um bom exemplo para auxiliar nesta análise é o Diagrama de

causa-efeito ou Ishikawa.

Conhecer (cont.)

Sugestão de sequência de análise: Brainstorming, Ishikawa, pontuar

principais causas, 5 porquês para as principais causas...

Após a eliminação das causas especiais , os valores oscilam de forma

aleatória em torno do valor-alvo – vide exemplo abaixo:

Ajustar

Uma coisa importante é que, toda vez que o valor lido X voltar a

apresentar comportamento não aleatório, aumento na dispersão ou

desajuste na média, deve-se registrar em uma lista de verificação.

Conseguindo-se identificar as causas especiais após a análise feita, as

medidas corretivas devem ser implementadas, com a finalidade de trazer

de volta o processo ao estado de controle estatístico.

Fontes

(1) Páginas 22 a 34 - Costa, A. F. B. , Epprecht, E. K., Carpinetti, L. C. R. Controle

Estatístico da Qualidade. 2ª edição, São Paulo: Atlas, 2013.

(2) Série monográfica Qualidade - Controle Estatístico do Processo - Cartas de

Controle para Variáveis, Cartas de Controle para Atributos, Função de Perda

Quadrática, Análise de Sistemas de Medição - José Luis Duarte Ribeiro & Carla

Schwengber ten Caten - FEENG/UFRGS - 2012