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AULA SOBRE A “CANÇÃO DO EXÍLIO” DE GONÇALVES DIAS, Resumos de Poesia

A “Canção do Exílio” é certamente um dos poemas mais conhecidos ... aponta também a ocorrência, na poesia de Gonçalves Dias, de rimas de.

Tipologia: Resumos

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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bg1
LITERATURA E SOCIEDADE | Nº 34 | P. 10-21 | JUL/DEZ 2021
10 | ABERTURA: Na sala de aula
AULA SOBRE A “CANÇÃO DO EXÍLIO
DE GONÇALVES DIAS*
http://dx.doi.org/10.11606/issn.2237-1184.v0i34p10-21
Eduardo Vieira MartinsI
objetivo desta aula é apresentar o programa e a bibliografia
do curso. Para que os tópicos do programa sejam percebidos com mais clareza
pelos alunos, vamos discuti-los a partir da leitura de um poema.
CANÇÃO DO EXÍLIO
Kennst du das Land, wo die Zitronen blühen,
Im dunkeln Laub die Gold-Orangen glühen?
Kennst du es wohl? — Dahin, dahin!
Möcht' ich... zien
1
Goethe
1. Minha terra tem palmeiras, [3-7]
2. Onde canta o Sabiá; [3-7]
3. As aves, que aqui gorjeiam, [2-5-7]
4. Não gorjeiam como . [3-7]
5. Nosso céu tem mais estrelas, [3-7]
* Preparação da primeira aula da disciplina Estudos Literários I, da graduação em Letras da
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, pelo professor
Eduardo Vieira Martins.
I Universidade de São Paulo, São Paulo, São Paulo, Brasil.
1
“Conheces a região onde florescem os limoeiros?/ Laranjas de ouro ardem no verde-escuro da
folhagem?/ Conheces bem? Lá, lá/ Eu quisera estar” (Trad. P. E. S. Ramos, apud J. L. Jobim.)
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AULA SOBRE A “CANÇÃO DO EXÍLIO”

DE GONÇALVES DIAS

http://dx.doi.org/10.11606/issn.2237-1184.v0i34p 10 - 21 Eduardo Vieira Martins I objetivo desta aula é apresentar o programa e a bibliografia do curso. Para que os tópicos do programa sejam percebidos com mais clareza pelos alunos, vamos discuti-los a partir da leitura de um poema. CANÇÃO DO EXÍLIO Kennst du das Land, wo die Zitronen blühen, Im dunkeln Laub die Gold-Orangen glühen? Kennst du es wohl? — Dahin, dahin! Möcht' ich... zien^1 Goethe

  1. Minha te rra tem pal mei ras, [3-7]
  2. Onde can ta o Sabi á ; [3-7]
  3. As a ves, que a qui gor jei am, [2- 5 - 7]
  4. Não gor jei am como . [3-7]
  5. Nosso céu tem mais es tre las, [3-7]
  • (^) Preparação da primeira aula da disciplina Estudos Literários I, da graduação em Letras da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, pelo professor Eduardo Vieira Martins. I (^) Universidade de São Paulo, São Paulo, São Paulo, Brasil. (^1) “Conheces a região onde florescem os limoeiros?/ Laranjas de ouro ardem no verde-escuro da folhagem?/ Conheces bem? Lá, lá/ Eu quisera estar” (Trad. P. E. S. Ramos, apud J. L. Jobim.)

O

  1. Nossas vár zeas têm mais flo res, [3-7]
  2. Nossos bos ques têm mais vi da, [3-7]
  3. Nossa vi da mais a mo res. [3-7]
  4. Em cis mar , sozinho, à noi te, [3-7]
  5. Mais pra zer encontro eu ; [3-7]
  6. Minha te rra tem pal mei ras, [3-7]
  7. Onde can ta o Sabi á. [3-7]
  8. Minha te rra tem pri mo res, [3-7]
  9. Que tais não en con tro eu ; [2- 5 - 7]
  10. Em cis mar — sozinho, à noi te — [3-7]
  11. Mais pra zer encontro eu ; [3-7]
  12. Minha te rra tem pal mei ras, [3-7]
  13. Onde can ta o Sabi á. [3-7]
  14. Não per mi ta Deus que eu mo rra, [3-7]
  15. Sem que eu vol te para ; [3-7]
  16. Sem que des fru te os pri mo res [4-7]
  17. Que não en con tro por ; [4-7]
  18. Sem qu'inda a vis te as pal mei ras, [4-7]
  19. Onde can ta o Sabi á. [3-7] Coimbra, julho de 1841. (GONÇALVES DIAS, 1957, p. 83-4) Introdução A “Canção do Exílio”, de G. D., foi redigida em Portugal, quando o poeta fazia o curso de direito em Coimbra, e publicada em 1846 , nos Primeiros cantos , livro de estreia do escritor maranhense, aparecendo na primeira parte do livro, intitulada "Poesias americanas" (trata-se, na verdade, do primeiro poema do livro). A “Canção do Exílio” é certamente um dos poemas mais conhecidos pelos estudantes brasileiros, e sua capacidade de encantar e de fecundar a imaginação dos leitores pode ser comprovada não apenas pelas incontáveis reedições de que foi objeto, mas também pelo fato de ter sido constantemente citada ou mesmo reescrita por autores como Casimiro de Abreu, Oswald de Andrade, Juó Bananere, Murilo Mendes e Carlos Drummond de Andrade.

distendidos no tempo”. Nesse tipo de texto, o mais comum é não encontrarmos o desenvolvimento de personagens complexos ou de cenários cuidadosamente descritos. Os elementos do mundo exterior, quando aparecem no poema lírico, não são elementos de cenário, mas sim traços reveladores do estado de ânimo do eu-lírico: “o universo se torna expressão de um estado interior” (ROSENFELD, 2004, p. 22-3). Assim, na “Canção do Exílio”, a palmeira e o sabiá, em vez de aparecerem como elementos descritivos da terra natal, constituem-se como símbolos da nostalgia que anima o eu-lírico, o que pode ser comprovado pela obsessão com que são evocados. Forma Composto por cinco estrofes (sendo três quadras e dois sextetos), o poema é de uma simplicidade exemplar, que já se manifesta na escolha do vocabulário, no qual não ocorrem termos raros, que exijam uma consulta ao dicionário. De fato, esta simplicidade é um traço que sempre chamou a atenção da crítica sobre o poema. Antonio Candido observa que “a ‘Canção do Exílio’ [...] representa bem o seu [G. D.] ideal literário; beleza na simplicidade , fuga ao adjetivo, procura da expressão de tal maneira justa que outra seria difícil”.^3 A simplicidade, entretanto, ao contrário do que se poderia imaginar, não implica pobreza de recursos técnicos, mas sim uma habilidade muito grande no seu manuseio, como se pode verificar pela análise formal do poema.

  • Sonoridade: Todo poema é “uma estrutura sonora” (CANDIDO, EAP, p. 23), cuja melodia pode ser bem marcada e diferencial ou discreta e próxima à da prosa (p. 23). A sonoridade contribui para marcar a “individualidade do poema” (p. 24) e é usada pelo poeta para “tentar obter efeitos especiais” (p. 24). Na “Canção do Exílio”, um dos elementos que imediatamente captam a atenção do leitor é a sua musicalidade, efeito garantido pelo uso das rimas e de um ritmo bem marcado.
  • Rima: A rima é a repetição de sons iguais ou semelhantes, repetição que pode ocorrer tanto no fim dos versos, quanto no interior dos versos. Todas contribuem para o efeito musical do poema, agindo sobre o leitor ou ouvinte e produzindo a sensação de encantamento característica da poesia, cuja audição (ou mesmo a leitura), dada a (^3) V. CANDIDO, Antonio. Formação da literatura brasileira , v. 2, p. 81.

recorrência de determinados sons, gera uma expectativa pelo seu retorno, expectativa que pode ser confirmada ou frustrada. Em “A Poética de Gonçalves Dias”, analisando os esquemas de rimas utilizados pelo poeta, Manuel Bandeira afirma que “a sua habitual discrição levava-o a contentar-se com acordes menos vistosos, a aceitar as rimas naturalmente ligadas ao assunto” (p. 66). Em lugar da rima consoante (em que “há concordância de todos os fonemas [ sons! ] a partir da vogal tônica” - CANDIDO, p. 40), prefere a rima toante (em que “há concordância das vogais tônicas, ou das vogais tônicas e outra, ou outras vogais átonas que a seguem” - ( IDEM, p. 40 ) — ex.: cálida/lágrima), mais discreta [usual na poesia castelhana, mas menos usada em português; João Cabral se utilizou muito dela]. M. Bandeira aponta também a ocorrência, na poesia de Gonçalves Dias, de rimas de sons iniciais, “outra espécie ainda mais sutil de rima”, pela qual “se explica muitas vezes, em parte, o segredo da musicalidade que nos enleia em certos poemas” ( IDEM , p. 67). Na “C.E.”, surgem os dois tipos de rima, garantindo a base musical do poema, como se pode perceber já na primeira estrofe:

  1. Minha terra tem palm ei r a s, (a)
  2. Onde canta o Sabi á ; (b)
  3. As aves, que aqui gorj eia m, (c)
  4. Não gorjeiam como l á. (b) O poema segue um esquema no qual, no interior de cada estrofe, os versos ímpares são brancos (ou seja, sem rima) ou apresentam rimas toantes (ex: I. palm ei r a s/gorj eia m; V. m o rra/prim o res), e os versos pares apresentam rimas consoantes (estr. I: sabiá/lá; estr. II: flores/amores; estr. III: lá/sabiá; estr. IV: cá/lá/sabiá; estr. V: lá/cá/sabiá). Assim, o esquema das rimas é o seguinte: nos quartetos: a b c b; nos sextetos: a b c b d b. Note-se, ainda, que o poema é quase todo perpassado por uma única rima, dado pelo “a”. A rima não é o único tipo de homofonia perceptível na “Canção do Exílio”. A ela vem se somar a repetição dos versos 1 e 2 da primeira estrofe (“Minha terra tem palmeiras/ Onde canta o sabiá”), retomados integralmente nas estrofes III e IV, e com alteração na estrofe V, convertendo-se, assim, numa espécie de refrão.^4 Note que a terceira estrofe (o último quarteto do poema), é integralmente repetida na quarta estrofe (o primeiro sexteto) (vv. 9-12/vv. 15-18). Há também a (^4) Refrão ou estribilho: “verso ou conjunto de versos que [...] repetido a intervalos regulares”. ( Dicionário Houaiss da língua portuguesa .)

Na última estrofe, quando o eu-lírico expressa o receio de que o exílio se torne permanente e afirma o desejo de retornar à terra natal, estrofe, portanto, em que a tensão atinge o nível mais elevado, o ritmo também sofrerá alterações:

  1. Não/ per/ mi /ta/ Deus/ que eu/ mo /rra, _ _ / _ _ _ / [3-7]
  2. Sem/ que eu/ vol /te/ pa/ra/ ; _ _ / _ _ _ / [3-7]
  3. Sem/ que/ des/ fru /te os/ pri/ mo /res _ _ _ / _ _ / [4-7]
  4. Que/ não/ en/ con /tro/ por/ ; _ _ _ / _ _ / [4-7]
  5. Sem/ qu'in/da a/ vis /te as/ pal/ mei /ras, _ _ _ / _ _ / [4-7]
  6. On/de/ can /ta o/ sa/bi/ á. _ _ / _ _ _ / [3-7] Como se vê, a quebra do ritmo dominante em alguns versos específicos não se deve ao acaso ou à coincidência mas a uma escolha do poeta, que, consciente do seu ofício, utiliza o ritmos e as suas variações para reforçar o sentido do poema.^5 Masculino x Feminino Outro elemento de regularidade na “Canção do Exílio” se encontra na distribuição de versos masculinos ou agudos (aqueles terminados por palavras oxítonas) e versos femininos ou graves (aqueles terminados por palavras paroxítonas). Ao longo do poema, temos a alternância de versos masculinos e femininos, regularidade quebrada apenas na segunda estrofe, toda ela em versos femininos (graves). Como essa breve análise demonstra, a “CE” é um poema marcado por uma série de repetições: repetição de sons (especialmente do a , que marca rimas insistentes no poema: sabiá , canta , , palmeiras ); repetição do refrão (“Minha terra tem palmeiras/ Onde canta o sabiá”); repetição de um mesmo ritmo, que percorre, com quebras pontuais e significativas, o poema todo. Essas repetições podem ser compreendidas como as marcas formais da unidade temática da “CE”, toda ela voltada para a exaltação da terra natal e marcada pelo sentimento de nostalgia que enforma a visão do eu-lírico. Segundo José Guilherme Merquior, “o verdadeiro segredo de sua direta comunicabilidade é a unidade obstinada do sentimento que a domina” (MERQUIOR, 1990, p. 17). O tema da saudade da terra natal é um tema caro ao romantismo. Chateaubriand, em O gênio do cristianismo , dedica todo um capítulo à discussão do “Instinto da Pátria”. Segundo ele, o sentimento que diferencia o (^5) O esquema rítmico dominante é 3-7. As quebras ocorrem nos versos 3 e 14 (acentuados em 2- 5 - 7) e nos versos 21, 22 e 23 (acentuados em 4-7).

homem dos outros animais é o “amor da pátria” (CHATEAUBRIAND, s/d, p. 144). Para evitar que os habitantes das localidades mais inóspitas do globo se precipitassem para as regiões temperadas, provocando uma catástrofe, a providência divina lhes teria infundido o “instinto da pátria”, que “colou os pés de cada homem ao seu torrão natal, com um ímã invencível: os gelos da Islândia, e os areais abrasados da África estão povoados” (p. 144). Quanto mais adversas as condições de um país, maior a força desse instinto, que decai naquelas latitudes onde a facilidade da vida e as riquezas destroem os vínculos naturais que prendem o homem à terra natal. Esses elos podem residir em pequenas coisas, como no sorriso dos pais ou no latido de um cão, mas, uma vez que Deus “fundou sobre a natureza a afeição do solo natalício”, é sobretudo a paisagem que infunde com mais intensidade a afeição pela pátria: Afastados do nosso país é que nós mais sentimos o instinto que mais nos prende. À míngua da realidade, buscamos quimeras [...]. Umas vezes, dispor-se-á uma cabana à imitação do teto paternal; outras vezes, é um bosque, um vale, uma riba, ao qual se dará algum dos doces nomes da Pátria [...]. Longe das margens que nos viram nascer, a natureza parece que se apouca e amesquinha, como sombra daquela que perdemos ( IDEM, Ibidem, p. 146-7).^6 Chateaubriand apresenta como paradigma dessa atitude a figura de Andrômaca, personagem da Ilíada , de Homero, que, no exílio, dá a um riacho o nome do rio de sua terra natal, Simois. Na literatura brasileira, o poema que fixa o sentimento de que, comparada à paisagem natal, a natureza de outros países parece decair é, evidentemente, a “Canção do Exílio”, de Gonçalves Dias. Ao constituir-se como elogio à terra natal, o poema pode ser tomado como exemplar da atitude nacionalista que orientou a produção romântica brasileira, notadamente entre os autores da primeira geração, à qual pertenceu G. D. Romantismo e nacionalismo. O romantismo brasileiro, cuja eclosão se deu nos anos posteriores à Independência política do país, imbuiu-se das aspirações nacionalistas que marcavam a vida política e cultural do período. Esboçado nas revistas literárias, o movimento renovador foi impulsionado por um grupo de (^6) Grifo meu.

foram desenvolvidos separados ou conjuntamente, eles perpassam todo o nosso romantismo. Segundo Antonio Candido, o indianismo se originou da “busca do específico brasileiro” somada à utilização do aparato indígena, com suas penas coloridas e costumes peculiares, como elemento alegórico de celebração “plástica e poética” da jovem nação (CANDIDO, 1981, p. 18). A temática indianista foi utilizada também como elemento de união com os escritores do século XVIII. Criava-se, assim, uma tradição, uma genealogia que vinha conferir nobreza à produção romântica e, mais importante, estabelecer um fio formador da nossa literatura. Se com relação à temática indígena os escritores românticos puderam reconhecer na tradição neoclássica uma espécie de antecedente ao qual podiam se reportar, o mesmo não ocorria no que dizia respeito às descrições da natureza. Da perspectiva romântica, a insistência dos poetas do século XVIII em ver ovelhas, divindades mitológicas e pastores apaixonados em plena floresta americana consistia grave erro de mirada. Rejeitando as convenções poéticas que embasavam o locus amoenus da Arcádia, eles desejavam fixar em seus textos aquilo que consideravam ser a verdadeira feição da natureza brasileira, focalizando os seus elementos mais agrestes, como a floresta tropical, com suas árvores centenárias e os grandes rios que a cortavam. Objetivos

  1. Introduzir questões gerais relativas à teoria da poesia, bem como métodos e técnicas de análise e interpretação do poema;
  2. Desenvolver a capacidade de leitura crítica do poema. Programa
    1. Conceitos gerais: poesia/poema/poético/poética;
    2. Gêneros literários: o gênero lírico;
    3. A linguagem literária;
    4. Fundamentos do verso: verso/estrofe/metro/ritmo/sonoridade/imagem;
    5. Estrutura e significação;
    6. Texto e contexto. CANÇÃO DO EXÍLIO
      1. Mi/nha/ te/ rra/ tem/ pal/ mei/ ras, [3-7] [F]
  1. On/de/ can/ ta o/ Sa/bi/ á/ ; [3-7] [M]
  2. As/ a/ ves/, que a/ qui/ gor/ jei/ am, [2- 5 - 7] [F]
  3. Não/ gor/ jei/ am/ co/mo/ lá/. [3-7] [M]
  4. No/sso/ céu/ tem/ mais/ es/ tre/ las, [3-7] [F]
  5. No/ssas/ vár/ zeas/ têm/ mais/ flo/ res, [3-7] [F]
  6. No/ssos/ bos/ ques/ têm/ mais/ vi/ da, [3-7] [F]
  7. No/ssa/ vi/ da/ mais/ a/ mo/ res. [3-7] [F]
  8. Em/ cis/ mar/ , so/zi/nho, à/ noi/ te, [3-7] [F]
  9. Mais/ pra/ zer/ en/con/tro eu/ lá/ ; [3-7] [M]
  10. Mi/nha/ te/ rra/ tem/ pal/ mei/ ras, [3-7] [F]
  11. On/de/ can/ ta o/ Sa/bi/ á/. [3-7] [M]
  12. Mi/nha/ te/ rra/ tem/ pri/ mo/ res, [3-7] [F]
  13. Que/ tais/ não/ en/ con/ tro eu/ cá/ ; [2- 5 - 7] [M]
  14. Em/ cis/ mar/ — so/zi/nho, à/ noi/ te — [3-7] [F]
  15. Mais/ pra/ zer/ en/con/tro eu/ lá/ ; [3-7] [M]
  16. Mi/nha/ te/ rra/ tem/ pal/ mei/ ras, [3-7] [F]
  17. On/de/ can/ ta o/ Sa/bi/ á/. [3-7] [M]
  18. Não/ per/ mi/ ta/ Deus/ que eu/ mo/ rra, [3-7] [F]
  19. Sem/ que eu/ vol/ te/ pa/ra/ lá/ ; [3-7] [M]
  20. Sem/ que/ des/ fru/ te os/ pri/ mo/ res [4-7] [F]
  21. Que/ não/ en/ con/ tro/ por/ cá/ ; [4-7] [M]
  22. Sem/ qu'in/da a/ vis/ te as/ pal/ mei/ ras, [4-7] [F]
  23. On/de/ can/ ta o/ Sa/bi/ á/. [3-7] [M] Referências bibliográficas CANDIDO, Antonio. Formação da literatura brasileira , v. 2. Belo Horizonte: Itatiaia, 1981, p. 81. CHATEAUBRIAND, F. R. O gênio do cristianismo , v. 1. Rio de Janeiro: W. M. Jackson, s/d, p. 144. GONÇALVES DIAS, Antônio. Primeiros cantos. In: Poesias completas. São Paulo: Saraiva, 1957, p. 83-4. MERQUIOR, José Guilherme. “O Poema do Lá”. In: Crítica. 1964 - 1989. /Ensaios sobre arte e literatura. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990, p. 10-1. ROSENFELD, Anatol. “A Teoria dos Gêneros”. In: Teatro épico. São Paulo: Perspectiva, 2004, p. 22- 3.