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A anatomia da medula espinal, descrevendo sua estrutura macroscópica, organização interna e funções. Além disso, explora patologias que afetam a medula espinal, como a poliomielite e a esclerose múltipla, fornecendo informações sobre seus sintomas e mecanismos de ação. O documento também discute a irrigação sanguínea da medula espinal e as artérias que a irrigam.
Tipologia: Resumos
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NEUROANATOMIA
Referências: Neuroanatomia – texto e atlas. John H. Martin – 4 ª edição. Ed. Artmed Neuroanatomia Funcional – texto e atlas. Adel K. Afifi e Ronald A. Bergman – 2 ª edição. Ed. Roca Neuroanatomia Clínica. Richard S. Snell. 7 ª edição. Ed. Guanabara Koogan Neuroanatomia Essencial. Ana M. Blanco Martinez, Silvana Allodi e Daniela Uziel. Ed. Guanabara Koogan Neuroanatomia Ilustrada. A.R. Crossman e D. Neary. 4 ª edição. Ed. Elsevier Anatomia Humana. Elaine N. Marieb, Patricia Brady Wilhem e Jon Mallatt. 7 ª edição. Ed. Pearson Princípios de Anatomia Humana. Gerard J. Tortora. 10 ª edição. Ed. Guanabara Koogan
Medula espinal – Objetivos de aprendizagem: ▪ Descrever a estrutura anatômica macroscópica da medula espinal, tanto a anatomia de superfície quanto sua organização interna. ▪ Reconhecer as regiões de substância branca e substância cinzenta, em curto transversal da medula espinal. ▪ Compreender a organização funcional dos neurônios na substância cinzenta e dos tratos neurais na substância branca. ▪ Associar os conhecimentos anátomo-funcionais com as possíveis lesões que acometem a medula espinal.
A medula espinal representa um importante segmento do Sistema Nervoso Central (SNC) e, apesar de apresentar uma estrutura aparentemente simples, tem um papel crucial em diferentes funções neurais. Assim, lesões que acometam essa porção do SNC podem levar a resultados clínicos catastróficos, ou mesmo impedir uma vida plenamente independente. A medula espinal está envolvida:
Bulbo (tronco encefálico) Bordas do forame magno Medula espinal Corte sagital – vista medial
A superfície da medula espinal é marcada por sulcos longitudinais, tanto em sua face anterolateral, quanto na sua face póstero-lateral. Na face anterior da medula, no plano mediano, existe um sulco denominado, por ser bastante profundo, de fissura mediana anterior. Ainda na face anterior, coincidindo com os pontos de saída das raízes nervosas ventrais, existe, de cada lado, um sulco anterolateral. Na face posterior, a medula apresenta um sulco mediano posterior, de cada lado, um sulco póstero-lateral, coincidindo com os locais de entrada das raízes nervosas dorsais. Na medula torácica, cranial ao nível T 6 , e na medula cervical, existe ainda, de cada lado, um sulco intermédio-posterior. Internamente, cada sulco intermédio-posterior continua-se em um tabique que subdivide o funículo posterior em fascículos grácil, junto da linha mediana, e cuneiforme, mais lateralmente. Caracteristicamente, os cornos dorsais (posteriores ou sensitivos) são delgados e alongados, enquanto os cornos ventrais (anteriores ou motores) são mais curtos e alargados. A região de substância cinzenta ao redor do canal central da medula são denominadas comissura cinzenta anterior e comissura cinzenta posterior, de acordo com sua relação com o canal central.
1.Fissura mediana anterior Sulco mediano posterior
A raiz dorsal possui o gânglio sensitivo da raiz dorsal, onde estão os corpos celulares de neurônios envolvidos com a percepção das diversas modalidades da sensibilidade somática, do pescoço, do tronco e dos membros. A reunião das raízes dorsal e ventral resulta na formação do tronco do nervo espinal. O tronco do nervo, por sua vez, divide-se em ramos ventral e dorsal do nervo espinal. O ramo dorsal é responsável pela inervação da pele e dos músculos do dorso, enquanto o ramo ventral inerva a pele e os músculos da parte anterior do corpo, e também dos membros superiores e inferiores.
Já foi informado que o limite inferior da medula espinal está localizado acima do limite do canal vertebral. O ápice do cone medular localiza-se entre as vértebras lombares L 1 e L 2 ; o canal vertebral estende-se até o limite inferior do sacro, enquanto o fundo do saco dural (e o limite inferior do espaço subaracnóideo) coincide com S 2 da peça do sacro. Isso acontece devido a um crescimento desproporcional entre a medula espinal e a coluna vertebral, durante o desenvolvimento: até os 3 meses de desenvolvimento intra-útero, a medula ocupa todo o canal vertebral; entretanto, como o crescimento ósseo é ligeiramente mais rápido que o crescimento do tecido nervoso, no indivíduo adulto jovem, o segmento mais caudal da medula encontra-se ao nível entre a 1 ª e 2 ª vértebra lombar (L 1 - L 2 ). Devido a esse fato, forma-se um espaço do canal vertebral abaixo do segmento mais caudal da medula, preenchido por líquor e raízes nervosas, denominado cisterna lombar. Essas raízes nervosas adquirem uma disposição característica que recebeu a denominação de cauda equina, e corresponde às raízes dorsais e ventrais dos segmentos medulares lombares e sacrais.
O fato de na cisterna lombar existir, além de um considerável acúmulo de líquor, a ausência de medula espinal, torna possível, com relativa segurança, a introdução de uma agulha na chamada punção lombar. O paciente é colocado em decúbito lateral ou sentado, com flexão anterior para abertura do espaço entre processos espinhosos contíguos. A linha média é identificada e, através da palpação das cristas ilíacas, é traçada uma linha imaginária que une seus pontos mais altos. Essa linha passa pelo processo espinhos de L 4. Assim, o espaço entre L 3 e L 4 (ou entre L 4 e L 5 ) pode ser atravessado pela agulha, após anestesia da pele, sem danificar a medula espinal. A punção lombar pode ser utilizada para a coleta de líquor, no diagnóstico de meningites e hemorragias, para a introdução de medicamentos, como quimioterápicos, ou para a anestesia locorregional denominada raquianestesia. Em outro tipo de anestesia locorregional, denominada anestesia epidural, a agulha não chega ao espaço subaracnóideo, e o anestésico é injetado no espaço epidural (ou extradural). Punção lombar para coleta de líquor ou raquianestesia
Relação medula-coluna vertebral diferente no início da vida intrauterina (esquerda) e no indivíduo adulto (direita). O desenvolvimento também proporciona o aparecimento e a modificação de curvaturas da coluna. Vista lateral
como a substância branca aumenta de caudal para rostral, ou seja, existe um número maior de axônios ascendentes e descendentes nos níveis mais craniais da medula, que vai diminuindo caudalmente, conforme essas fibras vão abandonando ou vão sendo incorporadas a medula. algumas regiões específicas da medula espinal são ligeiramente mais alargadas ou volumosas nas chamadas intumescências. Esses locais são mais volumosos devido ao número aumentado de neurônios para sensibilidade e inervação motora dos membros, ou seja, para a formação dos plexos nervosos (intumescências cervical e lombossacral). Por outro lado, os níveis torácicos exibem colunas nervosas delgadas ou pouco volumosas. os níveis medulares entre T 1 e L 2 exibe, além dos cornos (ou colunas) dorsais e ventrais, o corno intermédio-lateral (ou lateral). No corno lateral estão localizados os corpos celulares dos neurônios pré-ganglionares da divisão simpática do sistema nervoso autônomo (SNAS). o funículo posterior é subdividido em fascículos grácil e cuneiforme do nível medular T 6 para cima)
Observe atentamente os 4 níveis-padrão de cortes transversais da medula espinal e tente compreender como podem ser identificados individualmente, de acordo com os critérios que foram apresentados anteriormente.