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O teorema do divergente, também conhecido como teorema de gauss, estabelece uma relação entre a integral (derivada) do divergente de um campo vetorial f sobre uma região e a integral de f sobre a fronteira da região. A demonstração matemática do teorema, incluindo a ideia da prova e três exemplos de cálculo de fluxo de campos vetoriais sobre diferentes superfícies.
Tipologia: Resumos
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Não perca as partes importantes!
Marcos Eduardo Valle
Departamento de Matemática Aplicada Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica Universidade Estadual de Campinas
O teorema do divergente , também chamado teorema de Gauss , estabelece uma relação entre a integral (derivada) do divergente de um campo vetorial F sobre uma região com a integral de F sobre a fronteira da região.
Uma região E ⊆ R^3 é chamada região sólida simples se E pode ser escrita simultaneamente como:
E = {(x, y, z) : (x, y) ∈ Dxy , u 1 (x, y) ≤ z ≤ u 2 (x, y)}, (tipo 1) , E = {(x, y, z) : (y, z) ∈ Dyz , v 1 (y, z) ≤ x ≤ v 2 (y, z)}, (tipo 2) , E = {(x, y, z) : (x, z) ∈ Dxz , w 1 (x, z) ≤ y ≤ w 2 (x, z)}, (tipo 3).
A fronteira de E é uma superfície fechada e usaremos a convenção de que a orientação positiva é para fora.
Seja F = P i + Q j + R k. Vamos mostrar que ∫ ∫
S
F · d S =
E
div F dV.
Por um lado, ∫ ∫
E
div F dV =
E
∂x
dV +
E
∂y
dV +
E
∂z
dV.
Por outro lado, se n é o vetor normal unitário para fora de S, ∫ ∫
S
F · d S =
S
(P i + Q j + R k ) · n dS
S
P i · n dS +
S
Q j · n dS +
S
R k · n dS.
Mostraremos apenas que
E
∂z
dV =
S
R k · n dS.
Primeiramente, como E é uma região sólida simples, temos
E = {(x, y, z) : (x, y) ∈ Dxy , u 1 (x, y) ≤ z ≤ u 2 (x, y)}.
Observe que superfície fronteira S é formada por três partes: o fundo S 1 , o topo S 2 e possivelmente a lateral S 3.
(Figura extraída do livro de James Stewart, Calculus, 5 edição.)
Calcularemos a integral
Si
R k · n dS, para i = 1 , 2 e 3.
Logo, por um lado temos ∫ ∫
S
R k · n dS =
S 1
R k · n dS +
S 2
R k · n dS +
S 3
R k · n dS
D
x, y, u 1 (x, y)
dA +
D
x, y, u 2 (x, y)
dA.
Por outro lado, pelo teorema fundamental do cálculo temos
∫ ∫ ∫
E
∂z dV =
D
u 2 (x,y)
u 1 (x,y)
∂z dz
dA
D
x, y, u 2 (x, y)
dA −
D
x, y, u 1 (x, y)
dA.
Comparando os resultados, concluímos que ∫ ∫ ∫
E
∂z dV =
S
R k · n dS.
De um modo similar, pode-se mostrar que ∫ ∫ ∫
E
∂x dV =
S
P i · n dS,
e (^) ∫ ∫ ∫
E
∂y dV =
S
Q j · n dS.
Essas últimas equações concluem a demostração do teorema do divergente!
Determine o fluxo do campo vetorial F (x, y, z) = z i + y j + x k sobre a esfera unitária x^2 + y^2 + z^2 = 1.
Resposta: Pelo teorema do divergente, temos ∫ ∫
S
F · d S =
E
div F dV =
E
1 dV =
π.
Calcule
S F^ ·^ d S^ em que
F (x, y, z) = xy i + (y^2 + exz
2 ) j + sen(xy) k ,
e S é a superfície da região E limitada pelo cilindro parabólico z = 1 − x^2 e pelos planos z = 0, y = 0 e y + z = 2.
O teorema do divergente vale quando E é a união de regiões sólidas simples!
Por exemplo, suponha que E é uma região solida entre duas superfícies S 1 e S 2 , onde S 1 está dentro de S 2. Sejam n 1 e n 2 os vetores normais (unitários) apontando para foram de S 1 e S 2 , respectivamente. A superfície fronteira de S é S = S 1 ∪ S 2 e sua normal n é dada por n = − n 1 sobre S 1 e n = n 2 sobre S 2. Pelo teorema do divergente, temos ∫ ∫ ∫
E
div F dV =
S
F · d S =
S
F · n dS
S 1
F · (− n 1 )dS +
S 2
F · n 2 dS
S 2
F · n 2 dS −
S 1
F · ( n 1 )dS.
Determine o fluxo elétrico E , dado por E ( x ) =
‖ x ‖^3 x , sobre
uma superfície fechada S que contém a origem. Dica: Pode-se verificar que div E ( x ) = 0 para qualquer x.
Seja v um campo de velocidades de um fluido com densidade constante ρ. A vazão do fluido por unidade de área é F = ρ v. Se (x 0 , y 0 , z 0 ) é um ponto no fluido e Ba é uma bola de raio a (pequeno) e centro em P 0 , então div F (x, y, z) ≈ div F (x 0 , y 0 , z 0 ) para todo (x, y, z) ∈ Ba. Assim, o fluxo na fronteira Sa da bola Ba é ∫ ∫
Sa
F · d S =
Ba
div F dV ≈
Ba
div F (x 0 , y 0 , z 0 )dV
= div F (x 0 , y 0 , z 0 )V (Ba),
em que V (Ba) denota o volume de Ba.
Tomando a → 0, temos
div F (x 0 , y 0 , z 0 ) = lim a→ 0
V (Ba)
Sa
F · d S.
Portanto, div F (x 0 , y 0 , z 0 ) é a vazão total por unidade de volume que sai de (x 0 , y 0 , z 0 ).
I (^) Se div F (x, y, z) > 0, o escoamento total perto de (x, y, z) é para fora de (x, y, z). Nesse caso, (x, y, z) é chamado fonte. I (^) Se div F (x, y, z) < 0, o escoamento total perto de (x, y, z) é para dentro e (x, y, z) é chamado sorvedouro.