Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Classificação de Equações Diferenciais: Lineares de Primeira Ordem, Exercícios de Equações Diferenciais

Nesta aula, aprenda a classificar equações diferenciais ordinárias, especificamente as lineares de primeira ordem. Saiba como diferenciar entre equações ordinárias e parciais, e compreenda os conceitos básicos de ordem de uma equação diferencial e soluções de equações diferenciais lineares. Além disso, aprenderá a utilizar o método do fator integrante para resolver essas equações.

O que você vai aprender

  • Qual é a solução geral de uma equação diferencial linear de primeira ordem?
  • Como se classifica uma equação diferencial de ordem n?
  • Qual é a diferença entre equações diferenciais ordinárias e parciais?
  • Como se escreve uma equação diferencial linear de primeira ordem na forma padrão?
  • Qual é a importância do método do fator integrante na resolução de equações diferenciais lineares de primeira ordem?

Tipologia: Exercícios

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Pipoqueiro
Pipoqueiro 🇧🇷

4.5

(123)

405 documentos

1 / 24

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
Aula 1
Classificação das Equações
Diferenciais, Equações
Lineares de Primeira Ordem
e Fatores Integrantes.
MA311 - Cálculo III
Marcos Eduardo Valle
Departamento de Matemática Aplicada
Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica
Universidade Estadual de Campinas
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
pf12
pf13
pf14
pf15
pf16
pf17
pf18

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Classificação de Equações Diferenciais: Lineares de Primeira Ordem e outras Exercícios em PDF para Equações Diferenciais, somente na Docsity!

Aula 1

Classificação das Equações

Diferenciais, Equações

Lineares de Primeira Ordem

e Fatores Integrantes.

MA311 - Cálculo III

Marcos Eduardo Valle

Departamento de Matemática Aplicada Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica Universidade Estadual de Campinas

Introdução

Muitos problemas importantes da engenharia, da física, da biologia e das ciências sociais são formulados por equações que envolvem a derivada de uma função desconhecida.

Uma equação que envolve derivadas de uma função desconhecida é chamada equação diferencial.

Em termos gerais, na disciplina MA311 – Cálculo III estudamos as principais técnicas para resolver e avaliar muitas classes de equações diferenciais.

Vamos iniciar o curso estudando como classificar as equações diferenciais.

Exemplo 2

A Lei de Newton afirma que F “ ma. Se xptq representa a posição de uma partícula no instante t, então podemos escrever

m

d^2 x dt^2

“ F

t, x,

dx dt

em que a força resultante pode depender do tempo t, da posição x e da velocidade da partícula dxdt.

No Exemplo (2) temos uma equação que envolve a segunda derivada de uma função x em t. Dessa forma, ela é chamada equação diferencial ordinária de segunda ordem.

Equações Diferenciais Ordinárias e Parciais

Se a função desconhecida depende de uma única variável independente, temos uma equação diferencial ordinária (EDO).

As equações dos exemplos anteriores são ambas ordinárias!

Se derivadas parciais de uma função de duas ou mais variáveis aparecem na equação, tem-se uma equação diferencial parcial (EDP).

Exemplo 3

A equação da difusão ou da condução de calor

α^2

B^2 upx, tq Bx^2

Bupx, tq Bt

é um exemplo de equação diferencial parcial.

EDOs Lineares e Não-Lineares

Uma EDO é dita linear se a função F em (3) é linear com respeito as variáveis y, y^1 ,.. ., ypn´^1 q^ e ypnq.

Consequentemente, uma EDO pode ser escrita como:

a 0 ptqypnq^ a 1 ptqypn´^1 q^... ` anptqy “ gptq, (5)

em que a 0 , a 1 ,... , an e g são funções somente de t.

Uma EDO que não é linear é dita não-linear. Em outras palavras, uma EDO não-linear não pode ser escrita como (5).

A EDO (1) é linear.

Exemplo 4

A EDO de segunda ordem

t^2 y^2 ´ 3 ty^1 ` 4 y “ 0 ,

é linear ou não-linear?

Exemplo 5

A EDO de terceira ordem

y^3 2 et^ y^2 yy^1 “ 0 ,

é linear ou não-linear?

Exemplo 5

A EDO de terceira ordem

y^3 2 et^ y^2 yy^1 “ 0 ,

é linear ou não-linear?

Resposta: A equação não é linear porque envolve o produto de y por y^1.

EDOs Lineares de Primeira Ordem

Iniciaremos nossos estudos sobre a resolução de equações diferenciais considerando EDOs lineares de primeira ordem.

De um modo geral, vamos admitir que uma EDO linear de primeira ordem pode ser escrita como

y^1 ` pptqy “ qptq, (7)

em que p e q são funções conhecidas e contínuas para todo α ă t ă β.

Nosso objetivo é encontrar funções diferenciáveis que satisfazem (7) para todos os valores de t num certo intervalo.

Primeiramente, vamos resolver (7) quando ou pptq “ 0 ou qptq “ 0.

Se pptq “ 0, então temos

y^1 “ qptq.

Pelo teorema fundamental do cálculo (que estabelece a relação entre derivada e integral), concluímos que a solução da EDO é

yptq “

ż qptqdt ` c, (8)

em que c é a constante de integração.

Se qptq “ 0, então temos a EDO

y^1 ` pptqy “ 0.

Note que yptq “ 0 é uma solução. Vamos procurar uma solução yptq ‰ 0.

Fatores Integrantes

O método do fator integrante é usado para resolver (7) quando pptq ‰ 0 e qptq ‰ 0.

O conceito chave por trás da técnica do fator integrante é a regra do produto: dpfgq dt

“ f 1 g ` fg^1.

Com efeito, multiplicando ambos os lados de (7) por uma função μ, ainda indeterminada e chamada fator integrante , obtemos μptqy^1 ` μptqpptqy “ μptqqptq. (10)

Vamos agora escrever o termo do lado direito como sendo a derivada de um produto.

Considere f “ μ e g “ y. Pela regra do produto, temos

dpfgq dt

dpμyq dt

“ μ^1 y ` μy^1.

Identificando μ^1 y ` μy^1 com o termo do lado esquerdo de (10), obtemos

μ^1 ptqy μptqy^1 “ μptqy^1 μptqpptqy ðñ μ^1 ptq “ μptqpptq.

Admitindo que uptq é positiva para todo t, obtemos da da última equação

μ^1 ptq μptq

“ pptq ùñ lnpμptqq “

ż pptqdt ` k,

em que k é uma constante.

Sem perda de generalizada, consideraremos k “ 0.

É importante observar que toda solução de (7) satisfaz

y “

μptq

ˆż μptqqptqdt ` c

, com μptq “ exp

"ż pptqdt

Dizemos que a expressão em (12) é a solução geral da EDO.

Geometricamente, (12) define uma família de curvas, uma para cada valor da constante c.

Muitas vezes, escolhemos a curva que passa por um ponto pt 0 , y 0 q. Equivalentemente, escrevemos

ypt 0 q “ y 0 ,

que é chamada condição inicial.

Um problema de valor inicial (PVI) é uma EDO com uma condição inicial.

Exemplo 7

Determine a solução do problema de valor inicial

y^1 ´ 12 y “ e´t^ , yp 0 q “ ´ 1.