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Tratamento de Pacientes Politraumatizados: Avaliação Inicial e Medidas Preventivas, Transcrições de Traumatologia

Uma abordagem sistematizada para o tratamento de pacientes politraumatizados, com foco na avaliação inicial e nas medidas preventivas necessárias. O texto aborda as etapas da preparação, triagem, exame primário, reanimação, medidas auxiliares, exame secundário, reavaliação e monitorização contínuas, cuidados definitivos e as principais lesões encontradas em pacientes politraumatizados.

Tipologia: Transcrições

2024

À venda por 23/05/2024

carol-cavalcante
carol-cavalcante 🇧🇷

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Carolina Cavalcante
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: o paciente politraumatizado é
considerado aquele que apresenta lesões em
2 ou mais sistemas de órgãos (tórax,
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cranioencefálico). Além disso, é necessário
que pelo menos uma, ou uma combinação
dessas lesões, represente um risco vital ao
doente.
As mortes determinadas pelo trauma se
apresentam em uma distribuição trimodal:
Dentro de segundos a minutos do
evento (50% dos óbitos): sendo as
causas mais comuns as lacerações da
aorta, o traumatismo cardíaco e as lesões
à medula espinhal e ao tronco cerebral,
determinando apneia.
Na maior parte dos casos os pacientes
não conseguem ser salvos devido à
gravidade do trauma
A única forma de reduzir a mortalidade
dessas vítimas é através de realização
e divulgação de medidas preventivas
(sinalização das estradas, campanhas
para uso de cintos de segurança, etc.)
Dentro de minutos a horas do acidente
(30% dos óbitos): com a hemorragia
ocasionada por diversas condições como
ruptura esplênica, lacerações hepáticas,
fraturas pélvicas
Hemopneumotórax e os hematomas
epidural e subdural sendo as principais
lesões encontradas.
Esta é considerada a "hora de ouro"
(golden hour). É durante esse período
que medidas adequadamente
conduzidas aumentam a probabilidade
de a vítima sobreviver
O terceiro pico de mortalidade ocorre
várias horas a semanas do acidente:
com a sepse e a disfunção sistêmica de
múltiplos órgãos constituindo as principais
causas.
Os cuidados tomados durante as fases
anteriores do atendimento podem
influenciar o prognóstico desses
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Quando abordamos um indivíduo
politraumatizado é necessário tratamento
imediato. Dessa forma, é importante que seja
instituída uma abordagem sistematizada, que
possa ser facilmente revista e aplicada. Este
processo é denominado de avaliação inicial
e inclui as seguintes etapas:
Preparação: GARANTIR A SEGURANÇA
DA CENA
Triagem
Exame primário
Reanimação
Medidas auxiliares ao exame primário e
reanimação
Exame secundário
Medidas auxiliares ao exame
secundário
Reavaliação e monitorização contínuas
após a reanimação
Cuidados definitivos
1. Preparação
Garantir a Segurança
A preparação envolve dois cenários clínicos
distintos: o ambiente pré-hospitalar e o
hospitalar.
PRÉ-HOSPITALAR
HOSPITALAR
Comunicar a
transferência
Sinalizar vias
públicas
Abordagem inicial:
ênfase nas vias
aéreas,
estabilização da
coluna, controle
da hemorragia
externa e
imobilização do
paciente
Eleger um líder
Sala adequada
para a reanimação
com os
equipamentos
disponíveis
Ringer lactato
aquecido
Equipamentos de
monitoração e
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testados e prontos
Toda equipe com
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PPoolliittrraauummaa::^ o^ paciente^ politraumatizado^ é considerado aquele que apresenta lesões em 2 ou mais sistemas de órgãos (tórax, abdome, fratura de ossos longos, trauma cranioencefálico). Além disso, é necessário que pelo menos uma, ou uma combinação dessas lesões, represente um risco vital ao doente.

As mortes determinadas pelo trauma se apresentam em uma distribuição trimodal:

Dentro de segundos a minutos do evento (50% dos óbitos): sendo as causas mais comuns as lacerações da aorta, o traumatismo cardíaco e as lesões à medula espinhal e ao tronco cerebral, determinando apneia.  Na maior parte dos casos os pacientes não conseguem ser salvos devido à gravidade do trauma  A única forma de reduzir a mortalidade dessas vítimas é através de realização e divulgação de medidas preventivas (sinalização das estradas, campanhas para uso de cintos de segurança, etc.)

Dentro de minutos a horas do acidente (30% dos óbitos): com a hemorragia – ocasionada por diversas condições como ruptura esplênica, lacerações hepáticas, fraturas pélvicas  Hemopneumotórax e os hematomas epidural e subdural sendo as principais lesões encontradas.  Esta é considerada a "hora de ouro" (golden hour). É durante esse período que medidas adequadamente conduzidas aumentam a probabilidade de a vítima sobreviver

O terceiro pico de mortalidade ocorre várias horas a semanas do acidente : com a sepse e a disfunção sistêmica de múltiplos órgãos constituindo as principais causas.  Os cuidados tomados durante as fases anteriores do atendimento podem influenciar o prognóstico desses pacientes.

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Quando abordamos um indivíduo politraumatizado é necessário tratamento imediato. Dessa forma, é importante que seja instituída uma abordagem sistematizada, que possa ser facilmente revista e aplicada. Este processo é denominado de avaliação inicial e inclui as seguintes etapas:

Preparação: GARANTIR A SEGURANÇA DA CENA Triagem Exame primário Reanimação Medidas auxiliares ao exame primário e reanimação Exame secundário Medidas auxiliares ao exame secundário Reavaliação e monitorização contínuas após a reanimação Cuidados definitivos

1. Preparação

1º Garantir a Segurança

A preparação envolve dois cenários clínicos distintos: o ambiente pré-hospitalar e o hospitalar.

PRÉ-HOSPITALAR HOSPITALAR

Comunicar a transferência

Sinalizar vias públicas

 Abordagem inicial: ênfase nas vias aéreas, estabilização da coluna, controle da hemorragia externa e imobilização do paciente

Eleger um líder

Sala adequada para a reanimação com os equipamentos disponíveis

Ringer lactato aquecido

Equipamentos de monitoração e ventilação testados e prontos

Toda equipe com os EPIS

2. Triagem

A triagem tem por função classificar os pacientes de acordo com o tipo de tratamento necessário e os recursos disponíveis.

De forma geral, duas situações de triagem acontecem na prática:

Múltiplas Vítimas: pacientes com risco de vida iminente e aqueles com lesões multissistêmicas serão atendidos primeiro

Desastre: as vítimas com maior probabilidade de sobreviver serão atendidas primeiro

3. Exame Primário

OBS: no PHTLS em ambiente extra- hospitalar, se o paciente estiver sangrando, após garantir a segurança da cena devemos começar o exame primário pelo “C”, para controlar o sangramento (X-ABCDE)

A: Coluna Cervical + Via Aérea

1º: Estabilizar a coluna cervical:  Colar + prancha + coxins laterais

2º: Via Aérea Pérvia?Fonação preservada (perguntar o nome do paciente): se sim, está pérvia

Sim: ir para a etapa B (Oferecer O 2 10-12 L/min) × Não: via aérea artificial  IOT é a mais usada

Intubação Orotraqueal

Tempo: uma apneia  Médico experiente: 2 tentativas  Médico inexperiente: 3 tentativas  Se não conseguir intubar nessas tentativas = via aérea difícil  Avaliação do tubo: ausculta de ambos hemitórax e epigastro. Pedir radiografia de tórax e pedir capnografia se disponível

Máscara Laríngea (ML): temporária (não protege a via aérea), não precisa de laringoscopia  Combitubo (CT): temporário

Traqueostomia: entre o 2º e 3º anel traqueal  geralmente não faz no trauma, é um procedimento eletivo  Cricotireoidostomia Cirúrgica: definitiva. Incisão na membrana cricotireoidea  Cricotireoidostomia por punção: indicada para crianças < 12 anos , é uma medida temporária (pode usar apenas por 30-45 minutos pelo risco de carbonarcose). Relação 1:4 (15 L /min – 40-50 PSI)

Indicações de Via Aérea Artificial

 Apneia  Proteção de via aérea: evitar a broncoaspiração, ou seja, balonete insuflado na traqueia  Incapacidade de manter a oxigenação  TCE grave  Glasgow ≤ 8

Tipos

Definitiva: protege a via aérea através do balonete insuflado na traqueia  Intubação Orotraqueal: mais

FALHA NA INTUBAÇÃO

FALHA NA INTUBAÇÃO + NECESSIDADE DE VIA AÉREA DEFINITIVA/AUSÊNCIA DE ML OU CT

 Pupilas  Extremidades

E: Exposição + Controle do Ambiente

Expor o paciente: lembrar de rolagem em blocos para avaliar o dorso

Controle da temperatura: ao expor o paciente pode causar hipotermia nele (tríade mortal)