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Protocolo de Atendimento Inicial ao Politraumatizado - SAMU 192, Notas de estudo de Direitos Autorais

O protocolo de atendimento inicial ao politraumatizado desenvolvido pela samu 192. O documento aborda conceitos básicos, avaliação inicial e secundária, controle de hemorrágia, exposição e ambiente, e incidentes com múltiplas vítimas. O objetivo é minimizar o tempo gasto na cena e melhorar a qualidade do atendimento.

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Tiago22
Tiago22 🇧🇷

4.8

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SAMU 192 – É vedada a reprodução total ou parcial do conteúdo deste protocolo sem prévia autorização sob

ELABORADORES

Maíza Sandra Ribeiro Macedo

Coordenação Geral

Robson Batista

Coordenação Administrativa

Fabrícia Passos Pinto

Coordenação de Enfermagem

José Luiz Oliveira Araújo Júnior

Coordenador Médico

Milena Soares Araújo Amorim

Coordenação do NEP

Rodrigo do Santos Matos

Médico do NEP

COLABORADORES

Equipe Assistencial SAMU 192

Emissão: 20/03/ Revisão: 24/07/

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Mesmo no paciente eupnéico pode ser necessária a oferta de oxigênio suplementar, avaliando-se a oxigenação dos tecidos do paciente, tendo como parâmetro a oximetria do mesmo. O objetivo é manter uma saturação de oxigênio > 95%.

Circulação Na avaliação inicial do doente politraumatizado, deve-se identificar e controlar o sangramento visível, a hemorragia externa. Esse controle deve ser iniciado na cena e mantido durante o transporte do doente. Para controlar o sangramento externo pode-se utilizar pressão direta no local do sangramento, com curativos ou pode-se utilizar torniquetes quando o sangramento não é contido por pressão direta. Mesmo na ausência de sangramento visível deve-se avaliar sinais de perda sanguínea, choque ou instabilidade hemodinâmica. Para tal, avalia-se a presença, qualidade e regularidade do pulso, a cor, temperatura e umidade da pele e o tempo de enchimento capilar. A presença de pulso radial pode ajudar a estimar a pressão arterial sistólica. Pulso radial não-palpável pode indicar fase descompensada de choque hipovolêmico. Pele azulada ou pálida, úmida e pegajosa são sinais de perfusão inadequada da pele. Tempo de enchimento capilar maior que dois segundos também indica má perfusão, porém não é um indicador fidedigno, pois pode ser alterado por outros fatores.

Disfunção Neurológica

Avalia-se a oxigenação cerebral ao se estabelecer o nível de consciência do doente. Um paciente agressivo, agitado, confuso ou com um nível de consciência diminuído pode estar hipoxêmico, apresentar alguma lesão cerebral, intoxicação medicamentosa ou por outras drogas ou ainda estar em um quadro de descompensação clínica de alguma doença de base (por exemplo, diabetes mellitus).

A Escala de Coma de Glasgow é uma ferramenta prática para determinar o nível de consciência. Considerando a abertura ocular, a melhor resposta motora e a melhor resposta verbal determina-se uma pontuação para o paciente. O escore mínimo é três e o máximo é quinze. Um escore menor ou igual a oito indica uma lesão grave e serve como indicativo para avaliar tratamento imediato da via aérea do paciente.

O exame pupilar também pode auxiliar o diagnóstico de lesões cerebrais potencialmente fatais. Deve-se avaliar alteração no tamanho das pupilas e sua reação ao estímulo luminoso.

Exposição e Ambiente

A exposição do doente é fundamental para que se identifiquem todas as lesões. Lesões graves podem passar despercebidas se a exposição não for devidamente realizada. Após inspeção de todo o corpo do doente, o mesmo deve ser coberto para conservar o calor corporal e evitar hipotermia, que pode contribuir para piorar a perfusão tecidual.

É importante frisar que a avaliação primária é um processo de ações que ocorrem simultaneamente, de forma rápida e sequenciada. Se uma condição de risco de vida é identificada na avaliação primária, o doente deve ser rapidamente imobilizado para transporte após início da

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intervenção na cena, com o objetivo de minimizar o tempo gasto na cena. Exceto em condições excepcionais o tempo de permanência na cena para pacientes críticos não deve exceder 10 minutos.

Volume adequado de fluidos no intravascular também deve ser instalado para restaurar a circulação do doente. Apesar das ultimas orientações do PHTLS definirem que o acesso venoso deve ser instalado a caminho da instituição de referência, orientamos no nosso serviço que devem ser instalados dois acessos venosos calibrosos ainda no local da cena. Instituir punção venosa na ambulância a caminho da unidade de referencia aumenta os riscos de agravos a equipe.

AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA

Em pacientes críticos, apenas a avaliação primária é realizada, instituindo-se reanimação e transporte do paciente, com reavaliações seguidas durante o transporte.

Após o término da avaliação primária, se não existirem lesões que ameacem a vida, segue-se a avaliação secundária do doente, com o objetivo de identificar lesões ou problemas não identificados na avaliação primária.

Deve-se reavaliar os sinais vitais do paciente, estando atento para possível deterioração do quadro clínico. Segue-se então exame detalhado de cada segmento corporal, incluindo inspeção e palpação, em busca de fraturas, lacerações ou outras alterações.

INCIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS

Nos casos de incidentes com múltiplas vítimas, após avaliação da cena e garantia de segurança, a equipe deve proceder à triagem das vítimas. O objetivo é determinar a prioridade de atendimento e transporte.

Nos casos em que há disponibilidade de recursos para atender a todas as vítimas, os doentes com lesões mais graves serão tratados e transportados primeiro.

Nos casos em que o número de doentes excede a capacidade imediata de recursos no local, o objetivo é assegurar a sobrevida do maior número de vítimas. Nesse caso, os doentes com lesões consideradas catastróficas serão considerados de prioridade menor até que haja disponibilidade de mais recursos e auxílio.