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ATENÇÃO NO CUIDADO COM A SAÚDE DA MULHER NO PERÍODO PÓS-PARTO, Manuais, Projetos, Pesquisas de Saúde Pública

O presente estudo trata-se de uma pesquisa de caráter quantitativo que teve como objetivo identificar o perfil socioeconômico das puérperas e avaliar o contentamento quanto ao cuidado e orientações prestadas pela equipe de Enfermagem no período referente ao puerpério. A amostra foi composta por um grupo de vinte e oito mulheres, no período compreendido entre um e três meses, no pós-parto, que foram submetidas a responder um questionário entre os meses de outubro e novembro do ano de 2018(...)

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2019

Compartilhado em 12/10/2019

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ATENÇÃO NO CUIDADO COM A SAÚDE DA MULHER NO PERÍODO PÓS-
PARTO
Attention in the care of women's health in the post-breastfeeding period
Gisele Aparecida Moro Conque
Jaqueline Piasecki
Acadêmicas do curso de Bacharelado em Enfermagem
Faculdade CNEC Campo Largo
gisele_conque@hotmail.com
jaquelinepiasecki@hotmail.com
RESUMO
O presente estudo trata-se de uma pesquisa de caráter quantitativo,
desenvolvido em uma unidade de saúde do município de Campo Largo, região
metropolitana de Curitiba, no Estado do Paraná e teve como objetivo identificar
o perfil socioeconômico das puérperas e avaliar o contentamento quanto ao
cuidado e orientações prestadas pela equipe de Enfermagem no período
referente ao puerpério. A amostra foi composta por um grupo de vinte e oito
mulheres, no período compreendido entre um e três meses, no pós-parto, que
foram submetidas a responder um questionário entre os meses de outubro e
novembro do ano de 2018. Através desse artigo, pode-se analisar quais as
maiores dificuldades que essas pacientes encontraram nesse período e
verificar em qual aspecto a equipe de Enfermagem pode melhorar em relação
aos cuidados com suas pacientes, nessa fase que merece uma atenção
especial, pelo fato da mulher que acabou de se tornar mãe, direcionar sua
atenção totalmente ao recém-nascido, esquecendo um pouco de si mesma.
Palavras-Chave: Puerpério. Pós-parto. Cuidados de Enfermagem.
ABSTRACT
The present study is a quantitative research, developed in a health unit in the
municipality of Campo Largo, metropolitan region of Curitiba, in the State of
Paraná, and aimed to identify the socioeconomic profile of puerperal women
and to evaluate contentment regarding care and guidelines provided by the
Nursing team regarding the puerperium. The sample consisted of a group of
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ATENÇÃO NO CUIDADO COM A SAÚDE DA MULHER NO PERÍODO PÓS-

PARTO

Attention in the care of women's health in the post-breastfeeding period

Gisele Aparecida Moro Conque Jaqueline Piasecki Acadêmicas do curso de Bacharelado em Enfermagem Faculdade CNEC Campo Largo gisele_conque@hotmail.com jaquelinepiasecki@hotmail.com

RESUMO

O presente estudo trata-se de uma pesquisa de caráter quantitativo, desenvolvido em uma unidade de saúde do município de Campo Largo, região metropolitana de Curitiba, no Estado do Paraná e teve como objetivo identificar o perfil socioeconômico das puérperas e avaliar o contentamento quanto ao cuidado e orientações prestadas pela equipe de Enfermagem no período referente ao puerpério. A amostra foi composta por um grupo de vinte e oito mulheres, no período compreendido entre um e três meses, no pós-parto, que foram submetidas a responder um questionário entre os meses de outubro e novembro do ano de 2018. Através desse artigo, pode-se analisar quais as maiores dificuldades que essas pacientes encontraram nesse período e verificar em qual aspecto a equipe de Enfermagem pode melhorar em relação aos cuidados com suas pacientes, nessa fase que merece uma atenção especial, pelo fato da mulher que acabou de se tornar mãe, direcionar sua atenção totalmente ao recém-nascido, esquecendo um pouco de si mesma.

Palavras-Chave: Puerpério. Pós-parto. Cuidados de Enfermagem.

ABSTRACT

The present study is a quantitative research, developed in a health unit in the municipality of Campo Largo, metropolitan region of Curitiba, in the State of Paraná, and aimed to identify the socioeconomic profile of puerperal women and to evaluate contentment regarding care and guidelines provided by the Nursing team regarding the puerperium. The sample consisted of a group of

twenty-eight women, in the period between one and three months, in the postpartum period, who underwent a questionnaire between October and November of the year 2018. Through this article, to analyze the greatest difficulties that these patients encountered in this period and to verify in which aspect the Nursing team can improve in relation to the care with their patients, during this phase that deserves special attention because the woman who has just become a mother , to direct his attention totally to the newborn, forgetting a little of itself.

Keywords: Puerperium. Postpartum. Nursing Care.

INTRODUÇÃO

Após a confirmação da gravidez, a mulher necessita de cuidados e orientações durante o pré-natal e o período pós-parto. Diante disso, a equipe de Enfermagem deve estar capacitada para prestar todas as informações e cuidados possíveis para essa fase, para que a mesma tenha uma melhor recuperação e obtenha menores chances de apresentar alguma intercorrência. Antigamente, por meados do século XIX, os partos eram realizados por parteiras, na residência da gestante e somente em casos extremos eram chamados os médicos, pois parir em hospitais não era algo seguro para a época. Somente no início do século XX ocorreu a transmutação do parto domiciliar para o hospitalar, vindo acompanhado da prática de frequentar consultórios obstétricos e pediátricos. O puerpério é o período que se inicia logo após o parto, onde o organismo da mulher retorna ao seu estado normal. Nesta fase podem ocorrer complicações, caso a puérpera não receba orientações suficientes para o seu autocuidado. Nessa fase, a Enfermagem precisa estar atenta para as necessidades de cada mulher, respeitando seus costumes, cultura e classe socioeconômica, dando assistência ao neonato, garantindo uma organização familiar e uma boa qualidade de vida, através do bom acompanhamento assistencial. Diante disso, este trabalho vem com o propósito de avaliar quais devem ser os cuidados de Enfermagem necessários à mulher no período pós-parto,

O puerpério, ou pós-parto, é um período cronologicamente variável, onde ocorrem todas as modificações involutivas, das alterações causadas pela gravidez e parto. É nesta fase que podem ocorrer complicações, às quais, quando não identificadas, nem tomadas às devidas providências, tendem a resultar em morbidade e mortalidade por causas evitáveis. Sobre esse assunto há estudos que evidenciam que doenças na gestação, no parto e no puerpério aparecem com destaque como uma das dez primeiras causas de morte de mulheres, sendo que 92% desses casos poderiam ser evitados (SANTOS, BRITO e MAZZO, p.855, 2013). Nesse sentido, o cuidado de Enfermagem no cenário da obstetrícia, configura-se como espaço para a construção de saberes, a partir de práticas educativas. Isso vai ao encontro das diretrizes de algumas políticas públicas de saúde, como a Política Nacional de Humanização e a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM), que enfatizam a necessidade da educação em saúde, ao longo de todo o ciclo gravídico-puerperal, uma vez que se trata de um momento repleto de modificações na vida da mulher. Esta educação deve ser baseada no princípio da humanização e para melhorar o grau de informação das mulheres em relação ao corpo e às condições de saúde, com o objetivo de ampliar a capacidade de fazer escolhas adequadas ao contexto e momento de vida (DODOU e COLABORADORES, p.1320. 2017).

A ação educativa é um eixo norteador da prática de Enfermagem nos vários espaços de atuação, especialmente nos serviços de atenção primária à saúde. Assim, a Enfermagem deve desenvolver ações educativas, que não se traduzam no simples repasse de informações, mas que se caracterizem como prática articulada às demandas das puérperas e à sua realidade sociocultural (DODOU e COLABORADORES, p.1320, 2017).

Segundo os autores, algumas puérperas demonstram insatisfação com a assistência recebida no período puerperal, em razão da falta de atenção da equipe de saúde às suas necessidades e da carência de orientações sobre o autocuidado. Isso evidencia que a educação em saúde focaliza em ações e cuidados com a criança. Os profissionais devem envolver no seu cuidado, e nas suas orientações, não somente a criança, mas também reunir seu universo de relações, considerando que a família e a criança se tornam um só cliente.

A partir dessa conduta, o objetivo da assistência estará centrado na humanização e fará com que a mulher e sua família também se sintam acolhidas e valorizadas.

FISIOLOGIA DO PUERPÉRIO

O puerpério é o intervalo de tempo entre o parto e o retorno do corpo para as condições pré-gravídicas. Essas modificações iniciam-se logo após o parto e tem duração de cerca de seis semanas. Segundo Barros (2006) apud. Rezende (1976), o puerpério classifica-se em três momentos: Puerpério imediato : Tem início após a dequitação (saída da placenta) e dura até o décimo dia após o parto; Puerpério tardio inicia-se no 11º dia e prolonga-se até o 45º dia após o parto; Puerpério remoto : que se inicia no 46º dia após o parto até a recuperação completa das alterações causadas pela gravidez e a volta dos ciclos menstruais normais. Há uma série de alterações, por todo o organismo da mulher, no período pós parto: a altura uterina reduz diariamente, cerca de 1 cm até o terceiro dia e 0,5 cm até o 12º dia, quando o fundo uterino iguala-se à altura da borda superior da sínfise púbica, sendo que a velocidade da involução varia de acordo com o tamanho do bebê e o número de gestações anteriores. O lóquio é uma secreção resultante da descamação e sangue da ferida placentária. Essa secreção possui odor parecido ao da menstruação, devendo- se ficar atento ao odor diferente, pois este é sugestivo de infecção. A quantia de lóquio eliminado pode variar e as mulheres que estão amamentando geralmente eliminam mais secreção do que as que não amamentam. Na região da vagina e vulva ocorre o edema após o parto, onde, por volta da terceira semana, a região volta ao seu estado normal anterior à gestação (BARROS, p.196, 2006).

cuidado no ciclo gravídico-puerperal. Como parte da integralidade no Sistema Único de Saúde (SUS), o puerpério é uma das áreas básicas de atuação da Estratégia Saúde da Família (ESF), modelo preferencial da atenção primária à saúde no Brasil. (MINISTÉRIO DA SAÚDE; 2012.). Nas unidades de saúde da família (USF), em geral, o acolhimento limita- se a uma atividade de recepção e triagem da demanda espontânea (GARUZI, et al 2014). Muitas vezes, os profissionais tratam o ciclo gravídico-puerperal de forma não integrada. É raro todo esse período receber assistência de uma mesma instituição e em geral, os mecanismos de referência e contra- referências são inexistentes ou ineficientes (VIEIRA et al 2010). Neste período a puérpera necessita de atenção redobrada, portanto o papel do enfermeiro é de extrema importância, prestando o apoio e a atenção, para que ocorra corretamente a reorganização psíquica, as mudanças corporais, amamentação, a retomada da vida sexual e da vida social. Uma metassíntese com estudos de diferentes países, inclusive do Brasil, demonstrou que na percepção da mulher as necessidades no puerpério, especialmente as emocionais e reprodutivas, eram desconsideradas (LOPES et al 2014). Segundo Busanello (2011),

“a mulher deve ser considerada o centro das atenções das ações relacionadas à saúde, devendo participar das decisões e problemáticas que podem advir durante o período puerperal, sempre estando a par de todo conhecimento que necessitam, compreendendo assim o conjunto de serviços destinados a elas e ao recém-nascido”.

Acredita-se que a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) baseada nas Classificações da NANDA-I, resultados de Enfermagem (NOC) e Intervenções de Enfermagem (NIC), são fundamentais para a organização do serviço, facilita a detecção das necessidades humanas afetadas e possibilita intervenção. Ao utilizar a SAE, o enfermeiro assegura autonomia profissional, desenvolve competências e habilidades para raciocinar criticamente e garante o cuidado respaldado em conhecimento científico e direcionado para a satisfação das necessidades da puérpera (NANDA Internacional. Diagnósticos de Enfermagem, 2012).

Conforme o Ministério da Saúde, a atenção à puérpera envolve um retorno da mulher e do recém-nascido ao serviço de saúde, uma visita domiciliar entre 7 a 10 dias de puerpério e uma consulta médica ou de Enfermagem com 42 dias pós-parto (Ministério da Saúde, 2018). Segundo Caproni (2018), a mulher e o recém-nascido devem retornar ao serviço de saúde, entre o 7° ao 10° dias após o parto, e isso deve ser incentivado desde o pré-natal, na maternidade e também pelos agentes comunitários de saúde durante a visita domiciliar. Na consulta deve ser avaliado o estado de saúde da mulher e do recém-nascido; devem ser passadas as devidas orientações e incentivar a família para a amamentação; avaliar interação da mãe com o recém-nascido; identificar situações de risco ou intercorrências e conduzi-lás; orientar o planejamento familiar. No acolhimento da mulher e do RN, o enfermeiro deve apresentar-se, perguntar o nome da mulher e do recém-nascido e atendê-los com respeito e gentileza; ouvir o que a mulher tem a dizer, incluindo possíveis queixas, estimulando a fazer perguntas; informar sobre os passos da consulta e esclarecer dúvidas. As ações em relação à puérpera incluem anamnese, verificar o cartão da gestante ou perguntar à mulher sobre suas condições da gestação; condições do atendimento ao parto e ao recém-nascido; dados do parto (data; tipo de parto; se cesárea, qual a indicação); se houve alguma intercorrência na gestação, no parto ou no pós-parto (febre, hemorragia, hipertensão, diabetes, convulsões, sensibilização Rh); se recebeu aconselhamento e realizou testagem para sífilis ou HIV durante a gestação e/ou parto; uso de medicamentos (ferro, ácido fólico, vitamina A, outros). Perguntar como se sente e indagar sobre: aleitamento (frequência das mamadas; dificuldades na amamentação, satisfação do RN com as mamadas, condições das mamas); alimentação, sono, atividades, dor, fluxo vaginal, sangramento, queixas urinárias, febre; planejamento familiar (desejo de ter mais filhos, desejo de usar método contraceptivo, métodos já utilizados, método de preferência); condições psicoemocionais (estado de humor, preocupações, desânimo, fadiga, outros); condições sociais (pessoas de apoio, enxoval do bebê, condições para atendimento de necessidades básicas).

e pós-teste, para as puérperas não aconselhadas e testadas durante a gravidez e o parto. Prescrever suplementação de ferro: 40 mg/dia de ferro elementar, até três meses após o parto, para mulheres sem anemia diagnosticada; tratar possíveis intercorrências; registrar informações em prontuário; agendar consulta de puerpério até 42 dias após o parto (TORRES, p.80, 2011).

METODOLOGIA

O artigo trata-se de uma pesquisa quantitativa, com estudo exploratório, realizado com puérperas com idade entre 12 a 36 anos, que realizaram o pré- natal, parto e pós-parto pelo SUS (Sistema Único de Saúde), sendo o pós-parto num período de um a três meses. O questionário foi aplicado em uma unidade de saúde de Campo Largo, região metropolitana de Curitiba, no Estado do Paraná, entre os meses de outubro e novembro de 2018 para cerca de vinte e oito participantes, todas residentes do município. As questões foram elaboradas pelas autoras deste artigo e aplicadas através de um aplicativo de celular, assim não sendo possível a identificação de cada participante. O estudo foi realizado mediante a liberação da Secretaria de Saúde do Município.

RESULTADOS

Inicialmente foi avaliada a média de idade das entrevistadas, seguida pelo nível de instrução, ocupação, complicações no período pós-parto e quanto à satisfação da puérpera em relação aos cuidados prestados pela equipe de Enfermagem. Referente à idade, 21,4% tem entre 12 a 18 anos de idade, 28,6% 18 a 24 anos; 28,6% 24 a 30 anos; 10,7% 30 a 36 anos e 10,7% acima de 36 anos.

Fonte: Elaborado pelas Autoras (2018) Com relação ao nível de escolaridade 3,6% possuem o ensino fundamental completo; 25% ensino médio incompleto; 35,7% ensino médio completo e 32,1% possuem o ensino superior completo ou em curso.

Fonte: Elaborado pelas Autoras (2018) No que corresponde à ocupação a maioria das colaboradoras é do lar, cerca de 28,6%; seguido de estudante (14,3%); vendedora (7,1%); secretária (7,1%); auxiliar administrativo (7,1%); as demais ocupações como auxiliar de cozinha, auxiliar de saúde bucal, auxiliar de produção, estagiaria, autônoma e balconista correspondem a 3,6% para cada função.

Fonte: Elaborado pelas Autoras (2018)

Com a questão da orientação sobre o autocuidado recebida pela equipe de Enfermagem 92,9% respondeu que recebeu e 7,1% afirmou que não recebeu nenhuma orientação relacionada ao autocuidado.

Fonte: Elaborado pelas Autoras (2018) Relacionado à visita domiciliar, 46,4% respondeu que recebeu visita durante o puerperio e 53,6% não recebeu a visita domiciliar no período compreendido.

Fonte: Elaborado pelas Autoras (2018) Pertinente à satisfação da mulher em relação às orientações com o autocuidado 42,9% ficou satisfeita, e 57,1% achou que foram insuficientes as informações passadas referente a tal assunto.

parte da equipe de Enfermagem sobre o autocuidado, porém a maioria das entrevistadas mostrou-se insatisfeita com as orientações recebidas. Quanto à visita domiciliar as respostas mostraram-se equilibradas, metade das entrevistadas respondeu que recebeu e a outra metade não recebeu visita domiciliar. Na questão de complicações no período pós-parto, uma pequena taxa respondeu que passou por um algum problema, sendo mastite, hemorragia e infecção puerperal. No geral, pode-se perceber que as puérperas atendidas na localidade em questão são mulheres jovens, com uma boa formação se comparado com a média nacional. Na sua maioria não possuem emprego, estão insatisfeitas com a atuação da equipe de Enfermagem, no que diz respeito às orientações com o autocuidado, e mesmo que em pouca escala apresentaram algum tipo de intercorrência no puerpério, sendo essas que foram diagnósticos comuns do período em questão.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sendo a maternidade algo único para cada mulher, entende-se que o puerpério tende a ser diferente para cada uma, porém as intercorrências, tanto fisiológica quanto psicológicas, se não tomada atenção especial, são inevitáveis. Tornam-se essenciais as intervenções de Enfermagem, tanto na prevenção, como no autocuidado. Perante esse estudo, pode-se concluir que as orientações passadas às mulheres são insuficientes, e que a assistência puerperal tem sido negligenciada em alguns quesitos. Constata-se a insatisfação da maioria das participantes no que se diz respeito aos cuidados prestados, uma vez que a equipe de Enfermagem deveria dar toda a atenção nesse processo em que a mulher tanto precisa por estar passando por várias mudanças, estão deixando de lado cuidados e orientações simples que poderiam evitar muitas complicações desnecessárias. Portanto, este artigo visou ajudar a aprimorar a equipe de Enfermagem nos pontos que dizem respeito à qualidade da assistência, das orientações de

auto cuidado e com o recém nascido, priorizar a humanização do cuidado e aperfeiçoar o modo de ver essas puérperas nesse período, ressaltando que a ausência de informações pode interferir na saúde da mãe e do bebe.

REFERÊNCIAS

BARROS, Sonia Mara de Oliveira. Enfermagem no Ciclo Gravídico - Puerperal. Barueri: Manole, 2006.

BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília, 2012. Disponível em: < http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/pnab.pdf> com acesso em: 22 de agosto de 2018.

BUSANELLO, Jocefine et al. Participação da mulher no processo decisório no ciclo gravidico-puerperal. Porto Alegre: Revista Gaúcha de Enfermagem, v.32, n.4, p.807-814, 2011. Disponível em:http://www.scielo.br/scielo.php? pid=S1983-14472011000400023&script=sci_abstract&tlng=PT> com acesso em: 26 de outubro de 2018.

CAPRONI, Paulo Henrique M. Período pós-parto: o que é puerpério, fases (tardio, imediato) e mais. Redação Minuto Saudável 06/04/2018. Disponível em:< https://minutosaudavel.com.br/periodo-pos-parto-puerperio/ #medicamentos> com acesso em: 20 de novembro de 2018.

DODOU, Hilana Dayana et.al. A prática educativa realizada pela Enfermagem no puerpério : representações sociais de puérperas. Brasilia: Rev Bras Enferm. nov-dez., 2017. Disponível em:< http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S0034-71672017000601250&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt> com acesso em: 05 de setembro de 2018.

GARUZI, Miriane; ACHITTI, Maria Cecilia de Oliveira; SATO, Cintia Ayame; ROCHA, Suelen Alves; SPAGNUOLO, Regina Stella. Acolhimento na Estratégia Saúde da Família : Revisão Integrativa. Botucatu: Rev Panam Salud Pública, 2014. Disponível em:https://www.scielosp.org/article/rpsp/2014.v35n2/144-149/ com acesso em: 26 de outubro de 2018.