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Atafona, uma cidade com 30 mil moradores e 432 quilômetros quadrados de território, localizada no estado do rio de janeiro, tem sua principal atividade econômica na pesca. Porém, a região tem visto um aumento no turismo devido à beleza natural da comunidade. No entanto, a cidade enfrenta um grave problema: a erosão marinha. As primeiras observações deste processo datam de 40 anos, mas a situação se agravou devido à falta de pressão do volume de água do rio paraíba do sul. A cidade tem cerca de cem casas notificadas pela defesa civil, e a erosão marinha já causou grandes diminuições no território da ilha da convivência. O fenômeno é causado por uma série de agentes, incluindo ondas, vento e marés. A erosão marinha ameaça a sobrevivência dos pescadores e destruir casas. Professores e alunos da uff e da uerj visitam a região a cada dois meses para analisar as causas da erosão e estimar sua velocidade e intensidade nos anos seguintes.
Tipologia: Notas de estudo
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Com 30 mil moradores, a localidade, incluindo São João da Barra, tem um território de 432 quilômetros quadrados. A principal atividade econômica da região é a pesca. Mas o turismo tem “animado” os moradores. É cada vez maior o número de pessoas que procuram o lugar para conhecer de perto a ação da natureza na vida cotidiana da comunidade. A cidade tem cerca de cem casas notificadas pela Defesa Civil. “Uma parceria do Ministério Público estadual, Corpo de Bombeiros, Prefeitura e Defesa Civil permitiu que se agisse com eficiência, a partir de 2008. Devido ao avanço do mar, das ruínas da caixa d’agua da Cedae à foz do rio Paraíba do Sul, são diversas casas interditadas, a maioria delas é de veraneio.
As primeiras observações do processo erosivo foram há 40 anos. O problema foi se intensificando com a falta de pressão do volume de água do rio Paraíba do Sul, que corta a cidade a caminho do mar. Em Atafona se reúnem condições que proporcionam forte erosão marinha. Tem série de agentes que juntos promovem aumento do clima de ondas. Seu ângulo de ataques na praia arenosa é no sentido do vento de nordeste para sudoeste. A Ilha da Convivência sofreu grandes diminuições de seu território ao longo dos anos, conforme os próprios moradores contam. Isso devido à energia marinha, às ondas, nos últimos dez anos. É possível afirmar que ela pode migrar. Mas difícil ver seu desaparecimento, porque os sedimentos trazidos pelo rio Paraíba do Sul ainda permitirão, por alguns anos, ser estocados na parte emersa da ilha, na foz.
Quem é o maior culpado por isso: o rio ou o mar? Trata-se de um delta dominado por ondas. A geografia da foz mostra que a planície costeira do rio Paraíba do Sul, composta por manguezal e restinga, cresce. Mas há épocas de erosão em alguns pontos da costa. O complexo deltaico do Paraíba do Sul está em formação, em crescimento, e espera-se que, após este episódio de erosão, haja engordamento de praia. Em uma análise em tempo geológico dentro da era do quaternário, nos últimos oito mil anos, o delta cresceu e continuará crescendo. Foram feitas sondagens geológicas que comprovam que houve erosão no passado pré-histórico também. A costa brasileira, e de outros países, está sempre em transformação. O seu desenho varia em função dos agentes astronômicos (marés), meteorológicos (tempestades e frentes frias), oceanográficos (circulação de correntes) e atmosféricos (circulação atmosférica). Por mais que se saiba que o tsunami no Japão não tem relação com o fenômeno que se passa em Atafona, muitos moradores locais fazem esta comparação. As causas são diferentes, mas há agentes físicos e ambientais comuns, em proporções distintas: onda, vento, marés... Porém não é possível afirmar que o fenômeno erosivo em Atafona seja agravado pelas mudanças climáticas. Mesmo sabendo que há especialistas que afirmam isso, é cedo ter esta comprovação. Há complexidade na interpretação. A anatomia do fenômeno da erosão é dependente dos condicionantes ambientais, de sua intensidade e da frequência, além de fatores antropogênicos, que são barragens, obras de engenharia costeira, entre outros.
A cada dois meses, um grupo de professores e alunos da UFF e da Uerj têm visitado a região e analisado o local, por meio de coleta de material e entrevistas com moradores, para analisar as principais causas da erosão marinha, que vem destruindo casas e ameaçando a sobrevivência dos pescadores que habitam aquela praia, com o objetivo de estimar a velocidade e a intensidade dessa erosão nos próximos anos para buscar formas de minimizar ou mesmo solucionar seus efeitos.