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Interpretação de texto: informações literais e inferências possíveis; ponto de vista do autor; significação contextual.
Tipologia: Notas de estudo
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de palavras e expressões; relações entre ideias e recursos de coesão; figuras de estilo. .......................................................... 01
e consonantais, dígrafos; classes de palavras: substantivos, adjetivos, artigos, numerais, pronomes, verbos, advérbios,
preposições, conjunções, interjeições: conceituações, classificações, flexões, emprego, locuções. Sintaxe: estrutura da
oração, estrutura do período, concordância (verbal e nominal); regência (verbal e nominal); crase, colocação de prono-
mes; pontuação. ....................................................................................................................................................................................................... 13
Resolução de problemas envolvendo frações, conjuntos, porcentagens, sequência (com números, com figuras, de pa-
lavras). .......................................................................................................................................................................................................................... 01
Raciocínio logico-matemático: proposições, conectivos equivalências e implicação lógica, argumentos validos. .......... 38
princípios, diretrizes e arcabouço legal. ........................................................................................................................................................ 01
palavras e expressões; relações entre ideias e recursos de coesão; figuras de estilo. ................................................................ 01
e consonantais, dígrafos; classes de palavras: substantivos, adjetivos, artigos, numerais, pronomes, verbos, advérbios,
preposições, conjunções, interjeições: conceituações, classificações, flexões, emprego, locuções. Sintaxe: estrutura da
oração, estrutura do período, concordância (verbal e nominal); regência (verbal e nominal); crase, colocação de prono-
mes; pontuação. ....................................................................................................................................................................................................... 13
Interpretação de Texto
É muito comum, entre os candidatos a um cargo públi-
co, a preocupação com a interpretação de textos. Por isso,
vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento
de responder às questões relacionadas a textos.
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacio-
nadas entre si, formando um todo significativo capaz de
produzir interação comunicativa (capacidade de codificar
e decodificar ).
Contexto – um texto é constituído por diversas frases.
Em cada uma delas, há uma certa informação que a faz
ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando con-
dições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido.
A essa interligação dá-se o nome de contexto. Nota-se que
o relacionamento entre as frases é tão grande que, se uma
frase for retirada de seu contexto original e analisada se-
paradamente, poderá ter um significado diferente daquele
inicial.
Intertexto - comumente, os textos apresentam refe-
rências diretas ou indiretas a outros autores através de ci-
tações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto.
Interpretação de texto - o primeiro objetivo de uma
interpretação de um texto é a identificação de sua ideia
principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias,
ou fundamentações, as argumentações, ou explicações,
que levem ao esclarecimento das questões apresentadas
na prova.
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a:
tais de uma argumentação, de um processo, de uma época
(neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais
definem o tempo).
ou de diferenças entre as situações do texto.
com uma realidade, opinando a respeito.
dárias em um só parágrafo.
vras.
Condições básicas para interpretar
Fazem-se necessários:
literários, estrutura do texto), leitura e prática;
texto) e semântico;
Observação – na semântica (significado das palavras)
incluem--se: homônimos e parônimos, denotação e cono-
tação, sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de lingua-
gem, entre outros.
Interpretar X compreender
Interpretar significa
_- Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
Compreender significa
- intelecção, entendimento, atenção ao que realmente
está escrito.
_- o texto diz que...
ção...
- o narrador afirma...
Erros de interpretação
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência
de erros de interpretação. Os mais frequentes são:
texto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por
conhecimento prévio do tema quer pela imaginação.
apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um con-
junto de ideias, o que pode ser insuficiente para o total do
entendimento do tema desenvolvido.
trárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivo-
cadas e, consequentemente, errando a questão.
Observação - Muitos pensam que há a ótica do es-
critor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa
prova de concurso, o que deve ser levado em consideração
é o que o autor diz e nada mais.
Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que
relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si.
Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um
pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um prono-
me oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se
vai dizer e o que já foi dito.
OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia
-a-dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e
do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do
verbo; aquele do seu antecedente. Não se pode esquecer
também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor
semântico, por isso a necessidade de adequação ao ante-
cedente.
Os pronomes relativos são muito importantes na in-
terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de
coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que
existe um pronome relativo adequado a cada circunstância,
a saber:
te, mas depende das condições da frase.
o objeto possuído.
quando (tempo)
quanto (montante)
Exemplo:
Falou tudo QUANTO queria (correto)
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria
aparecer o demonstrativo O ).
Dicas para melhorar a interpretação de texto s
assunto;
a leitura;
pelo menos duas vezes;
autor;
compreensão;
cada questão;
Fonte:
http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portu-
gues/como-interpretar-textos
FCC/2014 - ADAPTADA) Atenção: Para responder à ques-
tão, considere o texto abaixo.
A marca da solidão
Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de
paralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobrados e a
testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de
penumbra na tarde quente.
Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, den-
tro de cada uma delas, um diminuto caminho de terra, com
pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando peque-
nas plantas, ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é
capaz de parar de viver para, apenas, ver. Quando se tem a
marca da solidão na alma, o mundo cabe numa fresta.
(SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Ja-
neiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47)
No texto, o substantivo usado para ressaltar o universo
reduzido no qual o menino detém sua atenção é
(A) fresta.
(B) marca.
(C) alma.
(D) solidão.
(E) penumbra.
O riso é tão universal como a seriedade; ele abarca a
totalidade do universo, toda a sociedade, a história, a con-
cepção de mundo. É uma verdade que se diz sobre o mundo,
que se estende a todas as coisas e à qual nada escapa. É,
de alguma maneira, o aspecto festivo do mundo inteiro, em
todos os seus níveis, uma espécie de segunda revelação do
mundo.
Mikhail Bakhtin. A cultura popular na Idade Média e o
Renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo:
Hucitec, 1987, p. 73 (com adaptações).
Na linha 1, o elemento “ele” tem como referente tex-
tual “O riso”.
Só agora, quase cinco meses depois do apagão que atin-
giu pelo menos 1.800 cidades em 18 estados do país, surge
uma explicação oficial satisfatória para o corte abrupto e
generalizado de energia no final de 2009.
Segundo relatório da Agência Nacional de Energia Elé-
trica (ANEEL), a responsabilidade recai sobre a empresa es-
tatal Furnas, cujas linhas de transmissão cruzam os mais de
900 km que separam Itaipu de São Paulo.
Equipamentos obsoletos, falta de manutenção e de in-
vestimentos e também erros operacionais conspiraram para
produzir a mais séria falha do sistema de geração e distri-
buição de energia do país desde o traumático racionamento
de 2001.
Folha de S.Paulo, Editorial, 30/3/2010 (com adapta-
ções).
Considerando os sentidos e as estruturas linguísticas
do texto acima apresentado, julgue os próximos itens.
A oração “que atingiu pelo menos 1.800 cidades em 18
estados do país” tem, nesse contexto, valor restritivo.
Um carteiro chega ao portão do hospício e grita:
— Carta para o 9.326!!!
Um louco pega o envelope, abre-o e vê que a carta está
em
Marque N(não) para os argumentos contra o pedágio
urbano; marque S(sim) para os argumentos a favor do pe-
dágio urbano.
( ) A receita gerada pelo pedágio vai melhorar o trans-
porte público e estender as ciclovias.
( ) Vai ser igual ao rodízio de veículos em algumas cida-
des, que não resolveu os problemas do trânsito.
( ) Se pegar no bolso do consumidor, então todo mun-
do vai ter que pensar bem antes de comprar um carro.
( ) A gente já paga garagem, gasolina, seguro, estacio-
namento, revisão....e agora mais o pedágio?
( ) Nós já pagamos impostos altos e o dinheiro não é
investido no transporte público.
( ) Quer andar sozinho dentro do seu carro? Então pa-
gue pelo privilégio!
( ) O trânsito nas cidades que instituíram o pedágio
urbano melhorou.
A ordem obtida é:
a) (S) (N) (N) (S) (S) (S) (N)
b) (S) (N) (S) (N) (N) (S) (S)
c) (N) (S) (S) (N) (S) (N) (S)
d) (S) (S) (N) (S) (N) (S) (N)
e) (N) (N) (S) (S) (N) (S) (N)
ADMINISTRADOR - UFPR/2013) Assinale a alternativa que
apresenta um dito popular que parafraseia o conteúdo ex-
presso no excerto: “ Se você está em casa, não pode sair. Se
você está na rua, não pode entrar ”.
a) “Se correr o bicho pega, se ficar, o bicho come”.
b) “Quando o gato sai, os ratos fazem a festa”.
c) “Um dia da caça, o outro do caçador”.
d) “Manda quem pode, obedece quem precisa”.
Resolução
Com palavras do próprio texto responderemos: o mun-
do cabe numa fresta.
Vamos ao texto: O riso é tão universal como a serie-
dade; ele abarca a totalidade do universo (...). Os termos
relacionam-se. O pronome “ele” retoma o sujeito “riso”.
Voltemos ao texto: “depois do apagão que atingiu pelo
menos 1.800 cidades”. O “que” pode ser substituído por
“o qual”, portanto, trata-se de um pronome relativo (ora-
ção subordinada adjetiva). Quando há presença de vírgula,
temos uma adjetiva explicativa (generaliza a informação
da oração principal. A construção seria: “do apagão, que
atingiu pelo menos 1800 cidades em 18 estados do país”);
quando não há, temos uma adjetiva restritiva (restringe,
delimita a informação – como no caso do exercício).
4-) Geralmente o efeito de humor desses gêneros tex-
tuais aparece no desfecho da história, ao final, como nesse:
“Ah, porque nós brigamos e não estamos nos falando”.
Em todas as alternativas há expressões que represen-
tam a opinião do autor: Assisti ao maior espetáculo da
Terra / Não se pode esquecer / gesto humanitário que só
enobrece / demonstrando coragem e desprendimento.
“pensando nas suas estradas – barreiras, pedras soltas,
fissuras – sem falar em bandidos, milhões de bandidos en-
tre as fissuras, as pedras soltas e as barreiras...” = pensar
nessas coisas, certamente, deixa-os apreensivos.
Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui = resposta
da própria autora!
Pela descrição realizada, o lugar não tem nada de ruim.
(S) A receita gerada pelo pedágio vai melhorar o trans-
porte público e estender as ciclovias.
(N) Vai ser igual ao rodízio de veículos em algumas ci-
dades, que não resolveu os problemas do trânsito.
(S) Se pegar no bolso do consumidor, então todo mun-
do vai ter que pensar bem antes de comprar um carro.
(N) A gente já paga garagem, gasolina, seguro, estacio-
namento, revisão....e agora mais o pedágio?
(N) Nós já pagamos impostos altos e o dinheiro não é
investido no transporte público.
(S) Quer andar sozinho dentro do seu carro? Então pa-
gue pelo privilégio!
(S) O trânsito nas cidades que instituíram o pedágio
urbano melhorou.
Dentre as alternativas apresentadas, a que reafirma a
ideia do excerto (não há muita saída, não há escolhas) é:
“Se você está em casa, não pode sair. Se você está na rua,
não pode entrar”.
Significação das Palavras
Quanto à significação, as palavras são divididas nas se-
guintes categorias:
Sinônimos: são palavras de sentido igual ou aproxima-
do. Exemplo:
Na maioria das vezes não é indiferente usar um sinô-
nimo pelo outro. Embora irmanados pelo sentido comum,
os sinônimos diferenciam-se, entretanto, uns dos outros,
por matizes de significação e certas propriedades que o
escritor não pode desconhecer. Com efeito, estes têm sen-
tido mais amplo, aqueles, mais restrito (animal e quadrúpe-
de); uns são próprios da fala corrente, desataviada, vulgar,
outros, ao invés, pertencem à esfera da linguagem culta,
literária, científica ou poética (orador e tribuno, oculista e
oftalmologista, cinzento e cinéreo).
A contribuição Greco-latina é responsável pela existên-
cia, em nossa língua, de numerosos pares de sinônimos.
Exemplos:
O fato linguístico de existirem sinônimos chama-se si-
nonímia, palavra que também designa o emprego de si-
nônimos.
Antônimos: são palavras de significação oposta. Exem-
plos:
A antonímia pode originar-se de um prefixo de senti-
do oposto ou negativo. Exemplos: Bendizer/maldizer, sim-
pático/antipático, progredir/regredir, concórdia/discórdia,
explícito/implícito, ativo/inativo, esperar/desesperar, co-
munista/anticomunista, simétrico/assimétrico, pré-nupcial/
pós-nupcial.
Homônimos: são palavras que têm a mesma pronún-
cia, e às vezes a mesma grafia, mas significação diferente.
Exemplos:
Só o contexto é que determina a significação dos ho-
mônimos. A homonímia pode ser causa de ambiguidade,
por isso é considerada uma deficiência dos idiomas.
O que chama a atenção nos homônimos é o seu aspec-
to fônico (som) e o gráfico (grafia). Daí serem divididos em:
Homógrafos Heterofônicos: iguais na escrita e dife-
rentes no timbre ou na intensidade das vogais.
per+o).
Homófonos Heterográficos: iguais na pronúncia e di-
ferentes na escrita.
dar).
de consertar).
lerar).
lar).
sar = anular).
sessão (tempo de uma reunião ou espetáculo).
Homófonos Homográficos: iguais na escrita e na pro-
núncia.
Parônimos: são palavras parecidas na escrita e na pro-
núncia: Coro e couro, cesta e sesta, eminente e iminente,
tetânico e titânico, atoar e atuar, degradar e degredar, cé-
tico e séptico, prescrever e proscrever, descrição e discri-
ção, infligir (aplicar) e infringir (transgredir) , osso e ouço,
sede (vontade de beber) e cede (verbo ceder) , comprimento
e cumprimento, deferir (conceder, dar deferimento) e diferir
(ser diferente, divergir, adiar) , ratificar (confirmar) e retifi-
car (tornar reto, corrigir) , vultoso (volumoso, muito grande:
soma vultosa) e vultuoso (congestionado: rosto vultuoso).
Polissemia: Uma palavra pode ter mais de uma signi-
ficação. A esse fato linguístico dá-se o nome de polissemia.
Exemplos:
- Mangueira: tubo de borracha ou plástico para regar
as plantas ou apagar incêndios; árvore frutífera; grande
curral de gado.
Coesão
Primeiramente, o que nos faz produzir um texto é a ca-
pacidade que temos de pensar. Por meio do pensamento,
elaboramos todas as informações que recebemos e orien-
tamos as ações que interferem na realidade e organização
de nossos escritos. O que lemos é produto de um pensa-
mento transformado em texto.
Logo, como cada um de nós tem seu modo de pen-
sar, quando escrevemos sempre procuramos uma maneira
organizada do leitor compreender as nossas ideias. A fina-
lidade da escrita é direcionar totalmente o que você quer
dizer, por meio da comunicação.
Para isso, os elementos que compõem o texto se sub-
dividem em: introdução, desenvolvimento e conclusão. To-
dos eles devem ser organizados de maneira equilibrada.
Introdução
Caracterizada pela entrada no assunto e a argumen-
tação inicial. A ideia central do texto é apresentada nessa
etapa. Entretanto, essa apresentação deve ser direta, sem
rodeios. O seu tamanho raramente excede a 1/5 de todo o
texto. Porém, em textos mais curtos, essa proporção não é
equivalente. Neles, a introdução pode ser o próprio título.
Já nos textos mais longos, em que o assunto é exposto
em várias páginas, ela pode ter o tamanho de um capítulo
ou de uma parte precedida por subtítulo. Nessa situação,
pode ter vários parágrafos. Em redações mais comuns, que
em média têm de 25 a 80 linhas, a introdução será o pri-
meiro parágrafo.
Desenvolvimento
A maior parte do texto está inserida no desenvolvi-
mento. Ele é responsável por estabelecer uma ligação entre
a introdução e a conclusão. É nessa etapa que são elabo-
radas as ideias, os dados e os argumentos que sustentam
e dão base às explicações e posições do autor. É carac-
terizado por uma “ponte” formada pela organização das
ideias em uma sequência que permite formar uma relação
equilibrada entre os dois lados.
O autor do texto revela sua capacidade de discutir um
determinado tema no desenvolvimento. Nessa parte, ele
se torna capaz de defender seus pontos de vista, além de
dirigir a atenção do leitor para a conclusão. As conclusões
são fundamentadas a partir daqui.
Para que o desenvolvimento cumpra seu objetivo, o
escritor já deve ter uma ideia clara de como vai ser a con-
clusão. Por isso a importância do planejamento de texto.
Em média, ocupa 3/5 do texto, no mínimo. Já nos tex-
tos mais longos, pode estar inserido em capítulos ou tre-
chos destacados por subtítulos. Deverá se apresentar no
formato de parágrafos medianos e curtos.
Os principais erros cometidos no desenvolvimento são
o desvio e a desconexão da argumentação. O primeiro está
relacionado ao autor tomar um argumento secundário que
se distancia da discussão inicial, ou quando se concentra
em apenas um aspecto do tema e esquece o seu todo. O
segundo caso acontece quando quem redige tem muitas
ideias ou informações sobre o que está sendo discutido,
não conseguindo estruturá-las. Surge também a dificul-
dade de organizar seus pensamentos e definir uma linha
lógica de raciocínio.
Conclusão
Considerada como a parte mais importante do texto,
é o ponto de chegada de todas as argumentações elabo-
radas. As ideias e os dados utilizados convergem para essa
parte, em que a exposição ou discussão se fecha.
Em uma estrutura normal, ela não deve deixar uma
brecha para uma possível continuidade do assunto; ou
seja, possui atributos de síntese. A discussão não deve ser
encerrada com argumentos repetitivos, sendo evitados na
medida do possível. Alguns exemplos: “Portanto, como já
dissemos antes...”, “Concluindo...”, “Em conclusão...”.
Sua proporção em relação à totalidade do texto deve
ser equivalente ao da introdução: de 1/5. Essa é uma das
características de textos bem redigidos.
Os seguintes erros aparecem quando as conclusões fi-
cam muito longas:
→ O problema aparece quando não ocorre uma ex-
ploração devida do desenvolvimento. Logo, acontece uma
invasão das ideias de desenvolvimento na conclusão.
→ Outro fator consequente da insuficiência de funda-
mentação do desenvolvimento está na conclusão precisar
de maiores explicações, ficando bastante vazia.
→ Enrolar e “encher linguiça” são muito comuns no
texto em que o autor fica girando em torno de ideias re-
dundantes ou paralelas.
→ Uso de frases vazias que, por vezes, são perfeita-
mente dispensáveis.
→ Quando não tem clareza de qual é a melhor con-
clusão, o autor acaba se perdendo na argumentação final.
Em relação à abertura para novas discussões, a con-
clusão não pode ter esse formato, exceto pelos seguintes
fatores:
→ Para não influenciar a conclusão do leitor sobre te-
mas polêmicos, o autor deixa a conclusão em aberto.
→ Para estimular o leitor a ler uma possível continuida-
de do texto, ou autor não fecha a discussão de propósito.
→ Por apenas apresentar dados e informações sobre
o tema a ser desenvolvido, o autor não deseja concluir o
assunto.
→ Para que o leitor tire suas próprias conclusões, o au-
tor enumera algumas perguntas no final do texto.
A maioria dessas falhas pode ser evitada se antes o au-
tor fizer um esboço de todas as suas ideias. Essa técnica
é um roteiro, em que estão presentes os planejamentos.
Nele devem estar indicadas as melhores sequências a se-
rem utilizadas na redação. O roteiro deve ser o mais enxuto
possível.
Fonte: http://producao-de-textos.info/mos/view/Carac-
ter%C3%ADsticas_e_Estruturas_do_Texto/
Não basta conhecer o conteúdo das partes de um tra-
balho: introdução, desenvolvimento e conclusão. Além de
saber o que se deve (e o que não se deve) escrever em
cada parte constituinte do texto, é preciso saber escrever
obedecendo às normas de coerência e coesão. Antes de
mais nada, é necessário definir os termos: coerência diz res-
peito à articulação do texto, à compatibilidade das ideias,
à lógica do raciocínio, a seu conteúdo. Coesão refere-se à
expressão linguística, ao nível gramatical, às estruturas fra-
sais e ao emprego do vocabulário.
Coerência e coesão relacionam-se com o processo de
produção e compreensão do texto. A coesão contribui para
a coerência, mas nem sempre um texto coerente apresenta
coesão. Pode ocorrer que o texto sem coerência apresente
coesão, ou que um texto tenha coesão sem coerência. Em
outras palavras: um texto pode ser gramaticalmente bem
construído, com frases bem estruturadas, vocabulário cor-
reto, mas apresentar ideias sem nexo, sem uma sequência
lógica: há coesão, mas não coerência. Por outro lado, um
texto pode apresentar ideias coerentes e bem encadeadas,
sem que no plano da expressão as estruturas frasais sejam
gramaticalmente aceitáveis: há coerência, mas não coesão.
A coerência textual subjaz ao texto e é responsável
pela hierarquização dos elementos textuais, ou seja, ela
tem origem nas estruturas profundas, no conhecimento do
mundo de cada pessoa, aliada à competência linguística.
Deduz-se que é difícil ensinar coerência textual, intima-
mente ligada à visão de mundo, à origem das ideias no
pensamento. A coesão, porém, refere-se à expressão lin-
guística, aos processos sintáticos e gramaticais do texto.
O seguinte resumo caracteriza coerência e coesão:
Coerência : rede de sintonia entre as partes e o todo de
um texto. Conjunto de unidades sistematizadas numa ade-
quada relação semântica, que se manifesta na compatibi-
lidade entre as ideias. (Na linguagem popular: “dizer coisa
com coisa” ou “uma coisa bate com outra”).
Coesão : conjunto de elementos posicionados ao longo
do texto, numa linha de sequência e com os quais se es-
tabelece um vínculo ou conexão sequencial. Se o vínculo
coesivo faz-se via gramática, fala-se em coesão gramatical.
Se se faz por meio do vocabulário, tem-se a coesão lexical.
Coerência
texto;
conceitual;
todo, com o aspecto global do texto;
ses.
Coesão
sequencial;
partes componentes do texto;
das frases.
Coerência e coesão são responsáveis pela inteligibili-
dade ou compreensão do texto. Um texto bem redigido
tem parágrafos bem estruturados e articulados pelo enca-
deamento das ideias neles contidas. As estruturas frasais
devem ser coerentes e gramaticalmente corretas, no que
diz respeito à sintaxe. O vocabulário precisa ser adequado
e essa adequação só se consegue pelo conhecimento dos
significados possíveis de cada palavra. Talvez os erros mais
comuns de redação sejam devidos à impropriedade do vo-
cabulário e ao mau emprego dos conectivos (conjunções,
que têm por função ligar uma frase ou período a outro). Eis
alguns exemplos de impropriedade do vocabulário, colhi-
dos em redações sobre censura e os meios de comunica-
ção e outras.
“Nosso direito é frisado na Constituição.”
Nosso direito é assegurado pela Constituição. = correta
“Estabelecer os limites as quais a programação deveria
estar exposta.”
Estabelecer os limites aos quais a programação deveria
estar sujeita. = correta
“ A censura deveria punir as notícias sensacionalistas.”
A censura deveria proibir (ou coibir) as notícias sensa-
cionalistas ou punir os meios de comunicação que veiculam
tais notícias. = correta
“Retomada das rédeas da programação.”
Retomada das rédeas dos meios de comunicação, no
que diz respeito à programação. = correta
O emprego de vocabulário inadequado prejudica mui-
tas vezes a compreensão das ideias. É importante, ao redi-
gir, empregar palavras cujo significado seja conhecido pelo
enunciador, e cujo emprego faça parte de seus conheci-
mentos linguísticos. Muitas vezes, quem redige conhece o
significado de determinada palavra, mas não sabe empre-
gá-la adequadamente, isso ocorre frequentemente com o
emprego dos conectivos (preposições e conjunções). Não
basta saber que as preposições ligam nomes ou sintagmas
nominais no interior das frases e que as conjunções ligam
frases dentro do período; é necessário empregar adequa-
damente tanto umas como outras. É bem verdade que, na
maioria das vezes, o emprego inadequado dos conectivos
remete aos problemas de regência verbal e nominal.
Exemplos:
“Estar inteirada com os fatos” significa participação, in-
teração.
“Estar inteirada dos fatos” significa ter conhecimento
dos fatos, estar informada.
“Ir de encontro” significa divergir, não concordar.
“Ir ao encontro” quer dizer concordar.