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Assistência de enfermagem à família e à criança de 1 a 5 anos em fase de terminalidade., Teses (TCC) de Oncologia

O presente trabalho se trata de uma revisão bibliográfica, voltado para pontuar as ações de enfermagem nos cuidados paliativos prestados à criança acometida pelo câncer e a assistência prestada pelo enfermeiro aos familiares do paciente, desde o momento do diagnóstico até o luto. Segundo dados do Ministério da Saúde, o câncer infanto-juvenil é a primeira causa de morte por doença em crianças e adolescentes na faixa etária de 1 a 19 anos, caracterizando-se como problema de saúde pública. É evidenciado neste trabalho a importância do papel do enfermeiro, não somente na administração de medicamentos e outras funções de sua alçada, mas também como grande ferramenta de ajuda psicológica tanto para a família quanto para o paciente, visto que esse profissional é o que mais tem contato com ambos. Após a pesquisa, conclui-se que o enfermeiro é um profissional de suma importância na equipe multidisciplinar, sendo ele capacitado para desenvolver ações voltadas para a promoção da qualidade de vida

Tipologia: Teses (TCC)

2022

À venda por 28/06/2023

mariana_machareth
mariana_machareth 🇧🇷

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE ALÉM PARAÍBA
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE ARCHIMEDES THEODORO
MARIANA APARECIDA DE SOUZA MACHARETH
PEDIATRIA ONCOLÓGICA: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À FAMÍLIA E À
CRIANÇA DE 1-5 ANOS EM FASE DE TERMINALIDADE
BACHARELADO EM ENFERMAGEM
ALÉM PARAÍBA
2022
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Baixe Assistência de enfermagem à família e à criança de 1 a 5 anos em fase de terminalidade. e outras Teses (TCC) em PDF para Oncologia, somente na Docsity!

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE ALÉM PARAÍBA

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE ARCHIMEDES THEODORO

MARIANA APARECIDA DE SOUZA MACHARETH

PEDIATRIA ONCOLÓGICA: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À FAMÍLIA E À

CRIANÇA DE 1-5 ANOS EM FASE DE TERMINALIDADE

BACHARELADO EM ENFERMAGEM

ALÉM PARAÍBA

MARIANA APARECIDA DE SOUZA MACHARETH

PEDIATRIA ONCOLÓGICA: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À FAMÍLIA E À

CRIANÇA DE 1-5 ANOS EM FASE DE TERMINALIDADE

Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção do título de graduação em Enfermagem, apresentado à Faculdade de Ciências da Saúde Archimedes Theodoro. Orientador Profº. Esp. Antônio Carlos de Souza Ribeiro ALÉM PARAÍBA 2022

DEDICATÓRIA

A Deus, que me permitiu continuar em meio a tantas lutas e colocou pessoas maravilhosas no meu caminho, que tornaram possível a conclusão dessa pesquisa.

MARIANA APARECIDA DE SOUZA MACHARETH

PEDIATRIA ONCOLÓGICA: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À FAMÍLIA E À

CRIANÇA DE 1 A 5 ANOS EM FASE DE TERMINALIDADE

Monografia de conclusão de curso apresentada ao curso de graduação em Enfermagem, Faculdade de Ciências da Saúde Archimedes Theodoro, Fundação Educacional de Além Paraíba, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Enfermagem e aprovada pela seguinte banca examinadora: ___________________________________ //___ Prof. MSc. Douglas Pereira Senra (Professor da disciplina) Fundação Educacional de Além Paraíba ____________________________________ //___ Prof. Esp. Antônio Carlos de Souza Ribeiro (Professor orientador) Fundação Educacional de Além Paraíba ____________________________________ //___ Prof. Esp. César de Paula (Professor convidado) Fundação Educacional de Além Paraíba

“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas, ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.” (Carl Jung)

RESUMO

MACHARETH, Mariana Aparecida de Souza. Pediatria oncológica: assistência de enfermagem à família e à criança de 1 a 5 anos em fase de terminalidade. Monografia (Bacharel em Enfermagem) – Faculdade de Ciências da Saúde Archimedes Theodoro. Fundação Educacional de Além Paraíba. Minas Gerais. 2022. O presente trabalho se trata de uma revisão bibliográfica, voltado para pontuar as ações de enfermagem nos cuidados paliativos prestados à criança acometida pelo câncer e a assistência prestada pelo enfermeiro aos familiares do paciente, desde o momento do diagnóstico até o luto. Segundo dados do Ministério da Saúde, o câncer infanto-juvenil é a primeira causa de morte por doença em crianças e adolescentes na faixa etária de 1 a 19 anos, caracterizando-se como problema de saúde pública. É evidenciado neste trabalho a importância do papel do enfermeiro, não somente na administração de medicamentos e outras funções de sua alçada, mas também como grande ferramenta de ajuda psicológica tanto para a família quanto para o paciente, visto que esse profissional é o que mais tem contato com ambos. Após a pesquisa, conclui-se que o enfermeiro é um profissional de suma importância na equipe multidisciplinar, sendo ele capacitado para desenvolver ações voltadas para a promoção da qualidade de vida da criança em cuidados paliativos, visando proporcioná-lo um fim de vida tranquilo e uma morte digna, tendo também sua contribuição à família, apoiando, assistindo-a e praticando a escuta ativa. Palavras-chave : Enfermagem pediátrica; Cuidados Paliativos, Câncer infantil.

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ANCP - Academia Nacional de Cuidados Paliativos BT - Brinquedo terapêutico CP - Cuidados Paliativos IASP - International Association of Study of Pain INCA - Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva LH - Linfoma de Hodgkin LLA - Leucemia Linfoide aguda LMA - Leucemia Mieloide aguda LMC - Leucemia Mieloide crônica LNH - Linfoma não-Hodgkin MS - Ministério da Saúde OMS - Organização Mundial da Saúde PE - Processo de Enfermagem PET - Tomografia por emissão de pósitrons RMS - Rabdomiossarcoma SAE - Sistematização da Assistência de Enfermagem SBP - Sociedade Brasileira de Pediatria SNC - Sistema Nervoso Central TC - Tomografia computadorizada TPPPS - Toddler-Preschooler Postoperative Pain Scale WHO - World Health Organization

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

O câncer infantil é compreendido como qualquer tipo de câncer que acomete a criança. Na faixa etária de 1 a 5 anos, os tipos mais câncer que mais ocorrem são a leucemia, os linfomas e os tumores do Sistema Nervoso Central, sendo bastante observados também o neuroblastoma, o tumor de Wilms, o retinoblastoma e os tumores de partes moles, como o rabdomiossarcoma. (INCA, 2022) Um dos grandes desafios encontrados pelo profissional de saúde é a detecção precoce do câncer em crianças, pois os sintomas podem ser facilmente confundidos com os de outras doenças comuns na infância, atrasando o diagnóstico, aumentando a agressividade da doença e do tratamento e, consequentemente, diminuindo as chances de cura. É importante saber o histórico familiar de doenças que possam contribuir para o surgimento de neoplasias na criança. ( LOURENÇATTO et. al.; 2010 apud BRASIL; 2009 ) Desde o momento do diagnóstico de câncer infantil, o paciente e a sua família enfrentam uma série de incertezas que passam a acompanhá-los dali em diante, visto que a doença ameaça a vida de uma pessoa de pouca idade. O ambiente hospitalar, que passa a se tornar um local rotineiro na vida da criança acometida pelo câncer e seu cuidador, gera para os pequenos pacientes ansiedade causado pelo medo, pelos procedimentos invasivos e pela dor que os sintomas da doença e o tratamento trazem. Para a família, o momento é sinônimo de impotência diante da doença e estresse por conta da separação repentina da rotina diária e troca de papéis. (OLIVEIRA, DANTAS, FONSECA; 2005 apud LEIFER, 1996) Nesse contexto, devem-se iniciar os cuidados paliativos, definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente que se encontra fora de possibilidade terapêutica de cura e de seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, por meio de identificação precoce, avaliação e tratamento de dor e demais sintomas físicos, psicológicos e espirituais. (WHO, 2002). Esses cuidados são muito comuns aos pacientes que são acometidos por câncer, visto que a doença tem grande agressividade e mortalidade nessa fase, sendo a primeira causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA, 2020).

Os cuidados paliativos não têm por objetivo prolongar e nem encurtar o tempo de vida do paciente, mas sim, oferecer qualidade de vida a ele, sendo incorporados na assistência vários métodos para mantê-lo confortável até o momento de sua morte. (MATSUMOTO; 2009). O enfermeiro possui um papel importante no acolhimento da criança em tratamento oncológico e cuidados paliativos e da sua família, pois é o profissional de saúde que passa mais tempo junto a eles no ambiente hospitalar. São empregadas condutas para amenizar a dor, o sofrimento físico e psicológico, manter o paciente ativo e controlar os sintomas, oferecendo um fim de vida confortável e uma morte digna. Portanto, os cuidados com as crianças em fase de terminalidade não se baseiam apenas no fato de que a vida é finita, mas também engloba cuidados para amenizar o sofrimento causado desde o diagnóstico médico. (NATARELLI, AZZOLIN, LIMA, 2020). É imprescindível promover a participação da família nos cuidados, para possibilitar que fiquem mais calmos e confiantes com a equipe, quedeve estar capacitada para prestar toda a assistência necessária desde o momento do diagnóstico até o momento do luto. Se faz necessário que o Enfermeiro saiba respeitar a particularidade de cada família, suas crenças e valores, para prestar um atendimento seguro e de excelência neste momento de finitude. Sendo assim, a família ficará ciente de que a criança em cuidados paliativos está sendo bem assistida. O enfermeiro, além de cumprir a rotina normal junto aos pacientes da pediatria oncológica, deve compreender as diversas fases do desenvolvimento da criança, para traçar um plano de cuidados adequado a cada uma delas, levando em consideração cada particularidade para prestar uma assistência humanizada e individualizada. Em todo esse contexto, o aspecto psicológico do profissional de enfermagem, diante do sofrimento da família e da dificuldade enfrentada por um paciente de pouca idade, também é um ponto a ser observado. Alguns profissionais tentam evitar a criação de vínculos como paciente e sua família, para amenizar o estresse e o sofrimento pessoal. (CARMO, OLIVEIRA; 2014) Visto que, para alguns profissionais a perda de um paciente representa fracasso, é preciso que o enfermeiro tenha também um suporte adequado para prestar atendimento às famílias e aos pacientes em fase de terminalidade. (COSTA, CEOLIM; 2010) Diante do exposto, o presente estudo propõe como questão de pesquisa: qual a importância da atuação do profissional enfermeiro frente aos cuidados paliativos de uma criança e diante do sofrimento da família?

2. METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica, no qual foram realizados levantamentos científicos encontrados nas seguintes bases de dados indexadas: Google Acadêmico, SciElo, Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), PubMed e fontes primárias para se chegar aos objetivos, por meio das seguintes palavras-chave: Cuidados Paliativos (palliativecare), enfermagem (nursing), oncologia (oncology), criança (child), pediatria (pediatrics). Buscaram-se artigos que respondessem à questão de revisão, cujos critérios de inclusão foram: artigos que retratam os Cuidados Paliativos em crianças com câncer, em português e inglês, com resumos e textos completos e disponíveis online. Para a inclusão, foi feita a leitura dos textos para verificação da pertinência dos artigos à questão norteadora da pesquisa. Após busca, foram encontradas 24 referências, sendo 2 na PubMed, 13 na Scielo e 9 na BVS, com o auxílio do Google Acadêmico. Tendo em vista a necessidade de fundamentação e argumentação a respeito do tema proposto, esta pesquisa foi dividida em dois capítulos, que se seguem.

3. CÂNCER INFANTIL

Neste capítulo, será abordada a fisiopatologia do câncer, os fatores causais e de risco para o desenvolvimento da patologia, os tipos mais comuns que afetam crianças na faixa etária de 1 a 5 anos de idade e seus sinais e sintomas, as características epidemiológicas e como é realizado diagnóstico do câncer infantil.

3.1 Fisiopatologia do câncer, fatores causais e de risco

Segundo o INCA (2020), “Câncer é um termo que abrange mais de 100 diferentes tipos de doenças malignas, que têm em comum o crescimento desordenado de células, que podem invadir tecidos adjacentes ou órgãos à distância.” Sabe-se que a divisão celular não é a causa do câncer, mas um processo natural do organismo para repor células e suprir suas necessidades. Porém, durante essas divisões que ocorrem milhões de vezes, podem ocorrer mutações de genes normais das células, denominados proto-oncogenes, que codificam as proteínas responsáveis pela adesão, crescimento e coordenação das divisões, causando o funcionamento anômalo das células acometidas e provocando o câncer. (Guyton & Hall; 2017) Sendo assim, as células comprometidas tornam-se agressivas, passando a se espalharem e se dividirem de forma desordenada, formando tumores e fazendo com que os órgãos e tecidos acometidos se tornem incapazes de exercer suas funções adequadamente. (INCA, 2020) O câncer em adultos pode ter suas causas ligadas a hábitos de vida inadequados, como o tabagismo e consumo de álcool, por exemplo, mas, em contrapartida, o câncer infantil tem seus fatores causais ligados à hereditariedade, fatores ambientais ou mutações causadas por fatores desconhecidos. (INCA, 2020). De acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2017): “Para o diagnóstico precoce do câncer, o pediatra e/ou médico da ESF devem estar também atentos às crianças portadoras de malformações e síndromes clínicas que estão associadas a um maior risco de desenvolvimento de neoplasias. Algumas associações são observadas com mais frequência, tais como a ocorrência maior de leucemia em pacientes com síndrome de Down (trissomia do cromossomo 21) e a ocorrência de tumores de SNC e sarcomas em pacientes com neurofibromatose (doença de von Recklinghausen). Malformações do trato geniturinário, aniridia11, hemi- hipertrofia22, síndrome de Beckwith–Wiedemann (visceromegalias, defeitos do fechamento da parede abdominal, hipoglicemia neonatal) são exemplos de alterações associadas ao diagnóstico dos tumores de Wilms (nefroblastoma).”

incidência estimada de leucemia é de 3 a 4 casos para 100.000 crianças menores de 15 anos, com maior prevalência no grupo de 2-5 anos. (Sociedade Brasileira de Pediatria - SBP; 2020).

3.2.2 Linfomas

Os linfomas acometem os linfócitos, células responsáveis pela defesa do organismo, e os linfonodos, que são pequenas estruturas que contém células do sistema imunológico. Existem dois diferentes tipos de linfomas, o não-Hodgkin (LNH), representando 7% dos casos, e linfoma de Hodgkin (LH), representando 6%. O LNH se inicia nas células do sistema linfático, se espalhando de maneira desordenada pelo tecido linfático, podendo se iniciar em qualquer parte do corpo. É o tipo mais comum entre crianças, representando 60% dos casos, com chances de cura entre 60% e 90%. O LH, por sua vez, tem como principal característica a proliferação de células de um grupo de linfonodos para outro, através dos vasos linfáticos, de maneira ordenada, tendo sua origem geralmente no pescoço e no mediastino. (INCA, 2022). Os sinais e sintomas dos linfomas são o aumento dos linfonodos do pescoço, axila ou virilha, febre, suor noturno, perda de peso sem causa aparente, gânglios aumentados e indolores, prurido e esplenomegalia. (INCA, 2022).

3.2.3 Tumores do Sistema Nervoso Central (SNC)

Segundo dados do INCA (2020), os tumores sólidos mais comuns na faixa etária abaixo de 15 anos, ocorrendo com mais frequência entre 1 e 4 anos e representando 25% dos casos, são os tumores que acometem o Sistema Nervoso Central, sendo considerada a causa mais comum de morte dentre os tipos de câncer que ocorrem na infância. De acordo com dados do Ministério da Saúde (2022), esse tipo de tumor em crianças possui etiologia multifatorial, podendo estar ligadas ao histórico familiar de neurofibromatose, esclerose múltipla, à algumas alterações que podem ser adquiridas ao longo da vida e à exposição à radiação ionizante. Os sintomas dos tumores de SNC são: vômito, dificuldade no ganho de peso, problemas no desenvolvimento e macrocefalia em lactentes, e cefaleia, náuseas, vômitos em crianças maiores e paralisia dos nervos encefálicos sugerindo o aumento da pressão intracraniana, além da apresentação de sinais neurológicos. (INCA, 2022).

3.2.4 Neuroblastoma

O neuroblastoma é o terceiro tipo de câncer mais comum entre crianças e adolescentes, sendo 80% dos casos mais recorrentes em menores de 5 anos de idade e sendo o mais comum entre os lactentes, caracterizando-se como a doença mais frequente no primeiro ano de vida. Pode surgir nas células nervosas da glândula adrenal, na região cervical, torácica, abdominal ou pélvica. (INCA;

A etiologia do neuroblastoma é desconhecida e os seus sinais e sintomas terão sua apresentação de acordo com o local acometido, sendo mais comuns são dor e desconforto abdominal. Alguns sintomas são causados pela metástase, que pode ocorrer por via linfática ou hematogênica, sendo eles a febre, anemia e sangramentos. (INCA; 2022)

3.2.5 Tumor de Wilms

O tumor de Wilms é o tumor renal mais comum entre crianças, podendo acometer apenas um ou ambos os rins, correspondendo a 7% do total de tumores pediátricos. 5 a 10% dos pacientes acometidos apresentam tumores em ambos os rins, com prevalência maior em crianças com predisposição genética, como síndromes ou alterações congênitas, podendo ocorrer metástase geralmente para os pulmões. (INCA; 2022) O tumor de Wilms se apresenta através dos seguintes sinais e sintomas: febre, prisão de ventre, alteração na coloração da urina, náuseas e vômitos, desconforto ou dor abdominal, hipertensão arterial, cefaleia, dificuldade respiratória e crescimento desigual de um dos lados do corpo. (OPAS; 2018)

3.2.6 Retinoblastoma

O retinoblastoma se origina nas células precursoras dos fotorreceptores da retina, após o gene RB1 sofrer mutação e se tornar incapaz de exercer sua função corretamente. É o tumor intraocular mais comum em crianças, correspondendo a 2,5 a 4% do total de neoplasias pediátricas. Dois terços dos casos são diagnosticados em crianças menores de 2 anos, 95% ocorre antes dos 5 anos de idade, porém a idade de apresentação pode estar relacionada ao diagnóstico tardio da doença. O retinoblastoma se apresenta de forma unilateral, geralmente antes de 1 ano de idade, e bilateral, aos 2 ou 3 anos de idade. (INCA; 2022)