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Uma síntese dos principais aspectos da política salarial, abordando a importância do salário na sociedade e a história de sua evolução. O texto discute as diferentes teorias sobre a fixação do salário, como a teoria do custo da produção e a teoria marginal do salário, e examina os diferentes sistemas de pagamento, como o salário por tempo e o salário por obra. Além disso, o documento discute as desvantagens e vantagens de cada sistema e a tendência atual de empregadores e empregados em busca de soluções satisfatórias para a questão salarial.
O que você vai aprender
Tipologia: Esquemas
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Não perca as partes importantes!
2 4 REVISTA^ DO^ SERVIÇO^ PUBLICO^ ----^ JUNHO^ DE^ 1 9 5 0
N i r c e u d a C r u z C é s a r
PROBLEMA da fixação do salário continua em equação, desafiando, através dos tempos e das sociedades, a argúcia de quantos se têm aba- lançado a resolvê-lo.
Causa essencial do eterno conflito entre o capital e o trabalho, êsse fenômeno sócio-econô- mico tem requerido, pela transcendência de sua natureza, a atenção e boa vontade de empregados e empregadores, com o escopo de, pela tolerância e transigência de ambas as partes, se encontrar, afinal, um denominador comum, capaz de harmo nizar interêsses profundamente antagônicos, peculiares a ambas as classes. Malgrado, porém, os esforços encetados nesse sentido, não cremos que, tão cedo, deixe o salário de ser o móvel das lutas classistas, pôsto que o egoísmo dos homens se sobrepõe às leis de Deus, fazendo-os olvidar os mais elementares deveres de solidariedade humana. Todavia, não será essa filosofia pouco oti mista que solucionará a questão. A evolução de um fenômeno desta envergadura não permite, é óbvio, que fiquemos apáticos, e, por isso mesmo, nos convida a colaborar.
Assim, decidimos fazer uma síntese dos prin cipais pontos que devem ser observados na ereção de uma política salarial, alimentados, apenas, do propósito de também contribuir para a dissemi nação de esclarecimentos que julgamos imprescin díveis à fixação do pagamento devido ao locador de serviço.
Salário, do latim “salarium” (de sal, porque os romanos pagavam com sal àqueles que se acha vam a seu serviço), é a retribuição paga a uma pessoa pelo aluguel de sua fôrça-trabalho, posta a serviço de outra, seja qual fôr a natureza dêsse serviço.
A característica fundamental do trabalho assa lariado é ser prestado por conta de outrem. O salário evoluiu de um contrato de venda de serviços para o moderno conceito de utiliza ção racional da fôrça de trabalho, tornando-se, assim, a remuneração do trabalhador livre.
A fixação do salário tem preocupado, não há negar, tanto economistas como políticos, e isto em virtudes da multiplicidade das teorias existentes, tais como :
“Wage
capita-
ASPECTOS GERAIS DA POLÍTICA SALARIAL (^) 2 5
ofereceram resultados positivos. Tivemos, por exemplo:
1, boa qualidade de serviço; 2, maior rendimento na produção; 3, assiduidade, inclusive pontualidade horá ria; 4, noção precisa de responsabilidade fun cional; 5, disciplina ; 6, colaboração. Como o bom senso nos indica, nãc é justo que oneremos de obrigações o empregador, sem onerar de deveres os seus empregados. Afinal de contas, o empregador não é obrigado a manter um indivíduo pouco produtivo. A prosperidade da empresa depende, em última análise, do ritmo da produção. E êste, está claro, da maior ou menoi capacidade de trabalho daqueles que interferem no processo produtivo.
SISTEMAS DE SALÁRIOS
São inúmeros os sistemas de salários, adota dos pela indústria e pelo comércio. Em geral, cs salários são pago" de acôrdo com o tempo, quan tidade ou qualidade do trabalho produzido, exis tindo, não raro, combinações dêstes processos com
outros métodos, tais como: pagamento de bônus, prêmios e outras recompensas à eficiência do em pregado. Vejamos, a seguir, alguns sistemas de sa lários : Salário por tempo'. — o salário por tempo representa o tipo tradicional de pagamento por hora, dia, semana ou mês. A experiência tem evidenciado, porém, certas desvantagens dêste tipo de salário. Exige muito controle e disciplina. Não precisa o custo da produção. E’, contudo, muito indicado ao pagamento de trabalhos não padronizáveis. Salário por obra ou tarefa — o salário é de terminado proporcionalmente à qualidade ou vo lume da produção, independentemente do tempo de trabalho. Subdivide-se em dois grupos: a) salário por peças — pagamentos por unidades convencionais, e b ) salários progressivos ou diferenciais — consistem no pagamento do resultado obtido em um tempo prefixado e executado em determinadas condições. Na essência, êste processo oferece me lhor qualidade pelo menor custo. Esta modalidade de salário foi proposta por F. W. Taylor em sua Comunicação — “A piece rate system” — à American Society of Mechanical Engineers, em 1895. Salário adicional — é um sôbre-salário, isto é, um estímulo somado ao salário básico, pago ao empregado juntamente com êste último, sem pré via cogitação, por parte da emprêsa, da existência ou não de lucros. Silário-iamília — adotado no Serviço Públi co Brasileiro a partir de 1944, tem sido denomi nado na literatura científica de “salário social” , “salário de manutenção”, etc. E’ uma das formas mais típicas do salário justo. Consiste no paga mento mensal ao funcionário de uma pequena im portância (CrS 50,00 por filho dependente), a título de auxiliá-lo na manutenção de seus filhos. E’, portanto, seu objetivo caracteristicamente assis- tencial.
TIPOS DE PAGAMENTO
Os salários, antigamente, eram pagos sob di versas formas:
1, Moeda
2, gêneros
3, misto (moeda e gêneros)
4, nominal
5, real, etc. Com a abolição do “Truch system” (salário pago em gêneros) e “Allotment system” (salário pago em moeda, gêneros e utensílios), estabele ceu-se, em definitivo, a forma realmente preferida: a moeda.