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Este texto discute a importância da capacidade humana de discriminar e reconhecer diferenças, analisando a teoria da síntese categorial de husserl. Ele aborda a compreensão de objetos concretos e a relação entre significados e significantes, além da importância da diferenciação de aspectos em processos semânticos.
O que você vai aprender
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
(…). Para Aristóteles, os conceitos não são essências independentes, mas precisamente as diferentes funções da linguagem enquanto presentificação dos diferentes aspectos do real. Na maneira como falamos das coisas, já se mostra uma pré-compreensão das coisas, e a tarefa da filosofia consiste exatamente na explicitação e tematização crítica de nossa pré-compreensão do real, que é obrigatoriamente mediada lingüisticamente. (OLIVEIRA, 1997: 33).
Este apêndice é elaborado para contribuir com uma discriminação importantíssima, a saber: uma investigação semiótica da atividade neuronal (mente) – em seus efeitos – no trato sígnico. Somos um animal sígnico , pois o desenvolvimento humano depende do grau e qualidade da articulação sígnica. Conhecer, sentir e agir são aspectos de domínios interligados e dependentes. Tal dependência é relativa (parcial), pois há margem de autonomia: autonomia relativa ou parcial de cada setor de manifestação. Sigmund Freud postulou – em sua primeira Tópica – uma tripartição funcional de três camadas da mente: o Consciente, o Pré-Consciente e o Inconsciente. Apesar de na 2º tópica afirmar que os limites do Ego, Supra-Eu e Id extrapolam (ou podem ultrapassar) o aspecto topográfico (região encefálica), há uma dose considerável de correspondência de cada uma dessas três instâncias psíquicas relacionadas com a tripartição funcional. O que Semiótica tem a ver com a Psicanálise? Teria a Filosofia da Linguagem ou mesmo as Ciências Sociais algo a contribuir com uma explicação global (não setorial) da atividade sígnica e seus desdobramentos motrizes, afetivos e cognitivos? Vimos no apêndice sobre o tema expansão/restrição do significado. Através do uso sistemático delas, abusamos do uso informacional para desviar alguma conclusão ou predicado para nos favorecer em detrimento dos demais.
Como isso ocorre? Tal questão explorarei num outro apêndice sobre: A Importância dos Conceitos na Filosofia da Argumentação. Neste apêndice enfoco o caráter necessário da Filosofia Regressiva como momento dum processo maior a integrar a Filosofia Progressiva. Ambas as noções são da fantástica contribuição de Chaïm Perelman. Iniciemos nosso estudo com a discriminação Analítico e Sintético. Qual o significado de discriminar? É uma atividade predominantemente intelectiva: um principium divisiones. Discriminar é reconhecer diferenças: num emaranhado em bloco, a capacidade de identificar aspectos. O que são aspectos? São divisões! Mas tal resposta pode nos confundir (fundir significados ou predicados) quanto ao momento analítico. Analisar significa operar uma divisão num bloco de informações (a princípio, conteúdos sensoriais). Sintetizar significa agrupar, reunir num determinado ponto um conjunto de noções. Neste ínterim, qualquer falar sobre uma percepção sensorial será algo já mediado por categorias explicativas: por certas relações necessárias entre elas, para resultarem numa visão sintético-semântica no final de seu processo.
(…). Para Husserl, a significação de uma frase predicativa é um objeto. Mas que objeto? Um objeto composto. Desse modo, a significação de toda frase, enquanto decorrência da significação de suas partes constitutivas, deve ser entendida como uma composição. (OLIVEIRA, 1997: 47).
Na semiótica há a clássica discriminação de signos: Ícone, Índice e Símbolos. Trabalharei agora apenas com dois: o ícone e o símbolo; pois reservei um apêndice para examinar as implicações indiciais na consciência humana. Será necessário que antes de continuar-vos, seja lido o apêndice sobre visada epistêmica sobre signos. Quem já leu, releia; quem ainda não leu lêde! Consideremos o momento analítico como um tipo de discriminação que leva em conta uma separação qualquer de elementos de um fenômeno. Consideremos o momento ou operatividade sintético como uma reunião, uma conclusão provisório-aproximativa dum conjunto de eventos.
(…); é significativo, contudo, que os filósofos contemporâneos estejam a tal ponto preocupados com os problemas de significado que tenham desenvolvido sua própria e particular concepção, ou concepções de semântica. Para os mais esotéricos, a semântica filosófica é um ramo da lógica simbólica, ou mais especìficamente, da teoria dos signos. Para os mais práticos, é uma técnica de corrigir certos abusos da
possível: pois sinto que o conhecimento: do todo e as partes são construídos simultaneamente: pois analiticamente , separamos pelo critério de diferenças sensoriais: visão e tato; e, sinteticamente , reunimos as relações das partes com o todo (por mais ínfima ou precária que seja). A taxonomia das partes que é nomear
(…). Também o pensamento, para Husserl, é uma forma de consciência do objeto e também ato. Ora, os atos do pensamento são chamados, em função de sua distinção, atos categoriais, e sua característica é que eles representam as objetividades compostas precisamente enquanto compostas o que só é possível enquanto eles ao mesmo tempo representam seus objetos parciais. A representação de cada objeto parcial é, por sua vez, um ato.(OLIVEIRA, 1996: 48).
Significante : é necessário destacá-lo do todo homogêneo, promovendo as partes heterogêneos pelas quais articular-lá-emos numa cadeia representativa.
Significação : é a articulação dos significantes e corresponde ao eixo sintagmático e, também, aos primeiros esboços de possíveis predicados.
Significado : é a síntese dos esboços predicativos numa espécie de resumo relevante, pelo qual uma noção – ainda que implítica e pouco diferenciada em significantes – é possível.
Signicante é conteúdo ou elemento; significação é movimento ou processo
constituidor de cadeia linear representativa; e, finalmente, significado é o produto final das associações (que são as respostas internas em face dos significantes). Essa resposta – que pode ser ou unitária ou múltipla – equivale a uma simbolização mínima dos ícones tomados como significantes, promovendo assim um representado (significado) durante e após as representações com seus representantes.Um significado é um movimento sígnico que se pauta em três atividades da operação do intelecto: comparar, compor e abtrair. Comparar é predicar através de um cálculo entre ou dois ou mais elementos (a princípio sensoriais). Compor é dispor em determinada ordem (estática ou dinâmica). Não tratarei por enquanto sobre abstração... Uma associação é um parear entre evento significante e uma resposta interna (subjetiva) frente ao estímulo que é o significante. Se o plano da expressão (significantes) é explicitamente expressa no campo consciente, o plano do conteúdo (significados) é implícitamente quanto ao consciente, mas ocorre – em usa maior parte – na ausência do plano consciente, sendo tal atividade formadora de sentido relegada a atividades pré-conscientes e inconscientes. Sendo que na maioria das vezes apenas sentimos vagamente o produto da articulação sígnica: tal qual um afeto é sentido sem a presença consciente dos significantes manipulados. Tal noção vaga não perde – a princípio – sua intensidade de entendimento, embora possa perder um pouco em precisão. Assim, a articulação do pensamento é o movimento sígnico pelo qual respondemos de maneira sintética a eles como um desfecho, uma conclusão provisória e cíclica de ampliação do entendimento através duma rede de relações deb significantes. Assim como não percebemos o trâmite de significantes ao estarmos com raiva, apaixonados, motivados, tristes, excitados ou em êxtase, o fato é que tais processos são oriundos de camadas pelo qual a consciência participa apenas parcialmente, sendo a maior parte do processo elaborada nas camadas Pcs e Ics. A própria rememoração é deste teor: sentimos que estamos lembrando gradativamente dalgum evento e que tal lembrança depende pouco da parte voluntária da mente, sendo a parte involuntária preponderante no processo como um todo. O mesmo é válido para a produção dos sonhos e para uma obra de arte pela qual contemplamos: os significados sentidos são respostas que chegam à consciência por intermédio das atividades operadas por camadas ou extratos psíquicos do qual estamos em boa parte alheios. Mas, mesmo assim, sentimos com intensidade tanto os afetos como aspectos cognitivos, por mais que tais operações sejam produzidas por um complexo trâmite semiótico
partes, sistematizamos os significantes icônicos através de encadeamentos seriais. Após tal encadeamento, comparamos outras cadeias significantes icônicas como por comparação e contraste, formando novas cadeias. Agora, qual o significado de segundo corte? Se a primeira secção (momento analítico = divisão, separação) é um corte que estabelece partes unitárias, conjuntos; o recorte é a segunda secção (momento analítico mais abstrato = divisão, separação do já divido). Se o primeiro institui as unidades do campo sensorial, o segundo institui os aspectos das unidades: é uma relação das partes com o todo, mas sendo este todo a unidade em questão e não o todo da percepção sensorial visual. O falar e o escrever sobre a realidade sensorial são modalidades do processo simbólico. Já a imaginação, seja mais cognoscente (ícones com finalidade de conhecer, são as metáforas explicaticas imagéticas), seja mais fantasística (ícones com a finalidade de consolar, são as atividades oníricas, os mitos e as artes em geral: este último se distingue daqueles pelo caráter consciente e não-alienante de seu produtor, na produção e em relação ao produto... que é seu!). Agora, podemos explicar melhor: um versão explicativa, um discurso com pretensão de validade, acordo de sentido e verdade pragmática é uma transposição sígnica: do apreender icônico para o simbólico = ciências, filosofia e alguns aspectos das instituições artísticas e religiosas. Já – a passagem do simbólico para o icônico – é explorado pela expressão poética. Então qual é o escopo da teoria aspectogramática? Ela é um capítulo da Fenomenologia, mas incluindo a pragmática em seu bojo temático: pelo plano categorial de estudo. Ela é um capítulo da Psicanálise: envolve a 1º e a 2º tópica Freudiana. Ela é um capítulo da Semiótica: envolve as discriminações Peirceanas. É um capítulo da Sociologia da Cultura: pois envolve a pragmática como determinação ou fator significador (além da semântica), pois está para o contexto de situação e estabelece um rede de relações interpretativas de: expectativas (psicologia social), de funções (funcionalismo) e de intenções (teleologia: psicanálise e estruturalismo). Também é um capítulo da lingüística: pelo triplo envolvimento da dimensão sintática, semântica e pragmática (trítono semiótico de Charles Morris). É um capítulo da Filosofia da Mente e da Sociologia do Conhecimento: pois estabelece diálogo da Semiótica com processos psíquicos e das implicações das apreensões icônicas e simbólicas no plano do discurso (também midiático) para a legitimação de relações intersubjetivas
predominantemente estratégico-instrumentais; e, por fim, é um capítulo da Ética do Discurso, pois envolve a Retórica como produção de discurso e a Filosofia da Linguagem com a tríplice divisão metódica: ato locucionário como conhecimento (denotação), ato ilocucionário como psico-afetivo (conotação e teleologia) e ato perlocucionário como (implicações naturais e culturais) do dimensão intersubjetiva dos efeitos dos atos comunicativos: e aqui reside o substrato, o conteúdo para aplicarmos juízo de valor (Axiologia) em relação tanto aos efeitos (pragmática + intenções) como também pelos axiomas (filosofia regressiva + retórica + lógica).Qual a importância da diferenciação (= passar do homogêneo para o heterogêneo semioticamente falando) dos aspectos? Antes de responder a esta pergunta, atentemos para este tópico: discrimino duas espécies de aspectos:
1) Em sua modalidade estática : corte e recorte epistêmico, de algo constituído, dado, gerando unidades e subunidades = partes. Versa sobre quantidades de elementos (objetos).
2) Em sua modalidade dinâmica : corte e recorte epistêmico, mas de eventos, de algo constituindo-se, de algo em movimento ou processos, = momentos. Versa sobre intensidade de processos.
Estes são apenas aspectos quanto à dimensão sensorial-cognitiva.
3) Qualidades: quanto às respostas sensoriais = cores, odores, texturas, sons e sabores. São subdivididos em aspectos de intensidade da resposta sensorial e a modalidade (visão, olfato etc...). A todas elas predicaremos o qualitativo de objetivas = denotação.
Quanto à resposta psico-afetivas = carinho, indiferença, comprometimento, ódio, dissimulação, transparência etc. A todas elas predicaremos o qualitativo de subjetivas = conotação.
4) Qualidade: são respostas dos sujeitos, são qualidades de sentir e guarda relações íntimas com axiomas ou o grau de importância dos fenômenos.
Quanto à dimensão motriz = domínio do movimento e estabelece um cálculo de conjunto (o que fazer enquanto meios), de intensidade (com que força realizar), e uma seleção dos movimentos (órgãos que participarão no
modifiquem o sentido e o alcance das regras que lhes concernem. (PERELMAN, 1997: 174).
(…), como regra e para a maioria dos pensadores, em vez de nossas referências determinarem os nossos símbolos, o vínculo e a interligação dos símbolos é que determinam a nossa referência. Limitamo-nos a zelar por que não ocorre violação alguma de certas regras de procedimento. Algumas dessas regras não são de grande importância, como as exaradas nas partes da gramática que se ocupam do uso literário e das convenções para a formação de frases. Outras, porém, são de um caráter muito diferente e são devidas, nada mais nada menos, à natureza das coisas em geral. Por outras palavras, essas regras são leis lógicas no sentido de que qualquer sistema de símbolos que não lhes obedeça deve falhar como um meio de registrar referências, independentemente daquilo a que essas referências sejam feitas. Essas necessidades fundamentais de um sistema de símbolos e as simples regras de discurso polido acima mencionadas estiveram sujeitas, historicamente, a alguma confusão. (OGDEN- RICHARDS, 1972: 210).
O primeiro divide; o segundo, agrupa. Aquele analisa e estabelece relações de dependência e de independência; este, sintetiza e conclui, resume (provisoriamente) no tocante a significados e gera novos termos no tocante a significantes.
Houve, na filosofia analítica, uma recepção do programa de Kant, e Strawson é um exemplo disso, o que, aliás, levou a uma interpretação minimalizante do transcendental: toda experiência coerente é organizada numa rede categorial. Toda vez que, nas mais diversas experiências coerentes, descobrimos a mesma estrutura conceitual implícita, podemos denominar transcendental esse sistema de conceitos fundamentais de experiência possível. (OLIVEIRA, 1996: 332).
(…), estamos aptos, predominantemente por meio de símbolos definidos em função recíproca, a compor referências ou, por outas palavras, a separar as partes comuns de diferentes referências – para distinguir, comparar e ligar referências em vários níveis
aspectos comuns (quanto à espécie). Na Elipse, não há especificação, o que gerará confusão semântica (enquanto compreensão) e inferências indevidas (enquanto derivações). Ao especificarmos (limitarmos o conceito quanto à sua aplicação ou pertinência e o alcance das derivações) cometemos duas ações: 1º dissociamos aspectos com especificações do mesmo gênero; 2º associamos ao gênero especificado caracteres semânticos ou propriedades inerentes a tal discriminação.
de generalidade. A combinação desses diversos modos de adaptação de um juízo específico é o processo geralmente designado como Pensamento, sendo esta atividade usualmente mantida pelo emprego de símbolos através de uma seqüência mais ou menos extensa. Os símbolos como substitutos de estímulos não-disponíveis em qualquer instante dado, como retentores do produto de elaboradas concatenações de ajustamentos e promotores dos meios para a reorganização desses ajustamentos, tornaram-se tão poderosos, tão mecânicos, e tão intrincadamente interligados que escondem^406 de nós, quase inteiramente, o que está acontecendo. (OGDEN- RICHARDS, 1972: 210).
Arriscarei uma hipótese: a teoria do Aspectograma é um capítulo da Teoria Geral dos Sistemas! Reconhecer no significado de termo específico, sua peculiaridade, uma divisão nele que apenas esta divisão, este setor é responsável por um atributo, por determinadas causas e efeitos é uma maneira de garantirmos a precisão semântica – principalmente quando ela fizer parte da Premissa Prima (Lema). Quantos discursos são racionalizações ou ideologia por empregarem a ampliação e restrição semânticas – respectivamente – através da generalização apressada da Lógica e da elipse das Figuras de Linguagem ou mesmo por ocultarem a intenção dos agentes por inferências pautadas na vagueza semântica ou na contradição performática?
(…) quando nos referimos a “aquele animal” e depois, mais adiante, após um novo estudo, talvez de suas pegadas, dizemos “aquele lince”, a nossa referência será ao mesmo referente mas em níveis diferentes de interpretação, envolvendo, num sentido definido, o número de aplicações dos processos interpretativos e a complexidade desses processos. Nesses casos relativamente simples, os problemas são fáceis de corrigir (…). (…) é tamanho o caos do aparelho simbólico, em geral, que, em vez de expansões, meras excrecências simbólicas são o que, mais vulgarmente, nos é oferecido a título de elucidação dos símbolos duvidosos, o que provoca confusões ainda maiores do que as contrações que elas substituem. (…). As contrações e as pseudo-expansões têm o mesmo resultado – o povoamento do universo com entidades espúrias, a confusão entre os referentes e a maquinaria simbólica. (OGDEN-RICHARDS, 1972: 109).
(^406) Por isso reconheço o caráter involuntário e inexpressivo para a consciência, mas tais processos ocorrem nas camadas sub-corticais, responsáveis que são pela elaboração de processos sígnicos, sendo a camada consciência devedora das operações que lhe chegam das regiões paralelas a ela.