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Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
capítulo 1
Introdução ao C# e .NET Framework
.NET Framework é um componente integrado ao Windows que suporta a execução e
o desenvolvimento de uma nova geração de aplicações e XML web services. Segundo a
documentação, o .NET Framework foi projetado com os seguintes objetivos:
o código do objeto é armazenado e executado localmente, mas pode ser também armazenado na internet e executado remotamente.
software e conflitos de versão.
inclusive código criado por fontes desconhecidas.
gerados por linguagens de script ou ambientes interpretados.
aplicações Windows ou web.
.NET Framework possa se integrar com qualquer tipo de código.
O .NET Framework tem dois componentes principais: o Common Language Runtime
Forms.
1.1 Common Language Runtime – CLR
É o mecanismo responsável pela execução das aplicações .NET Framework. O C#
suporta CLR, assim como outras linguagens de programação da Microsoft. O código
gerado pelo compilador para o suporte CLR chamamos de código gerenciado. O
Common Language Runtime – CLR (linguagem comum em tempo de execução) é o
linguagem preferida e, no final, o projeto é integrado como se tivesse sido criado em
uma única linguagem.
A integração entre as linguagens facilita a vida de empresas e programadores que
adquirem ou vendem componentes. A linguagem em que o componente foi desenvol-
vido é irrelevante. A única preocupação que teremos é que tenha sido desenvolvido
numa linguagem que suporte CLR. Pelo que tenho observado em web sites de empresas
desenvolvedoras de componentes, C# é a linguagem preferida para desenvolvimento de
componentes. Em alguns web sites podemos encontrar a seguinte frase: “Desenvolvido
100% em código gerenciado C#”.
1.4 Linguagem intermediária – MSIL
Quando compilamos o código gerenciado, geramos Microsoft Intermediate Language
para código nativo. MSIL inclui instruções para carregar, armazenar, inicializar e exe-
cutar métodos, assim como instruções para operações aritméticas e lógicas, controle
de fluxo etc.
O código contido no MSIL não pode ser executado diretamente; antes de executá-lo, é
preciso convertê-lo para instruções que possam ser interpretadas pela CPU. A conversão
é realizada por um compilador just-in-time (JIT ou JITter).
MSIL é independente de plataforma, assim só precisamos de um compilador para con-
verter código MSIL em código nativo na máquina-alvo. Além disso, os metadados, que
representam informações utilizadas pelo CLR, são colocados em um arquivo chamado
Portable Executable – PE, que pode ter a extensão DLL ou EXE.
1.5 Compilando MSIL para código nativo
Antes de executar o MSIL, é preciso utilizar o .NET Framework just-in-time (JIT) para
convertê-lo para código nativo. Assim, geramos código específico para a arquitetura
na qual roda o compilador JIT. Seguindo este raciocínio, podemos desenvolver uma
aplicação e convertê-la para várias plataformas. Para isso, precisamos apenas conver-
ter o MSIL para código nativo com um compilador JIT, específico para a plataforma
desejada.
Cada sistema operacional pode ter seu compilador JIT. Claro que chamadas específi-
cas a API do Windows não funcionarão em aplicações que estejam rodando em outro
sistema operacional. Isso significa que devemos conhecer e testar muito bem uma
aplicação, antes de disponibilizá-la para múltiplas plataformas.
Em uma aplicação comercial grande, geralmente usamos um número limitado de fun-
ções. Assim sendo, algumas partes do código dessa aplicação podem não ser executadas.
Como a conversão do MSIL para código nativo acarreta consumo de tempo e memória,
ela é realizada somente na primeira vez em que o código é executado. Por exemplo, se
o nosso programa compila um determinado método, haverá compilação somente na
primeira vez em que o método for executado. As chamadas seguintes utilizarão código
nativo. O MSIL convertido é usado durante a execução e armazenado para que esteja
acessível para chamadas subseqüentes.
Imagine, por exemplo, que você tenha uma classe com cinco métodos; quando você
chamar o primeiro método, somente este será compilado, e, quando precisar de outro
método, este também será compilado. Chegará um momento em que todo o MSIL
estará em código nativo.
1.6 Assemblies
Assemblies são a parte fundamental da programação com .NET Framework. Um
assembly contém o código que o CLR executa. O código MSIL dentro de um arquivo
portable executable – PE não será executado se não tiver um assembly manifest as-
sociado, e cada assembly deve ter somente um ponto de entrada, exemplo: DllMain,
WinMain ou Main.
Um assembly pode ser estático ou dinâmico. Assemblies estáticos podem incluir vários
tipos (interfaces e classes) do .NET Framework, como também recursos para assemblies
(bitmaps, arquivos jpeg etc.). Assemblies estáticos são armazenados no disco rígido
com um arquivo portable executable. O .NET Framework cria assemblies dinâmicos
que são executados diretamente da memória e não precisam ser armazenados em disco.
Podemos salvar em disco assemblies dinâmicos após sua execução.
Um assembly pode ser criado usando o Visual Studio ou outras ferramentas disponi-
bilizadas pelo .NET Framework SDK. Assemblies dinâmicos podem ser criados com
as classes da namespace System.Reflection.Emit.
Assemblies foram projetados para simplificar o desenvolvimento de aplicações e resolver
problemas ocorridos pelo conflito de versões causado pela instalação de uma mesma
DLL de versão diferente da usada pela aplicação atual. O conflito entre as DLLs é um
problema antigo do Windows e não ocorre com o .NET Framework, pois cada apli-
cação tem suas próprias DLLs. Quando instalamos uma aplicação .NET, os arquivos
PE (DLL e EXE) ficam no mesmo diretório da aplicação, assim podemos ter diferentes
versões da mesma DLL no computador.
1.9 Garbage collector – coletor de lixo
É um mecanismo que descarta, de forma automática, os objetos que não são mais
utilizados por uma aplicação. Isso deixa o programador mais tranqüilo, pois não há
preocupação com o gerenciamento de memória da aplicação. O CLR detecta quando
o programa não está mais usando um objeto e o recicla automaticamente.
1.10 C# – a linguagem de programação
C# (lembrando que se lê C Sharp) é uma linguagem de programação simples, mas
poderosa, e ao mesmo, tempo ideal para desenvolver aplicações web com ASP.NET. É
uma evolução do C e C++. Além de utilizar muitas características do C++, como, por
exemplo, declarações, expressões e operadores, o C# possui um mecanismo chamado
Garbage collector (Coletor de Lixo) que gerencia de, forma automática, a memória uti-
lizada pelas aplicações e facilita o desenvolvimento de aplicações web e de aplicações
para desktop.
O C# é uma linguagem orientada a objetos com a qual podemos criar classes que
podem ser utilizadas por outras linguagens como, por exemplo, o Visual Basic. Uma
característica importante é que ainda é possível utilizar os componentes COM, facili-
tando assim uma rápida migração para um ambiente de desenvolvimento de alto nível
sem precisar reescrever todas as aplicações que você possui.
A sintaxe utilizada pelo C# é relativamente fácil, o que diminui o tempo de aprendizado.
Depois que você entender como ela funciona, não terá mais motivos para utilizar outra lin-
guagem complicada, pois ela possui o poder do C++ e é simples como o Visual Basic.
Por ser uma linguagem orientada a objeto, existe a capacidade de uma classe herdar certas
características ou métodos de outras classes, sejam elas escritas em C# ou em VB.
Todos os programas desenvolvidos devem ser compilados, gerando um arquivo com a
extensão DLL ou EXE. Isso torna a execução dos programas mais rápida se compara-
dos com as linguagens de script (VBScript, JavaScript) que atualmente utilizamos na
internet.
Nosso primeiro programa C# é extremamente simples. O programa deve exibir na
tela “Olá mundo”.
// Nosso primeiro programa C# /* programa Olá mundo para compilar utilize csc OlaMundo.cs */
namespace OlaMundo { class Ola { static void Main() { System.Console.WriteLine(“Olá Mundo!”); } } }
Observe o que significa cada linha do programa anterior.
Usamos comentários para descrever partes complexas de código, a fim de facilitar a
manutenção de quem elaborou o software e de terceiros. Comentários não são inter-
pretados pelo compilador C#. Podemos definir como um comentário: textos, caracteres
especiais, trechos de código, números etc.
O C# nos permite definir comentários de duas maneiras: usando barras duplas (//)
ou os caracteres /* e */.
Barras duplas (//) convertem o restante da linha em comentários:
// Nosso primeiro programa C#
Os caracteres /* e */ definem blocos de texto como comentários. Exemplo:
/*Este é meu primeiro contato com C#. Espero que aprenda rápido está nova linguagem de programação. Obrigado! */
Um programa C# deve conter um método Main, que controla o início e o fim. Nele você
cria objetos e executa outros métodos. Um método Main pode não retornar valores.
static void Main() { // ... }
ou retornar um valor inteiro (int):
Uma dica: crie um diretório livro, e, em seguida, um subdiretório para cada capítulo do livro. Isso facilitará a localização e a execução dos exemplos deste livro.
>> Microsoft .NET Framework SDK v2.0 >> SDK Command Prompt. Veja a Figura 1.2:
Neste momento, você está convertendo o código C# em linguagem intermediária (MSIL)
e gerando um arquivo Portable Executable – PE do tipo .exe, conforme a Figura 1.3:
Se tudo estiver correto e não houver nenhum erro de sintaxe, aparecerá apenas uma
mensagem contendo a versão do compilador C# e informações sobre copyright. Se
houver algum erro, será retornada uma mensagem informando a linha onde está o erro,
como pode ser visto na Figura 1.4.
Figura 1.5.
O exemplo de compilação que vimos anteriormente é a forma mais básica que existe,
pois não especificamos o local, nem o nome do arquivo executável que estamos gerando,
cujo nome pode ser definido como no exemplo que segue:
csc /out:c:\saida.exe OlaMundo.cs
Se você quiser ver as opções de compilação que podem ser utilizadas em C#, digite
apenas csc /? na linha de comando, conforme mostra a Figura 1.6:
Para facilitar a explicação de um bloco ou linha de código, não inserimos junto com o có-
digo uma classe e um método Main, ou seja, o código não está pronto para execução.
Algumas linhas de código podem aparecer em linha única:
Console.WriteLine(i.ToString());
Ou em bloco:
for (int i = 10; i >= 1; i--) { Console.WriteLine(i.ToString()); }
Para executar esse código, você precisa criar uma classe e um método Main e compilá-lo.
Ao nomear uma variável devemos observar as seguintes restrições:
usar números.
A sintaxe utilizada para declarar uma variável é:
Tipo nome;
Exemplo:
string nome; int idade=50;
Os tipos de dados definem a quantidade de memória que será reservada para a vari-
ável.
As variáveis devem ser nomeadas levando-se em conta as tarefas que descrevem, além
disso, os nomes devem ser curtos para que possam ser facilmente digitados.
Como C# é uma linguagem fortemente tipada (strongly typed). Todas as variáveis e
objetos devem ter um tipo declarado.
Os tipos de dados se dividem em value types e reference types.
Todos os value types são derivados de System.ValueType, enquanto os reference types são
derivados de System.Object.
Variáveis baseadas em tipos de valor (value types) contêm diretamente o valor. Quando
copiamos uma variável para outra, uma cópia do valor é passado, enquanto em tipos
de referência (reference types) somente uma referência do objeto é passada.
Os values types se dividem em duas categorias principais: estruturas (structs) e enu-
merações (enum).
As estruturas – struct se dividem em tipos numéricos (tipos integrais, ponto flutuante
e decimal), bool e estruturas personalizadas criadas pelos programadores.
A seguir, na Tabela 1.1, temos os tipos integrais com seu tamanho e a faixa de valores
que podem conter:
Os tipos de ponto flutuante são: float, double, os quais diferem entre si na faixa e na
precisão. como mostra a Tabela 1.2:
1.10.8.1 Tipo char
Representa um único caractere Unicode de 16 bits. É utilizado para representar a maioria
das linguagens no mundo. Podemos criar variáveis do tipo char e adicionar caracteres:
char letra = ’A’; char letra1 = ‘H’;
Uma variável char pode conter seqüências de escape hexadecimal (prefixo \x) ou uma
representação Unicode (prefixo \u):
char letra2 = ‘\x0072’; // Hexadecimal char letra3 = ‘\u0072’; // Unicode
Podemos transformar, de forma explicita, um integral num char ou vice-versa.
char letra4 = (char)72; // corresponde a letra H int numero = (int)’B’; // inteiro 66
Combinações de caracteres que consistem de uma barra invertida () seguida de uma
letra ou combinação de dígitos são chamadas de seqüência de escape. Seqüências de
escape são usadas em situações específicas como: salto de linha, retorno de carro,
1.10.8.3 Tipo bool
Representa um valor verdadeiro ou falso. É usado com variáveis ou métodos que retor-
nam o valor true ou false. O valor-padrão do tipo bool é false.
bool x = true; bool b = false;
Os tipos usados pelo C# podem ser manipulados por struct e classes (object e string)
do .NET Framework.
bool System.Boolean byte System.Byte sbyte System.Sbyte char System.Char decimal System.Decimal double System.Double float System.Single int System.Int uint System.UInt long System.Int ulong System.UInt object System.Object short System.Int ushort System.UInt string System.String
1.10.8.4 Enumerações – enum
As enumerações nos permitem criar um tipo distinto, constituído de um conjunto de
constantes nomeadas. A seguir, temos sua forma mais simples:
enum Dias {Domingo, Segunda, Terça, Quarta, Quinta, Sexta, Sábado};
Os elementos da enumeração são por padrão do tipo int. Os elementos podem ser de
qualquer tipo integral, exceto char. O primeiro elemento é zero, o segundo elemento é
1, e assim sucessivamente.
Na enumeração anterior Domingo é 0 (zero), Segunda é 1, Terça é 2 etc.
Podemos também atribuir valores arbitrários a cada elemento:
enum Dias {Domingo = 10, Segunda = 25, Terça = 48, Quarta = 8, Quinta, Sexta, Sábado};
Os elementos aos quais não atribuímos valores arbitrários são incrementados a partir
do último elemento com valor.
Domingo é 10, Segunda é 25, Terça é 48, Quarta é 8, Quinta é 9, Sexta é 10, Sábado é 11.
Um tipo integral diferente de int pode ser definido:
enum Dias:short {Domingo, Segunda, Terça, Quarta, Quinta, Sexta, Sábado};
Para acessar o valor de cada elemento, é necessário converter, de forma explícita, cada
elemento da enumeração para int.
int x = (int) Dias.Domingo; int y = (int) Dias.Sexta; Console.WriteLine(x); Console.WriteLine(y);
O valor retornado é:
0 5
Para acessar o valor de vários elementos ao mesmo tempo, temos antes que preparar a enu-
meração. O atributo System.FlagsAttribute deve ser usado na declaração da enumeração:
[Flags] public enum Dias { Segunda = 0x01, Quarta = 0x02};
O exemplo completo que segue retorna Segunda, Sexta, Sábado.
// Arquivo de exemplo: enum.cs // Para compilar use: csc enum.cs using System; public class FlagEnum { [Flags] public enum Dias { Segunda = 0x01, Quarta = 0x02, Sexta = 0x04, Sábado = 0x08, } static void Main() { Dias d = Dias.Sábado | Dias.Segunda | Dias.Sexta; Console.WriteLine(d); } }
1.10.8.5 Tipos de referência – reference types
Nas variáveis de tipos de referência (reference types), somente uma referência do ob-
jeto é passada. A seguir temos os tipos de referências: class, interface, delegate, object,
string e Array.
1.10.8.5.1 Tipo object
Todos os tipos são herdados direta ou indiretamente da classe Object. Assim é possível
converter qualquer tipo para object. O ato de converter um variável value type para object
todas as strings podem ser convertidas para valores numéricos. Veja o caso da string
“Estou escrevendo”. É impossível convertê-la, pois é uma frase, bem diferente de “54”,
que se transforma após a conversão no inteiro 54.
Você pode estar se questionando como saberá se pode converter determinado valor
para outro sem causar erros. Alguns tipos são convertidos automaticamente se o valor
que receber a conversão puder conter todos os valores da expressão. A tabela a seguir
nos mostra as conversões que são realizadas automaticamente:
float double
No C#, não estamos limitados apenas às conversões automáticas; podemos também
forçar uma conversão. Veja a seguir:
int a = Int32.Parse(Console.ReadLine());
Note que, convertemos o valor inserido no método ReadLine para um tipo int32.
A seguir, temos as conversões explícitas possíveis:
Às vezes, quando fazemos uma conversão explícita, ocorrem certos erros, pois, em
situações normais, é impossível converter, por exemplo, um tipo double para byte sem
haver perda de dados.
Podemos controlar se houve ou não algum erro por overflow (valor muito alto) utili-
zando as instruções checked e unchecked.
A seguir, veremos dois exemplos: um com a instrução unchecked e outro com a instrução
checked.
// Arquivo de exemplo: unchecked.cs // Para compilar utilize: csc unchecked.cs using System; public class unchecked1 { public static void Main() { int a; short b; a = 35000; unchecked { b = (short) a; Console.Write(b); } } }
Nesse exemplo, convertemos um valor (35000) de inteiro para short. O valor retornado é:
Agora, refaremos o exemplo anterior utilizando a instrução checked:
// Arquivo de exemplo: checked.cs // Para compilar utilize: csc checked.cs using System; public class checked1 { public static void Main() { int a; short b; a = 35000; checked { b = (short) a; Console.Write(b); } } }
Nenhum valor é retornado, e sim uma mensagem. Uma forma bem mais prática de se
fazer conversões é utilizar os métodos da classe Convert.