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Aristóteles e a Ética da Virtude
Livro: Os Elementos da Filosofia Moral Autor:James Rachels Capítulo 12
Aristoteles e a Ética da Virtude
- (^) Ética a Nicômaco (325 a.C.)
- (^) Aristóteles pergunta “O QUE É O BEM DO HOMEM?”
- (^) Resposta : AS VIRTUDES
Renascimento – Lei Moral
- (^) Depois da Renascença (1400-1650)
- (^) Lei divina foi substituída pela “Lei Moral” (Razão Humana está sobre a Vontade de Deus)
- (^) Pergunta: “QUAL É A COISA CORRETA A FAZER?”
- (^) Resposta: Teorias de Correção e Obrigação (dominam a filosofia moral desde o séc.XVII)
Teorias de Correção e Obrigação
- (^) Egoísmo Ético: Agir visando seus próprios interesses
- (^) A Teoria de Contrato Social: Seguir Regras que as pessoas racionais, autointeressadas, concordariam em seguir para o beneficio mútuo
- (^) Utilitarismo: Fazer o que conduz a maior felicidade
- (^) Kant: Seguir as “Leis Universais”, regras que se deseja que todos sigam sempre
Componentes da Teoria da Virtude
a) O que é a VIRTUDE? b) Lista de VIRTUDES c) Porque tais VIRTUDES são boas? d) VIRTUDES diferem de pessoa para pessoa, cultura para cultura?
a) O que é a VIRTUDE?
- (^) “É um traço de caráter louvável manifestado em ação habitual”;
- (^) Virtudes devem ser um Hábito; Vícios também são Hábitos;
- (^) As Qualidades Virtuosas nos aproximam das pessoas;
- (^) Edmund L. Pincoffs (1919-1991) “ Alguns tipos de pessoas nós preferimos; outras evitamos. As Virtudes e Vícios em nossa lista podem servir como razão para preferir ou evitar ”
Lista de Virtudes - Coragem
- (^) De acordo com Aristóteles, virtudes são pontos medianos entre extremos: uma virtude é “uma mediania por referência a dois vícios: um de excesso e outro de deficiência”. Coragem é uma mediania entre os dois extremos da covardia e da temeridade – é covardia correr de qualquer perigo, ao passo que é temeridade arriscar demais.
- (^) Coragem não é virtude para uma causa má, pois o comportamento torna-se perverso. (11/09/01).
Lista de Virtudes - Generosidade
- (^) Generosidade é a disposição de doar aos outros;
- (^) Aristóteles diz que a generosidade, como a coragem, é um meio entre dois extremos: ela se encontra entre mesquinhez e extravagância;
- (^) Os utilitaristas modernos são descendentes morais de Jesus: deveríamos doar até que nós mesmos nos tornássemos beneficiários merecedores de qualquer dinheiro remanescente em nossas mãos. Se fizéssemos isso, então nos tornaríamos pobres.
- (^) Por que as pessoas resistem a essa ideia? Adotar uma tal diretriz nos impediria de viver vidas normais
- (^) A virtude da generosidade, pareceria, não pode existir no contexto de uma vida que é opulenta demais. Portanto, para tornar essa interpretação da generosidade “razoável”, nossa concepção de vida moral não tem de ser extravagante demais.
Lista de Virtudes - Lealdade
- (^) Você fica junto com seus amigos mesmo quando as coisas vão mal e mesmo quando, objetivamente falando, você deveria abandoná-los. Amigos fazem concessões recíprocas: eles perdoam ofensas e se contêm de fazer julgamentos severos.
- (^) A justiça é uma outra virtude. Ela requer o tratamento imparcial de todos. Porém, os amigos são leais uns aos outros, de tal forma que as demandas de justiça são mais fracas quando os amigos estão envolvidos.
- (^) Lealdade familiar: Sócrates ensina que Eutífron foi à justiça para acusar seu próprio pai por assassinato. Sócrates expressa surpresa com isso e quer saber se um filho deve fazer acusações contra seu pai. Eutífron não vê impropriedade nisso: para ele, o seu pai é um assassino.
Por que as virtudes são importantes?
- (^) Por que uma pessoa deve ter determinada Virtude?
- CORAGEM: Lutar contra o perigo, sobrevivência;
- GENEROSIDADE: Sempre haverá alguém necessitando de ajuda
- HONESTIDADE: Para possibilitar as relações entre as pessoas
- LEALDADE: Essencial para a amizade
Duas Vantagens da Ética da Virtude
- (^) Motivação
- Elas proporcionam um tratamento natural e atrativo da motivação moral.
- (^) A ação do dever não caracteriza como uma consideração ou amizade, amor, respeito.
- (^) Ex: Visitar um amigo no hospital pelo motivo de pensar em fazer a coisa certa, por ele estar em pior situação.
- (^) Portanto teorias que focam na ação correta não trazem um tratamento satisfatório da vida Moral. Por essa razão necessitamos de uma teoria que valorize as qualidades pessoais como
- (^) Amizade, Amor e Lealdade.
- (^) Duvidas sobre o ideal de imparcialidade
- (^) Um tema dominante na filosofia moral moderna (imparcialidade).
- (^) No utilitarismo requer que o agente moral seja imparcial qto um expectador desinteressado.
- (^) Devemos nós ser imparciais qdo nossos interesses estão em questão?
- (^) Relacionamentos de amor são essenciais para uma vida boa.
- Algumas virtudes são parciais e outras não são.
- (^) A Lealdade envolve parcialidade.
Virtude e Conduta
- A ética pode ser constituída pelos valores e obrigações das condutas morais, como as virtudes. Para que ela exista é necessário que o indivíduo tenha consciência e saiba distinguir entre o que é certo e errado, entre o bem e o mal, o que é proibido ou permitido, e ainda, separar a virtude do vício. Essa consciência e a responsabilidade são indispensáveis da vida ética. A consciência moral se manifesta sempre que se faz necessário tomar uma atitude ou decisão diante de alternativas possíveis para a ação. A Ética é uma ciência muito pouco exata, uma vez que se ocupa de assuntos passíveis de modificação e se dá na relação com o outro.
- (^) A teoria ética filosófica objetiva estabelecer o bem tanto ao indivíduo quanto à sociedade num todo, pois, o comportamento ético é o que se considera prudente, ela serve como condução do ser humano à felicidade.
- (^) A virtude era compreendida por Aristóteles como uma prática na medida em que não depende necessariamente de conhecimento teórico, mas que é construída pelo hábito, pela ação propositadamente exercitada e repetida, mediante uma faculdade já posta, em potência, no caráter do homem. Ela seria a forma mais plena da excelência moral e poderia existir em seres incompletos ainda em formação, como as crianças. A excelência moral, revelada pela prática da virtude, seria, antes de tudo, uma disposição de caráter e para seu exercício seria necessário conhecer, julgar, ponderar, discernir, calcular e deliberar.
Conclusão
- (^) Agir “moralmente” por medo da punição não molda o caráter para ações positivas genuínas, e por isso, a necessidade de uma teoria ética da virtude.
- (^) Por muito tempo foi imposto o medo como uma forma de “disciplina” ao outro, entretanto como descrito anteriormente, as teorias de correção e obrigação não tratam do caráter e da moral necessária para o bom e devido convívio, sendo assim, as teorias de correção não são completas em si e necessitam da teoria da virtude, do mesmo modo que esta também não é completa em si mesma e deve estar ligada às teorias éticas gerais e de correção.
Conclusão (Cont.)
- (^) É importante não estabelecer uma lista de regras a serem seguidas, e sim uma lista de virtudes que definem o caráter, pois o que se deve buscar é em ser uma boa pessoa, e sendo assim realizado, as ações corretas irão surgir no momento necessário.
- (^) O homem que possui a excelência de caráter age corretamente de modo genuíno.
- (^) Ao praticar virtudes (hábito de ser virtuoso), atinge- se a eudaimonia (felicidade), pois a virtude gera uma boa vida.