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As causas e impactos dos deslizamentos de terra no litoral norte de são paulo, ocorridos em fevereiro de 2023. Aborda a influência do solo arenoso, a ocupação irregular do solo, a falta de infraestrutura e a necessidade de medidas de prevenção e mitigação. O documento destaca a importância de políticas públicas eficazes, ações de conscientização e manejo do solo para reduzir o risco de deslizamentos e proteger as comunidades.
Tipologia: Esquemas
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Resumo O texto aborda a responsabilidade humana em relação aos impactos no meio ambiente, destacando a relação direta entre as ações humanas e os problemas ambientais enfrentados globalmente. No Brasil, a situação é agravada pela desigualdade social e pela falta de infraestrutura em diversas regiões, resultando em comunidades vulneráveis com os efeitos das mudanças climáticas. Em um cenário de instabilidade climática, um evento marcante foi a penetração da terra no litoral norte de São Paulo em fevereiro de 2023, evidenciando a urgência de medidas de prevenção e alerta. As péssimas condições de solo, intensificadas pelas mudanças climáticas, resultaram em superfícies e inundações que causaram a morte de 65 pessoas e deixaram milhares desalojadas. Esse desastre ressalta a importância de políticas públicas externas para a prevenção de tragédias ambientais. É crucial enfatizar a interconexão entre as ações humanas e as consequências ambientais observadas em escala global. No Brasil, a combinação de desigualdade social e infraestrutura precária amplifica os impactos das mudanças climáticas em comunidades vulneráveis. A penetração da terra no litoral norte de São Paulo em 2023 é um exemplo alarmante dos efeitos devastadores dessas condições. A tragédia evidenciou a vulnerabilidade das áreas urbanas diante de eventos extremos, destacando a importância da implementação de medidas preventivas eficazes. A ocupação irregular do solo e a falta de planejamento urbano adequado foram desenvolvidos significativamente para o desastre, que resultou em ocorrências de mortes e milhares de desalojados. Palavras Chaves: Deslizamento; Litoral Norte; Catástrofes; São Paulo. Abstract: O The text addresses human responsibility in relation to impacts on the environment, highlighting the direct relationship between human actions and environmental problems faced globally. In Brazil, the situation is worsened by social inequality and the lack of infrastructure in several regions, resulting in vulnerable communities because of climate change. In a scenario of climate instability, a notable event was the penetration of land on the north coast of São Paulo in February 2023, highlighting the urgency of prevention and warning measures. Poor soil conditions, intensified by climate change, resulted in surface and flooding that killed 65 people and left thousands homeless. This disaster highlights the importance of external public policies to prevent environmental tragedies. It is crucial to emphasize the interconnection between human actions and environmental consequences observed on a global scale. In Brazil, the combination of social inequality and precarious infrastructure amplifies the impacts of climate change on vulnerable communities. The penetration of land on the north coast of São Paulo in 2023 is an alarming example of the devastating effects of these conditions. The tragedy highlighted the vulnerability of urban areas to extreme events,
highlighting the importance of implementing effective preventive measures. Irregular land occupation and the lack of adequate urban planning significantly led to the disaster, which resulted in deaths and thousands of people left homeless. Keywords: Landslide; North Coast; Catastrophes; São Paulo Introdução: Desde o século XIX, cientistas e estudiosos já reconheciam um problema que afetaria toda a espécie humana em breve, um problema que assim como qualquer outro, se previsto ou reconhecido no momento certo, seria de fácil resolução. Svante Arrhenius (1859-1927), um renomado cientista sueco conhecido por suas contribuições para a compreensão geral da química e física em todo o planeta, em meados de 1896, foi uma das primeiras pessoas a reconhecer/cogitar que o aumento de concentrações de dióxido de carbono na atmosfera poderia levar ao aquecimento global. Embora suas pesquisas e estimativas iniciais fossem modestas quando comparadas a projeções atuais, foram de suma importância para a construção de uma base para compreensão das mudanças climáticas contemporânea. Desde as últimas décadas do século XX, é evidente o aumento exacerbado na frequência e intensidade de eventos climáticos ao redor do planeta. Desde furacões a secas prolongadas, ondas de calor, incêndios florestais na Europa e inundações. Os desastres ambientais se tornam cada vez mais o "novo normal", e mesmo não deixando enormes rastros de destruição de imediato, trazem consequências de longo prazo que afetam ecossistemas, povos e comunidades inteiras, principalmente a população mais frágil. Não é surpresa para absolutamente ninguém que o Brasil desempenha uma parte crucial do cenário global, logo, não está imune a efeitos provindos de mudanças climáticas. O enorme território, com biodiversidade invejável, enfrenta ameaças preocupantes relacionadas a tal tema. Algumas das diversas preocupações vêm se intensificando nos últimos anos com uma rapidez assustadora, dentre elas a desertificação no Nordeste, desmatamento desenfreado da Amazônia, ondas de calor sufocantes e inundações com deslizamentos de terra. É de conhecimento público que tudo que acontece com o meio ambiente é de exclusivamente responsabilidade humana, desde o modo em que vivemos e desinteresse pela readaptação, até a má gestão pública escolhida pela população. A situação é grave em todo o planeta, inclusive em países desenvolvidos, logo, aqui no Brasil a situação é pior, não só devido a desigualdade social, como também pela falta de infraestrutura adequada em múltiplas regiões do país. Comunidades vulneráveis, localizadas em áreas de riscos são as mais afetadas, e a falta de saneamento básico, moradia digna e acesso a serviços básicos essenciais, fazem com que essas populações cada vez mais sofram com os impactos das mudanças climáticas. É dentro desse contexto global de instabilidade climática que é de suma importância citar o acontecimento do primeiro semestre de 2023, onde aconteceu um deslizamento de terra que causou a morte de dezenas de vidas, deixando comunidades inteiras em ruínas. Um evento como esse não pode ser visto como um evento isolado, e sim como sintomas de um planeta em situação preocupante. No dia 19 de fevereiro de 2023, o litoral norte de São Paulo foi alvo de uma das maiores tragédias dos últimos anos. pancadas de chuva muito acima do esperado, intensificadas por mudanças climáticas e péssimas condições de solo, desencadearam deslizamentos de terra e inundações de
Figura 1:Chuva que atingiu litoral de São Paulo é a mais intensa da história (Poder360, 2023) Figura 2: Chuvas intensas causam estragos no litoral de São Paulo (Terra, 2023)
Resultados: Impacto do Tipo de Solo no Deslizamento de Terra O tipo de solo predominante na região do deslizamento de terra é o solo arenoso, caracterizado por baixa capacidade de retenção de água e baixa fertilidade natural. Essas características contribuem significativamente para a ocorrência e agravamento do deslizamento. Baixa Retenção de Água A água em excesso faz com que o sedimento escorregue, o que explica a ocorrência de muitos deslizamentos depois de tempestades. Em virtude dessa baixa capacidade de retenção de água, significa que a água não é armazenada de forma eficaz no solo. Isso leva a uma rápida perda de água, tornando o solo mais suscetível a erosão e deslizamentos. Durante a estação seca, o solo arenoso pode se tornar ainda mais seco e vulnerável a deslizamentos, pois as plantas não têm acesso às reservas de água do solo. Erosão e Degradação Esse tipo de solo é mais suscetível à erosão, pois as partículas de areia são facilmente removidas pelo vento ou pela água. Isso leva a uma perda de nutrientes e à degradação do solo, tornando-o cada vez mais frágil e propenso a deslizamentos. Além disso, a erosão também pode levar à perda de terras férteis e à formação de barrancos, aumentando o risco de deslizamentos. Impacto na Vegetação A baixa fertilidade natural do solo também afeta a vegetação local. As plantas precisam de mais água e nutrientes para crescer e se desenvolver, o que pode ser difícil devido às condições do solo. Isso pode levar a uma redução na diversidade da vegetação e à perda de espécies, tornando a região mais vulnerável a deslizamentos. Consequências do Deslizamento O deslizamento de terra pode ter consequências graves, incluindo a perda de vidas, danos materiais e a degradação ambiental. A perda de terras férteis e a erosão também podem levar a uma redução na produtividade agrícola e à perda de habitats naturais. Conclusão A predominância de solo arenoso na região dos deslizamentos de terra contribui significativamente para a sua ocorrência devido à baixa capacidade de retenção de água e baixa fertilidade natural. Estas características agravam a erosão, conduzem à degradação do solo e diminuem a diversidade vegetal, resultando em um aumento do risco de deslizamentos de terra. Para mitigar esses riscos de maneira eficaz, é crítico implementar práticas de manejo do solo que aumentem a capacidade de retenção de água e a fertilidade. As estratégias recomendadas incluem a adição de matéria orgânica para melhorar a estrutura e capacidade de retenção de água do solo, além de aumentar sua fertilidade e saúde geral. A cobertura do solo com plantas de cobertura, que mantém a umidade do solo e protege contra erosão, também é crucial. A conservação do solo por meio de técnicas agrícolas sustentáveis e a construção de barragens de contenção podem ajudar a controlar o fluxo de água e a minimizar a erosão. Além disso, a promoção da vegetação nativa e a recuperação de habitats naturais são fundamentais para estabilizar o solo e promover a biodiversidade e resiliência ecológica. Os órgãos responsáveis pela implementação e supervisão dessas práticas são cruciais para o sucesso dos esforços de mitigação. Além de coordenar políticas nacionais, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) desempenham papéis importantes na fiscalização e execução de ações de preservação e conservação do meio ambiente. A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) é responsável pela gestão e regulação dos recursos hídricos, incluindo a conservação do solo. As Secretarias Estaduais de Meio Ambiente trabalham na implementação de políticas ambientais em nível estadual, colaborando com outros órgãos locais e federais. A Defesa Civil é responsável por planejamento e execução de protocolos de prevenção e resposta a desastres naturais, campanhas de conscientização e sistemas de alerta precoce. Institutos de Pesquisa e universidades também contribuem com estudos e desenvolvimento de técnicas de manejo sustentável e recuperação ambiental.
Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN). (2020). Monitoramento de Desastres Naturais. Disponível em: https://www.cemaden.gov.br/monitoramento-de-desastres-naturais. Acesso em: 29 de maio de 2024. Agência Nacional de Águas (ANA). (2020). Gestão de Recursos Hídricos. Disponível em: https://www.ana.gov.br/gestao-de-recursos-hidricos. Acesso em: 29 de maio de 2024. Gearini, V. (2020, February 27). O cientista profeta: Svante Arrhenius previu o aquecimento global ainda no século 19. Aventuras na História. https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/vitrine/historia-primeira-pessoa-classificar- efeito-estufa.phtml Kailane, B. (2024, February 21). Chuvas no litoral norte: Governo de SP investe mais de R$ 100 milhões em restauração. Governo do Estado de São Paulo. https://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/ultimas-noticias/chuvas-no-litoral-norte-governo- de-sp-investe-mais-de-r-100-milhoes-em-restauracao/ Número de mortes confirmadas no litoral norte de SP chega a 64. (2023, February 26). Agência Brasil. https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2023-02/numero-de-mortes- confirmadas-no-litoral-norte-de-sp-chega-