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Guias e Dicas
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Explorando a Presença Constante da Arte no Cotidiano: Um Projeto Pedagógico, Provas de Música

As atividades e resultados obtidos durante o projeto de intervenção pedagógica na escola 'arte por toda parte', realizado com alunos do ensino médio do colégio estadual pinheiro do paraná. O objetivo era investigar o conhecimento do aluno em arte, levando-o a perceber e compreender a presença constante da arte em seu cotidiano. A arte é descrita como uma manifestação universal, uma forma de comunicação e expressão, que registra não só o belo ou agradável, mas também os conflitos sociais, culturais e econômicos. O aluno deveria reconhecer a importância da arte como conhecimento e patrimônio cultural, pesquisando estilos diversos e desenvolvendo seu senso crítico.

O que você vai aprender

  • Por que a arte é importante como conhecimento e patrimônio cultural?
  • Qual era o objetivo principal do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola 'Arte Por Toda Parte'?
  • Quais foram as atividades realizadas pelo aluno no decorrer do projeto?
  • Quais estilos de arte foram pesquisados pelos alunos?
  • Como a arte é descrita no documento?

Tipologia: Provas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Barros32
Barros32 🇧🇷

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ARTE POR TODA PARTE
Rosângela de Fátima de Camargo Canetti
RESUMO:
Este trabalho apresenta as atividades e os resultados obtidos durante a
execução do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola “Arte Por Toda Parte”,
realizado com alunos do Ensino Médio do Colégio Estadual Pinheiro do Paraná,
no qual buscou-se investigar o conhecimento do aluno em Arte, levando-o
também a perceber e compreender a presença constante da arte em seu
cotidiano, através questionamentos, textos de apoio, visitas técnicas e outros
procedimentos, individuais e coletivos.
Palavras-chave: Arte. Conhecimento. Comunicação. Percepção.
ABSTRACT
This study introduces the activities and the results obtained during the
execution of the Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola “Arte Por Toda Parte”
(School Pedagogical Intervention Project “Art Everywhere” ) accomplished with High
School students of the Colégio Estadual Pinheiro do Paraná (Pinheiro do Paraná
State School), which aimed investigate the Art knowledge of the students, taking
them to also perceive and understand the constant presence of art in their quotidian,
through questions, support texts, technical visits and other individual and collective
procedures.
Key words: Art. Knowledge. Communication. Perception.
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ARTE POR TODA PARTE

Rosângela de Fátima de Camargo Canetti

RESUMO:

Este trabalho apresenta as atividades e os resultados obtidos durante a execução do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola “Arte Por Toda Parte”, realizado com alunos do Ensino Médio do Colégio Estadual Pinheiro do Paraná, no qual buscou-se investigar o conhecimento do aluno em Arte, levando-o também a perceber e compreender a presença constante da arte em seu cotidiano, através questionamentos, textos de apoio, visitas técnicas e outros procedimentos, individuais e coletivos.

Palavras-chave: Arte. Conhecimento. Comunicação. Percepção.

ABSTRACT

This study introduces the activities and the results obtained during the execution of the Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola “Arte Por Toda Parte” (School Pedagogical Intervention Project “Art Everywhere” ) accomplished with High School students of the Colégio Estadual Pinheiro do Paraná (Pinheiro do Paraná State School), which aimed investigate the Art knowledge of the students, taking them to also perceive and understand the constant presence of art in their quotidian, through questions, support texts, technical visits and other individual and collective procedures.

Key words: Art. Knowledge. Communication. Perception.

Introdução A arte é uma manifestação muito complexa da expressão do ser humano desde os tempos mais remotos. Ao longo de toda a sua existência, o homem produziu objetos, não somente úteis ao seu cotidiano, mas também agradáveis de se olhar, harmoniosos, atraentes, capazes de estimular o pensamento, a sensibilidade ou causar prazer estético. Desde os primórdios de sua existência, o homem manipula formas, cores, espaços, gestos, sons, luzes, movimentos, superfícies, visando dar sentido a algo e comunicar-se com os outros. Nesse momento, pessoas ouvem música, assistem a um filme, vão ao cinema, ao teatro, ao museu, lêem um livro, dançam. Por que? Será por diversão ou por uma busca de uma existência mais rica através de novas experiências e conhecimentos? Talvez seja para completar a sua vida através da existência, do sonho, da expressão, da indignação, do protesto, de outras pessoas, seja ouvindo uma música, assistindo a um filme, a uma peça de teatro, uma novela, dançando, ou observando uma pintura ou uma escultura. A arte faz perguntas para as quais não há uma resposta pré-determinada, considerada certa única. Não existe uma definição precisa sobre o que é arte. Cada indivíduo tem sua maneira única e especial de reagir diante da arte, de acordo com a sua idade, experiência, cultura e informação, num exercício de liberdade. A arte é uma manifestação universal, pois desde os primórdios da Humanidade o homem faz arte, necessita de arte e reage à produção de arte de outros homens. Andando pelas ruas da cidade as pessoas passam por praças com seus monumentos, igrejas de arquitetura majestosa, decoradas com vitrais, mosaicos, pinturas e esculturas, murais em edifícios, muros e paredes grafitados e muitas outras obras que provocam admiração, reflexão, encantamento, surpresa, choque, prazer e emoção. Essas sensações são despertadas por um conjunto de elementos: a imaginação do artista, a composição, a cor, a textura, a forma, a harmonia e a qualidade da idéia. Considerando a presença constante da arte na vida das pessoas, sob as mais variadas manifestações: visuais, música, dança, teatro, literatura, o projeto tem como finalidade levar o aluno a perceber a presença da arte em seu dia-a-dia, e a compreender não só sua função decorativa, ou algo que agrade as pessoas, mas como um processo criativo de um ser humano que retrata o seu modo de ver as

Sobre a arte Quando se fala em arte , muitos se referem a obras consagradas, de grandes artistas, expostas em museus, às músicas eruditas apresentadas em grandiosos concertos, aos grandes espetáculos de balé, ou aos grandes monumentos espalhados pelo mundo. Algo inacessível às camadas mais populares e, ao alcance da elite. Definir a palavra arte não é tão simples como se imagina. Essa palavra, além de expressar os sentimentos mais profundos do âmago humano, pode ainda ter muitos outros significados. As artes visuais: desenho, pintura, escultura, gravura, grafite, etc., a literatura, a música, a dança, o teatro, são formas de expressão que constituem a arte. A arte também é um testemunho histórico quando retrata as situações sociais, seja ela uma pintura, uma escultura, uma música, uma peça de teatro, uma coreografia. O homem sempre procurou representar a realidade em que vive: pessoas, animais, objetos, elementos da natureza, as divindades e todas as outras criações de sua fértil imaginação. Se olharmos à nossa volta, perceberemos uma infinidade de objetos que nos rodeiam, em casa, na igreja, nas ruas, no colégio e nos mais diversos lugares. Todos foram feitos por alguém com alguma finalidade, seja utilitária ou não. E, se nos perguntarmos por que e para quem foram feitos, concluiremos que o ser humano, mesmo em diferentes épocas, cria objetos não só para se servir deles, mas também para expressar seus sentimentos diante da vida e do mundo. A expressão artística não está isolada das demais atividades humanas: ela está profundamente integrada à cultura dos povos e acompanha a sua evolução. Aprender arte envolve a ação em eixos distintos de aprendizagem: fazer, apreciar e refletir sobre a produção social e histórica da arte, contextualizando os objetos artísticos e seus conteúdos, segundo a autora Ana Mae Barbosa. Para se apropriar de uma linguagem, entender, interpretar e dar sentido à arte, é preciso que se aprenda a perceber a presença constante da arte ao seu redor e a operar seus códigos. Assim como a escola é responsável pela alfabetização do aluno, na linguagem das palavras e dos textos orais ou escritos, é preciso haver cuidado com a alfabetização nas linguagens da arte.

É por meio delas que se pode compreender melhor o mundo da cultura, o mundo em que se vive e o mundo particular de cada um, para que fronteiras possam ser ultrapassadas pela compreensão e interpretação das formas sensíveis e subjetivas que compõem a humanidade e a sua multiculturalidade, ou seja, o modo de interação entre as culturas. Às vezes nos questionamos, indignados diante de uma obra, com dificuldade de lhe atribuir sentido e interrogamos: “Isso é arte?” As obras de arte expressam um pensamento, uma visão do mundo e provocam uma forma de inquietação no observador, uma sensação especial, ,uma vontade de contemplar, ou um choque espantoso, uma admiração emocionada. A esse conjunto de sensações chama-se experiência estética. Para Cristina Costa, em Questões de Arte: a natureza do belo, da percepção e do prazer estético (1999), a arte é um patrimônio da Humanidade. Na organização de uma identidade própria e nas relações que estabelece com o espaço, o tempo e o mundo, a arte desempenha um papel essencial, proporcionado a expressão dos sentidos compartilháveis, de um patrimônio coletivo cheio de reminiscências, sigilos e revelações. A arte penetra em nós através da porta da sensibilidade, mantendo aberto esse canal com a nossa natureza mais instintiva e animal. A cada emoção ou prazer que resulta em contato com o belo, nossos sentidos se renovam, se apuram num processo infindável de aprofundamento e recriação. A cada momento de contato com a arte nos tornamos mais aptos à captação de seu significado. A arte é tão antiga quanto o homem. Foi utilizando as ferramentas que o homem se fez homem e produziu-se a si mesmo. Simultaneamente o homem e a arte passaram a existir, indissoluvelmente ligados um ao outro. O homem possui a razão e a mão, e foi a mão que libertou a razão humana e produziu a própria consciência do homem. A eficiência é muito mais antiga que o propósito: a mão é uma descobridora há muito mais tempo que o cérebro. O homem primitivo ainda não distinguia claramente sua atividade do objeto ao qual ele se relacionava; as duas coisas firmavam uma unidade indeterminada. Embora a palavra se tivesse tornado signo (não mais uma simples imitação ou expressão), uma pluralidade de conceitos cabia dentro desse signo. Só gradualmente veio a ser atingida a pura abstração. Em todo poeta existe uma certa nostalgia de uma linguagem mágica e original.

Assim, surgiu a proposta para que levasse o aluno a perceber melhor o que se encontra ao seu redor, a maneira como a arte se faz presente e também, por meio de sua sensibilidade, compreender o processo criativo do artista. Fazer com que o aluno reconheça, na infinidade de objetos que os rodeiam, seja em casa, na escola, na igreja, na rua ou nos mais diversos lugares, que estes foram feitos por alguém, com alguma finalidade, utilitária ou não. E, se perguntar para que e para quem foram feitos e, finalmente concluir que o ser humano, desde os tempos mais remotos, cria objetos não só para se servir deles, mas também para expressar seus sentimentos diante da vida, dos fatos e do mundo, testemunhando a História quando retrata situações sociais, seja ela uma pintura, uma escultura, uma música, uma peça de teatro, uma coreografia, etc. O professor deve ser um mediador sensível entre a obra de arte e o aluno, buscando estimular a curiosidade, o interesse e a valorização da arte. Porém essa ação não deve influenciar o pensar e o sentir estético dos alunos. Durante o contato da aluno com a obra de arte há um envolvimento único, particular e quase mágico. Cabe ao mediador criar um clima para este envolvimento, para este momento entre obra e espectador. A proposta desse momento não é que os alunos conheçam forma, estilos e artistas, mas sim, que se envolvam esteticamente com a arte criada por um outro ser humano, percebendo sua importância para outras pessoas, para as culturas diversas que exprimem desejo, pensamentos e realidades transfiguradas na forma de obra de arte; que possam olhar o mundo de maneira sensível e estética. Essa situação de encontro gera mais sensibilidade, mais humanidade. Faz com que os alunos vivam experiências novas, instigantes, sensíveis, mais significativas. A maioria das pessoas enganam-se ao acreditar que não conhecem arte e nem tem acesso à mesma, alegando que não possuem ou não convivem com objetos artísticos, pois a arte é para uma minoria elitizada. Muitos desconhecem que todos estão em contato com arte, de alguma maneira, o tempo todo. Nos objetos do cotidiano é possível observar a presença da arte, desde o formato de um simples utensílio de cozinha (como um prato, uma xícara ou um talher), do relógio, do mobiliário da casa, das estampas das roupas, do modelo do tênis, do telefone, do estilo arquitetônico da casa, dos enfeitinhos da sala, etc.. Em todos esses itens existe um pouco de arte aplicada, pois alguém trabalhou para

produzir esses objetos bonitos, harmoniosos, atraentes e agradáveis aos mais diversos gostos. As formas diferentes e variadas dos objetos utilizados pelas pessoas no seu dia-a-dia tem a função de encantar, de provocar reflexão, admiração, de provocar prazer e emoção. Essas sensações são despertadas por um conjunto de elementos: a imaginação do artista, a composição, a cor, a forma, a harmonia e a qualidade da idéia. Nem todos os objetos artísticos tem uma finalidade prática e imediata além de estimular o pensamento, a sensibilidade ou causar prazer estético. As obras de arte expressam um pensamento, uma visão de mundo e provocam uma inquietação no observador, uma sensação especial, uma vontade de contemplar, uma admiração emocionada ou uma comunicação com a sensibilidade do artista. A esse conjunto de sensações chamamos de experiência estética. Essa experiência nem sempre está ligada ao prazer, pois às vezes, nos sentimos inquietos, pensativos, emocionados, tristes, amedrontados ou assustados, diante de obras que foram concebidas com a intenção de chocar o público. É a sensibilidade do artista que atrai as pessoas, sua imaginação, seu intelecto e o seu modo especial de ver as coisas, mesmo quando estas apresentam aspectos negativos ou pouco agradáveis. O gosto e a sensibilidade para apreciar a arte variam de pessoa para pessoa, de idade para idade, de região para região, de sociedade para sociedade, de época para época. Assim, as manifestações artísticas trazem a marca do tempo, do lugar e dos artistas que a criaram, refletindo a variação do conceito de beleza de cada um e da função do objeto artístico. Em muitas sociedades, durante muito tempo, a arte teve caráter religioso, se manifestando nos templos, nas imagens sagradas, na decoração dos cenários das cerimônias religiosas, nos instrumentos musicais, nas indumentárias utilizadas nos rituais. Em outras épocas a arte surge simplesmente como uma forma de expressão para quem a produz e, como uma oportunidade de experiência especial e única para quem a aprecia. “Muitas vezes o artista volta o seu olhar para a cidade. E também seu coração, seus pensamentos e sua técnica. A imagem que ele produz é um texto, uma mensagem que nos ajuda a compreender a cidade em que vivemos e a que

Num primeiro momento foi realizada uma pesquisa que procurou saber o que o aluno considera arte, suas sensações diante de uma obra de arte, e, se percebe ou reconhece em seu meio (casa, escola, igreja, shopping, clube, parques, etc.) manifestações, obras ou outras representações artísticas, listando onde e como se encontram esses objetos ou obras, o que significam, quem as produziu e de que maneira, que material utilizou e a técnica utilizada, através de questionários. Devido o trabalho ser realizado com um grande número de alunos, cerca de cento e sessenta, todas as respostas foram consideradas importantes, enquanto objetos de pesquisa, desde as mais simples às mais complexas, sempre valorizando a opinião pessoal de cada aluno, sua visão sobre a arte do mundo que o cerca, num sinal de respeito à bagagem cultural trazida por cada um. Foram investigados os gostos pessoais de cada um em relação a vestuário, cores do quarto e da casa, objetos que decoram a casa, o quarto, estilos musicais prediletos, gêneros de filme e outras preferências, buscando sempre relacionar essa escolha ao modo de expressar e gosto estético de cada um à arte. Pode-se perceber que há uma diversidade cultural muito grande através das respostas variadas e que, durante os comentários com as turmas muitos pareciam se redescobrir diante de gostos tão distintos, numa experiência enriquecedora. Os alunos também foram levados ao Museu Oscar Niemeyer para visitar a exposição de OSGEMEOS, Otávio e Gustavo Pandolfo, ícones na atualidade, da arte urbana brasileira, na qual, grande parte dos meninos do grupo pode se identificar com o estilo dos irmãos grafiteiros, pois o grafite é uma arte que encanta a maior parte dos adolescentes. Durante a aula seguinte, um debate comentando a visita à exposição, foi o momento certo para a explicação das diferenças entre grafite e pichação e os malefícios que esse ato de vandalismo causam à população. Durante o projeto também foram ministrados conteúdos das Diretrizes Curriculares da Educação Básica, incluindo História da Arte, a fim de que os alunos pudessem compreender a relação do homem com a arte, sua importância e o processo de produção artística. O momento seguinte foi o estudo da relação arte e religiosidade, na qual a manifestação artística caminha, desde datas longínquas, de mãos dadas com a religião, em diversos credos. Foi organizado um roteiro monitorado pelo Largo da Ordem, tendo início na Mesquita Imam Ali Ibn Abi Tálib, passando pelas ruínas de São Francisco, as igrejas do Largo (do Rosário, da Ordem Terceira de São

Francisco, Presbiteriana), finalizando na Catedral Metropolitana. Devido a monitoria ser da Fundação Cultural de Curitiba, os alunos aproveitaram a oportunidade para, muitos, de conhecer o Memorial de Curitiba. Para compreendermos o fenômeno “religião” é preciso entendermos nossa visão de mundo além da realidade que nos cerca. É necessário que enxerguemos muito além das maiores religiões do mundo:cristianismo, judaísmo, islamismo, taoísmo, hinduísmo e budismo, ou das mais de seis mil seitas espalhadas pela terra. A religião foi criada pelo homem em tempos imemoráveis, para suprir a necessidade do homem de uma explicação para a sua origem, existência ou explicar o seu destino. Os alunos concluíram que independentemente da crença a fé se encontra presente sob variadas formas de expressão, umas mais simples, outras mais sofisticadas, porém não menos belas. Concluindo o primeiro semestre foi proposta uma Pesquisa Fotojornalística, em que os alunos, organizados em grupos de três pessoas, saíssem fotografando com uma câmera digital, ou com o celular, tudo o que considerassem arte, começando pela sua casa, rua, bairro, praças, igrejas, construções, etc., anotando os títulos e autores das obras, quando possível, os detalhes que os atraíram para a captura da imagem e as sensações que essas obras produziram em cada um, e, organizassem um CD ou DVD com o material coletado. Nesta atividade cada grupo buscou retratar a arte com a qual identifica o seu estilo de ser:

  • alguns fotografaram somente monumentos e praças da cidade;
  • um grupo fotografou todas as manifestações artísticas do Bairro de Santa Felicidade, desde restaurantes, igrejas, lojas de artesanato e até o cemitério;
  • três alunos fotografaram somente o artesanato produzido pela mãe de um deles, feito à base de fuxico e outras técnicas utilizando retalhos de tecido, numa simplicidade de beleza singular;
  • três grupos saíram pela cidade fotografando todos os grafites pintados em muros, paredes, viadutos e até fizeram comparações com o vandalismo das pichações, o que foi muito válido e até educativo para os mesmos. Nesse grupo, dois alunos se conscientizaram dos efeitos negativos de uma pichação e fotografaram o trabalho que fazem brincando em uma calçada do bairro, no qual escrevem com cascas de tronco de pinheiro e pedrinhas branca, letras do estilo grafite;

Afinal, “ qualquer que seja a sua direção, a arte está em toda parte e é um elemento definidor da identidade de um povo, de um grupo social, de um indivíduo”. (OLIVEIRA E GARCEZ, 2004).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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