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arte grega e arte romana, Exercícios de Arquitetura

Podemos analisá-lo nas ruínas do templo de Zeus em. Atenas. Page 6. 6. Escultura Grega. Os gregos alcançaram nas esculturas de ...

Tipologia: Exercícios

2022

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FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA
CURSO DE ARQUITETURA
Disciplina: História da Arte
Profª Esp.Laile Almeria de Miranda
Texto Sonia Leni Chamon
ARTE GREGA E ARTE ROMANA
A Arte Grega
Pense no que você conhece de filosofia e política. Lembre de personagens da
mitologia e do teatro ou, ainda, cálculos geométricos que você já estudou. Pode ter
certeza que uma boa parte será legado da cultura grega. Em muitos aspectos os
gregos formataram a nossa imagem de mundo ocidental e, na especificidade das
artes, nosso primeiro entendimento do que vem a ser clássico
1
. Este termo, que
tantas vezes será utilizado no transcorrer neste fascículo, define toda a obra de arte
que mantém semelhanças com a arte grega (e romana, como veremos depois) e, ao
mesmo tempo, uma harmonia absoluta pelo emprego da proporção e do equilíbrio
(Summerson, 1999). Este conceito de clássico nós voltaremos a ver no em diversos
momentos da História da Arte, no estilo Carolíngio na Idade Média e em todo o
Renascimento; em alguns aspectos do Barroco e plenamente no Neoclassicismo; na
arquitetura do Ecletismo e ainda hoje em diversas construções que almejam
expressar certo requinte ou poder econômico. Portanto, estudar a arte grega
possibilita compreender melhor os estilos artísticos influenciados por ela.
Podemos dividir a história deste povo, em quatro momentos básicos:
Os primórdios da civilização grega encontram-se entre os séculos XII e VIII
a.C., sendo que em aproximadamente 1.000 a.C tribos guerreiras vindas da
Europa introduzem os princípios dóricos. É uma arte bastante rudimentar em
seu princípio, mas que se desenvolve para uma interessante geometrização.
São deste período, também, os templos de madeira, dos quais não sobraram
vestígios, porém foram determinantes para arquitetura posterior.
O Período Arcaico vigora do séc. VII até c. de 480 a.C., onde assistimos à
eclosão da genialidade artística grega em todas as formas de expressão
(Janson, 1992).
O séc. V é o período da plena democracia e para a cultura é conhecido como
Clássico (agora, como denominação específica de uma época e não o termo
genérico analisado acima). É forte a correlação entre a política e a arte, assim
com os princípios democráticos, a representação neste período enaltece o
individual, porém aplana as diferenças e distinções, dentro das limitações da
aristocracia (Hauser, 1982). É o momento das proporções, formas e temas
idealizados; representativa de um mundo de seres eticamente superiores,
pois é a expressão da nobreza culta da época.
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O termo clássico, em uma acepção ampla, liga-se a algo tão equilibrado, harmonioso, original e livre de
excessos que torna-se modelo a ser seguido.
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FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA

CURSO DE ARQUITETURA

Disciplina: História da Arte Profª Esp.Laile Almeria de Miranda Texto Sonia Leni Chamon

ARTE GREGA E ARTE ROMANA

A Arte Grega

Pense no que você conhece de filosofia e política. Lembre de personagens da mitologia e do teatro ou, ainda, cálculos geométricos que você já estudou. Pode ter certeza que uma boa parte será legado da cultura grega. Em muitos aspectos os

gregos formataram a nossa imagem de “mundo ocidental” e, na especificidade das

artes, nosso primeiro entendimento do que vem a ser clássico^1_._ Este termo, que tantas vezes será utilizado no transcorrer neste fascículo, define toda a obra de arte que mantém semelhanças com a arte grega (e romana, como veremos depois) e, ao mesmo tempo, uma harmonia absoluta pelo emprego da proporção e do equilíbrio (Summerson, 1999). Este conceito de clássico nós voltaremos a ver no em diversos momentos da História da Arte, no estilo Carolíngio na Idade Média e em todo o Renascimento; em alguns aspectos do Barroco e plenamente no Neoclassicismo; na arquitetura do Ecletismo e ainda hoje em diversas construções que almejam expressar certo requinte ou poder econômico. Portanto, estudar a arte grega possibilita compreender melhor os estilos artísticos influenciados por ela. Podemos dividir a história deste povo, em quatro momentos básicos:  Os primórdios da civilização grega encontram-se entre os séculos XII e VIII a.C., sendo que em aproximadamente 1.000 a.C tribos guerreiras vindas da Europa introduzem os princípios dóricos. É uma arte bastante rudimentar em seu princípio, mas que se desenvolve para uma interessante geometrização. São deste período, também, os templos de madeira, dos quais não sobraram vestígios, porém foram determinantes para arquitetura posterior.  O Período Arcaico vigora do séc. VII até c. de 480 a.C., onde assistimos à eclosão da genialidade artística grega em todas as formas de expressão (Janson, 1992).  O séc. V é o período da plena democracia e para a cultura é conhecido como Clássico (agora, como denominação específica de uma época e não o termo genérico analisado acima). É forte a correlação entre a política e a arte, assim com os princípios democráticos, a representação neste período enaltece o individual, porém aplana as diferenças e distinções, dentro das limitações da aristocracia (Hauser, 1982). É o momento das proporções, formas e temas idealizados; representativa de um mundo de seres eticamente superiores, pois é a expressão da nobreza culta da época.

(^1) O termo clássico, em uma acepção ampla, liga-se a algo tão equilibrado, harmonioso, original e livre de excessos que torna-se modelo a ser seguido.

 E temos como denominação genérica para fase final, entre os séc. IV e I a.C, o Período Helenístico, momento de expansão do território e da civilização grega através de Alexandre Magno. A múltipla influência faz a arte se transformar, tornando-se mais suntuosa, dramática e dinâmica. Essa complexidade aproxima-se de um desequilíbrio formal que estabelece uma relação simbólica com a aproximação do final da independência política e cultural da civilização grega.

Arquitetura Grega

Vitrúvio foi um arquiteto romano do séc. I que nos legou um tratado de dez volumes , De Architectura , dedicado ao imperador Augusto. Estes escritos tratam dos conhecimentos de arquitetura de seu tempo e, com o imenso respeito que os romanos tinham pela cultura grega, um detalhado estudo desta arquitetura. É impressionante a quantidade de detalhes, elementos e sutilezas contida nos templos gregos e, de acordo com Vitrúvio, eles se originaram dos primitivos templos de madeira. O detalhamento da construção em madeira tornou-se representação esculpida em pedra, que por sua vez permaneceu como “gramática” da arquitetura clássica. A arquitetura grega tem três ordens ( estilos arquitetônicos): Dórico, que está ligado ao Período Arcaico, mas também existe em outros momentos; Jônico, que da mesma maneira, liga-se ao Período Clássico e Coríntio, ao Período Helenístico. Todos os templos têm características de proporção e equilíbrio quase matemáticos, estão mais para uma “morada do deus” na forma de escultura do que um local de cultos e multidões. Vamos observar alguns destes templos, suas ordens e sua gramática (segundo Grinnel):

Ordem Dórica É mais robusta e simplificada, porém não é simples. Detalhes como os fustes das colunas, mais largos ao centro e afunilados em direção ao topo, chegam a dar a impressão de elasticidade como se fossem seres humanos que sustentam cargas com facilidade (Gombrich, 1983). Para Vitrúvio, o Dórico exemplifica a “a proporção, força e graça do corpo masculino” (Summerson, 1999 ). Observe nas figs 1 e 2ruínas de construções desta ordem.

Figura 3 Detalhe de um capitel jônico (Erecteion)

Figura 4 Erectheion (421 – 405 a. C.). Acrópole de Atenas

Figura. 5 Erectheion , face Norte.

Figura. 6 Réplica de um capitel coríntio do templo do fórum romano de Évora, no átrio da faculdade de arquitetura em Lisboa.

Ordem Coríntia (esquema ao lado do francês Claude Perrault, 1676) Imitava a “figura delgada de uma menina”. O fuste mais longo e fina, sempre canelado e o capitel adornado com folhas de acanto (planta medicinal existente no mediterrâneo) e pequenas volutas (fig. 6 ). No período romano tornou-se o capitel padrão para quase todos os fins (Janson, 19 92 ). Podemos analisá-lo nas ruínas do templo de Zeus em Atenas.

.

Figura. 7 Doríforo (o lanceiro) Cópia romana do original de Policleto. c.440 a.C. Mármore, alt. 1,98m. Museu Nacional de Nápoles

Figura 9 Discóbolo (o lançador de disco ) Cópia romana em mármore a partir de original grego em bronze, c. 450 a.C., por Miron. Tamanho natural, Museu delle Terme, Roma.

Figura 10 Hermes com o jovem Dionísio , provável cópia grega de original de Praxíteles. Mármore, alt. 2,16m. Museu de Olímpia

A escultura helenística caracteriza-se pelos efeitos dramáticos, impressão de movimento e detalhamento intenso. Muitas vezes equilíbrio e harmonia são preteridos à essa nova característica. É a tradução de um novo momento com o rigor de uma nova estética. O grupo escultórico Laocoonte (fig. 11 ) – que retrata uma cena da Eneida de Virgílio e a expressiva Nike (Vitória) de Samotrácia (fig. 12 ) são obras primas deste período.

Figura 8 Laocoonte e seus filhos. Hagesandro, Atenoro e Polidoro. séc. I a.C. Mármore, alt. 2,13m. Museu do Vaticano

Figura 9 Nike de Samotrácia. C. 200 a.C.. Mármore, alt. 2,41m. Louvre, Paris.

História Social da Literatura e da Arte. A Terceira Parte: “Grécia e Roma”contextualiza a arte sob uma nova dimensão: a do homem.  A História da Arte. Gombrich trás, no capítulo 5 a sucessão de formas e estilos artísticos analisadas sob a sua arguta percepção – vale acompanhar todas as descrições e reflexões sobre as várias obras de arte citadas..

Procure em livros e sites:

 Teatro Grego: grandes autores como Ésquilo e Sófocles.

Referências

GOMBRICH,E.H. A História da Arte .Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1983.

HAUSER. A. História Social da Literatura e da Arte. 2 vol. São Paulo: Mestre Jou, 1982

JANSON, H. W. História da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 1992

Koch, W. Estilos de arquitetura. São Paulo, Martins Fontes, 1998.

SUMMERSON, John. A Linguagem Clássica da Arquitetura. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

VITRUVIO. Da Arquitetura. São Paulo: Hucitec, 2002.

ARTE ROMANA

A cultura romana teve duas influências primordiais, dos etruscos herdaram o senso de realismo e a maestria na engenharia arquitetônica, dos gregos são os grandes exaltantes, sendo continuadores do helenismo, mas importando ou copiando obras de todas as épocas, empregando seus artistas e utilizando-se de todas as maneiras o seu cabedal de cultura. Exímios militares, criaram um vasto império que se estende da Inglaterra ao Golfo Pérsico, da Espanha à Romênia (Janson, 1992 ), temos, portanto,

arte romana em lugares díspares como Portugal, Egito ou França. A província da Judéia pertencia ao império romano e é nela que nasce aquele que divide a História e é a figura central do cristianismo: Jesus Cristo. Os primeiros cristãos, perseguidos usaram da arte como forma de ensinamento, mas essa arte tinha, impreterivelmente, a tradição romana da representação.

Arte Romana

Entre os séculos II a.C e V d.C houve a consolidação e a queda do vasto

Império Romano. Um Império cosmopolita que absorvia e fundia

características e culturas regionais; militar, subordinava as províncias ao

poder romano, mas hospitaleiramente recebia na capital sábios e imagens

religiosas díspares (JANSON, 1992). Portanto, a cultura romana é um

amálgama de pequenas influências provinciais somadas à grande influência

helenística. É essa cultura diversificada, esse urbanismo sofisticado, essa arte

que traduz o poder, mas também o sutil e prazeroso que permanece como

paradigma de clássico, tantas vezes revista na História através das artes,

arquitetura e letras.

A Escultura Romana

As réplicas de esculturas gregas produzidas pelos romanos possibilitam,

como já foi dito no texto Arte Grega, o conhecimento fragmentado dos

originais. Essas réplicas eram usadas como objetos de decoração, souvenires

de admiradores da arte grega (Gombrich, 1983 ), porém não são

determinantes do estilo original romano. Este, em oposição ao estilo grego,

busca o realismo dos retratos. Não há nada de idealizado nestes rostos,

muitas vezes envelhecidos e desprovidos de belos traços, mas que são

poderosos em dignidade, em posturas serenas e em dimensões respeitosas

(fig.1)

Os arcos e abóbadas usados como elementos construtivos das grandes

obras, também serviram para a construção de diversas pontes, muros, pontes,

aquedutos e termas que proviam as cidades romanas. Podemos observar a

Pont du Gard (fig.3), na Provença, o ritmo ditado pelos arcos de volta inteira

(arcos romanos), a solidez de uma construção de dois milênios.

Dos vários anfiteatros espalhados pelo Império, é o Coliseu – Colosseum

(fig.4 ) que permanece como a imagem do gigantismo alcançado pelo

engenho romano. Construído

com o sólido concreto

romano, apresenta uma

formação circular que tornou-

se regra em construções

ligadas a esportes de grandes

públicos (lembrando que as

sangrentas apresentações de

gladiadores eram tidas como

espetáculos que poderiam ser assistidas por aproximadamente 50.

pessoas). Externamente, o coliseu apresenta uma sequência de três andares

compostos por arcos regularmente enfileirados e um último andar fechado.

Ladeando cada arco, apresenta uma meia-coluna, sem função estrutural, mas

importante função estética – inaugura o uso de ordem-sobre-ordem (primeiro

andar, dórico; segundo, jônico; terceiro coríntio e quarto, compósito)

(Summerson, 2002 ).

Figura 4 Coliseu, (72-80 d.C.), Roma.

Figura 3 Pont du Gard, (Princípios do séc. I d. C.), Nimes

O famoso Pantheon (fig.5) , imenso templo em Roma, servirá de modelo

arquitetônico em épocas subsequentes.Sua monumental fachada conjuga

elementos de templo grego (frontão, entablamento, colunas coríntias) em um

conjunto saliente a um corpo cilíndrico coberto com uma gigantesca abóbada

de aproximadamente 40m de diâmetro e mesma altura. Essa colossal

construção, que chegou a abrigar todos os deuses conhecidos, transformou-

se na primeira igreja da cristandade.

Dos diversos monumentos ao ar livre, comuns principalmente em Roma,

destacamos os arcos triunfais – símbolo máximo do sucesso das campanhas

militares. De decoração detalhada e narrativa, com divisão tripartida, vemos o

arco de Constantino (fig. 6 ) próximo ao Coliseu.

Figura 4 Pantheon, (118-125d. C.), Roma.

Figura 5 Arco Triunfal de Constantino ( d. C), Roma

 www.louvre.fr Para as civilizações clássicas, conheça boa parte do

acervo do departamento (Collections & Départements): Antiquités

grecques, étrusques e romaines: das maravilhosas Vênus de Milo e

Vitória de Samotrácia, vá aos mosaicos e afrescos romanos, ou a

sarcófagos do período arcaico.

Referências

GOMBRICH,E.H. A História da Arte .Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1983.

HAUSER. A. História Social da Literatura e da Arte. 2 vol. São Paulo: Mestre

Jou, 1982

JANSON, H. W. História da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 1992

Koch, W. Estilos de arquitetura. São Paulo, Martins Fontes, 1998.

SUMMERSON, John. A Linguagem Clássica da Arquitetura. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

VITRUVIO. Da Arquitetura. São Paulo: Hucitec, 2002.