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Argumentação Sobre Produtos Ultraprocessados, Notas de estudo de História da Ciência e Tecnologia

Argumentação Sobre Produtos Ultraprocessados

Tipologia: Notas de estudo

2023

Compartilhado em 11/05/2025

ivan-silva-riq
ivan-silva-riq 🇧🇷

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Especialistas do Ministério da Saúde se reuniram no dia 20 de Abril de 2023 e
decidiram que deve haver taxação de alimentos ultraprocessados. Pois estes
são responsáveis pela morte prematura de 57 mil pessoas, 10% das mortes
evitáveis.
A autoridade da ciência, neste caso, pode ser responsável pela diminuição do
consumo de alimentos ultraprocessados e questiona-se então a autoridade
científica que afirmou em alguns momentos história que a Terra era o
centro do universo (teoria heliocêntrica em Almagesto de Ptolomeu) e que
seres humanos com características indesejáveis deveriam ser esterilizados,
corroborando para a esterilização de 60.000 homens nos EUA e 400.000 na
Alemanha (vide a Teoria Eugenica).
Tem-se que assim que a ciência está em constante evolução, assim como seu
método, sendo muito difícil apontá-la como prática destacada de atividade nas
linhas de Robert K. Merton. Ainda que características do “ethos científico”,
como o comunismo (a propriedade humana das descobertas científicas), o
universalismo (critérios impessoais de aceitação de teorias científicas), o
desinteresse (a busca pela verdade de forma altruísta) e o ceticismo
organizado (enquanto consenso entre os cientistas) possam ser também
verificadas.
O ceticismo organizado pode ser descrito como a principal característica
definidora daquilo que Thomas Kuhn define como paradigma, que o
consenso entre cientistas define os problemas, os instrumentos, e até mesmo
soluções prováveis para prática científica.
Entre outras coisas Thomas Kuhn afirma que o saber científico não é
cumulativo e sim se em saltos e que uma revolução científica acontece
quando resultados observados passam a apresentar discrepâncias com as
teorias estabelecidas.
Vivemos hoje um paradigma que dita as normas daquilo que é considerado
saudável. Mas não é um paradigma único. O paradigma econômico tenta
produzir mais com menos insumos e é responsável por uma serie de produtos
classificados com tendo baixa qualidade alimentar. Por serem mais baratos em
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Especialistas do Ministério da Saúde se reuniram no dia 20 de Abril de 2023 e decidiram que deve haver taxação de alimentos ultraprocessados. Pois estes são responsáveis pela morte prematura de 57 mil pessoas, 10% das mortes evitáveis. A autoridade da ciência, neste caso, pode ser responsável pela diminuição do consumo de alimentos ultraprocessados e questiona-se então a autoridade científica que já afirmou em alguns momentos dá história que a Terra era o centro do universo (teoria heliocêntrica em Almagesto de Ptolomeu) e que seres humanos com características indesejáveis deveriam ser esterilizados, corroborando para a esterilização de 60.000 homens nos EUA e 400.000 na Alemanha (vide a Teoria Eugenica). Tem-se que assim que a ciência está em constante evolução, assim como seu método, sendo muito difícil apontá-la como prática destacada de atividade nas linhas de Robert K. Merton. Ainda que características do “ethos científico”, como o comunismo (a propriedade humana das descobertas científicas), o universalismo (critérios impessoais de aceitação de teorias científicas), o desinteresse (a busca pela verdade de forma altruísta) e o ceticismo organizado (enquanto consenso entre os cientistas) possam ser também verificadas. O ceticismo organizado pode ser descrito como a principal característica definidora daquilo que Thomas Kuhn define como paradigma, já que o consenso entre cientistas define os problemas, os instrumentos, e até mesmo soluções prováveis para prática científica. Entre outras coisas Thomas Kuhn afirma que o saber científico não é cumulativo e sim se dá em saltos e que uma revolução científica acontece quando resultados observados passam a apresentar discrepâncias com as teorias estabelecidas. Vivemos hoje um paradigma que dita as normas daquilo que é considerado saudável. Mas não é um paradigma único. O paradigma econômico tenta produzir mais com menos insumos e é responsável por uma serie de produtos classificados com tendo baixa qualidade alimentar. Por serem mais baratos em

função dos métodos de produção esses produtos vendem o suficiente para que tenham impactos significativos nas estimativas do governo federal. Foi o consenso científico que alertou as pessoas sobre os riscos do consumo de remédios sem comprovação de eficácia durante a pandemia. Houveram testes minuciosos e mesmo assim não foram poucos os que duvidaram das prescrições médicas. O ceticismo organizado da comunidade científica, enquanto consenso geral a respeito de teorias, nada mais é do que um comum acordo entre cientistas especialistas de uma determinada área sobre um conjunto de evidencias. A comunidade científica ainda tem que lidar com o negacionismo de grupos que negam comprovações científicas. “O que faz a ciência avançar é a ignorância, é a pergunta, não é negar. Negacionismo é você ir contra algo que tem evidência. Você está negando algo que foi muitas vezes comprovado cientificamente”, aponta o pesquisador e diretor do Laboratório Multipropósito do Instituto Butantan, Renato Mancini Astray. https://butantan.gov.br/covid/butantan-tira-duvida/tira-duvida-noticias/o-que-e- negacionismo-e-por-que-ele-atrasa-a-evolucao-do-conhecimento--ciencia- avanca-com-duvida-e-questionamento-nao-com-negacao https://microbiologia.icb.usp.br/cultura-e-extensao/textos-de-divulgacao/metaciencia/o-mau- uso-da-ciencia/