Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Aprendizagem Lúdica do Tênis de Mesa: A Monografia, Notas de estudo de Materiais

Esta monografia apresenta uma abordagem pedagógica e divertida para ensinar tênis de mesa adaptável a diferentes situações sociais, políticas e econômicas. Ela enfatiza a educação de crianças brasileiras como seres humanos completos e bem integrados à sociedade, usando jogos e joguetes como força motriz da aprendizagem. O documento aborda a importância do tênis de mesa, a posição fundamental, a necessidade de treinamento regular, a importância do aquecimento, a dinâmica das aulas e a importância de competições internas.

O que você vai aprender

  • Por que a motivação dos jogos e joguetes é importante na aprendizagem do Tênis de Mesa?
  • Por que é importante o aquecimento antes de começar a prática do Tênis de Mesa?
  • Qual é a importância da educação integral na aprendizagem do Tênis de Mesa?
  • Quais são as atividades recomendadas para o Terceiro e Quarto Estágios do aprendizado do Tênis de Mesa?
  • Qual é a importância da posição fundamental no Tênis de Mesa?

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Birinha90
Birinha90 🇧🇷

4.6

(363)

224 documentos

1 / 136

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
Prof. Marles Sérgio Martins
APRENDENDO O TÊNIS DE MESA BRINCANDO
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
pf12
pf13
pf14
pf15
pf16
pf17
pf18
pf19
pf1a
pf1b
pf1c
pf1d
pf1e
pf1f
pf20
pf21
pf22
pf23
pf24
pf25
pf26
pf27
pf28
pf29
pf2a
pf2b
pf2c
pf2d
pf2e
pf2f
pf30
pf31
pf32
pf33
pf34
pf35
pf36
pf37
pf38
pf39
pf3a
pf3b
pf3c
pf3d
pf3e
pf3f
pf40
pf41
pf42
pf43
pf44
pf45
pf46
pf47
pf48
pf49
pf4a
pf4b
pf4c
pf4d
pf4e
pf4f
pf50
pf51
pf52
pf53
pf54
pf55
pf56
pf57
pf58
pf59
pf5a
pf5b
pf5c
pf5d
pf5e
pf5f
pf60
pf61
pf62
pf63
pf64

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Aprendizagem Lúdica do Tênis de Mesa: A Monografia e outras Notas de estudo em PDF para Materiais, somente na Docsity!

Prof. Marles Sérgio Martins

APRENDENDO O TÊNIS DE MESA BRINCANDO

Piracicaba, 1996 Prof. Marles Sérgio Martins

APRENDENDO O TÊNIS DE MESA BRINCANDO

Partindose do princ ípio de que o esporte é importante instrumento pedagógico, de integração e desenvolvimento social (Medina, 1993; Freire, 1992), o Tênis de Mesa passou a ser o foco de estudo de um método de ensino baseado no que a criança brasileira mais precisa: um método dinâmico, prático, eficiente, facilmente adaptável a qualquer situação, altamente pedagógico em todos os princípios e aproveitando o que nossas crianças melhor sabem fazer: brincar. Então, a Monografia Aprendendo o Tênis de Mesa Brincando tratase de uma maneira pedagógica e altamente lúdica de ensinar um Tênis de Mesa adaptável a diferentes situações sócio, político e econômicas; com o princípio de educar as crianças brasileiras como um ser humano completo e bem integrado à sociedade, usando a motivação dos jogos e joguetes (brincadeiras) como força motriz da aprendizagem pela experimentação e vivência. SUMÁRIO Introdução ................................................................................................... 09

Capítulo II. O Processo de Desenvolvimento de um Método Nacional: Aprendendo o Tênis de Mesa

IV.5.2. Avaliação Física ............................................................... 53 IV.5.2.1. Procedimentos para a realização da Avaliação Física ........................................................................................... 54 IV.5.2.1.1. Teste de Flexibilidade “Sentar e Alcançar” (Banco de Wells) .................................................... 55 IV.5.2.1.2. Teste de Cooper ................................... 56 IV.5.2.1.3. Teste de Resistência Muscular (Abdominais) ................................................................................ 57 IV.5.3. Avaliação Técnica ............................................................ 59 IV.5.3.1. Procedimentos para a realização da Avaliação Técnica .............................................................................. 60 IV.6. Encerrando um Estágio Técnico .................................................... 61 IV.6.1 Confraternização ............................................................... 61 IV.6.2. Cerimônia de formatura .................................................... 62 IV.6.2.1. Entrega dos diplomas ......................................... 62 Capítulo V. Apêndice de Brincadeiras Motoras Utilizadas no Programa ......... 63 V.1. Circuitos – Explanação .................................................................. 63 IV.1.1. Circuito Balão ................................................................. 64 V.1.1.1. Circuito balão Bolas Malucas ............................. 65 V.1.1.2. Circuito balão Bolas Livres ................................. 66 V.1.1.3. Circuito Balão Bolichão 1 .................................... 67

  • Capítulo I. Métodos de Iniciação
    • I.1. Método Japonês
    • I.2. Método Alemão
    • I.3. Método Sueco
    • I.4. Sugestão para o desenvolvimento de um Método Nacional
  • Brincando
    • II.1. Aspectos Fundamentais para o Desenvolvimento Motor
      • II.1.1. Percepção
      • II.1.2. Equilíbrio
      • II.1.3. Lateralidade
      • II.1.4. Imagem do Corpo
      • II.1.5. Auto Imagem
      • II.1.6. Associação Visual Motora
      • II.1.7. Coordenação
      • II.1.8. Coordenação Motora Grossa
      • II.1.9. Coordenação Motora Fina
      • II.1.10. Movimento de Locomoção
      • II.1.11. Movimentos Uniformes
      • II.1.12. Orientação Espacial
      • II.1.13. Direcionalidade
      • II.1.14. Coordenação Entre os Olhos e Mãos
      • II.1.15. Coordenação Entre Olhos e Pés
      • II.1.16. Mira Ocular
      • II.1.17. Cinestesia
      • II.1.18. Habilidade de Percepção Motora
      • II.1.19. Exploração do Movimento
      • II.1.20. Educação do Movimento
    • II.2. Aspectos Fundamentais para o Desenvolvimento Motor
      • II.2.1. Posição Fundamental
      • II.2.2. Forehand Chapado
      • II.2.3. Forehand Efeito
      • II.2.4. Backhand Puxe
      • II.2.5. Backhand Efeito
      • II.2.6. Forehand e Backhand Chop ………………………………….
      • II.2.7. Forehand e Backhand Bloqueios Passivos
      • II.2.8. Serviço/Saques
      • II.2.9. Recepção de Saques/Serviço
      • II.2.10. Movimento de Pernas
  • Capítulo III. Programa dos Estágios/Organização das Aulas
    • III.1. Objetivo de cada um dos Estágios Técnicos
    • III.2. Programação das Aulas
    • III.3. Composição das Aulas
      • III.3.1. Objetivo da Aula
      • III.3.2. Aquecimento
      • III.3.3. Desenvolvimento
      • III.3.4. Desfecho
    • III.4. Estrutura do Local de Treinamento
    • III.5. Material Necessário para as Aulas
  • Capítulo IV. Para o Bom Desenvolvimento do Programa e Aula
    • IV.1. Início à competitividade
    • IV.2. Eventos Competitivos de Tênis de Mesa
      • IV.2.1. Torneio Interno por turmas
      • IV.2.2. Torneio Interno do Estágio
      • IV.2.3. Torneio da Escolinha
    • IV.3. Formação do Ranking na Escolinha
      • IV.3.1. O Ranking do Estágio
      • IV.3.2. O Ranking Geral da Escolinha
    • IV.4. Aulas Especiais
    • IV.5. Avaliação do Método
      • IV.5.1. Avaliação Motora
        • Motora IV.5.1.1. Procedimentos para a realização da Avaliação
      • V.1.1.4. Circuito Balão Bolichão
    • V.1.2. Circuito Raquete
      • V.1.2.1. Circuito Raquete Raquetão
      • V.1.2.2. Circuito raquete Super mira
      • V.1.2.3. Circuito Raquete Raquete Maluca
      • V.1.2.4. Circuito Raquete Raquete Maluca
    • V.1.3. Circuito Solo
      • V.1.3.1. Circuito Solo Velocidade Máxima
      • V.1.3.2. Circuito Solo Ginástica Olímpica
      • V.1.3.3. Circuito Solo Terremoto
      • V.1.3.4. Circuito Solo Ginástica Olímpica – Terremoto
      • Terremoto
    • V.1.4. Circuito Misto
      • V.1.4.1. Circuito Misto Raquete – Balão
      • V.1.4.2. Circuito Misto Raquete – Solo
      • V.1.4.3. Circuito Misto Balão – Solo
      • V.1.4.4. Circuito Misto Raquete – Balão – Solo
      • V.1.4.5. Circuito Misto Raquete – Balão – Solo
  • V.2. Brincadeiras para a Coordenação Motora
    • V.2.1. Brincadeira Motora PegaPega Individual
    • V.2.2. Brincadeira Motora PegaPega em Duplas
    • V.2.3. Brincadeira Motora PegaPega de Tr ês Pernas
    • V.2.4. Brincadeira Motora PegaPega Segurando o Medicine Ball
    • V.2.5. Brincadeira PegaPega Ajuda/Ajuda
    • V.2.6. Brincadeira Motora Cabracega
    • V.2.7. Brincadeira Motora Descobrindo o que é
    • V.2.8. Brincadeira Motora Descobrindo quem é
    • V.2.9. Brincadeira Motora Duro Mole
    • V.2.10. Brincadeira Motora Disco de Praia por Equipes
    • V.2.11. Brincadeira Motora Pé de Balão
    • V.2.12. Brincadeira Motora Bexigas Explosivas
    • V.2.13. Brincadeira Motora Morto Vivo
    • V.2.14. Brincadeira Motora Briga de Galo
  • V.3. Brincadeiras Técnicas
    • V.3.1. Brincadeira Técnica Cabeça Pong
    • V.3.2. Brincadeira Técnica Ping Cesta
    • V.3.3. Brincadeira Técnica Mexicana Técnica
    • V.3.4. Brincadeira Técnica Mexicano Visando Movimentação
    • V.3.5. Brincadeira Técnica Mexicana Visando Coordenação
    • V.3.6. Brincadeira Técnica Mexicana com Agilidade
    • V.3.7. Brincadeira Técnica Pontos por Minuto
    • V.3.8. Brincadeira Técnica Alvos de Efeito ....................................
    • V.3.9. Brincadeira Técnica Imitando o Mestre 1 ............................
    • V.3.10. Brincadeira Técnica Imitando o Mestre 2 ..........................
    • V.3.11. Brincadeira Técnica Mini Vôlei ..........................................
    • V.3.12. Brincadeira Técnica Sobe Desce ......................................
    • V.3.13. Brincadeira Técnica Alvo Maluco ......................................
    • V.3.14. Brincadeira Técnica Futebol de Mesa
    • V.3.15. Brincadeira Técnica Manda
    • V.3.16. Brincadeira Técnica Torneio Relâmpago
  • Conclusão
  • Bibliografia

As crianças que se iniciam no mesatenismo brasileiro quase sempre são incentivadas pelos pais, que um dia tiveram a oportunidade de praticálo de alguma forma (na Escola, no Clube, no Centro Comunitário, casa de amigos, na Universidade, etc). É bastante comum um garoto dizer que gosta de praticar o Tênis de Mesa e que seu pai foi campeão de algum evento no passado. Nos dias atuais ainda existem algumas formas de conseguir informações, mesmo que poucas, para que a criança, jovem ou adulto, possa ingressarse na pr ática do mesatenismo. As Federações de Tênis de Mesa de quase todos os Estados do Brasil contam com monitores e treinadores para ministrarem aulas. O Tênis de Mesa conta com clubes e academias (estas mais recentes) que proporcionam a oportunidade de iniciação das crianças ou qualquer outro interessado. A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa vem desenvolvendo um programa que visa a formação de elementos com condições de ministrar a iniciação ao Tênis de Mesa. São Cursos Básicos de Tênis de Mesa que estão sendo levados para as faculdades de Educação Física e Clínicas para Treinadores e Iniciantes de Tênis de Mesa. A certeza da descrição deste quadro é a de que o profissional da área esportiva e especificamente do Tênis de Mesa, é o principal fator para a divulgação, popularização e desenvolvimento do nosso esporte no país. Eles são os responsáveis pela formação de jogadores. Quanto maior número de treinadores nós tivermos, mais jogadores serão iniciados e formados para a modalidade.

CAPÍTULO I

MÉTODOS DE INICIAÇÃO

Uma prova de que este método está ultrapassado são os resultados obtidos pelo Japão, no cenário internacional. O Japão que já foi várias vezes campeão Mundial e dominou a modalidade nos anos 50 e 60, tem caído muito de rendimento.

I.2. Método Alemão

Outro método de iniciação muito usado em todo o mundo é o método alemão. Ele é baseado no desenvolvimento dos sentidos e coordenação das crianças e jovens. Segue um programa preestabelecido, rígido na parte técnica, mas os exercícios/tarefas são variados, em forma de mini competições e muita movimentação. Fisicamente as crianças são estimuladas a experimentar várias situações diferentes, ganhando uma boa consciência corporal. Apesar de seus pontos fortes nos aspectos de motivação e instrumentos pedagógicos e lúdicos, o método alemão peca no seu aspecto técnico, já que também limita muita a experimentação das crianças/alunos por ser demasiado rígido.

I.3. Método Sueco

Foi fundamentado em seu método de iniciação criativo e harmonioso que os suecos chegaram a dominar o Tênis de Mesa mundial. A Suécia é a atual bicampe ã mundial por equipes (89 em Dortmund/Alemanha e 91 em Chiba/Japão); campeã mundial individual com Jorgen Persson,

em 91/Chiba; campeã mundial individual com Jan Ove Waldner, em 89/Dortmund; campeã mundial em duplas com Thomas Von Scheele e Peter Karlsson, em 91/Chiba. O método dá liberdade de experimentação técnica às crianças/iniciantes, aliada ao desenvolvimento da percepção motora. O resultado desse trabalho é o aparecimento de jogadores considerados gênios, como:  Jan Ove Waldner – vicecampe ão mundial em 87, Nova Dehli/Índia e em 91, Chiba/Japão; campeão mundial individual em 89, Dortmound/Alemanha; campeão olímpico em Barcelona 92; bicampe ão mundial por equipes, etc.  Jorgen Persson – vicecampe ão mundial em 89, Dortmund/Alemanha; campeão mundial individual em 91, Chiba/Japão; bicampe ão mundial por equipes, etc.  Michael Appelgren – bicampe ão mundial por equipes; três vezes campeão europeu individual; campeão mundial em duplas, etc.  Stelan Bengstsson – campeão mundial por equipes em 73 e individual em 71, etc. Como um país com pouco menos de 20 mil jogadores filiados consegue formar/descobrir tantos gênios/talentos, enquanto os chineses contam com aproximadamente 10 milhões de jogadores e não conseguem alguns tão expressivos? A resposta está no método de iniciação nosso esporte em questão. Dar liberdade para os jovens iniciantes descobrirem seus golpes preferidos (perto ou longe da mesa de jogo, com muito efeito ou com velocidade, acelerando ou desacelerando a bola). Os professores/treinadores suecos estimulam seus alunos a variarem, a experimentarem as

CAPÍTULO II

O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE UM MÉTODO NACIONAL: APRENDENDO O TÊNIS

DE MESA BRINCANDO

Baseado na experiências obtidas com a aplicação e conhecimento dos métodos já mencionados neste capítulo, foi desenvolvido um programa de iniciação que obtivesse uma melhor performance/aproveitamento final. Que fosse voltado para as nossas crianças, para o temperamento brasileiro, algo que pudesse fazer com que as crianças aprendessem sempre de uma forma alegre, descontraída, com joguetes/mini competições e muitas brincadeiras. As crianças adoram as brincadeiras, portanto, este fator deveria ser marcante dentro desse programa/método de iniciação. Uma vez nomeado o programa ("Aprendendo o Tênis de Mesa Brincando"), o mesmo foi dividido em quatro estágios técnicos distintos:  Primeiro Estágio para crian ças da faixa dos 06 aos 09 anos de idade.  Segundo Estágio para crian ças da faixa dos 08 aos 11 anos de idade.

 Terceiro Estágio para crian ças da faixa dos 10 aos 12 anos de idade.  Quarto Estágio para crian ças da faixa dos 11 aos 13 anos de idade. Na seqüência dos trabalhos de elaboração do programa, foi determinado o conteúdo programático de cada um dos quatro estágios. Deveriam conter tarefas e exercícios que preenchessem as necessidades técnicas, do desenvolvimento motor e satisfação das crianças através de joguetes e brincadeiras. Começamos a por em prática este método em princípio de 1989, contando com a colaboração de alguns técnicos/treinadores: Prof. Marles Sérgio Martins, Josué Massanao Otsuka, José Carlos de Campos, Prof. Sérgio de Abreu Camarda, Paulo César Bueno de Camargo, Sérgio Coradini, Alexandre Motta, Prof. Mônica Camargo Neves e Nelson Machado. Depois de algum tempo, as nossas atenções e esforços ficaram concentrados no trabalho do Prof. Marles Sérgio Martins e Josué Otsuka (Projeto Criança da Mineração Jundu S/A e Jundu Clube Descalvado/SP) e de Prof. Sérgio Camarda (Centro de Treinamento e Desenvolvimento de Tênis de Mesa de Piracicaba). Na primeira fase de experiências do novo programa/método foi observado que as crianças do primeiro e segundo estágios técnicos chegavam as nossas Escolinhas carentes de um trabalho de percepção motora. O pior é que este trabalho deveria estar sendo aplicado para os nossos jovens/crianças nas Escolas da rede pública e particular.