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Topografia
Tipologia: Notas de estudo
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Compartilhado em 08/10/2007
4.7
(14)2 documentos
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Sumário........................................................................................................................................i Lista de Figuras ..........................................................................................................................v Lista de Tabelas.........................................................................................................................ix
iv
COMPUTADOR .................................................................................................................... 13.1 Introdução....................................................................................................................... 13.2 Desenho Técnico ............................................................................................................ 14 TERMOS TÉCNICOS UTILIZADOS EM INSTRUMENTAÇÃO TOPOGRÁFICA E GEODÉSICA.......................................................................................................................... 15 REPRESENTAÇÃO DO RELEVO.................................................................................. 15.1 Introdução....................................................................................................................... 15.2 Métodos Para a Interpolação e Traçado das Curvas de Nível. ....................................... 15.2.1 Método Gráfico ........................................................................................................... 16 Bibliografia........................................................................................................................
ix
Lista de Tabelas
Tabela 1.1 - Efeito da curvatura para diferentes distâncias...................................................... Tabela 1.2 - Efeito da curvatura na altimetria .......................................................................... Tabela 2.1 - Prefixos................................................................................................................. Tabela 3.1 - Principais escalas e suas aplicações ..................................................................... Tabela 3.2 - Representação da precisão da escala. ................................................................... Tabela 5.1 - Precisão das trenas. .............................................................................................. Tabela 6.1 - Classificação dos teodolitos. ................................................................................ Tabela 7.1 - Valor da fração do ano. ........................................................................................ Tabela 9.1 - Poligonal topográfica enquadrada. ..................................................................... Tabela 9.2 - Coordenadas dos pontos de partida e de chegada obtidas em levantamento anterior.................................................................................................................................... Tabela 13.1 - Formatos da série A.......................................................................................... Tabela 15.1 - Escala e eqüidistância.......................................................................................
O homem sempre necessitou conhecer o meio em que vive, por questões de sobrevivência, orientação, segurança, guerras, navegação, construção, etc. No princípio a representação do espaço baseava-se na observação e descrição do meio. Cabe salientar que alguns historiadores dizem que o homem já fazia mapas antes mesmo de desenvolver a escrita. Com o tempo surgiram técnicas e equipamentos de medição que facilitaram a obtenção de dados para posterior representação. A Topografia foi uma das ferramentas utilizadas para realizar estas medições.
Etimologicamente a palavra TOPOS, em grego, significa lugar e GRAPHEN descrição, assim, de uma forma bastante simples, Topografia significa descrição do lugar. A seguir são apresentadas algumas de suas definições:
“A Topografia tem por objetivo o estudo dos instrumentos e métodos utilizados para obter a representação gráfica de uma porção do terreno sobre uma superfície plana” DOUBEK (1989)
“A Topografia tem por finalidade determinar o contorno, dimensão e posição relativa de uma porção limitada da superfície terrestre, sem levar em conta a curvatura resultante da esfericidade terrestre” ESPARTEL (1987).
O objetivo principal é efetuar o levantamento (executar medições de ângulos, distâncias e desníveis) que permita representar uma porção da superfície terrestre em uma escala adequada. Às operações efetuadas em campo, com o objetivo de coletar dados para a posterior representação, denomina-se de levantamento topográfico.
A Topografia pode ser entendida como parte da Geodésia, ciência que tem por objetivo determinar a forma e dimensões da Terra.
Na Topografia trabalha-se com medidas (lineares e angulares) realizadas sobre a superfície da Terra e a partir destas medidas são calculados áreas, volumes, coordenadas, etc. Além disto, estas grandezas poderão ser representadas de forma gráfica através de mapas ou plantas. Para tanto é necessário um sólido conhecimento sobre instrumentação, técnicas de medição, métodos de cálculo e estimativa de precisão (KAHMEN; FAIG, 1988).
De acordo com BRINKER;WOLF (1977), o trabalho prático da Topografia pode ser dividido em cinco etapas:
01 - INTRODUÇÃO À TOPOGRAFIA
A Topografia é a base para diversos trabalhos de engenharia, onde o conhecimento das formas e dimensões do terreno é importante. Alguns exemplos de aplicação:
Em diversos trabalhos a Topografia está presente na etapa de planejamento e projeto, fornecendo informações sobre o terreno; na execução e acompanhamento da obra, realizando locações e fazendo verificações métricas; e finalmente no monitoramento da obra após a sua execução, para determinar, por exemplo, deslocamentos de estruturas.
1.2 - SISTEMAS DE COORDENADAS
Um dos principais objetivos da Topografia é a determinação de coordenadas relativas de pontos. Para tanto, é necessário que estas sejam expressas em um sistema de coordenadas. São utilizados basicamente dois tipos de sistemas para definição unívoca da posição tridimensional de pontos: sistemas de coordenadas cartesianas e sistemas de coordenadas esféricas.
1.2.1 - SISTEMAS DE COORDENADAS CARTESIANAS
Quando se posiciona um ponto nada mais está se fazendo do que atribuindo coordenadas ao mesmo. Estas coordenadas por sua vez deverão estar referenciadas a um sistema de coordenadas. Existem diversos sistemas de coordenadas, alguns amplamente empregados em disciplinas como geometria e trigonometria, por exemplo. Estes sistemas normalmente representam um ponto no espaço bidimensional ou tridimensional.
No espaço bidimensional, um sistema bastante utilizado é o sistema de coordenadas retangulares ou cartesiano. Este é um sistema de eixos ortogonais no plano, constituído de duas retas orientadas X e Y, perpendiculares entre si (figura 1.2). A origem deste sistema é o cruzamento dos eixos X e Y.
Figura 1.2 - Sistema de coordenadas cartesianas.
Origem
Um ponto é definido neste sistema através de uma coordenada denominada abscissa (coordenada X) e outra denominada ordenada (coordenada Y). Um dos símbolos P(x,y) ou P=(x,y) são utilizados para denominar um ponto P com abscissa x e ordenada y.
Na figura 1.3 é apresentado um sistema de coordenadas, cujas coordenadas da origem são O (0,0). Nele estão representados os pontos A(10,10), B(15,25) e C(20,-15).
Figura 1.3 - Representação de pontos no sistema de coordenadas cartesianas.
Um sistema de coordenadas cartesianas retangulares no espaço tridimensional é caracterizado por um conjunto de três retas (X, Y, Z) denominadas de eixos coordenados, mutuamente perpendiculares, as quais se interceptam em um único ponto, denominado de origem. A posição de um ponto neste sistema de coordenadas é definida pelas coordenadas cartesianas retangulares (x,y,z) de acordo com a figura 1.4.
Figura 1.4 – Sistema de coordenadas cartesianas, dextrógiro e levógiro.
Conforme a posição da direção positiva dos eixos, um sistema de coordenadas cartesianas pode ser dextrógiro ou levógiro (GEMAEL, 1981, não paginado). Um sistema dextrógiro é aquele onde um observador situado no semi-eixo OZ vê o semi-eixo OX coincidir com o semi-eixo OY através de um giro de 90° no sentido anti-horário. Um sistema
x y
z O
P(x,y,z)
x
y
z O
Q(x,y,z )
longitude. Tratando-se de Astronomia, estas coordenadas são denominadas de latitude e longitude astronômicas. A figura 1.6 ilustra estas coordenadas.
Figura 1.6 – Terra esférica - coordenadas astronômicas.
1.3.2 - MODELO ELIPSOIDAL
A Geodésia adota como modelo o elipsóide de revolução (figura 1.7). O elipsóide de revolução ou biaxial é a figura geométrica gerada pela rotação de uma semi-elipse (geratriz) em torno de um de seus eixos (eixo de revolução); se este eixo for o menor tem-se um elipsóide achatado. Mais de 70 diferentes elipsóides de revolução são utilizados em trabalhos de Geodésia no mundo.
Um elipsóide de revolução fica definido por meio de dois parâmetros, os semi-eixos a (maior) e b (menor). Em Geodésia é tradicional considerar como parâmetros o semi-eixo maior a e o achatamento f , expresso pela equação (1.2).
a
a b f
a: semi-eixo maior da elipse b: semi-eixo menor da elipse
Figura 1.7 - Elipsóide de revolução.
a
b a a
b
PS
Λ
Φ
G
P
Q Q’
PN
As coordenadas geodésicas elipsóidicas de um ponto sobre o elipsóide ficam assim definidas (figura 1.8):
Latitude Geodésica ( φ ): ângulo que a normal forma com sua projeção no plano do equador, sendo positiva para o Norte e negativa para o Sul.
Longitude Geodésica ( λ ): ângulo diedro formado pelo meridiano geodésico de Greenwich (origem) e do ponto P, sendo positivo para Leste e negativo para Oeste.
A normal é uma reta ortogonal ao elipsóide que passa pelo ponto P na superfície física.
Figura 1.8 - Coordenadas Elipsóidicas.
No Brasil, o atual Sistema Geodésico Brasileiro (SIRGAS2000 - SI stema de R eferência G eocêntrico para as América S ) adota o elipsóide de revolução GRS80 (Global Reference System 1980), cujos semi-eixo maior e achatamento são:
a = 6.378.137,000 m f = 1/298,
1.3.3 - MODELO GEOIDAL
O modelo geoidal é o que mais se aproxima da forma da Terra. É definido teoricamente como sendo o nível médio dos mares em repouso, prolongado através dos continentes. Não é uma superfície regular e é de difícil tratamento matemático. Na figura 1. são representados de forma esquemática a superfície física da Terra, o elipsóide e o geóide.
Figura 1.9 - Superfície física da Terra, elipsóide e geóide.
Superfície Física
Geóide
Elipsóide
Q
λ
φ
P
P’
h
h = altitude geométrica (PP’ )
normal
Δh (mm) = +78,1 l 2 (km) Δh´(mm) = +67 l 2 (km)
onde:
Δl = deformação planimetrica devida a curvatura da Terra, em mm. Δh = deformação altimétrica devida a curvatura da Terra, em mm. Δh´ = deformação altimétrica devida ao efeito conjunto da curvatura da Terra e da refração atmosférica, em mm. l = distância considerada no terreno, em km.
d) o plano de projeção tem a sua dimensão máxima limitada a 80 km, a partir da origem, de maneira que o erro relativo, decorrente da desconsideração da curvatura terrestre, não ultrapasse 1:35000 nesta dimensão e 1:15000 nas imediações da extremidade desta dimensão. e) a localização planimétrica dos pontos, medidos no terreno e projetados no plano de projeção, se dá por intermédio de um sistema de coordenadas cartesianas, cuja origem coincide com a do levantamento topográfico; f) o eixo das ordenadas é a referência azimutal, que, dependendo das particularidades do levantamento, pode estar orientado para o norte geográfico, para o norte magnético ou para uma direção notável do terreno, julgada como importante.
Uma vez que a Topografia busca representar um conjunto de pontos no plano é necessário estabelecer um sistema de coordenadas cartesianas para a representação dos mesmos. Este sistema pode ser caracterizado da seguinte forma:
Eixo Z: materializado pela vertical do lugar (linha materializada pelo fio de prumo); Eixo Y: definido pela meridiana (linha norte-sul magnética ou verdadeira); Eixo X: sistema dextrógiro (formando 90º na direção leste).
A figura 1.11 ilustra este plano.
Figura 1.11 - Plano em Topografia.
Eixo Y
Eixo X
Eixo Z
90º Plano de Projeção 90º
Em alguns casos, o eixo Y pode ser definido por uma direção notável do terreno, como o alinhamento de uma rua, por exemplo (figura 1.12).
Figura 1.12 - Eixos definidos por uma direção notável.
1.3.4.1- EFEITO DA CURVATURA NA DISTÂNCIA E ALTIMETRIA
A seguir é demonstrado o efeito da curvatura nas distâncias e na altimetria. Na figura 1.13 tem-se que S é o valor de uma distância considerada sobre a Terra esférica e S´ a projeção desta distância sobre o plano topográfico.
Figura 1.13 - Efeito da curvatura para a distância.
A diferença entre S´e S será dada por:
Calculando S e S´e substituindo na equação (1.3) tem-se:
S’ = R tg θ (1.4 )
θ
R: raio aproximado da Terra (6370 km)
Eixo X
Eixo Y