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Apostila ProRN - Novas modalidades Terapeuticas na Insuficiencia Resp do RN - Paula, Notas de aula de Enfermagem

Novas modalidades Terapeuticas na Insuficiencia Resp do RN - Paula

Tipologia: Notas de aula

2011

Compartilhado em 02/10/2011

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PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO EM NEONATOLOGIA
ORGANIZADO PELA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA
Diretores acadêmicos
Renato S. Procianoy
Cléa R. Leone
Artmed/Panamericana Editora Ltda.
SISTEMA DE EDUCAÇÃO MÉDICA CONTINUADAA DISTÂNCIA
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PRO RN

PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO EM NEONATOLOGIA

ORGANIZADO PELA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA

Diretores acadêmicos

Renato S. Procianoy

Cléa R. Leone

Artmed/Panamericana Editora Ltda.

SISTEMA DE EDUCAÇÃO MÉDICA CONTINUADA A DISTÂNCIA

Sociedade Brasileira de Pediatria Rua Santa Clara, 292. Bairro Copacabana 22041-010 - Rio de Janeiro, RJ Fone (21) 2548-1999 – Fax (21) 2547- E-mail: sbp@sbp.com.br http://www.sbp.com.br

SISTEMA DE EDUCAÇÃO MÉDICA CONTINUADA A DISTÂNCIA (SEMCAD ®^ )
PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO EM NEONATOLOGIA (PRO RN )

Artmed/Panamericana Editora Ltda. Avenida Jerônimo de Ornelas, 670. Bairro Santana 90040-340 – Porto Alegre, RS – Brasil Fone (51) 3025-2550 – Fax (51) 3025- E-mail: info@semcad.com.br consultas@semcad.com.br http://www.semcad.com.br

Os autores têm realizado todos os esforços para localizar e indicar os detentores dos direitos de autor das fontes do material utilizado. No entanto, se alguma omissão ocorreu, terão a maior satisfação de na primeira oportunidade reparar as falhas ocorridas.

A medicina é uma ciência em permanente atualização científica. Na medida em que as novas pesquisas e a experiência clínica ampliam nosso conhecimento, modificações são necessárias nas modalidades terapêuticas e nos tratamentos farmacológicos. Os autores desta obra verificaram toda a informação com fontes confiáveis para assegurar-se de que esta é completa e de acordo com os padrões aceitos no momento da publicação. No entanto, em vista da possibilidade de um erro

humano ou de mudanças nas ciências médicas, nem os autores, nem a editora ou qualquer outra pessoa envolvida na preparação da publicação deste trabalho garantem que a totalidade da informação aqui contida seja exata ou completa e não se responsabilizam por erros ou omissões ou por resultados obtidos do uso da informação. Aconselha-se aos leitores confirmá-la com outras fontes. Por exemplo, e em particular, recomenda-se aos leitores revisar o prospecto de cada fármaco que planejam administrar para certificar-se de que a informação contida neste livro seja correta e não tenha produzido mudanças nas doses sugeridas ou nas contra-indicações da sua administração. Esta recomendação tem especial importância em relação a fármacos novos ou de pouco uso.

NOVAS MODALIDADES TERAPÊUTICAS NA INSUFUCUÊNCIA RESPIRATÓRIA DO RECÉM-NASCIDO

Por outro lado, com este avanço tecnológico, recém-nascidos cada vez mais prematuros têm sobrevivido e, quanto mais imaturo for o pulmão, mais susceptível ele será à lesão.

O uso do surfactante precoce tem diminuído drasticamente a gravidade da insuficiência respiratória desses recém-nascidos .4–7^ Surfactantes naturais e sintéticos estão disponíveis no mercado e novos tipos de surfactantes estão sendo testados com resultados promissores. 4 - 6

No entanto, todos esses avanços científicos, embora não tenham diminuído a incidência da DBP, modificaram a patologia dessa doença e determinaram, nos últimos anos, mudanças no quadro clínico, na definição e classificação da DBP. 8

Antes do uso desses novos recursos terapêuticos, as lesões predominantes eram inflamação e fibrose de parênquima pulmonar. Recentemente, as alterações histológicas do pulmão ca- racterizam-se por lesões com menos fibrose, aeração mais uniforme e principalmente com diminuição do número de alvéolos.

Um fator importante na lesão pulmonar é o processo inflamatório. Quando o pulmão sofre uma agressão, mediadores inflamatórios como TNF- e interleucinas são liberados, produzin- do lesão no tecido pulmonar.

Corticosteróides vinham sendo utilizados para reduzir este processo inflamatório pul- monar, porém, recentemente, a Sociedade Americana de Pediatria recomendou a suspensão do uso da dexametasona no recém-nascido prematuro , devido aos im- portantes efeitos colaterais, como retardo do desenvolvimento neurológico.^9

Ultimamente, pesquisas experimentais têm sido realizadas no intuito de descobrir um novo antiinflamatório sem os efeitos deletérios dos corticosteróides.10,

Outro foco de investigação em pesquisas básicas e aplicadas está sendo intensamente desenvolvido na área da biologia molecular , na tentativa de prevenir a lesão pulmonar e acelerar o desenvolvimento desses pulmões imaturos.

Atualmente, os neonatologistas estão preocupados em utilizar uma ventilação mais gentil , inclusive aceitando um certo grau de hipercapnia , e também permitindo, através da ventila- ção sincronizada , que o recém-nascido determine a sua própria necessidade ventilatória, evitando uma hipo ou hiperventilação.

OBJETIVOS

O objetivo deste capítulo é abordar as tendências atuais do suporte ventilatório utilizado na insuficiência respiratória no período neonatal.

Discutiremos as indicações, parâmetros e complicações: ■■■■■ da pressão positiva contínua de vias aéreas (CPAP), ■■■■■ dos respiradores controlados a pressão, ■■■■■ dos novos respiradores controlados a volume, ■■■■■ da ventilação de alta freqüência (VAF), ■■■■■ da oxigenação extracorpórea (ECMO), ■■■■■ e da ventilação líquida.

α

PRO
RN
SEMCAD

ESQUEMA CONCEITUAL

Modalidades de suporte respiratório no período neonatal

Não- invasivo

Invasivo

Conclusões

Caso clínico

CPAP nasal

VPPIN

Ventilação mecânica

Tipos de respiradores

Convencional

Sincronizada

Alta freqüência

ECMO

Líquidas parciais

Controlado a pressão

Controlado a volume

Combinados

Novas modalidades terapêuticas na insuficiência respiratória do recém-nascido

PRO
RN

Por ainda não se ter uma conduta definida com relação ao uso de CPAP precoce, o SEMCAD Instituto Nacional de Saúde (NIH) dos EUA está conduzindo um estudo multicêntrico, com a administração da CPAP ainda na sala de parto em recém-nascidos com idade gestacional menor do que 28 semanas, para tentar melhor definir as indicações des- ta conduta.

Indicações e contra-indicações da CPAP

O uso da CPAP pode ser profilático ou terapêutico. A ação profilática visa evitar o colabamento dos alvéolos. A CPAP nasal leva ao aumento da pressão média das vias aéreas (MAP), prevenindo o colabamento dos alvéolos distais e, conseqüentemente, diminuindo a re- sistência aérea e melhorando a oxigenação.

Como uso terapêutico , a CPAP reabre os alvéolos já colapsados , aumentando, assim, a ca- pacidade residual funcional. A CPAP ainda tem a ação de estabilizar a respiração do recém- nascido prematuro, evitando apnéia.

Os recém-nascidos com hérnia diafragmática ou pneumotórax não têm indicação de CPAP. As indicações e contra-indicações clássicas da CPAP nos recém-nascidos estão apresentadas na Tabela 1.

Tabela 1 INDICAÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES DA CPAP

LEMBRAR

Indicações Vias aéreas hipotônicas:

  • apnéia da prematuridade,
  • traqueomalácia. Necessidade de aumentar a capacidade residual funcional:
  • doença de membranas hialinas (DMH),
  • pneumonia,
  • atelectasias,
  • edema pulmonar,
  • aspiração de mecônio,
  • pós-toracotomia,
  • síndrome da angústia respiratória aguda (SARA),
  • taquipnéia transitória do recém-nascido,
  • cardiopatias com ingurgitamento de vasos pulmonares

Contra-indicações da CPAP Pneumotórax não-tratados.

Hérnia diafragmática. Grave instabilidade cardiovascular. Falência respiratória: (pH < 7,25, PaO 2 < 50mmHg, PaCO 2 > 65mmHg e FiO 2 > 0,6).

NOVAS MODALIDADES TERAPÊUTICAS NA INSUFUCUÊNCIA RESPIRATÓRIA DO RECÉM-NASCIDO

Uso clínico da CPAP

A CPAP pode ser aplicada através de: ■■■■■ pronga nasal; ■■■■■ tubo endotraqueal; ■■■■■ tubo nasofaríngeo.

A pronga nasal é o método mais utilizado atualmente, por apresentar melhor efeito terapêutico com menores riscos.

Para um bom funcionamento, a pronga tem que ser adequadamente adaptada ao peso do recém- nascido (Tabela 2 ) e cuidadosamente posicionada para manter a pressão desejada ( Figura 1 ).

Tabela 2 NÚMERO DA PRONGA NASAL COM RELAÇÃO AO PESO DO RECÉM-NASCIDO

Os parâmetros da CPAP devem ser ajustados conforme a necessidade do recém- nascido.

A CPAP deve ser em torno de 4 – 6cmH 2 O, alguns serviços utilizam pressões maiores, como 10 – 12 cmH 2 O, monitorizando a função hemodinâmica, porém, essa conduta pode aumentar o risco de hiperdistensão alveolar e diminuição do débito cardíaco.

O oxigênio deve ser ajustado para manter PaO 2 entre 50 – 70mmHg. Se houverem sinais de falência respiratória (PaO 2 < 50mmHg com FiO 2 > 0,6 e PaCO (^2)

65mmHg), deve-se indicar intubação traqueal e ventilação mecânica.

Peso do recém-nascido < 700g 700 – 1.000g 1.000 – 2.000g 2.000 – 3.000g

3.000g

Número da pronga 0 1 2 3 4

Figura 1 - Representação da instalação do CPAP nasal no recém-nascido utilizando a pronga curta.

NOVAS MODALIDADES TERAPÊUTICAS NA INSUFUCUÊNCIA RESPIRATÓRIA DO RECÉM-NASCIDO

Podemos, assim, concluir que ainda existe muito a discutir sobre benefícios e pre- juízos da CPAP. Ao mesmo tempo, porém, sabemos que muitas de nossas UTI neonatais dispõem de limitados recursos, sendo indispensável o uso da CPAP nasal.

O uso adequado da CPAP pode evitar que o paciente venha a necessitar de interven- ções mais invasivas , que causam maior dano pulmonar. Sendo assim, é necessário ter bom conhecimento da técnica e estar atento para as possíveis complicações.

  1. Que fatores tornam a CPAP um dos recursos de mais ampla utilização nas UTI neonatais, ainda que suas indicações continuem controversas? ....................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................ ........................................................................................................................................................ ........................................................................................................................................................
  2. Sintetize as contribuições decorrentes dos estudos experimentais e randomizados com relação ao uso de CPAP, combinando o uso de surfactante e corticosteróide. ....................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................ ........................................................................................................................................................ ........................................................................................................................................................
  3. Componha o quadro com informações relevantes sobre indicações e contra-indica- ções, uso clínico e complicações referentes ao uso de suporte não-invasivo.

SUPORTE RESPIRATÓRIO INVASIVO

A ventilação mecânica pode ser oferecida nas modalidades convencional , sincro- nizada ou de alta freqüência , dependendo do quadro clínico do recém-nascido e da disponibilidade de cada serviço. Os respiradores utilizados na ventilação mecâni- ca podem ser controlados a pressão ou a volume.

CPAP (pressão de vias aéreas positiva contínua) nasal

VPPIN (ventilação com pressão positiva intermitente nasal)

Indicações e contra-indicações

Uso clínico Complicações

PRO
RN
SEMCAD

TIPOS DE RESPIRADORES NEONATAIS

Até recentemente, os recém-nascidos eram ventilados apenas com respiradores controlados a pressão.

Atualmente, com o avanço da tecnologia, novos respiradores , dotados de sofisticados equipa- mentos microprocessados capazes de medir a quantidade de gás administrada ao pulmão, bem como calcular e administrar os parâmetros que o recém-nascido precisa, permitem o uso da ventilação a volume no período neonatal ( Tabelas 3 e 4 ). Porém, essas gerações de respirado- res ainda estão sendo usadas de forma experimental.

Tipos de ventilações que utilizam respiradores controlados a pressão

Os tipos de ventilações mecânicas controladas a pressão são: ■■■■■ ventilação limitada a pressão ciclada a tempo, ■■■■■ ventilação com pressão controlada e ■■■■■ ventilação com suporte de pressão.

Ventilação limitada a pressão e ciclada a tempo

A ventilação limitada a pressão e ciclada a tempo pode ser usado na modalidade convencional (IMV) ou nas modalidades sincronizadas (ventilação mandatória intermitente sincronizada [SIMV] ou assistida/controlada (A/C). Nesse tipo de venti- lação, o fluxo de gás é contínuo, o tempo inspiratório é ajustado e a pressão inspiratória positiva (PIP) é constante.

A ventilação limitada a pressão e ciclada a tempo é a modalidade mais antiga e mais utilizada pelos neonatologistas.

A desvantagem desta forma de modalidade de ventilação é que o volume corrente é variável , porém, se usada na forma sincronizada, pode diminuir o risco de barotrauma , por evitar assincronia entre a ciclagem do respirador e a respiração do paciente.

Ventilação com pressão controlada

Na ventilação com pressão controlada, a pressão inspiratória é limitada , mas o fluxo de gás é variável, depende do esforço respiratório do paciente. Assim, o fluxo de gás é lançado a cada inspiração mecânica, produzindo um enchimento alveolar mais rápido, melhorando a ventilação-perfusão e oxigenação.

A desvantagem dessa ventilação é também a variação do volume corrente.

PRO
RN
SEMCAD

Volume controlado com pressão regulada

Essa modalidade garante o volume desejado, com a vantagem de regular a pressão do res- pirador. O respirador atinge o volume corrente desejado, desacelerando o fluxo de gás e diminu- indo a PIP.

A limitação dessa forma de ventilação é que ela só pode ser utilizada com o modelo sincroni- zado A/C , que não é usado com freqüência.

Volume garantido com pressão de suporte

Pode ser usada com os modelos sincronizados (A/C e SIMV). A respiração espontânea come- ça e ativa a respiração mecânica sincronizada, o respirador mede continuamente o volume cor- rente no final de cada respiração. Se o volume corrente desejado é atingido, o respirador funciona como os controlados por pressão, caso contrário, o tempo inspiratório é prolongado até atingir esse volume corrente.

Volume garantido com pressão limitada

Esta modalidade é usada como a ventilação controlada à pressão e ciclada a tempo , mas a pressão do respirador é alterada automaticamente para atingir o volume necessário.

A pressão máxima que o respirador pode usar é fixada pelo neonatologista. Se a pressão máxima é alcançada sem que o volume corrente seja atingido, o respirador alarma. O volume corrente é calculado baseado na média das últimas 8-10 respirações.

Tabela 3 DIFERENÇAS ENTRE VENTILAÇÃO A PRESSÃO E A VOLUME

Tabela 4 RESPIRADORES USADOS NAS MODALIDADES DE VENTILAÇÃO A VOLUME E COMBINADAS

Volume Mantém o volume corrente constante independente da complacência pulmonar.

Risco de aumentar excessivamente a pressão para manter o volume corrente levando a barovolutrauma.

Pressão Volume corrente variável com risco de hiperventilação ou hipoventilação dependendo da variação da complacência pulmonar. Pressão aérea limitada, reduzindo o risco de barotrauma.

Continua ➜➜➜➜➜

Respiradores utilizados VIP BIRD / Gold

Bear Cub 750 PSV

Modalidades Volume garantido, Volume garantido com pressão de suporte. Volume limitado com pressão controlada.

NOVAS MODALIDADES TERAPÊUTICAS NA INSUFUCUÊNCIA RESPIRATÓRIA DO RECÉM-NASCIDO

Comparativamente a ventilação e a pressão, quais são as vantagens e desvantagens do uso da ventilação a volume?

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VENTILAÇÃO MECÂNICA CONVENCIONAL

A ventilação mecânica convencional ainda é a modalidade mais conhecida e utilizada nas unidades de terapia intensiva neonatais do Brasil.

Os respiradores mais freqüentemente utilizados são os controlados a pressão e ciclados a tempo , porém, vários estudos estão sendo realizados com o uso dos respiradores controlados a volume no período neonatal.

Existem dois tipos de ventilação mecânica convencional: ■■■■■ Modo controlado: no qual todo o trabalho é feito pelo respirador. O recém-nas- cido está sedado ou usando relaxante muscular e, conseqüentemente, não apre- senta respiração espontânea.

■■■■■ Ventilação mandatória intermitente (IMV): na qual o recém-nascido respira in- dependente do respirador e os parâmetros do respirador são fixos.

Muitos estudos foram feitos na tentativa de reduzir a incidência de lesão pulmonar induzida pelo respirador (VILI – ventilator-induced lung injury ) e técnicas menos agressivas de ventilação foram desenvolvidas.

A tendência atual é: ■■■■■ ventilar o recém-nascido com um volume corrente reduzido ; ■■■■■ baixa pressão inspiratória ; ■■■■■ adequada pressão expiratória ; ■■■■■ tempo inspiratório reduzido ; ■■■■■ FiO 2 rigorosamente controlada e tolerando-se uma PaCO 2 mais elevada ( hipercapnia per- missiva ), como vamos abordar a seguir.

Respiradores utilizados Siemens Servo 300

Draeger Babylog 8000

Modalidades Volume garantido, Volume controlado com pressão regulada. Volume garantido com pressão limitada.

NOVAS MODALIDADES TERAPÊUTICAS NA INSUFUCUÊNCIA RESPIRATÓRIA DO RECÉM-NASCIDO

Tempo inspiratório (TI)

O uso de tempos inspiratórios longos está associado a maior incidência de pneumotórax e DBP. Atualmente, no período neonatal, tem sido usado tempo inspiratório mais curto, em torno de 0,3 - 0,4 segundos, não devendo ultrapassar de 0,4 segundos, a não ser por um período curto de tempo para recrutamento de alvéolos colapsados.

Fração inspiratória de oxigênio (FiO 2 )

A hiperoxia no recém-nascido pode ser tão deletéria quanto a hipoxia. O oxigênio deve ser cautelosamente administrado como qualquer outra medicação, evitando overdose.

O oxigênio apresenta efeitos deletérios , como toxicidade pulmonar , aumentando o líquido no interstício , seguido de fibrose e metaplasia do epitélio bronquial. Além disso , aumenta o risco de infecção pulmonar e de retinopatia da prematuridade.

Portanto, a oferta de oxigênio deve limitar-se ao mínimo necessário para manter PaO 2 entre 50 – 70mmHg e a saturação de O 2 no oxímetro de pulso entre 90 – 94%.

Fluxo

O fluxo de gás do respirador deve ser ajustado em torno de 4 a 6 L/min. O ajuste do fluxo de gás deve ser conduzido pela avaliação de gráficos que são disponíveis nos respiradores mais moder- nos durante a ventilação.

O fluxo deve ser adequado para manter uma onda mais próxima da fisiológica (sinusoidal).

Um fator muito importante na ventilação do recém-nascido é que o gás administrado seja devida- mente aquecido e umidificado.

Relação inspiração/expiração (I:E)

Geralmente, a relação I:E e o tempo expiratório variam dependendo do tempo inspiratório e da freqüência respiratória selecionada no respirador. Essa relação deve ser mantida o mais próxi- mo do fisiológico , por exemplo: 1:1,5, 1:2 e 1:.

A ventilação com relação invertida não está indicada no período neonatal pelo risco de pneumotórax e comprometimento hemodinâmico.

Freqüência respiratória

A freqüência respiratória deve ser ajustada para manter uma boa ventilação alveolar. Deve-se iniciar em torno de 30 – 40 respirações por minuto e ajustar conforme a variação da PaCO 2 , respeitando o limite da relação I:E e lembrando da tendência atual de tolerar valores de CO (^2) mais elevados.

PRO
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SEMCAD
  1. Diferencie o modo controlado e a ventilação mandatória intermitente – tipos de ven- tilação mecânica convencional.

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  1. Qual a tendência atual na ventilação mecânica? ....................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................ ........................................................................................................................................................ ........................................................................................................................................................
  2. Quais variáveis devem ser levadas em consideração no estabelecimento de PIP?

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  1. Por que a oferta de oxigênio deve limitar-se ao mínimo necessário?

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Avaliação da ventilação

Gasometria

A gasometria continua sendo uma avaliação fundamental dos parâmetros ventilatórios.

Recentemente, tem sido demonstrado que a hipercapnia permissiva pode diminuir a lesão pulmo- nar, provavelmente por manter um volume corrente mais baixo. Porém, um estudo clínico randomizado, com maior número de recém-nascidos, precisa ser realizado para testar o benefício e segurança dessa proposta.

Sabe-se que PaCO 2 menor de 25 - 30mmHg pode aumentar a incidência de leucomalácia e paralisia cerebral , assim como a exposição prolongada a níveis baixos de PaCO 2 está associ- ada à perda da audição em recém-nascidos a termo.

PRO
RN
SEMCAD

Ajustando-se um desses parâmetros, pode-se oferecer mais ou menos suporte ventilatório, de- pendendo da necessidade do paciente. Quando a MAP é superior a 8cmH 2 O indica que o supor- te ventilatório é intenso.

A maioria dos respiradores calcula a MAP baseado na seguinte fórmula:

MAP = K (PIP – PEEP) [TI / (TI + TE)] + PEEP

Onde K é uma constante que depende da freqüência de aumento da curva da PIP (em situações clínicas, K é sempre menor que 1 )

Avaliação da ventilação com gráficos

Os respiradores mais modernos permitem acompanhar os movimentos respiratórios através de gráficos, apresentados em monitores acoplados ao respirador, que também possibilitam calcular complacência, resistência pulmonar e o volume corrente.

Estas medidas permitem uma avaliação mais precisa da ventilação e monitorização dos parâmetros que devem ser modificados para evitar uma hipo ou hiperventilação (Figura 2).

Mecânica pulmonar

A avaliação da complacência e resistência pulmonar é muito importante na evolução do recém-nascido em ventilação mecânica.

Complacência pulmonar

Complacência pulmonar é a capacidade de distensão dos pulmões. Quanto maior a complacência, maior é o volume e menor é a pressão necessária para ventilar o pulmão.

Assim, se a complacência diminuir, é preciso aumentar a pressão para oferecer a mesma quan- tidade de volume corrente. A complacência do recém-nascido com um pulmão saudável é em torno de 3 - 5ml ( cmH 2 O ) -^.

A complacência pulmonar é calculada pela seguinte fórmula:

∆ volume

C = ∆ pressao

Onde ∆= variação.

NOVAS MODALIDADES TERAPÊUTICAS NA INSUFUCUÊNCIA RESPIRATÓRIA DO RECÉM-NASCIDO

Lesão de vias aéreas: Inflamação da traquéia, Traqueomalácia,

Escapamento de ar : Enfisema intersticial pulmonar, Pneumotórax,

Resistência pulmonar

Resistência pulmonar é a capacidade das vias aéreas em resistir ao fluxo de gás.

Se a resistência aumenta, o fluxo de gás diminui, sendo necessário aumentar a pressão para oferecer o mesmo fluxo. A resistência pulmonar normal em recém-nascidos é em torno de 25 – 50cmH 2 O. Litro-1^ .seg-^.

A fórmula usada para calcular a resistência pulmonar é:

Complicações da ventilação mecânica

As complicações da ventilação mecânica no período neonatal são muitas, desde inflamação das vias aéreas até a DBP ( Tabela 5 ).

Com o uso das novas técnicas de ventilação e com a monitorização freqüente, os neonatologistas estão tentando diminuir o risco de lesão pulmonar.

Tabela 5 COMPLICAÇÕES DA VENTILAÇÃO MECÂNICA

Lesão de vias aéreas: Estenose subglótica, Granuloma, Lesão do septo nasal, Traqueobronquite necrosante. Complicações do tubo endotraqueal: Obstrução, Extubação acidental, Lesão das vias aéreas. Lesão crônica do pulmão: Displasia broncopulmonar, Enfisema.

Escapamento de ar : Pneumomediastino, Pneumopericárdio, Pneumoperitônio, Hiperinsuflação. Cardiovascular: Diminuição do débito cardíaco, Ductos arterioso patente, Hemorragia intraventricular. Outras: Retinopatia da prematuridade, Apnéia, Infecção, Intolerância alimentar, Retardo no desenvolvimento.

pressão fluxo

R = ∆