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APOSTILA. PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO. E PRIMEIROS SOCORROS ... Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, Manual Básico de Bombeiro ...
Tipologia: Notas de estudo
Compartilhado em 07/11/2022
4.6
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Não perca as partes importantes!
ELABORAÇÃO: Ricardo Costa da Rosa Técnico em Segurança do Trabalho SIAPE: 2172949 Diretoria de Gestão de Pessoas IFRS - Câmpus Porto Alegre
Porto Alegre – RS 2015
Apostila Prevenção e Combate a Incêndio e Primeiros Socorros
1 Brigada de Incêndio - NBR-
Grupo organizado de pessoas preferencialmente voluntárias ou indicadas, treinadas e capacitadas para atuar na prevenção e no combate ao princípio de incêndio, abandono de área e primeiros socorros, dentro de uma área preestabelecida na planta.
1.1 Funções
1.2 Critérios Básicos para seleção de candidatos a brigadistas
1.3 Formação dos Brigadistas
A validade do treinamento completo de cada brigadista é de no máximo 12 meses.
Os brigadistas que concluírem o curso com aproveitamento mínimo de 70% na avaliação teórica e prática definida no anexo B devem receber certificados de brigadista, expedidos por instrutor em incêndio e instrutor em primeiros-socorros, com validade de um ano. Para a reciclagem, o brigadista pode ser dispensado de participar da parte teórica do treinamento de incêndio e/ou primeiros-socorros, desde que seja aprovado em pré-avaliação em que obtenha 70% de aproveitamento.
Apostila Prevenção e Combate a Incêndio e Primeiros Socorros
1.7 Controle da Brigada de Incêndio
As reuniões ordinárias, as reuniões extraordinárias e os exercícios simulados devem ser realizados pelos membros da brigada de incêndio, conforme Plano de emergência contra incêndio da planta e ABNT NBR 15219 Plano de emergências Contra Incêndio.
1.8 Divulgação e Identificação da Brigada
O Brigadista deve utilizar constantemente em lugar visível uma identificação (por exemplo: botton, crachá etc.), que o identifique como membro da brigada de incêndio.
2 Prevenção e Proteção Contra Incêndios
2.1 Introdução
O nosso planeta já foi uma massa incandescente, que passou por um processo de resfriamento, até chegar à formação que conhecemos. Dessa forma, o fogo existe desde o início da formação da Terra, passando a coexistir com o homem depois do seu aparecimento. Presume- se que os primeiros contatos, que os primitivos habitantes tiveram com o fogo, foram através de manifestações naturais como os raios que provocam grandes incêndios florestais. Na sua evolução, o homem primitivo passou a utilizar o fogo como parte integrante da sua vida. O fogo colhido dos eventos naturais e, mais tarde, obtido intencionalmente através da fricção de pedras, foi utilizado na iluminação e aquecimento das cavernas e no cozimento da sua comida. Desde que o homem descobriu o fogo, a sua aplicação em muitas áreas tem sido relevante. O fogo tem contribuído para o avanço da humanidade, sendo que o desenvolvimento tecnológico surgiu com a sua descoberta. No entanto, quando os homens perdem o controle do fogo, desencadeia-se um incêndio, com todas as perdas e danos que dele podem resultar. Ou seja, um incêndio é um fogo descontrolado. Para dominar e controlar o fogo, e evitar um incêndio são necessários conhecer os fundamentos do fogo.
Apostila Prevenção e Combate a Incêndio e Primeiros Socorros
2.2 Causas de incêndio
Naturais
Quando o incêndio é originado em razão dos fenômenos da natureza, que agem por si só, completamente independente da vontade humana.
Artificiais: Acidentais e Propositais
Quando o incêndio irrompe pela ação direta do homem, ou poderia ser por ele evitado tomando-se as devidas medidas de precaução.
Acidental
Quando o incêndio é proveniente do descuido do homem, muito embora ele não tenha intenção de provocar o acidente. Esta é a causa da maioria dos incêndios
Proposital Quando o incêndio tem origem criminosa, ou seja, houve a intenção de alguém em provocar o incêndio.
Exemplos de origens:
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4.2 Tetraedro do Fogo
Os processos de combustão, embora muito complexos, eram representados por um triângulo, em que cada um dos seus lados representava um dos três fatores essências para a deflagração de um fogo: combustível, comburente e calor. Esta representação foi aceita durante muito tempo, não obstante fenômenos anômalos não podiam ser completamente explicados com base neste triângulo. Para poder explicar tais fenômenos, foi necessário incluir um quarto fator: a existência de reações em cadeia. Por essa razão, foi proposta uma nova representação em forma de tetraedro que compreende as condições necessárias para que se dê origem ao fogo. A razão para empregar um tetraedro e não um quadrado é que cada um dos quatro elementos está diretamente adjacente e em conexão com cada um dos outros três. Ao retirar um ou mais dos quatro elementos do tetraedro do fogo, este ficará incompleto e, por consequência o resultado será a extinção.
Fig. Tetraedro do Fogo Fonte: Escola Nacional de Bombeiros, Fenomenologia da combustão e extintores, Volume VII, 2006, p.15.
4.3 Calor
Apostila Prevenção e Combate a Incêndio e Primeiros Socorros
Fontes de Calor
4.4 Combustível
Exemplos de Combustíveis:
Apostila Prevenção e Combate a Incêndio e Primeiros Socorros
4.4.4 Ponto de Fulgor
É a temperatura mínima a que uma substância combustível, em presença de ar, emite uma quantidade de vapores suficiente para que a mistura se inflame quando sujeita a uma fonte de ignição. Esta variável pode ser encontrada na bibliografia como ponto de inflamação ou flash point.
Fig. Ponto de Fulgor Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, Manual Básico de Bombeiro Militar, Volume 1, 2014, p. 55
4.4.5 Ponto de Combustão
Consiste na temperatura a qual um combustível emite vapores com rapidez suficiente para proporcionar a continuidade da combustão. Ou seja , mesmo eliminando a fonte de ignição inicial a combustão continua. Esta temperatura é denominada de ponto de combustão ou temperatura de combustão.
Fig. Ponto de Combustão Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, Manual Básico de Bombeiro Militar, Volume 1, 2014, p. 55
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4.4.6 Temperatura de Auto-Ignição
É a temperatura mínima a que um combustível deve ser aquecido na presença de ar, para provocar sua combustão espontânea, sem a presença de uma fonte de ignição. A temperatura de auto-ignição de um combustível sólido é influenciada pela circulação de ar de aquecimento ou ventilação, e pela forma e dimensão do sólido.
Fig. Temperatura de Auto Ignição Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, Manual Básico de Bombeiro Militar, Volume 1, 2014, p. 55
4.5 Comburente
É o agente oxidante (comburente) da reação de combustão, o oxigênio presente no ar atmosférico.
4.6 Reação em Cadeia
As reações em cadeia constituem o processo que permite o progresso da reação no seio da mistura comburente-combustível. Na combustão ocorre a formação de frações químicas, instáveis e temporárias, denominadas “radicais livres”. Estes radicais são responsáveis pela transferência de energia entre uma molécula “queimada” e uma molécula “não queimada”.
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Fig. Propagação do Calor por convecção Fonte: Escola Nacional de Bombeiros, Fenomenologia da combustão e extintores, Volume VII, 2006, p.26.
5.3 Irradiação
É a transmissão de calor por ondas de energia calorífica que se deslocam através do espaço. As ondas de calor propagam-se em todas as direções, e a intensidade com que os corpos são atingidos aumenta ou diminui à medida que estão mais próximos ou mais afastados da fonte de calor.
Fig. Propagação do Calor por Irradiação Fonte: Escola Nacional de Bombeiros, Fenomenologia da combustão e extintores, Volume VII, 2006, p.25.
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5.4 Produtos da Combustão
Os produtos de um incêndio podem ser divididos em quatro categorias: Gases da combustão; Chama; Calor e Fumaça. Estes produtos têm uma variedade de efeitos fisiológicos nas pessoas, sendo os mais importantes às queimaduras e os efeitos tóxicos da inalação do ar quente e gases.
5.4.1 Gases da Combustão
São gases que permanecem no ambiente ao reduzir-se ao normal a temperatura dos produtos da combustão. A toxicidade dos gases da combustão depende de sua composição, concentração, duração da exposição e condições físicas do indivíduo exposto. Normalmente durante os incêndios, devido ao esforço físico, a taxa respiratória das pessoas se torna mais elevada, tornando-as mais suscetíveis.
5.4.2 Chama
A queima de materiais em presença de uma atmosfera normal, rica em oxigênio, é geralmente acompanhada por uma radiação luminosa denominada chama. A exposição direta à chama provoca tanto queimaduras nas pessoas como danos materiais, uma vez que as chamas propagam o fogo, através do calor que irradiam.
5.4.3 Calor
O calor é um dos grandes responsáveis pela propagação do incêndio. É uma forma de energia radiante que se produz juntamente com os produtos da combustão durante a queima de um combustível. O calor emitido no decorrer de um incêndio, e a consequente elevação da temperatura, produzem danos tanto às pessoas como aos bens materiais. Efeitos: desidratação, esgotamento físico, bloqueio das vias respiratórias e queimaduras.
Apostila Prevenção e Combate a Incêndio e Primeiros Socorros
Classe A - são materiais de fácil combustão com a propriedade de queimarem em sua superfície e profundidade, e que deixam resíduos, como: tecidos, madeira, papel, fibras, etc.
Classe B - são considerados inflamáveis os produtos que queimem somente em sua superfície, não deixando resíduos, como óleo, graxas, vernizes, tintas, gasolina, etc.
Classe C - quando ocorrem em equipamentos elétricos energizados como motores, transformadores, quadros de distribuição, fios, etc.
Classe D - elementos pirofóricos como magnésio, zircônio, titânio.
Classe K – óleos de cozinha, gorduras e graxa (classificação da norma NFPA 10).
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7 Métodos de Extinção
A extinção de um incêndio corresponde sempre em extinguir a combustão pela eliminação ou neutralização de pelo menos um dos elementos essenciais da combustão representados pelo tetraedro do fogo.
7.1 Resfriamento
Método de extinção de incêndio que consiste no arrefecimento do combustível, ou seja, na diminuição da temperatura deste, resfriando o material inflamado abaixo do seu ponto de fulgor.
Fig. Exemplo de extinção por resfriamento Fonte: Escola Nacional de Bombeiros, Fenomenologia da combustão e extintores, Volume VII, 2006, p.39.
7.2 Abafamento
Método de extinção de incêndio que consiste na redução da concentração do oxigênio tornando a mistura pobre ou da retirada de Oxigênio, pela aplicação de um agente extintor, que deslocará o ar da superfície do material em combustão.