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Apostila Microeconomia, Notas de estudo de Contabilidade

Apostila de Micro

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 08/09/2011

lucas-inacio-da-silva-11
lucas-inacio-da-silva-11 🇧🇷

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Apostila
de
Microeconomia
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Apostila

de

Microeconomia

Introdução

A presente apostila destina-se aos alunos dos cursos de Administração e Ciências Contábeis da

Faculdade Cândido Mendes de Vitória – FACAM, para a disciplina de ―Microeconomia‖.

Foram utilizados como base dois livros relacionados ao tema: ―Economia Micro e Macro‖, de Marco

Antonio Sandoval de Vasconcelos e ―Introdução à Economia‖ de José Paschoal Rossetti,

principalmente pela linguagem acessível ideal para alunos que, em muitas situações, têm na

faculdade seu primeiro contato com a Ciência Econômica. Entretanto, foram utilizadas outras obras

que estão devidamente relacionadas na bibliografia.

A sua confecção teve por objetivo resumir em um só trabalho os principais pontos estudados na

matéria em referência durante um semestre e assim, proporcionar ao aluno uma visão global da

Ciência Econômica, fornecendo os meios necessários para iniciar a compreensão da estrutura de

produção, distribuição e consumo na sociedade capitalista, além de identificar os conceitos

fundamentais da teoria econômica, indispensáveis à compreensão dos fatos econômicos, suas

causas e conseqüências, enfocando, sempre que possível, a realidade brasileira.

Longe da pretensão de ser uma ―obra definitiva‖, está aberta para questionamentos por parte

daqueles que a lerem, principalmente pelos alunos que a utilizarão (ou utilizaram) que estiverem

dispostos a exercitar seu senso crítico.

Boa leitura!

Jorge Sant’Anna Filho Professor

escassos são aplicados de forma mais eficaz possível, maximizando tanto o conceito de retornos privados, quanto o retorno social em um todo. O funcionamento desse sistema corresponde ao de um jogo não cooperativo, tensionado, no sentido, com cada uma das unidades individuais cuidando de seus próprios interesses, sem coalizões com as demais. A maximização teórica é extrema que nenhum dos participantes do sistema pode, em dado momento, melhorar sua própria posição sem sacrificar os níveis de satisfação (máximos) dos outros participantes. A microeconomia é também chamada de ―Teoria dos Preços‖, pois preocupa-se com a determinação dos preços e quantidades em mercados específicos. E os preços formam-se com base em dois mercados: de bens e serviços (preços dos bens e serviços) e no de fatores de produção (remuneração dos fatores: salários, aluguéis, juros e lucros). Em suma, o principal objetivo da teoria microeconômica é identificar:

O que determina o preço de bens e serviços? O que determina o salário do produtor? O que determina quanto vai ser produzido de uma mercadoria? O que determina como o individuo vai gastar sua renda diante de diversos bens e serviços? Seus principais tópicos abordados são os seguintes: Teoria da demanda; Teoria da oferta; Análise das estruturas de mercado; Teoria do equilíbrio geral e do bem-estar; Imperfeições do mercado: externalidades, bens públicos, informações assimétricas O ponto de partida do estudo da microeconomia nesta apostila será a análise da demanda de mercado, que estuda as diferentes formas que a demanda pode assumir e os fatores que a influenciam.

Análise da Demanda de Mercado

Teoria da Demanda

Demanda (ou procura) é a quantidade de determinado bem ou serviço que os consumidores

desejam adquirir, num dado período, não representando a compra efetiva, mas a intenção de

comprar, a dados preços, todas as demais condiçõesceteris paribus^1.

De acordo com Rossetti (2002, pág. 410), ―a procura de determinado produto é determinada pelas

várias quantidades que os consumidores estão dispostos e aptos a adquirir, em função de vários

níveis possíveis de preços, em dado período de tempo‖.

A escala de demanda indica quanto (quantidade) o consumidor pode adquirir, dadas várias alternativas de preços de um bem ou serviço.

Fundamentos da Teoria da Demanda

Teoria do Valor Trabalho: Teoria desenvolvida pelos clássicos que considera que um bem se forma no lado da oferta, mediante aos custos do trabalho incorporado ao bem. Os custos de produção, à época da formulação dessa teoria, eram representados basicamente pelo fator mão- de-obra abundante e pelo fator capital, pouco significativo (planta trabalho-intensivo).

(^1) A Condição ceteris paribus é uma expressão provinda do Latim, que significa "tudo o mais constante", ou seja, mantêm todas as

outras variáveis. É uma forma de dizer o que aconteceria com uma variável, de acordo com a condição de uma segunda e isolando as demais variáveis. Estas demais variáveis, se tornam constantes. Basicamente, é desprezar fatores que interfiram na análise entre um relacionamento específico. Permaneço à disposição para atender eventuais demandas.

Teoria do Valor Utilidade: Utilidade é o grau de satisfação ou bem-estar que os consumidores atribuem a bens e serviços que podem adquirir no mercado. A Teoria do Valor Utilidade pressupõe que o valor de um bem se forma pela sua demanda, sendo, portanto, subjetiva. Representa a chamada visão utilitarista onde prepondera a soberania do consumidor, pilar do capitalismo. Observa-se claramente uma contraposição entre as duas teorias, notadamente em razão do contexto em que foram formuladas. Na verdade, a teoria do valor utilidade é um complemento da teoria do valor trabalho, uma vez que já não era possível predizer o comportamento dos preços dos bens apenas com base nos custos, sem considerar a demanda (preferências, rendas, etc). Por isso, a teoria da demanda é baseada na teoria do valor utilidade , pois supõe-se que os consumidores estão buscando maximizar sua satisfação que ele atribui a um bem ou serviço. Por isso, a teoria da demanda também é chamada de teoria do consumidor. Falou-se até então sobre utilidade, mas alguns conceitos adicionais sobre o assunto são necessários para o entendimento da teoria, notadamente a distinção entre Utilidade total e utilidade marginal. Enquanto a Utilidade total tende a aumentar quanto maior a quantidade, a Utilidade Marginal, que é a satisfação adicional obtida pelo consumo de mais de uma unidade do bem, é decrescente, uma vez que o consumidor vai saturando-se à medida que o consome. Daí extrai-se a Lei da Utilidade Marginal Decrescente, expresso por:

Umg = ∆Ut / ∆q

∆Ut = Variação da Utilidade ∆q = Variação da quantidade que o consumidor deseja consumir

Gráfico de Utilidade Total Gráfico de Utilidade Marginal

Como exemplo da importância da utilidade marginal tem-se o Paradoxo da água e do diamante: A água é mais necessária do que o diamante. No entanto, é mais barata do que o diamante. Isso por que a água tem grande utilidade total por ser encontrada em abundância, enquanto o diamante tem grande utilidade marginal, por ser mais escasso.

Assim, considerando que o consumidor está maximizando sua utilidade (bem-estar) e que o mesmo está limitado pelo seu nível de renda e pelos preços de bens e serviços do mercado, apresenta-se os conceitos de curva de indiferença e restrição orçamentária. Uma curva de indiferença representa todas as combinações de cestas de mercado que proporcionam o mesmo nível de satisfação a uma pessoa. Apresenta duas características básicas: Inclinação negativa: devido a necessidade de manter o mesmo nível bem estar, reduz o nível de um bem ao aumentar o consumo de outro. Convexidade em relação à origem: à medida que maiores quantidades de uma mercadoria são consumidas, espera-se que o consumidor esteja disposto a abrir mão de cada vez menos unidades de uma segunda mercadoria para obter unidades adicionais da primeira.

O comportamento do consumidor não é determinado apenas por suas preferências. As restrições orçamentárias também limitam a capacidade do indivíduo de consumir, tendo em vista os preços que ele deve pagar por diversas mercadorias e serviços. Ou seja, enquanto a curva de indiferença refere-se ao conjunto de bens e serviços que o consumidor deseja adquirir, considerando apenas suas preferências, as restrições orçamentárias o condicionarão ao conjunto de bens e serviços que ele pode adquirir.

Assim, se o consumidor deseja maximizar seu nível de utilidade deverá procurar alcançar, dada sua restrição orçamentária, a curva de indiferença mais alta possível, o que significa maior bem estar.

Desse modo, no ponto A alcança-se o equilíbrio do consumidor. Uma vez alcançado, não haverá incentivos para a realocação de sua renda gasta no consumo dos dois bens. Saindo deste ponto de equilíbrio, ocorrerá aumento no consumo de um, mas conseqüente redução no outro.

Variáveis que influenciam a demanda Preço do bem; Renda; Riqueza; Gosto; Preferência; Preço de outros bens relacionados (substitutos/complementares); Propaganda; Número de consumidores; Expectativas sobre o futuro;

Facilidades de crédito.

A Função Demanda é tradicionalmente colocada como dependente das seguintes variáveis:

q

d

i = f( pi , ps , pc , R, G),^ sendo:

qdi = quantidade procurada (demandada) do bem i

pi = preço do bem i

ps = preço dos bens substitutos ou concorrentes

pc = preço dos bens complementares

R = renda do consumidor

G = gostos, hábitos e preferências do consumidor Para estudar o efeito individual de cada uma dessas variáveis sobre a procura de um bem/serviço,

deve-se utilizar a condiçãocoeteris paribus.

Relação entre a quantidade demandada e o preço do próprio bem

Seja qdi = f( pi), supondo ps , pc , R, G constantes.

Por que a curva de demanda tem inclinação negativa? À medida que aumenta a quantidade

demandada, o preço diminui (e vice-versa).

E por que ocorre essa relação inversa entre preço e quantidade demanda de um bem? em razão dos efeitos substituição e renda, que agem conjuntamente. Supondo uma queda no preço de um

bem:

Efeito substituição: bem fica mais barato em relação aos concorrentes; sua quantidade

aumenta;

Efeito Renda: poder aquisitivo do consumidor aumenta, quantidade tende a aumentar.

Curva da Demanda por esdruvs

**$3.

0.**

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1112

Preço

0

Preço Quantidade $0.00 12 0.50 10 1.00 8 1.50 6 2.00 4 2.50 2 3.00 0

Quantidade

Relação entre a quantidade demandada e preços de outros bens e serviços

Seja qdi = f( ps), supondo pi, pc , R, G constantes.

A comparação da quantidade demandada de um bem com outros dá origem a outros dois

importantes conceitos:

G

qid

Preço A

Quantidade A

$ 2,

5

D 1

Supondo uma campanha para parar de fumar

1

D2a 8

D2b

Curva de Demanda de Mercado

Demanda individual: Representa as quantidades que cada indivíduo está disposto a consumir de

um produto num dado período de tempo em função do nível de preços.

Demanda de mercado: Será determinada pela demanda individual. Representa o comportamento

de um grupo de consumidores diante dos movimentos de preços.

D (^) mercado = ∑ d (^) consumidores individuais

Equação linear: qdi = q - dp

Observações Adicionais

Se o preço permanece constante e varia uma das condições ceteris paribus, teremos um

deslocamento positivo ou negativo da curva de demanda.

Se o preço de um bem e a quantidade desse mesmo bem varia, teremos um deslocamento na

curva de demanda.

Excedente do consumidor

Benefício líquido que o consumidor ganha por ser capaz de comprar um bem ou serviço. Diferença

entre a disposição máxima a pagar por parte do consumidor e o que ele efetivamente paga.

O gráfico abaixo explica melhor esse conceito:

3/8/2010 (^57)

PREÇO ($)

0 QUANTIDADE

DEMANDA

PREÇO DE EQUILÍBRIO

QUANTIDADE DE EQUILÍBRIO

OFERTA

EXCEDENTE DO CONSUMIDOR

A

C

E

D

B

O ponto A é o preço máximo (disposição máxima a pagar), enquanto o ponto E o preço de equilíbrio. A diferença entre o dois é o excedente do consumidor. É um conceito extremamente útil, principalmente no tocante à área da tributação, para avaliar a capacidade de pagamento dos contribuintes, e na área da economia internacional, para avaliar os ganhos e perdas no comércio, quando da imposição de tarifas alfandegárias.

Paradoxo de Giffen^2 Caso especial de bem inferior, é uma exceção à Lei Geral da Demanda. Isso quer dizer que a curva de demanda é positivamente inclinada, pois há uma relação direta entre a quantidade demandada e o preço do bem. É um tipo de bem inferior, embora nem todo bem inferior seja um bem de Giffen.

Calculando a curva de Demanda A curva de demanda pode ser calculada utilizando-se funções do tipo linear, potência, hiperbólica, etc. Considerando a Função Demanda tradicional: qdi = f( pi , ps , pc , R, G), estabelece-se uma equação linear. Os sinais dos coeficientes lhe dirão se a relação entre Qd e a variável é direta ou inversamente proporcional. Exemplo: Para um bem normal: Qd = 3 – 0,5pi + 0,2ps – 0,1pc + 0,9r Explicando:

O sinal de preço do bem (PI) é negativo por que ele varia inversamente a demanda; O sinal de preço do bem substituto (Ps) é positivo por que ele varia diretamente proporcional a demanda.

(^2) Nome do economista que observou esse fenômeno

Chapter 1 11

Preço do fator terra aumenta

P S

Q

S’

Relação entre a quantidade ofertada e o preço de outros bens (substitutos)

Aumentando os preços dos bens substitutos, os produtores migrarão para a produção deste bem,

reduzindo a produção do bem inicial.

Chapter 1 11

Preço do bem Substituto aumenta

P S

Q

S’

Relação entre a quantidade ofertada e a tecnologia

Ocorrendo um avanço na tecnologia, diminuem os custos de produção, aumentando a oferta.

Chapter 1 11

Avanço na tecnologia

P S’

Q

S

Relação entre a quantidade ofertada e a as mudanças climáticas

Ocorrendo uma mudança favorável no clima ou nas condições ambientais, aumenta a oferta,

ocorrendo o contrário com condições desfavoráveis.

Chapter 1 11

Mudança favorável no clima

P S’

Q

S

Chapter 1 11

P S

Q

S’

Mudança desfavorável no clima

Curva de Oferta de Mercado É a soma horizontal (das quantidades) das curvas de ofertas das firmas individuais, que produzem

um dado bem ou serviço.

Oferta individual: Representa as quantidades que um produtor está disposto a oferecer ao

mercado. Será alterada por fatores como inovação tecnológica. Investimento em tecnologia vai afetar a oferta de um produtor.

Oferta de mercado: Será determinada pelas curvas de oferta individuais. Representa o

comportamento dos produtores. A alteração nos preços levará a entrada ou saída de produtores no

mercado deslocando a curva de oferta de mercado.

Qj = ∑ qj

Equação linear: qsi = - q + dp

Chapter 1 11

P

Q

S

Observações Adicionais

Se o preço permanece constante e varia uma das condições ceteris paribus, teremos um

deslocamento positivo ou negativo da curva de oferta.

O preço em uma economia de mercado é determinado tanto pela oferta como pela demanda. O equilíbrio se encontra onde as curvas de oferta e de demanda se cruzam. Ao preço de equilíbrio, a quantidade oferecida é igual a quantidade demandada(quantidade de equilíbrio).

Excesso de Oferta : preço acima do equilíbrio, a quantidade ofertada é maior que a quantidade demandada. Vendedores terão que baixar o preço para aumentar as vendas, voltando então ao equilíbrio.

Excesso de Demanda : preço abaixo do equilíbrio, a quantidade ofertada é menor que a quantidade demandada. Vendedores aumentarão os preços, voltando então ao equilíbrio.

D

S

Q 1

P 1

Excesso De Oferta

Q 2 Quantidade

Preço ($ por unidade)

P 2

Q 3

D

S

Q 1 Q 2

P 2 Excesso de demanda

Quantidade

Preço ($ por unidade)

Q 3

P 3

Elasticidades

Alteração percentual em uma variável dada variação percentual em outra, coeteris paribus.

Sinônimo de sensibilidade, resposta, reação de uma variável, em face de mudanças em outras Alguns tipos de Elasticidades: Elasticidade-preço demanda Elasticidade-renda demanda Elasticidade-preço cruzada da demanda Elasticidade-preço da oferta

Elasticidade-preço demanda: Mede a intensidade da variação da quantidade demandada quando varia o preço do bem. Mede a sensibilidade, a resposta dos consumidores quando ocorre uma variação no preço de um bem ou serviço, é calculada como a variação percentual da quantidade demandada pela variação percentual do preço.

epd = p / q. q / p

Sinal da elasticidade preço da demanda é sempre um valor negativo, pois preço e quantidade demandada variam em direções contrárias. Por isso será sempre expressa em módulos. |Epd | = 1,2 é igual a Epd = -1, Classificação: Demanda Elástica (Epd > 1): Revela que a quantidade demandada é bastante sensível em relação à variação de seu preço. se o preço aumenta, ocorre redução na quantidade demandada em uma ordem maior do que o aumento no preço. Demanda Inelástica (Epd < 1): Consumidores são poucos sensíveis a variação do preço. se o preço aumenta, a quantidade demandada sofre uma redução inferior a magnitude do aumento no preço. Demanda Unitária (Epd = 1): Se o preço aumenta 10%, a quantidade cai em 10%; se o preço aumenta, a quantidade demandada sofre uma redução na mesma proporção do aumento do preço

Fatores que afetam a Elasticidade-preço da Demanda

Disponibilidade de bens substitutos: Quanto mais substitutos, mais elástica é a demanda. Se o preço aumenta, o consumidor tem mais opções para ―fugir‖ do seu consumo. Essencialidade do bem: Quanto mais essencial, mais inelástica é a demanda. O consumidor não tem muita opção para fugir do aumento de preços. (Açúcar, sal) Importância relativa do bem no orçamento: Quanto maior o peso do bem no orçamento, maior o efeito do aumento para o consumidor: Carne = Epd alta Fósforo = Epd baixa Horizonte de tempo: Um intervalo de tempo maior permite que os consumidores de dada mercadoria descubram mais formas de substituí-las, quando seu preço aumenta Elasticidade Preço Da Demanda X Receita Total

Elasticidade Preço Cruzada da Procura: mede a variação percentual na quantidade do bem X, em resposta a uma variação percentual no preço de Y, ceteris paribus. Exemplo: qual a variação na quantidade de café resultante de uma alteração do preço do chá? epcp = py / qx. qx / py

Se epcp > 0, os bens x e y são substitutos ou concorrentes , ou seja, se o preço de y aumenta, aumenta o consumo de x; Se epcp < 0, os bens x e y são complementares , ou seja, se o preço de y aumenta, diminui o consumo de x;

Elasticidade-renda da demanda: Mede a intensidade da variação da quantidade demandada

quando varia a renda do consumidor,Coeteris paribus.

Se Erp > 1 = Bem superior : dada uma variação da renda, o consumo varia proporcionalmente; Se Erp > 0 = Bem normal: consumo aumenta quando a renda aumenta; Se Erp < 0 = Bem inferior : consumo cai quando a renda aumenta; Se Erp = 0 = Bem de consumo saciado : variações na renda não alteram o consumo do bem.

Elasticidade-preço da oferta: Mede a intensidade da variação da quantidade demandada

quando varia o preço do bem,Coeteris paribus.

Se Eps > 1 = Bem de oferta elástica; Se Eps < 1 = Bem de oferta inelástica ;

erp = r / q. q / r

eps = p / qs^. qs^ / p

Q

($)

0

= T

S’

S

Impostoad valorem

Também acarretará em custo adicional para o produtor, mas a fórmula se altera.

p’ = p – (1 – t) P’ = preço relevante para o produtor P = preço de mercado T = Imposto

Q

($)

0

S’

S

Conforme visto, a incidência do imposto ad valorem no gráfico altera a declividade e não o

intercepto.

Incidência do Imposto Quem arca efetivamente com o ônus do imposto?

Considerando um imposto específico: p 0 = preço de equilíbrio, sem imposto p 1 = preço pago pelo consumidor com imposto (T) p’ = preço recebido pelo produtor, após T (p’ = p 1 – T) q 0 e q 1 = quantidades de equilíbrio

Parcela do imposto paga pelo Consumidor: (p 1 – p 0 ). q 1 Parcela do imposto paga pelo Vendedor: (p 0 – p’). q 1

Arrecadação do governo: A = T. q 1

“Peso Morto” do Imposto

Do ponto de vista da sociedade, a aplicação de um imposto em um mercado concorrencial causa uma distorção na alocação de recursos. Isso pode ser observado ao analisar o excedente do consumidor e do produtor.

Q

($)

0

D

S

A

C

B D

q 1 q 0

p 1

p 0

Ocorrendo a aplicação de um imposto específico, o preço aumenta de p 0 para p 1 , reduzindo o excedente do consumidor (área A e B), assim como reduz o excedente do produtor (C e D), provocando redução de bem estar. A área A, B, C, D corresponde à arrecadação pelo imposto. Supondo ser essa arrecadação destinada ao bem estar de toda uma população (consumidor e produtor), as áreas A e C seriam ―devolvidas‖ parcialmente. Entretanto, algumas perdas são irrecuperáveis (B e D), em razão da má alocação dos recursos. Essa perda é denominada “peso morto” e ocorre em razão da imposição das tarifas que afetam o equilíbrio do mercado.

Para ilustrar, um exercício^3 :

S = - 500 + 500p D = 4.000 + 400p

A) P e q de equilíbrio; B) P e q de equilíbrio, dado imposto específico t = 0,9/produto; C) Preço pago pelo consumidor; D) Preço pago pelo vendedor; E) Arrecadação do governo neste mercado; F) Parcela ($) da arrecadação arcada pelo comprador; G) Parcela ($) da arrecadação arcada pelo vendedor; H) Ilustrar graficamente.

Externalidades

As externalidades são atividades que envolvem a imposição involuntária de custos (externalidades negativas) ou de benefícios (externalidades positivas) sobre terceiros, sem que estes tenham

(^3) Extraído de VASCONCELOS, Marco Antonio Sandoval. Economia Micro e Macro. São Paulo: Editora Atlas,