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✓ Realizar processos de transformação e construção de peças artesanais utilizando escamas, sementes e outras matérias-primas da natureza, de.
Tipologia: Notas de aula
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Fortaleza – CE 2016
AUTORES: Antônio Diogo Lustosa Neto Ricardo Nogueira Campos Ferreira João Henrique Cavalcante Bezerra Cássia Rosane Silveira Pinto Marcus Borges Leite Carlos Henrique Profírio Marques Gabriel de Mesquita Facundo Jamile Mota da Costa
Reitor José Jackson Coelho Sampaio
Vice Reitor Hidelbrando dos Santos Sores
Pró-Reitora de Extensão Claudina Nogueira de Alencar
Pró-Reitor de Administração Carlos Heitor Sales Lima
Diretor da UNEP José Nelson Arruda Filho
Coordenador Geral Pronatec Plácido Aderaldo Castelo Neto
Coordenador Pronatec Pesca Fábio Perdigão Vasconcelos
Coordenador Pronatec Campo Antônio Amaury Oriá Fernandes
Coordenadora Pedagógica Maria das Dores Alves Souza
Coordenadores Adjuntos Antônio Cruz Vasques Luiz Carlos Mendes Dodt Antônio Diogo Lustosa Neto Ricardo Nogueira Campos Ferreira
Articuladora Institucional Rejane Gomes Léa Ramos
Secretária Geral Marilde Silva Jorge
Assessor Jurídico Thiago Barbosa Brito
FUNECE-CE
REALIZAÇÃO:
PRONATEC / UECE
APOIO:
EXECUÇÃO:
DISCIPLINA 01- HISTÓRIA DA ARTE MUNDIAL E REGIONAL
APOSTILA DO CURSO ARTESÃO DE BIOJÓIAS
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A programação deve abranger todas as principais competências da ocu- pação possibilitando que o participante conjugue conhecimento e prática, mas respeitar os limites de profundidade de conteúdo, uma vez que se trata de qualifi- cação básica, que abre caminhos para ofertas formativas complementares.
O Curso de Formação Inicial e Continuada - FIC em Artesão de Biojóias, na moda- lidade presencial, tem como objetivo geral: ü Realizar processos de transformação e construção de peças artesanais utilizando escamas, sementes e outras matérias-primas da natureza, de acordo com normas e procedimentos técnicos de qualidade, segurança, higiene e saúde.
Os objetivos específicos do curso compreendem:
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O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) foi criado pelo Governo Federal, em 2011, por meio da Lei 11.513/2011, com o objetivo de expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica no país, além de contribuir para a melhoria da qualida- de do ensino médio público.
O Pronatec busca ampliar as oportunidades educacionais e de formação profissional qualificada aos jovens, trabalhadores e beneficiários de programas de transferência de renda.
Os cursos, financiados pelo Governo Federal, são ofertados de forma gra- tuita por instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tec- nológica e das redes estaduais, distritais e municipais de educação profissional e tecnológica. Também são ofertantes as instituições do Sistema S, como o SENAI, SENAT, SENAC e SENAR. A Partir de 2013, as instituições privadas, devidamente habilitadas pelo Ministério da Educação, também passaram a ser ofertantes dos cursos do Programa.
De 2011 a 2014, por meio do Pronatec, foram realizadas mais de 8 milhões de matrículas, entre cursos técnicos e de formação inicial e continuada.
Objetivos do Pronatec:
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A história da UECE – Universidade Estadual do Ceará começa com a Lei nº 9.753, de 18 de outubro de 1973, que autorizou o Poder Executivo cearense a instituir a Fundação Educacional do Estado do Ceará – FUNEDUCE, cuja primeira presidente foi a Prof.ª Antonieta Cals de Oliveira. Com a Resolução nº 02, de 05 de março de 1975, do Conselho Diretor da FUNEDUCE, referendada pelo Decreto nº 11.233, de 10 de março de 1975, foi criada a Universidade Estadual do Ceará - UECE, fruto da junção da Escola de Enfermagem São Vicente de Paula (1943), Faculdade de Filosofia do Ceará (1950), Escola de Serviço Social de Fortaleza (1953), Escola de Administração do Ceará (1961), Faculdade de Veterinária do Ceará (1963), Fa- culdade de Filosofi a Dom Aureliano Matos (1968) e Televisão Educativa do Ceará
O primeiro Reitor designado para a UECE foi o Prof. Antônio Martins Filho, que, com sua experiência de criador da Universidade Federal do Ceará – UFC se responsabilizou pelos destinos da Instituição de 1975 a 1977, tendo como Vice- -Reitor o Prof. Danísio Dalton da Rocha Correa, ambos nomeados pro tempore. Graças ao prestígio e ao empenho do Reitor junto às autoridades estaduais e fe- derais, a nova universidade foi implementada e reconhecida, configurada em cen- tros como se segue: Ciências Sociais Aplicadas – CESA (com os cursos de Adminis- tração, Serviço Social, Pedagogia e Ciências Contábeis), Ciências da Saúde – CCS (reunindo as graduações em Enfermagem e Nutrição), Ciências Agrárias (Medicina Veterinária), Ciências Tecnológicas – CCT (com os cursos de Geografia, Ciências da Computação, Matemática, Física e Química) e Ciências Humanas – CH (reunindo os cursos de Letras, Filosofia, História, Música e de Estudos Sociais).
Missão Institucional
Produzir e disseminar conhecimentos e formar profissionais para atender as demandas do mercado de trabalho e promover o desenvolvimento sustentável cearense, bem como para promover a qualidade de vida dos cidadãos no contex- to social no qual estão inseridos.
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Visão de Futuro
Ser uma Universidade de projeção nacional e internacional pela excelência do ensino, da produção científica e da contribuição efetiva ao desenvolvimento do Ceará.
ü Participe integralmente de todas as atividades e exercícios. ü Comprometa-se com todas as atividades, fazendo as tarefas propostas e con- tribuindo com exemplos e opiniões. ü Pergunte à vontade! O instrutor estará à sua disposição para tirar dúvidas e esclarece questões em aberto. ü Se, ao ler um texto, ficar com dúvida sobre o significado de alguma palavra, pesquise-a no dicionário ou solicite auxílio ao instrutor ele estará pronto a lhe ajudar.
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de novos estilos e tendências. Os prémios, como o Prémio Turner, o Prémio Wolf de Artes, o Prémio Pritzker de arquitetura, prêmio de fotografia ou os Óscares do cinema promovem também as melhoras obras criativas a nível internacional. As instituições como a UNESCO, através da criação de listas do Património Mundial, apoiam também a conservação dos mais significativos monumentos mundiais. Os primeiros artefatos tangíveis que podem ser considerados arte apare- cem na Idade da Pedra (superior Mesolítico e neolítico). Durante o Paleolítico ( 000-8000 A.C.) o Homem era ainda caçador-coletor, habitando cavernas que vi- riam a ser os primeiros suportes de arte rupestre. ]^ Após o período de transição do Mesolítico, é durante o Neolítico (6000-3000 a.C.) que o Homem se sedentariza e inicia a prática da agricultura. À medida que as sociedades se tornam cada vez mais complexas e a religião ganha importância, tem início a produção de artesa- nato. Durante a Idade do Bronze(c. 3000-1000 a.C.), têm início as primeiras civili- zações proto-históricas. As primeiras manifestações artísticas durante o Paleolítico dão-se por volta de 25.000 a.C., Os primeiros vestígios de objetos produzidos pelo Homem foram encontrados na África meridional, no Mediterrâneo ocidental, na Europa Central e de Leste (no mar Adriático), na Sibéria (Lago Baical), Índia e Austrália. Estes primei- ros vestígios são geralmente ferramentas em pedra (sílex e obsidiana), madeira ou osso. Na pintura era usado óxido de ferro para obter vermelho, dióxido de man- ganês para obter preto.^ A arte deste período que sobreviveu até aos nossos dias é composta, sobretudo por pequenos detalhes em pedra e osso ou arte rupestre, esta última forma presente, sobretudo na região cantábrica e no sudoeste de Fran- ça, como nas cavernas de Altamira ou Lascaux. As pinturas são de carácter fun- damentalmente religioso e mágico ou representações naturalistas de animais. Os trabalhos de escultura são representados pelas estatuetas de vénus como a Vénus de Willendorf, figuras femininas provavelmente usadas em cultos de fertilidade.
A Arte Antiga
Arte antiga, ou arte da antiguidade, designa as criações artísticas do pri- meiro período da História que se inicia com a invenção da escrita, e durante o qual aparecem as primeiras grandes cidades nas margens dos rios Nilo, Tigre, Eufrates, Indo e Amarelo e se destacam as grandes civilizações do Médio Oriente (Egípcia e Mesopotâmica). Ao contrário de períodos anteriores, as manifestações artísticas ocorreram em todas as culturas de todos os continentes.
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Um dos maiores progressos deste período foi a invenção da escrita, criada, sobretudo a partir da necessidade de manter registos de natureza económica e comercial.
É no Antigo Egito que surge uma das primeiras grandes civilizações, com obras de arte elaboradas e complexas, e durante a qual ocorre a especialização profissional do artista. A arte egípcia era intensamente religiosa e simbólica, com uma estrutura de poder centralizada e hierárquica, e na qual se deva especial im- portância ao conceito religioso de imortalidade, sobretudo do faraó, para o qual se erguiam monumentos colossais. A arte egípcia abrange o período entre 3000 a.C e a conquista do Egito por Alexandre, o Grande. No entanto, a sua influência perdurou até à arte copta e bizantina.
A Arte Moderna
A Idade Moderna inicia no Renascimento, período de grande esplendor cultural na Europa. A religião deu lugar a uma concepção científica do homem e do universo, no sistema do humanismo. As novas descobertas geográficas leva- ram a civilização europeia a se expandir para todos os continentes, e através da in- venção da imprensa a cultura se universalizou. Sua arte foi inspirada basicamente na arte clássica greco-romana e na observação científica da natureza. Entre seus expoentes estão Filippo Brunelleschi, Leon Battista Alberti, Bramante, Donatello, Leonardo da Vinci, Dante Alighieri, Petrarca, Rafael, Dürer, Palestrina e Lassus. Sua continuação produziu o Maneirismo, com a emergência de um maior individua- lismo e um senso de drama e extravagância, proliferando em inúmeras escolas regionais. Também foi importante nesta fase a disputa entre protestantes e cató- licos contra-reformistas, com repercussões na arte sacra. Shakespeare, Cervantes, Camões, Andrea Palladio, Parmigianino, Monteverdi, El Greco e Michelangelo são alguns de seus representantes mais notórios. No período barroco fortaleceram-se os Estados nacionais, dando origem ao absolutismo. Como reflexo disso a arte se torna suntuosa e grandiloquente, privilegiando os contrastes acentuados, o senso de drama e o movimento. Firmam-se grandes escolas em vários países, como na Itália, França, Espanha e Alemanha. São nomes fundamentais do período Góngo- ra, Vieira, Molière, Donne, Bernini, Bach, Haendel, Lully, Pozzo, Borromini, Caravag- gio, Rubens, Poussin, Lorrain, Rembrandt, Ribera, Zurbarán, Velázquez, entre uma multidão de outros.
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A cultura cearense é de base essencialmente europeia e ameríndia, com algumas influências afro-brasileiras, assim como em todo o sertão nordestino. Quando da introdução da cultura portuguesa no Ceará, ao longo do século XVII, os índios já produziam um diversificado artesanato a partir de vegetais como o cipó e a carnaúba, bem como dominavam técnicas primitivas de tecelagem do algodão, inclusive tingindo os tecidos de vermelho com a casca da aroeira. Com a colonização, diversas técnicas europeias se somaram a essa base cultural, forman- do uma arte popular que viria a ser renomada nacional e internacionalmente.
Com origens portuguesas e relevante influência indígena, têm destaque a produção de redes com os mais diversos bordados e formas e intrincadas rendas feitas em bilros, talvez o maior destaque da produção artesanal cearense, sendo uma arte tradicional no Ceará desde, pelo menos, o século XVIII. As rendas e os labirintos possuem maior destaque nas imediações do litoral, enquanto o interior se destaca mais pelos bordados.
Ademais, o artesanato feito em madeira e barro se destaca bastante, com produção de esculturas humanas, representando tipos da região; quadros talha- dos em madeira - muitos com temática religiosa, vasos adornados, etc. Outro im- portante item do artesanato cearense são as garrafas de areias coloridas, onde são reproduzidas, manualmente, paisagens e temáticas diversas. São ainda en- contrados, em diversas cidades - em especial Massapê, Russas, Aracati, Sobral e Camocim, dentre outras, cestarias, chapéus e trançados com variadas formas e desenhos feitos da palha da carnaúba, do bambu e do cipó. Por fim, como conse- quência natural de uma economia que, durante séculos, foi essencialmente pecu-
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arista, o couro é trabalhado artesanalmente, em especial, para a produção de cha- péus e outras peças da roupa de vaqueiros, assim como de móveis e esculturas. Os principais destaques no artesanato coureiro são Morada Nova, Juazeiro do Norte, Crato, Jaguaribe e Assaré. Em diversas áreas do interior cearense, os cordéis, assim como os repentis- tas e poetas populares, especialistas no improviso de rimas, ainda estão presentes e ativos, seguindo uma tradição que remonta aos trovadores e poetas populares da Idade Média lusitana. Outra forte influência portuguesa se encontra na grande importância das festas religiosas nas cidades de todo o interior, particularmente as festas de padroeiro, que estão entre as principais festividades da cultura cea- rense, abarcando não só cerimônias religiosas, mas também danças, músicas e outras formas de entretenimento, numa complexa mistura de aspectos sagrados e profanos. Destaca-se a Festa de Santo Antônio em Barbalha, famosa pelo pau da bandeira e comemorada nessa forma há 78 anos. A seguir definiremos o termo artesão.
Artesanato
O Artesanato é definido como o próprio trabalho manual ou produção de um artesão (de artesão + ato). Mas com a mecanização da indústria o artesão é identificado como aquele que produz objetos pertencentes à chamada cultura popular ou folclore. O artesanato é tradicionalmente a produção de caráter fami- liar, na qual o produtor (artesão) possui os meios de produção (sendo o proprie- tário da oficina e das ferramentas) e trabalha com a família em sua própria casa, realizando todas as etapas da produção, desde o preparo da matéria-prima, até o acabamento final; ou seja, não havendo divisão do trabalho ou especialização para a confecção de algum produto. Em algumas situações o artesão tem um aju- dante ou aprendiz.
Artesão-artista: é aquele que por sua criatividade, originalidade, graciosi- dade e perícia produz peças que provocam profundo sentimento de admiração naqueles que as observam. Exemplos: talhadores, gravadores, escultores, pintor ingênuo.