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Apostila didática sobre o curso de óptica e optometria ensino superior
Tipologia: Slides
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**- Introdução ao Estudo da Patologia Geral;
Introdução ao Estudo da Patologia Geral
Figura 1 Fonte: Fotolia
Devemos considerar que a definição de Patologia abrange parcialmente os concei- tos das doenças, que são diversos e poderiam prejudicar o entendimento se compa- rada com a patologia humana, que abrange todos os aspectos ou segmentos da do- ença e sua associação com o próprio doente, sendo assim, a Patologia é meramente uma parcela nessa ampla e complexa matéria da área da saúde.
Podemos então considerar a Patologia como a ciência que compreende as causas da doença, os mecanismos que as constituem, a localização de sua ocorrência e as modificações funcionais, morfológicas e moleculares.
É de extrema importância compreender globalmente os mecanismos das doen- ças, pois isso proporciona estrutura sólida para a compreensão dos aspectos funda- mentais, como sinais e sintomas, diagnósticos, tratamentos, evolução, prognósticos e medidas de prevenção.
A diferença Entre Saúde e Doença
A saúde é estabelecida como um estado de adequação do organismo ao ambiente no aspecto biopsicossocial e espiritual em que o indivíduo habita, em que este se sinta bem (saúde subjetiva) e não manifeste disfunções no organismo (modificação objetiva).
A Patologia engloba os conceitos a seguir:
Várias doenças possuem elementos comuns e os peculiares. Exemplo do sarampo, da caxumba, rubéola e varicela, que são doenças diferentes, as quais têm em comum a circunstância de serem causadas por vírus e de apresentarem disfunções, contudo, em cada órgão acometido por elas ocorrem alterações funcionais e morfológicas peculiares de cada doença.
Causas Mecanismos Lesões Alteraçõesfuncionais e sintomas^ Sinais
Etiologia Patogênese
Patologia
Medicina
Alterações morfológicas
Fisiopatologia
Diagnóstico
Propedêutica
Prognóstico Terapêutica Prevenção
Figura 3 – Elementos de uma doença e sua relação com as áreas de estudo da Patologia e da Medicina Fonte: Adaptado de BRASILEIRO FILHO et al., 2019, p. 1
A Patologia geral aborda as causas, os mecanismos patogenéticos, as lesões es- truturais e alterações da função das diversas doenças, além disso, aborda os elemen- tos etiológicos, patogenéticos e fisiopatológicos das doenças.
Agressão, Defesa, Adaptação e Lesão
Uma agressão pode ser constituída por meio da capacidade de reação do organis- mo após qualquer estímulo do meio ambiente, e pode ocorrer variação conforme a intensidade e o tempo de contato desse estímulo com o organismo humano.
Após o contato aos possíveis estímulos, o organismo possui diversas respostas defensivas ou adaptativas. Ele é adaptativo a qualquer situação com limitado ou inexistente dano. Contudo, em diversas situações, podem ocorrer múltiplas lesões, agudas ou crônicas, causadoras das doenças.
Para compreensão adequada, a seguir será abordada separadamente cada respos- ta defensiva ou adaptativa do organismo humano:
Como as patologias ocorrem e evoluem de diversas formas e as lesões são dinâ- micas, essas disfunções são chamadas de processo patológico, já que ocorre uma sequência de fenômenos. Vale ressaltar que as circunstâncias morfológicas da lesão diversificam de acordo com a fase que a patologia é analisada. A sequência de fenô- menos das patologias está indicada na Figura 4.
Etiopatogênese Geral das Lesões
As lesões e doenças são produzidas por variadas agressões. Qualquer estímulo da natureza pode provocar lesão, dependendo da capacidade de reação, da intensidade e do tempo de ação.
Os fatores de lesões e doenças são divididos em exógenos (do meio ambiente) e endógenos (do próprio organismo). Como as lesões são ocasionadas usualmente da relação do micro-organismo com o sistema imunitário, é recorrente a combinação dos fatores exógenos e endógenos no princípio de uma lesão ou doença.
As agressões agem por variados mecanismos, sendo os mais importantes e popu- lares. A seguir, serão discutidos esses mecanismos:
A seguir, será abordado de forma sucinta cada tipo de mecanismo das lesões.
Hipóxia e Anóxia
A redução da oferta de oxigênio é denominada hipóxia, já a cessação de O 2 é chamada anóxia. A redução ou cessação do fluxo sanguíneo consiste em uma isque- mia; dependendo da potência e da permanência da isquemia e da suscetibilidade das células à abstenção de O 2 e nutrientes, as células deterioram ou morrem. Há dois tipos de lesões por hipóxia:
Lesões reversíveis induzidas por hipóxia: as transformações são reversíveis e de- nominadas, de modo geral, de degenerações. Se a hipóxia dissipa, a célula restaura seu metabolismo, adequa a estabilidade hidroeletrolítica e retorna à normalidade;
As células possuem resistências diferenciadas na ocorrência de hipóxia. Exem- plo, as células do miocárdio podem apresentar uma resistência de 30 minutos, já as células neurais do cérebro não toleram mais de 3 minutos de hipóxia. A pouca intensidade da hipóxia pode ocasionar degenerações e levar a apoptose; se a intensidade for acentuada, acarreta a necrose. Esses termos serão aborda- dos posteriormente, atente-se!
Além das lesões citadas, há a lesão por reperfusão.
Radicais Livres
Os radicais livres são moléculas que evidenciam um elétron não conectado no orbital externo, o que as convertem em muito reativas com outras moléculas. Os ácidos nucleicos, lipídeos e diversos aminoácidos são essencialmente disponibilizados para produzir radicais livres. Os radicais livres provocam lesões nas células porque reagem com ácidos nucleicos, lipídios e proteínas.
Alterações em Ácidos Nucleicos e Proteínas
As proteínas cumprem funções primordiais às células, e modificações na quan- tidade ou qualidade de proteínas são causas constantes e essenciais de doenças e lesões. A carência de uma enzima resulta no acúmulo do seu substrato, o que leva a uma doença. Ocorrem várias anormalidades na quantidade, e/ou na função de proteínas provocam agressões variadas.
Reação Imunitária
O mecanismo de defesa do organismo mais importante contra microrganismos nocivos é a resposta imunitária, além disso, tem participação na reparação de lesões ocasionadas pelos mais diversos agressores.
A reação imunitária age por meio de mecanismos celulares e humorais, dos quais atuam elevada quantidade de moléculas e outros componentes, muitas vezes em comunicação com outros sistemas de defesa. A reação imunitária morfologicamente manifesta-se pela reação inflamatória que será abordada na unidade III, fique ligado!
Agentes Físicos
Qualquer agente físico pode produzir lesão à estrutura orgânica. Por serem mais primordiais, serão abordados os seguintes agentes físicos:
Agentes Químicos
Os agentes químicos podem ser substâncias tóxicas e medicamentos. Ocorrem por meio de dois mecanismos:
Os efeitos do agente químico dependem de: dose, vias de infiltração e absorção, transporte, armazenamento, metabolismo e excreção; além disso, dependem das ca- racterísticas do indivíduo, como padrão genético, idade, gênero, condições de saúde, entre outros.
Contaminantes Alimentares
Durante o processo de preparação, armazenamento e transporte dos alimentos, é possível ocorrer contaminação por vários tipos de fungos, que possuem a capaci- dade de liberar toxinas que acarretam lesões. As condições e variações de umidade e temperatura facilitam a produção de toxinas e, consequentemente, a contaminação de alimentos.
Distúrbios do Crescimento: Atrofia,
Hipertrofia, Hiperplasia, Metaplasia
Os distúrbios do crescimento são também denominados proliferação e diferencia- ção celulares. São processos complexos e excessivamente controlados por um sistema agregado, que retém as células dentro de limitações fisiológicas. As modificações nos processos de regulação acarretam disfunções de proliferação e/ou de diferenciação.
Veja uma representação gráfica dos distúrbios do crescimento:
Figura 5 – Principais Fatores da Atrofia Fonte: BRASILEIRO FILHO et al., 2019, p. 175
Atrofia
A atrofia é a redução adquirida do tamanho de uma célula, tecido ou órgão, com consequente redução da sua atividade metabólica. A escassez de nutrientes ou de estimulantes que coordenam a atividade celular geram a atrofia e a redução do me- tabolismo. Os principais fatores da atrofia são:
A célula atrofiada tem quantidade reduzida de retículo endoplasmático e mito- côndrias. Pode também evidenciar vacúolos autofágicos, englobando fragmentos de retículo endoplasmático, mitocôndrias membranas. Parte dos resíduos das células pode tolerar a fagocitose e perdurar como fragmentos residuais. A seguir, veremos vários mecanismos da atrofia:
Os órgãos com hipertrofia apresentam-se com peso e volume elevados. Nas célu- las com hipertrofia, tanto o citoplasma quanto o núcleo apresentam volume aumen- tados; em células que não se fracionam, pode haver poliploidia nuclear.
Hiperplasia
A hiperplasia compreende a elevação do número das células de um órgão, por elevação da proliferação e/ou por redução da destruição de células. A hiperplasia só ocorre em órgãos que possuem células replicativas. A hiperplasia pode ser fisiológica ou patológica.
O órgão apresenta-se com volume e peso elevados. Em órgãos hiperplásicos, transcorre elevação na síntese de elementos de crescimento e de seus receptores, além de intensificação de rotas intracelulares de incitações da divisão celular. Se a causa da hiperplasia for eliminada e as condições das células retornarem ao normal, é denominada hiperplasia reversível.
Para ocorrer hiperplasia são essenciais o suprimento sanguíneo e a integridade morfológica e funcional das células e da inervação. A hiperplasia é gerada por ele- mentos que instigam as funções celulares, sendo também uma forma de adequação das células ao excesso de trabalho.
Metaplasia
A metaplasia é a mutação de uma espécie de tecido maduro em outra de mesma linhagem; uma espécie de epitélio altera-se em outra espécie epitelial, mas um epi- télio não se altera em tecido mesenquimal. A metaplasia é o resultado da inativação de alguns genes e desrepressão de outros. A metaplasia é um processo reversível, e os tipos mais recorrentes são:
A metaplasia é também um progresso adaptativo que se manifesta em resposta a diversas agressões, e, como regime generalizado, o tecido com metaplasia é mais persistente a agressão.