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Apostia na parte de Zootecnia Geral
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
Campus São Gabriel da Cachoeira
APOSTILA DE
ZOOTECNIA GERAL
O homem é conhecido como um animal herbívoro , embora registros evidenciem que tenha sido inicialmente com hábito de preferência herbívora (evidenciado pelas características e disposição dos dentes). Posteriormente começou a se alimentar de pequenos animais, principalmente aqueles que eram encontrados juntamente com os vegetais que eram colhidos, como pequenos insetos e lagartos. Daí em diante o homem tornou-se também caçador.
A evolução dos instrumentos de caça permitiu ao homem se alimentar de animais de maior porte, mas ainda não haviam técnicas para conservar a caça com características desejáveis para o consumo. Inicialmente os homens começaram a se organizar em grupos para caçar e então encurralar grupos de animais em locais onde houvesse maior disponibilidade de alimento, e então cada animal era abatido quando houvesse necessidade. Mais adiante começaram-se a aprimorar as técnicas para manter os animais próximos as residências e aliou- se à essas técnicas alguma evolução na área da agricultura. Assim, o homem não mais colhia vegetais ou caçava, mas sim plantava e criava o que consumia. Isso proporcionou ao homem a possibilidade de não ter de se deslocar para obter a carne e as peles necessárias à sua alimentação e conforto, mas também o leite e, com a domesticação do boi, uma força para tração. A domesticação deve ter surgido espontaneamente em vários locais, resultado da evolução natural de aproximação e observação dos animais no decurso das caçadas. O primeiro animal domesticado foi o cão, seguindo-se animais para a alimentação, como a cabra, o carneiro, o boi e o cavalo
Figura 1. Relacionamento da zootecnia com as outras ciências.
Não necessariamente isso pode ser verdade, pois existem muitos animais, como insetos, pássaros e até mamíferos, que convivem com o homem, mas muitas vezes nos causam prejuízos, como doenças no caso dos ratos.
Na verdade, para serem considerados como domésticos esses animais devem estar em perfeita SIMBIOSE com o homem:
Figura 2. Relação de simbiose entre o homem e o animal domesticado.
“ DOMÉSTICO é o animal que, criado e reproduzido pelo homem, perpetua tais condições através de gerações por hereditariedade, oferecendo utilidades e prestando serviços em mansidão.”
A exploração dos animais domésticos já existia antes da criação da palavra, inicialmente tratada como a forma de criar a partir da domesticação dos primeiros animais pelo homem primitivo. O objeto da zootecnia é o animal doméstico, ou seja, o animal que pertence a uma espécie criada e reproduzida pelo homem, dotada de mansidão hereditária e que proporciona algum proveito ao homem.
O animal doméstico deve passar aos seus descendentes (hereditariamente) características próprias, que podem ser agrupadas nos seguintes atributos:
HOMEM^ ANIMAL
ALIMENTO, PROTEÇÃO
ALIMENTO, PROTEÇÃO, FORÇA
LEMBRANDO: SIMBIOSE é uma relação mutualmente vantajosa, na qual, dois ou mais organismos diferentes sao beneficiados por essa associação.
Animais selvagens: Dieta disponível e necessitam de muito tempo e energia para procurar alimentos. Rapinagem / Predatismo
Animais domésticos: Dietas não variadas. Com a presença de alimentos constantes, sendo sujeitos às deficiências alimentares qualitativas.
Os animais são classificados e agrupados de acordo com algumas características em comum, que são importantes para a identificação. Por isso, devemos entender:
Indivíduo – o animal isoladamente em relação à sua própria espécie e às outras. Um indivíduo nunca é totalmente igual ao outro, exceto no caso de gêmeos univitelinos. Cada indivíduo pode ser reconhecido e/ou identificado através do seu patrimônio hereditário e a forma com que ele se apresenta, ou seja, seu genótipo e o seu fenótipo.
Genótipo – é a composição de genes de um indivíduo. Resulta de sua posição genética e das suas potencialidades em termos hereditários.
Fenótipo – É a aparência física e externa de um indivíduo; tudo o que pode ser visto ou sentido, representado. É o resultado da interação entre genótipo e do meio ambiente (clima, alimentação) em que vive o indivíduo.
GENÓTIPO = FENÓTIPO +
AMBIENTE
Espécie – é um grupo de indivíduos suficientemente diferentes de outros para merecer um nome comum, entendendo-se que terão os seus filhos semelhantes entre si, vindo assim a produzir a existência de indivíduos semelhantes.
Animal silvestre - É todo aquele pertencente às espécies nativas, migratórias e outras, aquáticas ou terrestres, que tenha a sua vida ou parte dela ocorrendo naturalmente dentro dos limites do território brasileiro e em suas águas jurisdicionais.
Animal exótico – É todo aquele cuja distribuição geográfica não inclui o território brasileiro. As espécies ou subespécies introduzidas pelo homem, inclusive domésticas que se tornaram selvagens, também são consideradas exóticas.
Animal doméstico – Todo aquele que por meio de processos tradicionais de manejo e melhoramento zootécnico tornou-se doméstico, tendo características biológicas e comportamentais em estreita dependência do homem, podendo inclusive apresentar aparência variável, diferente da espécie silvestre que o originou.
Figura 3. Exemplo espécie bovina.
Raça – por definição pode ser compreendido como o conjunto de indivíduos da mesma espécie, com origem comum, finalidades econômicas definidas, gerando descendências com a mesma característica de produtividade e distintivos particulares.
Na espécie de bovinos temos várias Raças. Ex. Nelore, Simental, Holandês, Limousin, Gir, etc.
Figura 4. Exemplo de raças da espécie bovina diferentes: 1) Nelore – produção de carne; 2) Simental – produção de leite; 3) Holandes – produção de leite; 4) Limousin – produção de carne; 5) Gir – produção de carne e leite.
Variedade – Variação da raça original em que são mantidas todas as características gerais e comuns, diferindo apenas por um ponto particular. Como exemplo típico, Bovinos da raça Nelore com variedade Padrão e Mocho; Ovinos da raça Santa Inês com variedade Malhada e Castanha.
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A curva de crescimento pode ser apreciada como em fases de crescimento:
acelerado; desacelerado; estagnação; declínio em peso.
LOCOMOÇÃO: a locomoção pode ser definida como o ato de transportar-se de um local para outro em progressão contínua, partindo de uma postura inicial de equilíbrio. O cavalo tem despertado grande interesse no estudo da locomoção, sendo utilizado para o trabalho no campo, por exemplo.
REPRODUÇÃO: é a função da perpetuação da espécie, responsável pela expansão dos rebanhos. O aproveitamento de um animal de alta qualidade depende principalmente da sua capacidade de reprodução. Quando falamos de reprodução, falamos também de fertilidade, que é a maneira de mostrar a boa capacidade de reprodução. Ela é representada pelo número de animais nascidos por estação, duração entre dois partos e período de serviço.
LACTAÇÃO: é uma atividade fisiológica própria das glândulas mamárias, cujos produtos são o primeiro alimento necessário para a preservação da vida nos animais mamíferos. O leite produzido em grande quantidade é aproveitado para a alimentação humana.
Os animais são aproveitados pelo homem principalmente para:
produção de alimentos: carnes, vísceras, toucinho, leite e derivados, ovos; produção de derivados não comestíveis: cercas, pelos, chifres, peles, penas, adubo; alimentos para animais: farinhas de carne, sangue, fígado, ossos; trabalho e esportes: animal de carga ou tração, cela; guarda e faro; elemento científico: cobaias e animais para testes; elemento decorativo e de companhia: sem fins econômicos.
Atualmente são aplicadas diferentes formas, ou maneiras, da criação dos animais domésticos. Elas são classificadas dependendo de vários fatores, como:
objetivo da produção; área disponível; capital investido; mão-de-obra disponível.
Através da análise desses fatores é possível classificar os sistemas em:
Sistema extensivo; Sistema semi-intensivo; Sistema intensivo; Sistema super-intensivo.
Veremos, agora, a explicação de cada um dos sistemas de produção mais aplicados na zootecnia.
Muito praticado no Brasil, principalmente em regiões pouco povoadas, com terras muito grandes, baratas, distantes dos centros consumidores e não existe mão-de-obra qualificada para trabalhar. Os recursos naturais são aproveitados ao máximo, com pequeno gasto com capital e mão-de-obra.
Caracteriza-se por pouca intervenção do homem, não havendo manejo reprodutivo ou manejo sanitário. Normalmente os animais se alimentam dos recursos disponíveis, sem suplementação. Por os investimentos serem baixos, não visa lucro e, quando há, acontece a longo prazo e em pequena escala. Muito utilizado nas criações de subsistência.
Esse sistema é muito utilizado nas criações de gado de corte e também para a piscicultura em barragens.
Esse sistema é praticado em propriedades de menor tamanho. É um sistema intermediário entre o extensivo e o intensivo, onde se usa maior capital e mão-de-obra. Existe a aplicação de alguns conhecimentos zootécnicos no qual os animais recebem um pequeno manejo, com instalações rústicas, suplementação alimentar e separação em lotes.
Esse sistema é utilizado, por exemplo, nas criações de gado de corte e avicultura do tipo “caipira”.
Esse sistema é utilizado principalmente em propriedades pequenas ou onde o custo da terra é alto. Consiste no confinamento dos animais, com um alto aproveitamento do espaço visando máxima produção. Neste caso, os investimentos são altos e também visa elevados lucros.
São aplicados todos os conhecimentos zootécnicos visando aumento da produção, como: manejo reprodutivo, inseminação artificial, melhoramento genético do rebanho, manejo alimentar correto de acordo com a fase de vida do animal e manejo e controle sanitário.
Temperatura - A mais importante, sua ação incide de maneira considerável nos mamíferos e aves. Luminosidade - Fotoperíodo Reprodutivo + Crescimento Vegetativo. Chuva e Umidade – ↑ Chuvas ↑ Umidade. Vento – ↑ a perda de calor e ↑ disseminação de agentes causadores de doenças.
Apresentam conseqüências consideráveis nas criações de animais.
Fertilidade do solo – Disponibilidade de nutrientes para desenvolvimento de plantas; pH do solo – Produção ideal próximo à neutralidade (6,0 a 6,5); Endoparasitas e Ectoparasitas – ↑ Climas tropicais, ↑ Épocas de maiores temperaturas e umidades (Chuvas-Primavera/Verão),
São de responsabilidade direta do homem e de conseqüência mais acentuada nas criações do tipo intensivo.
Instalações – construções destinadas ao abrigo dos animais devem ser construídas de maneira a atenuar os efeitos ambientais; Alimentação – alimentos de maior palatabilidade e digestibilidade são os mais recomendados. Saúde e trato – grande parte das doenças que acometem os animais são controláveis pelo homem, através do ambiente de criação e condições adequados.
Na Bioclimatologia aplicada a Zootecnia a temperatura é o elemento climático de maior influência, e veremos detalhadamente.
Homeostasia = Manutenção do equilíbrio físico e químico nos animais
A temperatura de um organismo é um dos principais fatores que afetam sua função. Por isso, os animais utilizam várias estratégias para regular a temperatura de seus tecidos. Caso a temperatura corpórea baixe muito, os processos metabólicos ficam tão lentos e a função corpórea para. Por outro lado, um aumento na temperatura além do valor normal, em torno de 38 a 45 ºC, pode desnaturar proteínas e também ser fatal.
Dependo da estratégia para regular a Temperatura, os animais são classificados como Pecilotermos e Homeotermos
Os pecilotermos (peixes em geral, anfíbios, répteis), também são conhecidos como animais de sangue frio , porque a sua temperatura corporal varia com a do ambiente.
Os homeotermos (Mamíferos e Aves) são animais que conseguem manter a temperatura do corpo constante , mesmo que ocorram alterações da temperatura ambiente. Os homeotermos precisam consumir grande quantidade de energia para manter a temperatura do corpo, por isso procuram quase que constantemente por alimentos.
No estudo dos animais zootécnicos, a maioria das espécies são mamíferos e aves , portanto vamos enfocar na manutenção da temperatura corpórea normal nos homeotermos.
A temperatura corpórea depende do equilíbrio ent re consumo e produção de calor
A temperatura corporal dos animais é equilibrada entre a quantidade de calor produzida e absorvida e a quantidade de calor perdida para o meio. Portanto:
Se a temperatura corporal estiver mais elevada que a temperatura ambiente animal sente CALOR Se a temperatura corporal estiver mais baixa que a temperatura ambiente animal sente FRIO Se a temperatura corporal estiver em equilíbrio com a temperatura ambiente animal em CONFORMTO TÉRMICO
Figura 8. Esquema de variação da temperatura e a zona de conforto térmico.
Exemplo 2. Uso de lanternim para melhorar a ventilação.
Figura 10. O lanternim.
Figura 11. Efeito do lanternim sobre a ventilação dentro do galpão.
Exemplo 3. Orientação do galpão e uso de vegetação para minimizar os efeitos do sol.
Figura 12. Orientação do galpão no sentido leste-oeste e uso de árvores para minimizar os efeitos do sol.
Constitui-se como o ramo da biologia no qual se estudam a estrutura e organização dos seres vivos, tanto externa quanto internamente. A anatomia lida com a forma e a estrutura dos organismos e está em íntima relação com a fisiologia , que é a ciência que estuda as funções do organismo.
Portanto, a ANATOMIA estuda as formas e a constituição do corpo e a FISIOLOGIA estuda o funcionamento do corpo.
Para o estudo da anatomia podemos utilizar vários métodos, contudo, o mais didático é o método sistemático, no qual o corpo é dividido em sistemas de órgãos e aparelhos que são semelhantes em estrutura e função, e cada sistema é estudado separadamente. Podemos dividir o estudo sistemático da anatomia em:
osteologia: estuda e descreve o esqueleto;
sindesmologia: estuda e descreve as junturas, ligamentos;
miologia: estuda e descreve os músculos;
esplancnologia: estuda e descreve as vísceras;
angiologia: estuda e descreve os órgãos da circulação;
neurologia: estuda e descreve o sistema nervoso;
órgãos do sentido;
tegumento comum: pele.
Figura 13. A anatomia estuda as partes externas de um animal.
Os objetivos do sistema respiratório são: fornecer ao organismo uma condição de troca de gases com o ar atmosférico; Assegurar permanente concentração de oxigênio no sangue, necessária para as reações metabólicas; Serve como via de eliminação de gases tóxicos, que resultam dessas reações e que são representadas pelo gás carbônico.
O sistema respiratório é composto pelo TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR e TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR. O trato superior é formado por órgãos localizados fora da caixa torácica: nariz externo, cavidade nasal, faringe, laringe e parte superior da traquéia. O trato inferior é composto pelos órgãos localizados na cavidade torácica: parte inferior da traquéia, brônquios, bronquíolos e alvéolos (pulmões). Todos os órgãos são responsáveis por captar o ar atmosférico e levá-lo até os pulmões, local onde ocorrem as trocas gasosas: captação de oxigênio e liberação de gás carbônico.
Os pulmões estão presentes sempre em pares e são compostos pelos bronquíolos ramificados e os alvéolos. Os alvéolos são minúsculos sáculos de ar que constituem o final das vias respiratórias e um capilar pulmonar envolve cada alvéolo. A função dos alvéolos é trocar oxigênio e gás carbônico através da membrana capilar alvéolo-pulmonar.