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Apostila contendo conceitos básicos, passo a passo para dimensionamento e exemplos numéricos de dimensionamento de viga-parede.
Tipologia: Notas de aula
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Não perca as partes importantes!
Autor do capítulo: Dr. Leandro Dias Küster
Por conta dessas conclusões, entende-se o comentário da NBR 6118 (ABNT 2014) referente à
ineficiência das vigas-parede em relação as demais.
Figura 3. 2 : Tensões em vigas-parede de um só vão
l/d = 4
l/d = 2
l/d = 1
l/d < 1
l
l
l
l
d =
l
/
d =
l
/
d =
l
d
p
b
b
0,5d 0,67d
u=12,0p/b
D Z=0,75p.l
D
0,67d
0,4d
0 =3,0p/b (Navier)
u=4,5p/b
D
D
Z=0,38p.l
Z=0,20p.l
0 =0,42p/b
0 =0,75p/b (Navier)
u=1,6p/b
0,28d
0,62d
-0,3p/b
-0,4p/b
0,
l
0,
l
<0,
l
u=-1,5p/b
Z<0,20p.l
0,16p.l
Fonte: Leonhardt e Mönnig ( 1978 )
Leonhardt e Mönnig ( 1978 ) também apresentam as isostáticas de tração e compressão para a
determinação da trajetória das tensões principais em vigas-parede bi apoiadas (Figura 3. 3 ) e
contínuas (Figura 3. 4 ):
Figura 3. 3 : Trajetória das tensões principais em uma viga-parede bi apoiada
Tração Compressão
Fonte: Adaptado de Leonhardt e Mönnig ( 1978 )
Figura 3. 4 : Trajetória das tensões principais em uma viga-parede contínua
Tração Compressão
l/d = 1,5 l
Fonte: Adaptado de Leonhardt e Mönnig (1978)
Percebe-se, analisando a trajetória das tensões principais que boa parte das ações chegam aos
pilares através do esforço de compressão simples, sendo mais um indicativo de que os
A seguir será apresentado um roteiro simplificado para dimensionamento de consolo curto:
➢ 1º Passo – Definições;
➢ 2º Passo – Dimensões;
➢ 3º Passo – Esforços;
➢ 4º Passo – Verificações;
➢ 5º Passo – Armadura principal;
➢ 6º Passo – Armadura mínima de pele;
➢ 7º Passo – Armadura complementar para o apoio;
➢ 8º Passo – Armadura de suspensão;
➢ 9º Passo – Apoios Indiretos.
1º Passo – Definições
Conforme comentado anteriormente, na NBR 6118 (ABNT, 2014) são consideradas vigas-
parede as vigas em que a relação entre o vão de eixo e a altura l h ap / seguem os seguintes
critérios (Figura 3. 1 ):
Vigas biapoiadas
h
lap (Equação 3.1)
Vigas contínuas
h
lap (Equação 3.2)
Sendo:
lap =vãoentreapoios
Leonhardt & Mönnig (1974) comenta que quando se tem vigas curtas em balanço, dependendo
das dimensões também podem ser consideradas em balanço (Figura 3. 6 ):
Figura 3. 6 : Dimensões para vigas-parede em balanço
lk
Fonte: Leonhardt e Mönnig (1974)
h
lk (Equação 3.3)
lk =Vãolivredavigaembalanço.
2 º Passo – Dimensões
Para o cálculo de uma viga-parede, deve-se determinar a altura efetiva ( he ) da viga. Montoya
(1978) especifica o vão teórico “l” como sendo o menor dos seguintes (Equação 3.4):
1 , 15. l 0
l l
ap (Equação 3.4)
Para a altura efetiva ( he ), usa-se o menor valor dentre os seguintes (Equação 3.5):
h
l he^ (Equação 3.5)
Na NBR 6118 (ABNT, 2014) são apresentadas dimensões mínimas para a largura de vigas
parede de 15 cm.
Obs. Esse limite pode ser reduzido, até um mínimo absoluto de 10 cm em casos
excepcionais, sendo obrigatoriamente respeitadas as seguintes condições:
elementos estruturais, respeitando os espaçamentos e cobrimentos estabelecidos
pela norma;
3 º Passo – Esforços
A obtenção de esforços de Md e Vd para vigas parede segue a mesma idéia de vigas
convencionais.
Em relação as reações de apoio Rd, sua obtenção também seguem a mesma idéia das vigas
convencionais, porém, nas vigas contínuas majora-se 10% as reações de apoio das
extremidades. (MONTOYA, 1978)
4 º Passo – Verificações
Esmagamento do concreto:
Fusco (2013) coloca o valor limite para a tensão de compressão no concreto igual o apresentado
na Equação 3.6:
cd 0 , 6. fcd (Equação 3.6)
Montoya (1978) coloca os seguintes limites (Equações 3.7 e 3.8):
cd 0 , 8. fcd (Externos) (Equação 3.7)
Estabilidade:
Montoya (1978) apresenta um limite para garantir a estabilidade da viga (Equação 3.15):
3 0
.
(^8) cd e
d
f h
l q b (Equação 3.15)
Sendo:
qd = Sobrecarga uniforme de cálculo.
5 º Passo – Armadura principal
O cálculo da armadura principal se dá pela equação 3.16 (Figura 3. 8 ):
yd
sd s Total f
A (^) , = (Equação 3.16)
Sendo:
z
d sd =^ (Equação 3.17)
Figura 3. 8 : Determinação do equilíbrio interno da viga-parede
z
Rcd
Rsd
Rd
Fusco (2013) coloca o valor de z = 0 , 5. he
Disposição das armaduras longitudinais
As armaduras devem ser ancoradas por laços horizontais. Em vigas-parede não é comum a
utilização de decalagem.
As armaduras longitudinais devem ser distribuídas em uma faixa de a = 0 , 15. he (Figura 3. 9 ), e
Figura 3. 9 : Distribuição das armaduras longitudinais em viga-parede bi apoiada
a = 0,15he
No caso de vigas contínuas, a distribuição das armaduras positivas e negativas pode ser
observada na Figura 3. 10.
Figura 3. 10 : Distribuição das armaduras longitudinais em viga-parede contínua
a = 0,15he
h - he
0,2 he
0,5 he
Armadura de pele, construtiva
3º
1º
2º
Contínua
0,4he 0,4he As, vão 2 As, vão 1
Sendo:
➢ Faixa 1º → 2
s , neg e
h ⎯⎯→ (Armadura negativa)
➢ Faixa 2º → 2
s , neg e
h ⎯⎯→ (Armadura negativa)
➢ Faixa 3º → h − he (Armadura construtiva)
6 º Passo – Armadura mínima de pele
Armadura por face da viga
A NBR 6118 (ABNT, 2014) apresenta a seguinte situação para armadura mínima de pele
(Equações 3.18 e 3.19):
Figura 3. 12 : Determinação da armadura complementar de apoio para altas solicitações
em vigas-parede
Rd
yd
d s f
, =^ (Equação 3.22)
Obs. Área total dos estribos (duas pernas)
8 º Passo – Armadura de suspensão
A NBR 6118 (ABNT, 2014) comenta que “nas proximidades de cargas concentradas
transmitidas à viga por outras vigas ou elementos discretos que nela se apoiem ao longo ou em
parte de sua altura, ou fiquem nela pendurados (Figura 3.13)., deve ser colocada armadura de
suspensão conforme a equação 3.23.
Figura 3. 13 : Ações penduradas em vigas-parede
he
pd
yd
d s susp f
A (^) , = (Equação 3.22)
Sendo:
Pd = Carga suspensa + peso próprio
Observações:
➢ As,susp é calculado total, e não por face. Neste caso, deve-se ter cuidado ao somar com
a armadura de pele vertical, pois a mesma é calculada por face.
➢ A armadura de suspensão deve envolver a armadura principal;
➢ A armadura de suspensão deve ser somada à armadura vertical (de pele) e deve estar
presente pelo menos até he (Figura 3. 14 ).
Figura 3. 14 : Armadura de suspensão e armadura de pele vertical em vigas-parede
9 º Passo – Apoios indiretos
Apoios indiretos se dão pelo apoio de uma viga em outra, gerando uma carga concentrada muito
elevada (Figura 3. 15 ).
Figura 3. 15 : Apoio indireto entre vigas-parede
PAR 2
yd
s s f
^ =^ (Equação 3.25)
d sd
= (Equação 3.26)
Obs. Armadura de suspensão deve:
➢ Asa – Máximo 60% Pd
➢ Asv – Mínimo 40% Pd
Na Figura 3. 18 é apresentado um detalhamento típico para essa armadura inclinada.
Figura 3. 18 : Detalhamento típico para armadura inclinada devido existência de apoio
indireto com solicitações elevadas
a = 0,15he
As, principal
PAR 2
Pode ser único ou aos pares
Estribos Verticais
Pd
As
Asv = 40% As,susp
A NBR 6118 (ABNT, 2014) comenta que “quando as aberturas se localizarem em regiões
pouco solicitadas e não modificarem significativamente o funcionamento do elemento
estrutural, basta detalhar a armadura de compatibilização da abertura com o conjunto. Caso
contrário, deve ser adotado um modelo específico de cálculo para o caso em questão, baseado,
por exemplo, no método dos elementos finitos ou de bielas e tirantes.” Na Figura 3. 19 são
apresentadas as posições referentes aos furos que a NBR 6118 (ABNT, 2014) mostra:
Figura 3. 19 : Furos em vigas-parede
h
l
Abertura
Abertura
h
l
a) Abertura considerada normal b) Abertura considerada prejudicial
Fonte: Adaptado de NBR 6118 (ABNT, 2014)
Dimensões
Determinação do vão teórico 𝒍 :
l cm
l cm l
ap
0
Portanto, l = 350 cm
Determinação da altura de cálculo (efetiva):
h cm
l cm he 250
Portanto, he = h = 250 cm
Determinação dos esforços
Os esforços são obtidos da mesma forma que em vigas usuais.
Momento
kNm
ql M (^) d 158 , 6. 8
2 2
= = =
Cortante
kN
ql V
face d^168 ,^4 2
Reação de apoio
kN
ql R
total d^194 ,^3 2
Verificações
Esmagamento do concreto
R (^) du = Aap fcd = = 401 , 8 kN Rd = 194 , 3 kN OK 1 , 4
Cisalhamento
V (^) du = bhe fcd = = 669 , 6 kN Vd = 168 , 4 kN OK 1 , 4
Estabilidade
cm OK f h
l q b
cd e
d = = 5 , 4 15
. 250 1 , 4
3
0
Armadura principal
Conforme apresentado na Figura 3. 8 , pode-se calcular o equilíbrio das forças de tração e
compressão na viga-parede da seguinte maneira:
z = 0 , 5. he = 0 , 5. 250 = 125 cm
z
f
d sd yd
sd s , Total = =
( )
( )
( )
2
2
2
2
cm
cm
cm
cm zf
yd
d s
Geralmente pega-se números pares de barras para distribuir nos dois bordos, pois o As
calculado é o total. A faixa 𝑎 está indicada abaixo:
a = 0 , 15. he = 0 , 15. 250 = 37 , 5 cm
Necessita-se verificar o espaçamento das barras (Verificar os mínimos por norma)
n
h C Espaçamento
Adotar t =^8 mm
n = número de camadas de barras positivas
Espaçamento 16 , 7 cm 3 1
a cm Espaçamento cm OK
d mm
mm
mm
a (^) v
máxagregado
v barra =
,
Gancho de ancoragem:
Largura b − 2. Asv − 2. Cnom = 15 − 2. 0 , 8 − 2. 2 , 5 = 8 , 4 cm 8 , 5 cm
lb = 20 cm (Padrão)
As,positiva = 6 8
Obs. Deve-se colocar pelo menos 4 barras.