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apostila de sistema de controle dinâmicos
Tipologia: Notas de aula
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Apostila de Sistemas de Controle I
“CONCEITOS FUNDAMENTAIS”
Inicialmente neste capítulo, estuda-se o conceito de função de transferência, o qual é a base da teoria de controle clássico. Após, estuda-se a representação de sistemas através de diagrama de blocos, bem como a álgebra de blocos e suas simplificações. É também apresentado o gráfico de fluxo de sinais e a obtenção da função de transferência de um sistema utilizando a fórmula do ganho de Mason. Finalizando este capítulo, é apresentada uma introdução a abordagem de modelo de variáveis de estado para representação de sistemas.
A função de transferência de um sistema linear invariante no tempo é definida como sendo a relação entre a transformada de laplace da saída (função resposta) e a transformada de laplace da entrada (função excitação), considerando-se nulas todas as condições iniciais. Seja a seguinte expressão:
a d y t dt a^
d y t dt
dy t dt a^ y t^ b^
d t dt b^
d t dt b^
d t dt b^ t
n n
n n n n
m m
m 0 1 m m m
1 1 1 0 1
1 1 1
− − −
− a (^) − −
χ χ χ χ
Onde: n ≥m χ( )t ⇒ entrada e y t( ) ⇒ saída
Aplicando-se a transformação de laplace na expressão acima, temos:
( a 0 .Sn + a S 1 n−^1 +.... + a (^) n − 1 .S + a (^) n) Y s( ) = ( b 0 .S m^ + b 1 .Sm −^1 +.... + b (^) m − 1 .S +b (^) m)X s( )
Utilizando o conceito de função de transferência, resulta:
G s Y s X s
b b b b a a a a
m m n n m^ m n n
− − − −
0 1 1 1 0 1 1 1
(de um sistema de ordem n)
Apostila de Sistemas de Controle I
O diagrama de blocos de um sistema, é a representação gráfica das funções desempenhadas pelos componentes que compõe o sistema, juntamente com o fluxo de sinais dentro do sistema. O diagrama de blocos, ao contrário da representação matemática do sistema, fornece uma visão gráfica global do sistema indicando realisticamente a finalidade dos componentes dentro do sistema, e como ocorre o fluxo de sinais entre os blocos. A seguir são apresentados os componentes que compõe um diagrama de blocos e uma descrição sobre os mesmos.
- Blocos e Fluxo de Sinais
É uma representação simbólica para a operação matemática, na qual o sinal de saída do bloco é produzido pelo sinal de entrada deste mesmo bloco, multiplicado pelo ganho do bloco (função de transferência do bloco). Os fluxos de sinais são flechas que indicam o sentido em que os sinais de entrada e saída dos blocos são interligados.
A representação de um sistema através de diagramas de blocos, permite que se saiba qual a contribuição de cada bloco (componente) no desempenho global do sistema.
- Ponto de Soma
Os pontos de soma em um diagrama de blocos indicam como os sinais devem ser somados ou subtraídos. Deve-se observar que os sinais a serem somados ou subtraídos, devem ter as mesmas dimensões e unidades.
- Pontos de Ramificações
São pontos nos quais, um mesmo sinal flui em direções diferentes.
Y s( ) =X s( ). G s( )
Apostila de Sistemas de Controle I
I s E^ s^ E^ s R
( ) = 1 ( )^ −^0 ( ) I s CS E s s I s CS
G s RCS ( ) = 1 e H s( ) = 1
Sabendo-se que: E^ s E s
G s G s H s
0 1 1
, resulta:
E s E s RCS
0 1
E s E s
0 1
No sistema acima representado, temos dois sinais de entrada, isto é, a própria entrada do sistema X(s) e uma perturbação N(s). Quando temos um sistema sujeito a entradas diferentes podemos obter independentemente as respostas para cada uma das entradas, utilizando-se o teorema da superposição, e após adicioná-las resultando na resposta completa. Para o sistema mostrado, considere que:
Y(s) = YN(s) + YX(s) Onde:
i t e t e t R i t C d e t dt
( ) i( )^ ( )
( ).
0
0
Apostila de Sistemas de Controle I
Y(s) = resposta completa do sistema;
YN(s) = resposta do sistema devido a entrada N(s) (perturbação);
YX(s) = resposta do sistema devido a entrada X(s) (ent. principal);
Y s N s
G s G s G s H s
2 1 2 1
Y s X s
G s G s G s G s H s
1 2 1 1 2
Y s G^ s^ N s G s G s H s
G s G s X s ( ) (^) G s G s H s
. = (^) + + (^) +. 2 1 2
1 2 1 1 1 2
Y s( ) = (^1) +. G 1 ( ) s GG 2 ( ) 2 s( ). s H s( ) + { N s( ) +G 1 ( ).s X s( )}
Se G 1 ( ) s G. 2 ( )s H s. ( )>>> 1 e G 1 ( ). s H s( ) >>> 1 então:
Y s X s ( ) = (^) H s
Com isto, concluí-se que:
Geralmente, diagramas de blocos complicados envolvendo diversos laços de realimentação, vários blocos em série, pode ser simplificado através da manipulação de blocos no diagrama, utilizando-se as regras da álgebra de blocos mostrados a seguir:
Y N ( )s ≈ 0
Y X ( )s ≈ (^) H s( ). X s( )
Apostila de Sistemas de Controle I
Nó: Representa uma variável. Ganho de Ramo: É o ganho entre dois nós. Ramo: É uma reta interligando dois nós. Nó de Entrada: São os nós que possuem apenas ramos que saem do nó. Corresponde a uma variável de controle independente. Nó de Saída: São os nós que possuem apenas ramos que chegam ao nó. Corresponde a uma variável dependente. Nó Misto: São os nós que apresentam ramos saindo e chegando ao nó. Caminho: É uma trajetória de ramos ligados no sentido das flechas. Caminho Aberto: É aquele em que nenhum nó é cruzado mais de uma vez. Caminho Fechado: É aquele em que termina no mesmo nó em que começou. Caminho Direto: É o caminho desde um nó de entrada até um nó de saída, cruzando cada nó uma única vez. Laço: (^) É um caminho fechado. Ganho do Laço: É o produto dos ganhos dos ramos que fazem parte do laço. Laços que não se tocam: São laços que não apresentam nós comuns.
≈
Apostila de Sistemas de Controle I
A fórmula do ganho de Mason permite que se determine o ganho de um sistema em malha fechada diretamente do diagrama de blocos ou do gráfico de fluxo de sinais, sem a necessidade de redução dos mesmos. Embora seja um procedimento simples, a aplicação desta técnica deve ser usada com extremo cuidado para que os termos que compõe a fórmula do ganho não sejam trocados. Ex: Seja o seguinte sistema:
A definição dos caminhos diretos e dos ganhos dos laços envolvidos é mostrado abaixo.
CAMINHOS DIRETOS: G 1 ,G 2 ,G 3 ,G 4 ,G 5 G 6 ,G 4 ,G 5 LAÇOS: G 2 H 1 G 4 H 2 Seja “T”, o ganho do gráfico acima, isto é, a sua função de transferência. A fórmula do ganho de Mason é dada por:
K
P = = + + + p p =
1
Onde: ∆ ⇒ Determinante do gráfico ∆ ⇒ 1 − (Σ dos ganhos dos laços individuais) + (Σ dos produtos de ganhos de todas as possíveis combinações de dois laços que não se tocam) − (Σ dos produtos de ganhos de todas as possíveis combinações de três laços que não se tocam) + (Σ dos produtos de ganhos de todas as possíveis combinações de quatros laços que não se tocam) − (........
∆ ⇒ 1 − La L L L L L a b c b c^ d e fd^ e^ f
, , ,
MK = ganho do K-ésimo caminho direto; ∆K = É o determinante associado ao K-ésimo caminho direto. É obtido de ∆, remo- vendo-se os laços que tocam este K-ésimo caminho direto. Para o exemplo mostrado, resulta:
M 1 = G 1 , G 2 , G 3 , G 4 , G 5 M 2 = G 6 , G 4 , G 5 L 1 = - G 2 H 1
Ganho dos caminhos Diretos;
Ganhos dos laços individuais; L 2 = - G 4 H 2
Apostila de Sistemas de Controle I
- Modelo de Variáveis de Estado É um conjunto de equações diferenciais de 1a^ ordem, escritas na forma matricial que permite, além de representar as relações entre as entradas e as saídas do sistema, permite representar também algumas características internas do sistema.
Como característica desta abordagem, pode-se citar:
ϑ ϑ ϑ ϑ ϑ i t R
c t R
t R C
d dt t^
d dt t
1 1
0 2
0 2
ϑ i t ϑ ϑ ϑ ϑ ϑ R
t R
d t dt
t R C
d t dt
d t dt
1
0 1 1 2
0 0 2
0 2
(^2 ) = + + + + 2 “7”
R t^
R t^
R t^ i t
1 2
0 1 2 2
0 1 2 2
.ϑ^ ( )^ +^.^ ϑ^ ( )^.^ ϑ^0 ( )^ ϑ( )
A expressão acima representa o sistema mostrado, através da equação diferencial de 2a ordem que o define.
- Função de Transferência
Para a obtenção da função de transferência deste sistema, deve-se obter a razão entre as transformações de laplace dos sinais de entrada e saída.
i 1 t i t^ R c t 1
( ) = ϑ^ ( )^ −ϑ^ ( ) “1”
ϑ c t( ) − ϑ 0 ( ) t =L. di^ dt^2 ( )t “2”
i t i t C d^ c t (^1 2) dt ( ) − ( ) =. ϑ^ ( ) “3”
“2” → ϑ c t ϑ t L di^ t^ ϑ^0 ( )t^ =^ R^2.^ i^2 ( )t “4” ( ) ( ). (^) dt
Apostila de Sistemas de Controle I
Entrada: ϑi t( ) − Vi s( ) Saída: ϑ 0 ( )t −V 0 ( )s
LCR R S V^ s^
R SV^ s^
R V^ s^ Vi s
1 2
2 0 1 2 2
0 1 2 2
Seja: A
1 2
2
2
V s Vi s AS BS C
0 2
- 1 o^ Modelo de Variáveis de Estado
Para a obtenção do modelo de variáveis de estado, deve-se inicialmente definir quem são as variáveis de estado; sinais de entrada e sinais de saída.
Entrada: ϑi t( ) Saída: ϑ 0 ( )t Variáveis de Estado: ϑ 0 ( ),t ϑ 0 ( )t Desta forma, tem-se que:
χ (^) ϑ χ (^) ϑ
1 0 2 0
t t t t
Variáveis de estado y t( ) = ϑ 0 ( ) t =χ 1 ( ) t → Sinal de saída
t L^ CR R R
t R^ R R
(^1) t i t 2
1 1 2 2
1 1 2 2
.χ^ ( ) +. χ^ ( ). χ^1 ( ) ϑ( )
mas, χ^1 ( )t = χ 2 ( )t. Desta forma, resulta que:
LCR R t L^ CR R R t R^ R R
(^1) t i t 2 2 1 2 2 2 1 2 2
. χ^ ( ) +. χ^ ( ). χ 1 ( ) ϑ( )
Seja: D
1
1 2 1
2 1
;
χ χ
χ χ ϑ
1 2
1 2
t 0 1 0 t D E
t t F i t
y t (^) [ ]
t ( ). (^) t
2
χ χ “14”
- 2 o^ Modelo de Variáveis de Estado
Apostila de Sistemas de Controle I
U(t) → Vetor de Entrada;
Geralme nte, a Matrix de Transmissão Direta é nula, visto que quase sempre existe uma dinâmica em todas as ligações entrada e saída dos sistemas. A obtenção do modelo de variáveis de estado de um sistema, geralmente pode ocorrer através de uma das formas apresentadas abaixo
as entradas do sistema.
(^) ( ) (^) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
y t K y t K y t t K t y t K y t K y t K t
1 1 1 2 1 1 3 2 2 4 2 5 1 6 1
μ μ μ
- Variáveis de Estado
Desta forma, substituindo as variáveis de estado no sistema de equações, resulta: χ (^1) ( )t =χ 2 ( )t
χ^ (^2) ( )t = −K 1 χ 2 ( )t − K 2 χ (^1) ( )t + μ 1 ( )t +K 3 μ 2 ( )t χ^ (^3) ( )t = − K 5 χ 2 ( )t − K 4 χ (^3) ( )t +K 6 μ 1 ( )t
( ) ( ) ( )
χ χ χ
χ χ χ
μ μ
1 2 3
2 1 5 4
1 2 3
3 6
1 2
t t t
t t t
t t
χ χ χ
1 1 2 1 3 2
t y t t y t t y t
Apostila de Sistemas de Controle I
y t y t
t t t
1 2
1 2 3
χ χ χ
Seja a seguinte Função de Transferência:
Y s U s
G s b S^ b S^ b S a S a S a
s s
2 2 3 1 0 2 2 1 0
1 1
χ χ Y s b S s b S s b s U s S s a S s a S s a s
2 2 1 1 1 0 1 (^31 221 1 1 0 )
χ χ χ χ χ χ χ
Definindo-se:
S χ^1 ( )s = χ 2 ( )s S 2 χ^1 ( )s = S χ^2 ( )s =χ 3 ( )s Aplicando-se a transformação inversa de laplace no sistema de equações acima, resulta que : Y t( ) = b 2 χ^3 ( )t + b 1 χ^2 ( )t +b 0 χ 1 ( )t
e: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
χ χ χ χ (^) μ χ χ χ χ
3 2 3 1 2 0 1 1 2 2 3
t a t a t a t t t t t t
Apostila de Sistemas de Controle I
Seja a seguinte representação de estado:
Definindo-se um outro Vetor de Estado V(t) = Q.X(t), onde “Q” é uma matrix qualquer, resulta.
X t( ) = Q −^1 .V t ( ) Onde: Q −^1 =P; P → Matrix de Transformação; X t( ) =P V t. ( ) X t^ ( ) =P V t. ( )
Substituindo-se as expressões de X(t) e X t ( ) na representação mostrada, tem-se:
P V t A P V t B U t Y t C P V t D U t
V t P A P V t P B U t Y t C P V t D U t
− 1 − 1
V t Av V t Bv U t Y t Cv V t D U t
Ex:
Dado G s( ) = (^) S + S+
2 3 2 obtenha:
1 1 2
Utilizando-se o procedimento mostrado no ítem 3.12, o modelo de estado para este sistema é obtido como mostrado abaixo:
( ) ( ).^
X t X t
X t X t t
1 2
1 2
μ
X t A X t B U t Y t C X t D U t
Apostila de Sistemas de Controle I
Y t (^) [ ]
2
O novo conjunto de variáveis de estado V(t), em função das variáveis de estado X(t), é dado por:
V t
X t ( ). (^) X t
1 2
Onde: Q (^) = Q ^
e 1 e Adj Q. =
Sendo P -1^ =Q, resulta que:
Adj Q Q
Com isto, temos que:
P −^ A P=
e: P −^ B=
.. 2 C.P = (^) [ ] [ ]
Finalizando, o novo modelo de variáveis de estado é dado por :
( ) ( ).^
V t V t
V t V t t
1 2
1 2
μ
Y t (^) [ ]
V t ( ). (^) V t
2