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Apostila de prótese parcial removível, Resumos de Odontologia

Apostila de componentes e biomecanica da ppr

Tipologia: Resumos

2024

Compartilhado em 01/04/2024

maria-eduarda-martins-78
maria-eduarda-martins-78 🇧🇷

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Fra nk K aiser PPR no Labor atór io 1
Prótese Parcial
Removível
Definição
Estrutura metálica fundida para suporte de dentes artificiais, destinada a restabelecer as
seguintes principais funções orais:
• Mastigação
• Estética
• Fonética
• Prevenção da inclinação, migração ou
extrusão dos dentes remanescentes
• Estabilização de dentes enfraquecidos
• Balanceio muscular no complexo oro-facial
A PPR é conhecida como “a prótese que estraga os dentes”. Alguns estudos relatam que
cerca de 50% das PPRs realizadas não são utilizadas pelos pacientes, porque eles não se
"acostumam" com elas.
Isto resulta da falta de planejamento biomecânico correto, da falta de preparo da boca para
receber a prótese e da qualidade técnica insatisfatória das próteses parciais removíveis, em geral.
O planejamento não é obtido por fórmulas matemáticas, mas por princípios biológicos e
muito bom senso. (Dr. Cláudio Kliemann)
É difícil prever o comportamento exato das reações biológicas frente ao tratamento
realizado.
Quando se aplica uma força sobre uma estrutura não-viva, o problema é saber se ela
suportará, ao passo que se for aplicada a mesma força sobre uma estrutura viva, o problema é
outro: como reagirá? (Dr. Todescan)
A experiência clínica do dentista e laboratorial do protético são fatores de real importância,
porque não é possível determinar leis rígidas e precisas para as ciências biológicas, tais como as
usadas nas ciências exatas.
Frank Kaiser
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Frank Kaiser PPR no Laboratório 1

Prótese Parcial

Removível

Definição

Estrutura metálica fundida para suporte de dentes artificiais, destinada a restabelecer as seguintes principais funções orais:

  • Mastigação
  • Estética
  • Fonética
  • Prevenção da inclinação, migração ou extrusão dos dentes remanescentes
  • Estabilização de dentes enfraquecidos
  • Balanceio muscular no complexo oro-facial A PPR é conhecida como “a prótese que estraga os dentes”. Alguns estudos relatam que cerca de 50% das PPRs realizadas não são utilizadas pelos pacientes, porque eles não se "acostumam" com elas. Isto resulta da falta de planejamento biomecânico correto, da falta de preparo da boca para receber a prótese e da qualidade técnica insatisfatória das próteses parciais removíveis, em geral. O planejamento não é obtido por fórmulas matemáticas, mas por princípios biológicos e muito bom senso. (Dr. Cláudio Kliemann) É difícil prever o comportamento exato das reações biológicas frente ao tratamento realizado. Quando se aplica uma força sobre uma estrutura não-viva, o problema é saber se ela suportará, ao passo que se for aplicada a mesma força sobre uma estrutura viva, o problema é outro: como reagirá? (Dr. Todescan) A experiência clínica do dentista e laboratorial do protético são fatores de real importância, porque não é possível determinar leis rígidas e precisas para as ciências biológicas, tais como as usadas nas ciências exatas.

Frank Kaiser

2 PPR no Laboratório Frank Kaiser

Classificações

  • Desdentado anterior
  • Desdentado posterior bilateral
    • Modificações
    • Desdentado posterior unilateral A mais utilizada, tem a vantagem da visualização imediata do caso, facilitando e sistematizando planejamento e desenho das futuras peças protéticas. •Desdentado intercalar
  • Modificações A classificação dos desdentados ajuda-nos a estabelecer regras de planejamento e de desenho. Ela tem uma função didática e serve como meio de comunicação entre profissionais, facilitando a explicação de casos clínicos conhecidos. Temos 64.534 combinações de desdentamento possíveis para cada arco (Cummer 1921), e 32.000 possibilidades de desenho (DeFranco, 1984). Existem muitas diferentes classificações, como por exemplo a classificação universal, a classificação funcional, a classificação mecânica, a classificação biomecânica, a classificação topográfica, porém somente algumas delas têm uma real aplicação no dia-a-dia do laboratório.
  • Modificações A Classe IV não admite modificações, pois, se existisse mais de um espaço protético, enquadrar-se-ia em uma das outras três Classes. As classes de Kennedy se escrevem com letras romanas

Classe I:

Classe IV:

Classe II:

Classificação topográfica(Kennedy 1925)

Classe III:

Classe III: Classe I: Classe II:

4 PPR no Laboratório Frank Kaiser

Grampos

Equadores

Partes do grampo

Forma do grampo

Área retentiva A medida ideal do grampo prevê que ele seja afilado, meia-cana, adelgaçando-se suavemente até atingir a metade de sua espessura inicial, na área da ponta ativa. Sem dificultar a remoção voluntária da prótese, os grampos devem ser suficientemente retentivos para que a prótese não seja deslocada por esforços funcionais normais. A indicação do tipo de grampo a ser utilizado depende do tamanho e da localização dos espaços desdentados, do grau de inclinação dos dentes suportes e da retenção disponível. O volume dos freios labiais, a estética e o conforto do paciente, são igualmente determinantes. A estética é um fator que deve ser sempre levado em consideração, desde que não comprometa a funcionalidade da prótese. A ponta ativa, delgada e flexível, tem a função de retenção. Secundariamente, o corpo do grampo, mais espesso e menos flexível, tem a função de estabilização da prótese. Corpo Ponta ativaCorpo Equador Ponta ativaApoio Braço de oposição O equador do dente, por analogia com o equador terrestre, é uma linha imaginária correspondente à maior circunferência da coroa. O equador anatômico do dente é o maior contorno de cada dente considerado individualmente. O equador protético é o equador em relação a todos os dentes, considerando um mesmo eixo de inserção e as diferentes inclinações dos dentes entre si. Área expulsiva Equador

Frank Kaiser PPR no Laboratório 5

Grampos circunferenciais

Grampo de ação posterior ( Grampo M.D. (Mesial, Distal) ou Grampo circunferencial de Ackers ou “GCA” Grampo Geminado, Ackers Duplo ou Bonwill ou Nally & Martinet) Mesial Distal Vista distal Sobre caninos ou pré-molares, o MD é o grampo mais discreto da família dos grampos circunferenciais. Indicado para a Classe III ou IV de Kennedy, o grampo MD precisa de uma retenção distal suficiente, e não pode ser indicado numa extremidade livre. O nome “Ação posterior”, ou “Back-action”, vem do fato de que este tipo de grampo dá uma certa flexibilidade, uma “ação” nas selas posteriores, através do conector maior. Dentro da família dos grampos circunferenciais, o Nally & Martinet é o grampo mais indicado para extremidades livres, casos da Classe I e II de Kennedy. O grampo circunferencial de Ackers é indicado para molares, pré-molares e eventualmente caninos, nos casos da Classe III de Kennedy. O braço de oposição, rígido, é indicado para todos os tipos de grampos e não deve invadir a área retentiva. Ele segue a linha do equador sem nunca ultrapassá-la. O grampo geminado pode ser considerado como uma combinação de dois grampos circunferencial de Ackers, com a particularidade de criar uma retenção anterior e outra posterior. Back-action Equipoise

Frank Kaiser PPR no Laboratório 7 Grampo de Ney n° Grampo de contenção Grampo contínuo de Kennedy O grampo de Ney n°2 pode ser comparado a um grampo de Roach “T” lingual e outro vestibular sobre molar. O grampo de Ney n°2 é indicado sobre molares isolados e coroas clínicas curtas em desdentados da Classe IV de Kennedy. Os grampos de contenção, ou “unhas-de-gato”, têm como função principal a estabilização de dentes com mobilidade. Este grampo é indicado sobre o cíngulo dos dentes anteriores, na Classe I ou II de Kennedy, e como contenção de dentes com mobilidade. Outra função importante do grampo contínuo de Kennedy é atuar como retentor indireto, impedindo o deslocamento cervico-oclusal da prótese, causado por alimentos pegajosos.

Grampos diversos

8 PPR no Laboratório Frank Kaiser

Apoios

Os apoios diretos, são localizados diretamente ao lado dos espaços desdentados. Eles são utilizados para a transmissão de forças aos dentes suportes. Com a função de restabelecer pontos de contato proximais, os dentes pilares isolados receberão um apoio duplo, ou seja, dois apoios diretos. A determinação da localização dos apoios diretos e indiretos está relacionada com a localização dos espaços protéticos e a linha de fulcro da prótese. Espaços desdentados estendidos funcionam da mesma maneira que extremidades livres. Usam-se apoios indiretos para evitar torque direto sobre dentes suportes. Os apoios indiretos, são localizados distantes dos espaços desdentados, utilizados para neutralizar os movimentos de rotação da prótese. A função principal dos apoios é a de assegurar que uma parte, ou a totalidade, das cargas exercidas sobre os dentes artificiais durante a mastigação seja transmitida aos dentes suportes. Os nichos preparados na boca, pelo dentista, e destinados a receber os apoios da prótese, devem ser feitos em forma de colher, para distribuir as forças oclusais em direção à raiz. Dentes naturais são aptos a receber cargas axiais e não laterais. O planejamento da prótese parcial removível leva em consideração dois tipos de apoios.

Apoios diretos

Localização dos apoios

Apoios indiretos

Dente isolado Espaço desdentado intercalar estendido Extremidades livres Desdentados da Classe I ou II de Kennedy receberão apoios indiretos. Espaço desdentado intercalar Os espaços desdentadas intercalares receberão um suporte direto, por meio de apoios diretos.

10 PPR no Laboratório Frank Kaiser

Selas

0,1 mm 0,01 mm Na presença de implantes ou no planejamento de futura colocação de implantes, será deixado um espaço maior, de 2 a 3 mm, embaixo das retenções. Dentes artificiais isolados são sempre mais frágeis que um grupo de dentes, por causa do pouco volume de resina que os envolve. Uma retenção adicional, em forma de pino retentivo, será colocada em tais casos. Dentes artificiais anteriores receberão um pino retentivo em cada elemento, mesmo que sejam vários dentes unidos. Um espaço mínimo de 0,5 mm será deixado sob as redes metálicas, para que a resina tenha uma resistência adequada. As selas são os elementos da prótese parcial removível propostos para preencher os espaços protéticos, suportar e unir os dentes artificiais entre si. Elas também podem ter a função de transmissão das forças mastigatórias sobre a fibromucosa. A resiliência da membrana periodontal dos dentes naturais é 4 a 20 vezes menos depressível que a fibromucosa do rebordo alveolar. Os implantes não têm resiliência. Uma resiliência pode ser obtida através dos elementos protéticos. 1,3 mm

Alívios

Resiliência dos suportes

Frank Kaiser PPR no Laboratório 11

Finish line

Oclusal metálica

Conectores menores diretos

Conectores menores indiretos

(linha de acabamento, de término)

Os conectores menores diretos são localizados ao lado dos espaços protéticos. Os conectores menores indiretos são localizados distantes dos espaços protéticos. A falta de espaço deixa a resina muito fina, sem resistência às forças matigatórias. Nestes casos, a realização de oclusais metálicas seria uma solução. Estas oclusais metálicas não são necessariamente dentes maciços, mas podem ter o lado vestibular em resina, melhorando assim a estética (Veneer). Além de unir os apoios e os grampos nas selas e nos conectores maiores, eles servem de via de transmissão das cargas oclusais para os dentes suportes, por meio dos apoios. Eles têm também a função de estabilizar a prótese, e de guiá-la durante sua inserção e remoção. A junção entre metal e resina deve ser muito bem definida, tanto na superfície externa como na superfície interna da prótese.

Conectores menores

Frank Kaiser PPR no Laboratório 13 Grade retentiva ou ‘ Barra lingual simples Barra combinada anterior-posterior Placa palatina completa Barra lingual simples com o grampo contínuo de Kennedy A barra palatina combinada anterior- posterior pode ser indicada para qualquer Classe de Kennedy. A grade retentiva metálica é um reforço eficiente para a prótese total. Indicada para os desedentados de todas as Classes de Kennedy. A única indicação da placa palatina completa é para desdentados totais. A barra lingual, em forma de meia pêra, pode ser diminuída na espessura, mas deverá ser aumentada em altura para ter a rigidez adequada. A distância mínima a respeitar entre o limite superior da barra lingual e o colo dos dentes anteriores ou posteriores é de 4 mm. Além de ser um excelente estabilizador, o grampo contínuo de Kennedy serve de reforço para uma barra lingual estreita. micro mesh’

Inferior

14 PPR no Laboratório Frank Kaiser Placa lingual completa Barra lingual chapeada ou laminar Conector maior dentário ou de cíngulo Conector maior labial Barra lingual unilateral Grade retentiva ou ‘micro mesh’ A única indicação da placa lingual completa é para desdentados totais. Mantém precisão em sua forma, e reforça eficientemente uma prótese total. A barra lingual chapeada é utilizada como estabilizador de dentes anteriores com problemas periodontais e dá rigidez ao conector maior, quando houver pouca altura disponível, devido a um tórus ou a um freio lingual alto. O conector maior dentário é uma solução para freio lingual alto, presença de tórus lingual ou pouca altura. Indicado para desdentados da Classe III de Kennedy, próteses dentossuportadas. Contra-indicado sobre dentes com mobilidade. Pouco encontrado, o conector maior labial é indicado na presença de dentes muito inclinados lingualmente, especialmente pré-molares inferiores linguovertidos. Realizada somente sob exigência e responsabilidade do dentista e do paciente. Este tipo de prótese não possui estabilidade, tem pouca retenção. É fácil de engolir. A grade retentiva metálica é um reforço eficiente para a prótese total. A realização deste tipo de estrutura exige três pontos de apoio para posicioná-la a uma distância de 0,5 mm do modelo, ideal para a prensagem do acrílico.

16 PPR no Laboratório Frank Kaiser

Planos-guia

Calibradores de retenção

Os planos-guia são desgastes paralelos de 2 a 3 mm, feitos pelo dentista no esmalte dos dentes suportes. Eles podem ter várias indicações: Três medidores de retenção podem ser utilizados para calibrar ou medir uma retenção. A calibragem de uma retenção depende da liga a ser utilizada. Para as ligas de Co-Cr por exemplo, utilizadas em 95% da confecção das PPR, o grau de retenção ideal é de 0,25 mm. 0,50 mm para as ligas de Ouro e 0,75 mm para fio ortodôntico. Reciprocidade dos grampos de retenção. Diminuição dos ângulos mortos nos conectores menores. Adequação da inserção do conector maior, na presença de dentes lingualizados.

Frank Kaiser PPR no Laboratório 17

Referências recomendadas

BOREL, J. C. Manuel de prothèse partielle amovible. Paris: Masson, 1983. CAESAR, H. H. La tecnica dello scheletrato. Villa Carcina: Editrice M.E.A., 1992. De FIORI, S. R. Atlas de prótese parcial removível. 4 ed. São Paulo: Pancast, 1993. DESPLATS, E. M.; KEOGH, T. P. Prótesis parcial removible, clínica y laboratorio. Madrid: Mosby/Doyma libros, 1995. DITTMAR, K. Sistematiche moderne nella tecnica dello scheletrato. Villa Carcina: Teamwork media, 2000. GRABER, G. Removable partial dentures. Stuttgart: Thieme Medical, 1988. KLIEMANN, C.; OLIVEIRA, W. de. Manual de prótese parcial removível. São Paulo: Santos,

KRATOCHVIL, F. J. Partial removable prosthodontics. Philadelphia: Saunders, 1988. MARXKORS, R. Die Einstückgussprothese. Dental Labor, n.49, p.707-715, p.1037-1050, p.1663-1670, p.1849-1856; n.50, p.193-202, Feb. 2001/2002. McCRACKEN, W. L. Partial denture construction. 2 ed. St. Louis: Mosby, 1964. McGIVNEY, G. P.; CASTLEBERRY, D. J. McCracken´s removable partial prosthodontics. 8 ed. St. Louis: Mosby Co., 1994. MILLER, E. L.; GRASSO, J. E. Prótese parcial removível. São Paulo: Santos, 1990. NALLY, J.-N. La prothèse partielle amovible à chassis coulé, principes et techniques. 2 éd. Genève: Médecine et hygiène, 1979. NALLY, J.-N. Materiaux et alliages dentaires, composition, applications et techniques. Paris: Julien Prélat, 1964. PHILLIPS, R.W. Materiais dentários. 10.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998. TODESCAN, R. et al. Atlas de prótese parcial removível. São Paulo: Santos, 1998. VIERLING, P. Etude comparative de la conception et du tracé des prothèses partielles amovibles. Strasbourg, 1987. 222p. Thèse (Doctorat) Faculté de Chirurgie Dentaire de Strasbourg, Université Louis Pasteur. ZACH, G. A. Advantages of mesial rests for removable partial dentures. J Prosthet Dent, v.33, n.1, p.32-35, 1975.