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Apostila de Parasitologia Veterinária, Notas de estudo de Parasitologia

Apostila completa de parasitologia veterinária, com ciclos, formas de combate, sintomas, muitas imagens e esquemas.

Tipologia: Notas de estudo

2024

À venda por 20/12/2024

evelynrocha
evelynrocha 🇧🇷

5 documentos

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Parasitologia
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feito por @doutoramiau
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Baixe Apostila de Parasitologia Veterinária e outras Notas de estudo em PDF para Parasitologia, somente na Docsity!

ParasitologiaParasitologiaParasitologia

feito por @doutoramiau

Sumário

  • Introdução à parasitologia veterinária ----------------------------------------------------------------
    • Características gerais dos artrópodes ---------------------------------------------------------------
  • Carrapatos -------------------------------------------------------------------------------------------
  • Moscas ----------------------------------------------------------------------------------------------
  • Triatomíneo -----------------------------------------------------------------------------------------
  • Piolhos ----------------------------------------------------------------------------------------------
  • Pulgas -----------------------------------------------------------------------------------------------
  • Ácaros -----------------------------------------------------------------------------------------------
    • Helmintos -------------------------------------------------------------------------------------------

Figura 1 e 2: cachorro com carrapatos Competição: quando exemplares da mesma espécie ou de diferentes espécies disputam o mesmo abrigo ou alimento. Figura 3 e 4: exemplos de competição no reino animal.

Introdução à

parasitologia veterinária

Os parasitos são assim denominados por sempre causarem algum prejuízo ao hospedeiro. A palavra vem do grego e significa ser que se alimenta de outro ser. O estudo dos parasitos integra uma das áreas mais importantes da medicina veterinária , pois a maioria dos problemas clínicos está diretamente associado a eles.

As relações entre os seres vivos

alimento abrigo associações harmônicas desarmônicas Comensalismo; Mutualismo; Simbiose; Forésia. Competição; Canibalismo; Predatismo; Parasitismo.

Associações desarmônicas

Parasitismo: existe a unilateralidade de benefícios. O hospedeiro é espoliado pelo parasito. Nem sempre morre.

Predatismo: quando uma espécie se alimenta de outra. A sobrevivência de uma depende da morte da outra. É a cadeia alimentar.

Associações desarmônicas

Canibalismo: quando um animal se alimenta de um outro da mesma espécie ou mesma família. Poderá ser devido a superpopulação ou ainda por deficiência alimentar. Figura 5 e 6: exemplos de canibalismo no reino animal. Figura 7 e 8: exemplos de predatismo no reino animal. Mutualismo: associação permanente mutuamente benéfica e de dependência estrita. Geralmente representa uma relação obrigatória.

Associações harmônicas

Simbiose: associação em que ambas as spp. se beneficiam e sem prejuízo para nenhuma. Relação interespecífica = individuos de espécie diferentes. Definição mais estrita – relação em que organismos vivem em associação, com benefício mútuo. Definição mais ampla - “Dois organismos vivendo em associação próxima, geralmente um deles vivendo dentro ou sobre o corpo do outro, são simbióticos, em contraste com os organismos de vida livre”. Figura 9 e 10: exemplos de mutualismo no reino animal.

Parasitologia: Algumas definições

Parasitismo: uma espécie se beneficia da relação enquanto a outra sofre danos. Parasito: organismo que, com a finalidade de alimentar-se, reproduzir-se ou completar o seu ciclo vital, se beneficia de um outro organismo , animal ou vegetal, de modo permanente ou temporário, produzindo efeitos deletérios nesse hospedeiro. Protozoários, artrópodes (insetos, ácaros, carrapatos) e helmintos (trematoides, cestoides e nematoides). Parasitose: condição na qual o parasito é patogênico e causa danos ao hospedeiro. Parasitíase: condição na qual o parasito é potencialmente patogênico, mas não causa danos aparentes ao hospedeiro (estado de portador). Parasitismo: Parasito: Parasitose: Parasitíase:

Conceitos epidemiológicos

Agente infeccioso: parasito capaz de produzir infecção. Suscetível: hospedeiro passível de sofrer a infecção. Doença: qualquer manifestação clínica ou estado mórbido resultante de alterações dos mecanismos reguladores da homeostasia orgânica. Suscetível: Agente infeccioso: Doença:

Classificação das infecções

Zoonoses: acometem os animais e o homem, transmissíveis entre si. Antropozoonoses: uma zoonose mantida na natureza em reservatórios animais e transmitida ao homem (ex.: Leishmanioses tegumentares, raiva, brucelose). Zoonoses: Antropozoonoses:

Z transmitidas do homem para os animais (ex.: cisticercoses). Anfixenose: transmitidas entre o homem e os animais (ex.: leishmaniose visceral, doença de Chagas, estafilococose). Fitonoses: transmitidas dos vegetais ao homem (ex.: Blastomicose ( Blastomyces dermatitidis ), Paracoccidioidomicose ( Paracoccidioides brasiliensis ) Antroponose: transmitida ao homem a partir de um reservatório humano (ex.: AIDS). Transmissão se restringe aos humanos. Zooantroponoses: Anfixenose: Fitonoses: Antroponose: Animais (zoonoses) Homem Homem Vegetais Antropozoonoses Anfixenoses Zooantroponoses Antroponoses Fitonoses

Conceitos epidemiológicos

Epidemiologia: é o estudo da distribuição e dos fatores determinantes da frequência de uma doença. Trata de dois aspectos fundamentais: A distribuição (idade, sexo, raça, geografia etc.) Fatores determinantes da frequência (tipo de patógeno, meios de transmissão etc.) de uma doença. Fase Aguda: é aquele período após a infecção em que os sinais clínicos são mais marcantes (febre alta etc.). Fase Crônica: é a que segue a fase aguda; caracteriza-se pela diminuição da sintomatologia clínica e existe um equilíbrio relativo entre o hospedeiro e o agente infeccioso. O número do parasitos mantém uma certa constância. É importante dizer que este equilíbrio pode ser rompido em favor de ambos os lados. Epidemiologia: Fase Aguda: Fase Crônica:

Vetor termo usado para artrópodes.

  • Vetores mecânico não há desenvolvimento do parasito;
  • Vetor biológico (são como um HI, pois haverá desenvolvimento do parasito). Ex.: Malária - Plasmodium é disseminado pelo mosquito. Fômite ou Iatrogêni significa qualquer alteração patológica provocada no paciente pela má prática médica, fômite é algum objeto ou material capaz de veicular uma agente infeccioso

Quantidade de hospedeiros

Vetor: Fômite ou Iatrogênica: Monóxeno ou direto: parasito necessita apenas 1 hospedeiro para completar seu ciclo. Ex.: Haemonchus. Heteróxeno ou indireto: quando existe dois ou mais hospedeiros, dioxeno dois hosp. e trioxeno quando três, e assim por diante Ex.: Fasciola “ verme do fígado” (1 parte no molusco e outra em um vertebrado). Monóxeno ou direto: Heteróxeno ou indireto:

Especificidade dos parasitas

E stenoxeno (Esteno = estreito quando são muito especifico, só aceita aquele hospedeiro Ex.: T. saginata; Babesia bovis. especificidade parasitária ampla, parasita várias espécies de mamíferos. Ex.: Toxoplasma gondii; Fasciola hepatica Oligoxeno (Oligo = pequen hospedeiro precisa ter um parentesco “normalmente mesma família” Echinococcus granulosus (canídeos e lobo ambos mamíferos, família Canidae). Estenoxeno (Esteno = estreito): Eurixeno (Eury = amplo): Oligoxeno (Oligo = pequeno):

Ação de transmissã hospedeiros transmitem agentes patogênicos. Ex.: Carrapato que transmite Babesia. Inflamatória/Irritante: ocorre pela penetração ativa de larvas na pele. Ex.: Strogyloides papillosus. Anóxica: quando o parasito consome o o2 da hemoglobina, ou provoca anemia (capaz de desencadear uma anóxia generalizada). Ex.: Babesia.

Ação dos parasitas no seu

hospedeiro

Espoliativa: sequestram nutrientes e fluidos do hospedeiro, tornando-o abatido, apático, magro e alvo de outras doenças. Ex.: Haemonchus contortus, sugam sangue do abomaso de ovelhas. Tóxica: quando produzem enzimas ou metabólitos que poderão lesar o hospedeiro. Ex.: Dictophyma renale , Carrapato. Mecânica: pode ser de obstrução como a do Toxocara , que forma bolos de vermes no intestino e o obstrui. Ascaris lumbricoides pode ser outro exemplo. E pode ser de compressão como a do Coenurus cerebralis que, conforme cresce, comprime o cérebro, causando pertubações neurológicas e funcionais. Espoliativa: Tóxica: Mecânica: Ação de transmissão: Inflamatória/Irritante: Anóxica:

Período de parasitismo

Período pré-patente: é o período que decorre entre a penetração do agente etiológico e o aparecimento das primeiras formas detectáveis (maturidade sexual, quando se inicia a eliminação de ovos, cistos, oocistos ou larvas) do agente etiológico. Corresponde ao período de incubação da doença no animal. Período pré-patente:

Periódicos ou provisóri somente são parasitos em uma fase do desenvolvimento, na qual espoliam continuamente o hospedeiro. Ex.: Pulgas, Dermatobia hominis (mosca do berne). Periódicos ou provisórios:

Classificação dos parasitos: Tempo

de duração do parasitismo

Figura 18: Dermatobia hominis, comumente encontrado parasitando bovinos. Figura 19: Lipeurus caponis, “piolho das asas” ou “piolho deplumante comumente encontrada em aves. Temporários ou intermitentes: realizam somente parte de seu desenvolvimento no hospedeiro ou se utilizam dele periodicamente para alimentação ou abrigo. Ex.: Insetos hematófagos. São também chamados micropredadores. Permanentes: passam a vida, em todos os seus estágios, espoliando o hospedeiro. Ex.: Ácaros do gênero Demodex , piolhos. Permanentes: Temporários ou intermitentes: Figura 20: Aedes aegypti, mosquito-da-dengue ou pernilongo-rajado.

Figura 21: Dirofilaria immitis, dirofilariose ou parasita do coração do cão. Obrigatórios: parasitos cujo ciclo de vida sempre requer um hospedeiro a ser espoliado. Ex.: Helmintos, pulgas, carrapatos.

Classificação dos parasitos:

Requerimento de uma vida

parasitária

Acidental: organismo que pode ser tornar um parasita de um hospedeiro (não habitual) em condições especiais. Ex.: Dipylidium caninum parasitando crianças. Facultativos: parasitas que podem alternar ciclos de vida livre e parasitária. Ex.: Larvas de moscas da família Sarcophagidae, Strongyloides stercoralis. Obrigatórios: Facultativos: Acidental:

Sobrevivência e permanência do

parasita

Infectividade: capacidade de instalar-se no hospedeiro. Patogenicidade: capacidade de determinar o aparecimento dos sintomas da doença. Virulência: medida pela intensidade da manifestação clínica da doença. Resistência: capacidade do parasita em sobreviver fora do organismo do hospedeiro. Infectividade: Patogenicidade: Virulência: Resistência:

1.Animal

  1. Vegetal
  2. Fungi
  3. Protista
  4. Monera Classificacao dos seres vivos: Em alguns casos, há necessidade de agrupamentos intermediários para a classificação. Os termos mais frequentes são:
  5. Filo - subfilo;
  6. Classe - subclasse;
  7. Ordem - subordem;
  8. Superfamília - família - subfamília;
  9. Gênero - subgênero;
  10. Espécie - subespécie - variedade

Regras internacionais de

nomenclatura cientifíca

Indiretas:

  • Irritação, perturbação, ferimentos – Insetos;
  • Transmissão de patógenos;
  • Contaminação secundária por outros agentes;
  • Diminuição dos índices de produtividade;
  • Susceptível à demais doenças;

Fatores predisponentes para a

ocorrência de parasitoses

  • Superlotação de animais;
  • Manejo inapropriado;
  • Má nutrição;
  • Ausência ou má utilização de medidas preventivas;
  • Tratamento inadequado; Indiretas: Classificação dos seres vivos: Reinos dos seres vivos:

A nomenclatura deve ser em latim ou latinizada: Um nome específico dedicado a uma mulher deve terminar em -ae e, se for para homem , em -i. Por exemplo, cuvieri - ruthae. O nome de uma subfamília é formado acrescentando-se -inae. Por exemplo, Culicinae. O nome de família é formado acrescentando-se -idae. Por exemplo, Eimeriidae. O nome de uma superfamilia deve ter a terminação - oidea. Por exemplo, Strongyloidea. Tribo deve terminar em -ini. Por exemplo, Anophelini.

Outras considerações

Reino: Animalia; Filo: Chordata; Classe: Mammalia; Ordem: Carnivora; Família: Felidae; Subfamília: Felinae; Gênero: Felis; Espécie: Felis catus. Gato Espécie Gênero Familia Ordem Classe Filo Reino

Ecdise: processo de troca do exosqueleto. Esta troca é um evento bastante significativo pois é uma estratégia evolutiva com várias vantagens, principalmente para animais pequenos que vivem na água ou que voam. Esse exosqueleto (formado de um polissacarídeo chamado quitina, porém rígido) confere resistência a exúvia, que fica com a forma do artrópodo. Ecdise: Figura 22: um gafanhoto acaba de fazer a ecdise e deixa à sua direita o velho exoesqueleto (exúvia). Juvenoides: os juvenoides imitam a ação do hôrmonio juvenil HJ impedindo que as lagartas empupem (metamorfose incompleta). Juvenoides: Anti-Juvenóides/Ecdisteroides: são chamados de Precocenos, grupo de compostos naturais e sintéticos que tem ação contrária aos HJ por isso são denominados anti-juvenóides ou antagonistas dos HJ. Anti-Juvenóides/Ecdisteroides:

Carrapatos

Filo Arthropoda Possuem duas classes de importância veterinária: Insecta e Arachnida. Classe arachnida Corpo é dividido em gnatossoma (peças bucais) e idiossoma (cefalotórax e abdome fundidos). Não possuem antenas. subclasse acari Pequeno porte. Quelíceras modificadas e palpos curtos. Corpo coberto com placas dorsais e/ou ventrais. Larvas com 3 pares de patas, enquanto ninfas e adultos tem 4 pares. Respiração cutânea ou traqueal. Filo arthropoda Classe arachnida Subclasse acari Características gerais Ectoparasitas hematófagos (grupo de animais ou parasitas que se alimentam de sangue) obrigatórios que acometem vertebrados, em especial mamíferos e aves. Repasto sanguíneo - se alimenta como também injeta; Longos períodos de vida - anos; Morfologia Par de palpos - orgão de Haller - localiza hospedeiro; Par de quelíceras - apêndices altamente esclerotizados - ajudam a cortar e perfurar a pele do animal durante o repasto; Hipostômio é introduzido e mantém o parasita aderido;