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apostila de clinica medica, Resumos de Clínica médica

apostila de clinica medica.llllllllllllllllllllllllghguhguihlllllllllllllllllllll

Tipologia: Resumos

Antes de 2010

Compartilhado em 19/09/2021

joana-darc-de-siqueira
joana-darc-de-siqueira 🇧🇷

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APRESENTAÇÃO

Pretende-se com esta apostila suprir a necessidade de um material básico, fonte de consulta, que guiasse os alunos no estudo do componente curricular CLÍNICA MÉDICA do Curso Técnico de Enfermagem, de forma que a matéria pudesse ser a- prendida, baseada em informações adaptadas as nossas necessidades e dentro das roti- nas das instituições de saúde do nosso meio. A intenção é a contribuição para o conhe- cimento geral, fazendo-nos crescer como profissionais de saúde para o tratamento do semelhante.

A Enfermagem na Clínica Médica deve propiciar a recuperação dos pacientes para que alcancem o melhor estado de saúde física, mental e emocional possível, e de conservar o sentimento de bem-estar espiri- tual e social dos mesmos, sempre envolvendo e capacitando-os para o auto cuidado juntamente com os seus familiares, prevenindo doenças e danos, visando a recuperação dentro do menor tempo possível ou propor- cionar apoio e conforto aos pacientes em processo de morrer e aos seus familiares, respeitando as suas cren- ças e valores, sendo esses alcançados com a ajuda dos profissionais de enfermagem na realização dos cuida- dos pertinentes a estes.

Aretusa Delfino de Medeiros

UNIDADE VIII - ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ÀS AFECÇÕES IMUNOLÓGICAS E REUMÁTICAS

  • UNIDADE I - INTRODUÇÃO À ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE CLÍNICO
    • CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE SAÚDE X DOENÇA
    • OBJETIVOS DO SERVIÇO DE ENFERMAGEM EM CLÍNICA MÉDICA:
    • DIREITOS DO PACIENTE
  • UNIDADE II - ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM AFECÇÕES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
    • DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC)
    • BRONQUITE
    • ENFISEMA PULMONAR
    • ASMA
    • PNEUMONIA
    • INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
    • EDEMA AGUDO DE PULMÃO
    • DERRAME PLEURAL
    • EMBOLIA PULMONAR
  • UNIDADE III - ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM AFECÇÕES DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
    • INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA
    • ANGINA PECTORIS
    • HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
    • INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
    • ARRITMIAS CARDÍACAS
    • VARIZES, FLEBITE E TROMBOSE
  • UNIDADE IV - ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AFECÇÕES DO SISTEMA HEMATOLÓGICO
    • ANEMIA
    • HEMOFILIA
    • LEUCEMIA
    • TRANSFUSÃO SANGUÍNEA
  • UNIDADE V - ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS AFECÇÕES DO SISTEMA DIGESTIVO
    • GASTRITE
    • ÚLCERA PÉPTICA
    • HEMORRAGIA DIGESTIVA
    • PANCREATITE
    • ESTOMATITE
    • ESOFAGITE
    • MEGAESÔFAGO OU ACALASIA
    • COLELITÍASE
    • COLECISTITE
    • CONSIDERAÇÕES GERAIS DE DEMAIS AFECÇÕES DIGESTÓRIAS
    • APENDICITE
    • AFECÇÕES HEPÁTICAS
    • HEPATITES VIRAIS
    • CIRROSE HEPÁTICA
  • HORMONAL UNIDADE VI - ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM AFECÇÕES DO SISTEMA ENDÓCRINO E
    • DIABETES MELLITUS
    • HIPERTIEOIDISMO
    • HIPOTIREOIDISMO
  • UNIDADE VII - ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ÀS AFECÇÕES UROLÓGICAS
    • INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO ( ITU)
    • CISTITE
    • GLOMERULONEFRITE DIFUSA AGUDA
    • INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA
    • DIÁLISE E HEMODIÁLISE
    • RETENÇÃO URINÁRIA
    • INCONTINÊNCIA URINÁRIA
    • UROLITÍASE OU CÁLCULO DO TRATO URINÁRIO
    • ARTRITE REUMATÓIDE
    • LÚPUS ERITEMATOSO
    • FEBRE REUMÁTICA
  • UNIDADE IX - ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ÀS AFECÇÕES DO SISTEMA TEGUMENTAR
    • CONSIDERAÇÕES GERAIS:
    • ÚLCERAS POR PRESSÃO
    • PSORÍASE
    • PÊNFIGO
  • UNIDADE X - ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ÀS AFECÇÕES NEUROLÓGICAS
    • ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO OU CEREBRAL (AVC)
    • DOENÇA DE PARKINSON
    • SÍNDROME DE ALZHEIMER
    • CRISE CONVULSIVA
    • EPILEPSIA
    • ESCLEROSE MÚLTIPLA
    • ANEURISMA CEREBRAL
    • COMA: ALTERAÇÕES DA CONSCIÊNCIA
  • UNIDADE XI - ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ÀS AFECÇÕES NEOPLÁSICAS
  • UNIDADE XII - ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTES GRAVES E AGONIZANTES
  • INFECCIOSAS UNIDADE XIII - ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PACIENTE PORTADORES DE DOENÇAS
    • ISOLAMENTO
    • TIPOS DE ISOLAMENTO:
    • PRECAUÇÕES – PADRÃO
    • ALGUMAS DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS
  • ANEXOS
    • ESTUDO CLÍNICO OU ESTUDO DE CASO CLÍNICO
    • ROTEIRO PARA ESTUDO DE CASO:
    • ESTÉTICA DO ESTUDO DE CASO
  • BIBLIOGRAFIA

cimento gradual dos sintomas, e a convalescência, em que já não há sintomas específicos da doença, mas o indivíduo ainda não recuperou totalmente as suas forças.

Na fase de recuperação pode ocorrer as recrudescências, que são exacerbamentos dos sintomas de volta a um máximo ou plateau, e na fase de convalescência as recaídas, devido à presença continuada do fator desencadeante e do estado debilitado do indivíduo, além de (novas) infecções.

As doenças agudas distinguem-se dos episódios agudos das doenças crônicas, que são exacerbação de sintomas normalmente menos intensos nessas condições.

2. Doença crônica é uma doença que não é resolvida num tempo curto. As doenças crônicas são doenças que não põem em risco a vida da pessoa num prazo curto, logo não são emergências médicas. No entanto, elas podem ser extremamente sérias, As doenças crônicas incluem também todas as condições em que um sintoma existe continuamente, e mesmo não pondo em risco a saúde física da pessoa, são extremamente in- comodativas levando à perda da qualidade de vida e atividades das pessoas. Muitas doenças crônicas são assintomáticas ou quase assintomáticas a maior parte do tempo, mas caracterizam-se por episódios agudos perigosos e/ou muito incomodativos. 3. Doença crônico-degenerativa predomina na idade adulta, e sua incidência, prevalência e mortalidade se elevam à medida que aumenta a vida média da população. São caracterizadas por uma evolução lenta e pro- gressiva, irreversível, por um longo período de latência assintomático, exigindo constante supervisão, obser- vação e cuidado.

Ao realizar as ações de enfermagem através de uma abordagem holística, o profissional de enferma- gem ajuda o cliente a adquirir um estado de saúde. No entanto, para desempenhar efetivamente essas ações, o profissional de enfermagem deve identificar corretamente as faltas ou as deficiências relativas à saúde do cliente.

Dentre outras, as prioridades epidemiológicas que hoje demandam assistência clínica ambulatorial e/ou hospitalar são as afecções do aparelho circulatório e respirató- rio, gastrointestinal, endócrino, afecções neurológicas, hematopoiéticas e reumáticas, além das afecções otorrinolaringológicas, oftalmológicas, neoplásicas e urinárias.

Clínica Médica: É um setor hospitalar onde acontece o atendimento integral do indiví- duo com idade superior a 12 anos que se encontra em estado crítico ou semi-crítico, que não são provenientes de tratamento cirúrgico e ainda àqueles que estão hemodina- micamente estáveis, neste setor é prestada assistência integral de enfermagem aos pacientes de média com- plexidade.

CLÍNICA: Vem do grego Kline = leito, acamado.

MÉDICA : Vem do latim medicus = Cuidar de.

A clínica médica compreende um grupo de especialidades médicas desenvolvidas dentro de uma u- nidade hospitalar, organizada segundo um conjunto de requisitos, onde o paciente internado é submetido a exames clínicos (anamnese), físicos, laboratoriais e especiais com a finalidade de definir um diagnóstico e, a seguir um tratamento específico.

OBJETIVOS DO SERVIÇO DE ENFERMAGEM EM CLÍNICA MÉDICA:

 Proporcionar ambiente terapêutico adequado aos pacientes com patologias diversificadas, em regime de internação;  Manter de um padrão de assistência prestada aos pacientes, o que exige a aplicação de um plano de cuidados de enfermagem para a patologia específica do paciente/cliente.

DIREITOS DO PACIENTE

  1. O paciente tem direito a atendimento humano, atencioso e respeitoso, por parte de todos os profissionais de saúde. Tem direito a um local digno e adequado para seu atendimento.
  2. O paciente tem direito a ser identificado pelo nome e sobrenome. Não deve ser chamado pelo nome da doença ou do agravo à saúde, ou ainda de forma genérica ou quaisquer outras formas impróprias, desrespeitosas ou preconceituosas.
  3. O paciente tem direito a receber do funcionário adequado, presente no local, auxílio imediato e oportuno para a melhoria de seu conforto e bem-estar.
  4. O paciente tem direito a identificar o profissional por crachá preenchido com o nome completo, função e cargo.
  5. O paciente tem direito a consultas marcadas, antecipadamente, de forma que o tempo de espera não ultrapasse a trinta (30) minutos.
  6. O paciente tem direito de exigir que todo o material utilizado seja rigorosamente esterilizado, ou descartável e manipulado segundo normas de higiene e prevenção.
  7. O paciente tem direito de receber explicações claras sobre o exame a que vai ser submetido e para qual finalidade irá ser coleta- do o material para exame de laboratório.
  8. O paciente tem direito a informações claras, simples e compreensivas, adaptadas à sua condição cultural, sobre as ações diag- nósticas e terapêuticas, o que pode decorrer delas, a duração do tratamento, a localização, a localização de sua patologia, se existe necessidade de anestesia, qual o instrumental a ser utilizado e quais regiões do corpo serão afetadas pelos procedimentos.
  9. O paciente tem direito a ser esclarecido se o tratamento ou o diagnóstico é experimental ou faz parte de pesquisa, e se os bene- fícios a serem obtidos são proporcionais aos riscos e se existe probabilidade de alteração das condições de dor, sofrimento e de- senvolvimento da sua patologia.
  10. O paciente tem direito de consentir ou recusar a ser submetido à experimentação ou pesquisas. No caso de impossibilidade de expressar sua vontade, o consentimento deve ser dado por escrito por seus familiares ou responsáveis.
  11. O paciente tem direito a consentir ou recusar procedimentos, diagnósticos ou terapêuticas a serem nele realizados. Deve con- sentir de forma livre, voluntária, esclarecida com adequada informação. Quando ocorrerem alterações significantes no estado de saúde inicial ou da causa pela qual o consentimento foi dado, este deverá ser renovado.
  12. O paciente tem direito de revogar o consentimento anterior, a qualquer instante, por decisão livre, consciente e esclarecida, sem que lhe sejam imputadas sanções morais ou legais.
  13. O paciente tem o direito de ter seu prontuário médico elaborado de forma legível e de consultá-lo a qualquer momento. Este prontuário deve conter o conjunto de documentos padronizados do histórico do paciente, princípio e evolução da doença, raciocí- nio clínico, exames, conduta terapêutica e demais relatórios e anotações clínicas.
  14. O paciente tem direito a ter seu diagnóstico e tratamento por escrito, identificado com o nome do profissional de saúde e seu registro no respectivo Conselho Profissional, de forma clara e legível.
  15. O paciente tem direito de receber medicamentos básicos, e também medicamentos e equipamentos de alto custo, que mante- nham a vida e a saúde.
  16. O paciente tem o direito de receber os medicamentos acompanhados de bula impressa de forma compreensível e clara e com data de fabricação e prazo de validade.

UNIDADE II - ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM AFECÇÕES DO SISTEMA RESPIRATÓ-

RIO

Anatomia: É formado por um conjunto de órgãos responsáveis pela absor- ção de oxigênio do meio ambiente e a eliminação de dióxido de carbono para o meio ambiente.

Órgãos do sistema respiratório:

  • vias aéreas superiores: fossas nasais, boca, faringe.
  • vias aéreas inferiores: laringe, traquéia, brônquios, pulmões.

DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC)

Estado de doença pulmonar no qual o fluxo de ar está obstruído. É constituída pela bronquite crônica, enfisema, asma. Acelera as alterações fisiológicas da função pulmonar que são causadas pelo envelhecimen- to. A obstrução do ar pode ser reversível ou irreversível.

Fisiologia:

Obstrução aérea que reduz o fluxo de ar varia conforme a doença adjacente.

Bronquite crônica: o acúmulo excessivo de secreções bloqueia as vias respiratórias;

Enfisema: a troca gasosa comprometida (oxigênio, carbono) resulta da destruição das paredes do alvéolo superestendido;

Asma: as vias aéreas inflamadas e constritas obstruem o fluxo aéreo.

Manifestações clínicas:

  • dispnéia (em repouso, pode ser grave);
  • tosse (uso de músculos acessórios);
  • aumento no trabalho respiratório;
  • perda de peso (interferência na alimentação);
  • intolerância os esforços/exercícios.

-Ruídos Adventícios(sibilos,roncos,estertores:sons anormais percebidos na ausculta pulmonar)

-Baqueateamento dos dedos – aumento do volume das pontas dos dedos das mãos e perda do ângulo de e- mergência da unha)

A gravidade da doença é determinada por exames de avaliação da função pulmonar.

Fatores de risco:

  • exposição à fumaça do fumo (fumante, tabagista passivo);
  • poluição do ar ambiente;
  • infecções respiratórias;
  • exposição ocupacional;
  • anormalidades genéticas.

Complicações: podem variar dependendo do distúrbio adjacente: pneumonia; atelectasia; pneumotórax; enfisema; insuficiência e falência respiratória; hipertensão pulmonar (cor pulmonale).

Tratamento:

  • oxigenioterapia (contínua ou intermitente);
  • broncodilatadores (melhorar o fluxo aéreo, prevenir a dispnéia);
  • corticosteróides;
  • reabilitação pulmonar (componentes educacionais, psicossociais, comportamentais e físicos);
  • exercícios respiratórios (tosse assistida, respiração profunda, drenagem postural, entre outros);
  • retreinamento/exercícios.
  • ensino do paciente e da família;
  • medidas de enfrentamento do estresse
  • educação em terapia respiratória
  • terapia ocupacional para conservação da energia durante as atividades da vida diária.

Pontos importantes para a assistência:

  • orientar para deixar de fumar (intervenção terapêutica mais importante). O tabagismo deprime a atividade macrófaga das células e afeta o mecanismo ciliar de limpeza do trato respiratório, cuja função é manter as passagens respiratórias livres de irritantes inalados, bactérias e outras matérias estranhas. O tabagismo tam- bém causa um crescente acúmulo de muco, que produz mais irritação, infecção e dano para o pulmão.
  • orientar para vacinação;
  • evitar contato com alta concentração de pólen no ar e poluição ambiental;
  • evitar exposição a extremos de temperatura (elevadas com alto grau de umidade ou frio intenso);
  • resgate da auto-estima e da sensação de limitação e de impotência (valorização, esperança, bem-estar);
  • monitorizar ritmo respiratório (dispnéia e hipoxemia);
  • atentar para efeitos colaterais da medicação;
  • atentar para sinais de infecção (bacteriana ou virótica), que agravam o quadro e aumentam os riscos de

Fisiopatologia: A obstrução aérea é causada por inflamação da mucosa brônquica, produção excessiva de muco, perda da retração elástica das vias aéreas, colapso dos bronquíolos e redistribuição do ar para os alvé- olos funcionais.

  • espaço morto (áreas pulmonares onde não há troca gasosa);

  • comprometimento da difusão de oxigênio;

  • hipoxemia;

  • casos graves – eliminação do dióxido de carbono comprometida – aumento da tensão de dióxido de carbono no sangue arterial (hipercapnia) – acidose respiratória.

Sinais e Sintomas: dispnéia lenta e progressiva, tosse, anorexia e perda de peso,infecções respiratórias fre- qüentes,tempo expiratório prolongado, tórax em barril.

Tratamento : broncodilatadores,antibióticos,cortiesteróides,oxigenoterapia, inaloterapia.

Complicação: Cor pulmonale (insuficiência cardíaca direita).

ASMA

Conceito: Doença inflamatória crônica das vias aéreas, resultando em hiperatividade dessas vias, edema de mucosa e produção de muco. A inflamação é difusa e leva a episódios recorrentes dos sintomas.

Fisiopatologia: Ocorre a diminuição do calibre dos brônquios e bronquíolos devido broncoespasmo, edema e produção de muco espesso.

Difere das outras doenças pulmonares obstrutivas por ser um processo reversível (com tratamento ou espontaneamente). Acontece em qualquer idade, sendo a doença crônica mais comum na infância. Pode ser incapacitante ou levar à morte, nos casos mais graves.

Classifica-se em:

  • Leve: sintomas discretos e esporádicos, não prejudica o sono.

-Moderada: Apresenta dispnéia e tosse;

-Grave: sintomas podem tornar-sem diários.atividades físicas são limitadas ( MAL ASMÁTICO)

Sinais e Sintomas : tosse, enrijecimento do tórax, sibilos, dispnéia,cianose,taquicardia,sudorese,ansiedade e agitação.

Fatores de risco:

  • a alergia é o principal fator predisponente;

  • exposição crônica a irritantes aéreos ou alergênicos, condições ambientais;

  • odores fortes; estresse;

  • sinusite; desgaste emocional.

  • tabagismo

Evolui para o estado asmático (crise grave e persistente que não responde à terapia convencional.

Tratamento: O mesmo que os para bronquite e Enfisema

Prevenção e orientação:

  • não fumar;

  • evitar mudanças bruscas de temperatura;

  • evitar sair de casa com o tempo muito frio;

  • evitar contato com pessoas portadoras de doenças respiratórias;

  • tomar de 6 a 8 copos de água/dia

  • controlar-se emocionalmente;

  • evitar inalação de inseticidas, desodorantes, tintas, etc.

Cuidados de enfermagem na Bronquite Crônica, Enfisema Pulmonar e Asma

  • repouso em ambiente arejado e limpo;
  • incentivar a ingestão de líquidos;
  • manter o ambiente calmo e tranqüilo;
  • verificar e anotar a temperatura de 4/4 horas;
  • incentivar o paciente a evitar o fumo;
  • evitar o ar poluído e atividades físicas;
  • umidificar o ambiente de repouso com H2O fervente;
  • usar lenços de papel na eliminação de secreções;
  • oferecer uma dieta nutritiva; (dieta livre);
  • administrar aerosolterapia, distante das refeições;
  • administrar oxigenoterapia (CPM).

O sangue venoso, entrando na circulação pulmonar, passa através da área subventilada e para o lado esquerdo do coração precariamente oxigenado. A mistura do sangue oxigenado, precariamente oxigenado ou desoxigenado vai resultar em hipoxemia arterial.

Tipos:

1. Lobar - acomete parte de um ou mais lobos 2. Broncopneumonia - distribuída de forma macular, originada em uma ou mais áreas localizadas dentro dos brônquios e estendendo-se para o parênquima pulmonar adjacente.

3.Nosocomial - adquirida após 48h de internação

Fatores de risco:

Defesas comprometidas; infecções virais; doenças subjacentes – ICC, diabetes, DPOC, AIDS, cân- cer, neutropenia -; tabagismo; alcoolismo; intoxicação alcoólica; idade avançada; reflexo de tosse deprimi- do; antibioticoterapia; anestésico geral, sedativo (depressão respiratória); broncoaspiração; terapia respirató- ria com equipamento que não foi adequadamente limpo.

Manifestações clínicas: febre (40°), dor torácica, dispnéia, calafrios, cianose, tosse dolo- rosa e produtiva, escarro ferruginoso,cefaléia,náuseas,vômitos, mialgia,artralgia,lábios e língua ressecadas.

Complicações: derrame pleural, abscesso, empiema, hipotensão, bronquite crônica, e ICC.

Cuidados de enfermagem: Oferecer e encorajar a ingestão de líquidos (6 a 8 copos ao dia); Estimular mudança de decúbito de 2/2 horas, quando o cliente apresentar bom nível de consciência; Encorajar mobilização no leito e atividade física conforme tolerado; Orientar ou apoiar o tórax do cliente durante a tosse; Fazer avaliação respiratória pela ausculta; Incentivar a prática da respiração profunda e tosse eficaz. Aspirar naso e orofaringe a intervalos curtos. Orientar e encorajar o cliente a repousar o máximo possível; Observar alterações na FR, FC, ocorrência de dispnéia, palidez ou cianose e disritmia, durante a ativida- de; Avaliar o nível de tolerância do cliente a qualquer atividade; Programe, junto com o cliente, atividades gradativamente aumentadas, com base na tolerância.

  • manter o paciente em repouso, em quarto arejado, evitando correntes de ar;
  • manter o ambiente tranqüilo, calmo e que proporcione conforto ao paciente;
  • fazer a higiene oral e corporal, mantendo o paciente limpo;
  • verificar e anotar os sinais vitais (T, R, P, PA) de 4/4 h;
  • oferecer dieta hipercalórica e hiperprotéica;
  • estimular a ingestão de líquidos;
  • cuidados com a oxigenoterapia;
  • orientar o paciente a utilizar lenços de papel e descartá-los corretamente.

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA

Conceito : Ocorre quando o organismo não realiza a troca de oxigênio por dióxido de carbono adequada- mente, isto faz com que o nível de dióxido de carbono (CO2) se eleve e o de oxigênio (O2) diminua, cau- sando hipóxia

Tipos:

- Aguda : é a falência respiratória que surge nos pacientes cujos pulmões eram estrutural e funcionalmente normais, ocorre rapidamente. - Crônica: é a falência respiratória que surge nos pacientes com doença pulmonar crônica, surge em período de meses ou anos.

Causas: ventilação inadequada, obstrução de vias aéreas superiores, uso de drogas, anestésicos, doenças pulmonares pré-existentes, complicações pós-operatórias, politraumatismos, etc.

Diagnóstico: Exame laboratorial (gasometria) ou pelos sinais clínicos

Sinais Clínicos:

  • ↑ FC (Freqüência Cardíaca)
  • ↑ FR (Freqüência respiratória)
  • Hipóxia (dispnéia, taquipnéia, hipotensão, taquicardia, bradicardia, arritmias, cianose) - Desorientação, queda do nível de consciência, agitação psicomotora)
  • Uso de músculos acessórios da respiração
  • Sudorese

Tratamento:

  • Cânula orofaríngea (Guedel): dispositivo de borracha para ser introduzido na boca evitando o deslocamen- to da língua. Varia de tamanho de acordo com o paciente
  • Cânula naso-faríngea: dispositivo de borracha para ser introduzido pelo nariz. O tamanho varia de acordo com o paciente.
  • Monitorização: oxímetro de pulso e monitor cardíaco.
  • Oxigenoterapia: administração de oxigênio quando o paciente está com hipóxia.

Métodos de administração de oxigênio:

Fisiopatologia: A pressão capilar pulmonar excede à pressão coloidosmótica do plasma com transudação alvéolo – intersticial a exemplo da Insuficiência ventricular esquerda aguda ou crônica descompensada, es- tenose mitral ou hipervolemia.A pressão capilar normal é de 8 mmHg. No EAP vai a 25 – 30mmHg.

Manisfestações Clínicas :

  • Dispnéia e tosse, produzindo um escarro espumoso e tingido muitas vezes de sangue ( aspecto rosa- do),taquicardia, pele cianótica, fria e úmida, inquietação e ansiedade.

Tratamento : Morfina, diuréticos e digitálicos

  • Cuidados de enfermagem É fundamental que a equipe de enfermagem mantenha-se ao lado do cli- ente, demonstrando segurança e monitorando os aspectos essenciais para que o mesmo saia da crise rapidamente. Esta ação garante a eficiência e eficácia da terapêutica que está baseada nos seguintes aspectos:
  • Manutenção de seu conforto, colocando-o em posição elevada para diminuir o retorno venoso e propiciar uma máxima expansão pulmonar;
    • Monitorização dos sinais vitais;
  • Administração de oxigenoterapia e de medicações (opiáceos, diuréticos e digitálicos);
  • Manutenção de via venosa pérvia com gotejamento mínimo, evitando sobrecarga volêmica;
  • Monitorização do fluxo urinário.

DERRAME PLEURAL

Definição: O derrame pleural é o acúmulo anormal de líquido no espaço pleural. Normalmente, somente uma pequena quantidade de líquido separa as duas membranas da pleura. Pode ocorrer o acúmulo de uma quantidade excessiva de líquido por muitas razões, incluindo a insuficiência cardíaca, a cirrose hepática e a pneumonia. Outros tipos de líquido que podem se acumular no espaço pleural incluem sangue, pus, líquido leitoso e líquido rico em colesterol. O sangue no espaço pleural (hemotórax) geralmente é decorrente de uma lesão torácica. Raramente, um vaso sangüíneo rompe-se e drena para o interior do espaço pleural, ou uma dilatação de uma porção da aorta (aneurisma da aorta) drena sangue para o interior do espaço pleural.O lí- quido pleural acumula-se quando a sua formação excede a sua absorção.

Sintomas e Diagnóstico

Os sintomas mais comuns, independente do tipo de líquido presente no espaço pleural ou de sua cau- sa, são a dificuldade respiratória e a dor torácica. No entanto, muitos indivíduos com derrame pleural não apresentam qualquer sintoma. Uma radiografia torácica mostrando a presença de líquido é geralmente o primeiro passo para o estabelecimento do diagnóstico. A tomografia computadorizada (TC) mostra mais nitidamente o pulmão e o líquido, e pode revelar a presença de uma pneumonia, de um abcesso pulmonar ou de tumor.

Tratamento:

Os derrames pleurais pequenos podem necessitar apenas do tratamento da causa subjacente. Os der- rames maiores, especialmente aqueles que produzem dificuldade respiratória, podem exigir a retirada do líquido (drenagem). Normalmente, a drenagem alivia significativamente a dificuldade respiratória. Freqüen- temente, o líquido pode ser drenado através de uma toracocentese, procedimento no qual uma pequena agu- lha (ou um cateter) é inserida no espaço pleural. Embora ela comumente seja realizada com objetivos diag- nósticos, a toracocentese permite a remoção de até 1,5 litro de líquido de cada vez.

EMBOLIA PULMONAR

Definição: É uma complicação das doenças cardiopulmonares e a causa mais freqüente é o despre- endimento de um trombo que „viaja” através da circulação, obstruindo a circulação pulmonar;

Principais Causas : bolhas de ar,gotas de gordura e fragmentos de tumor, e ainda imobilidade no lei- to estão associados a esta doença.Forças mecânicas,como movimentos musculares súbitos,mudanças de ve- locidade do fluxo sanguineo,podem ocasionar a desintegração e o desprendimento de trombos das paredes dos vasos sanguíneos.Esses êmbolos são então, transportados pela corrente sanguínea, atravessam o coração e atigem o leito vascular pulmonar até se alojarem em um vaso que não lhes permite passagem.O efeito final depende do tamanho e do número de êmbolos.

ORIENTAÇÕES A UM PACIENTE PARA COLETA DE ESCARRO

Uma boa amostra de escarro é o que provém da árvore brônquica, obtida após esforço de tosse, e não a que se obtém da faringe ou por aspiração de secreções nasais, nem tampouco a que contém somente saliva. O volume ideal está compreendido entre 3 a 10ml. Não é necessário estar em jejum, porém é importante que a boca esteja limpa, sem resíduos ali- mentares.Isto é conseguido através de um simples bochecho com água.