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Apostila anatomia cao e gato, Notas de estudo de Anatomia

apostila anatomia veterinaria de pequenos animais

Tipologia: Notas de estudo

2019

Compartilhado em 30/10/2019

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FACULDADES UNIDAS DO NORTE DE MINAS - FUNORTE
MEDICINA VETERINÁRIA
APOSTILA DE ANATOMIA I
PROF. DANIEL HERBERT DE MENEZES ALVES
MEDICO VETERINÁRIO
MONTES CLAROS/MG
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Baixe Apostila anatomia cao e gato e outras Notas de estudo em PDF para Anatomia, somente na Docsity!

FACULDADES UNIDAS DO NORTE DE MINAS - FUNORTE

MEDICINA VETERINÁRIA

APOSTILA DE ANATOMIA I

PROF. DANIEL HERBERT DE MENEZES ALVES

MEDICO VETERINÁRIO

MONTES CLAROS/MG

Prof. Daniel Herbert de Menezes Alves 2

Oração do Cadáver

Ao curvar-se sobre um cadáver desconhecido, para estudar sua anatomia,

lembre-se de que este corpo nasceu do amor de duas almas...

... Cresceu embalado pela fé e esperança daquela que em seu seio o agasalhou.

Sorriu e sonhou os mesmos sonhos das crianças e dos jovens...

... Por certo, amou e foi amado e sentiu saudades dos outros que partiram, esperou o

amanhã feliz e agora jaz na fria lousa, sem que por ele se derrame uma lágrima

sequer, sem que tivesse uma só prece...

... Seu nome só Deus o sabe, mas o destino inexorável deu-lhe o poder e grandeza de

servir à humanidade que por ele passou indiferente.

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  • COMPARADA = É a descrição e a comparação dos animais, estabelece a estrutura dos animais e a base para a sua classificação;
  • ESPECIAL = É a descrição da estrutura de um simples tipo ou espécie. Descreve a estrutura de um só tipo ou espécie.

Exemplo:

  • ANTROPOTANIA: Anatomia humana;
  • HIPOTOMIA: Anatomia do cavalo;
  • KYNOTOMIA: Anatomia do cão.

Métodos especiais de estudar Anatomia:

Anatomia Sistemática: Estuda o corpo formado por órgãos que se agrupam em aparelhos que tem origem e estrutura similares e estão associados para realizarem certas funções.

Exemplos:

  1. Osteologia: descrição do esqueleto (osso e cartilagem), cujas funções são apoiar e proteger as partes macias do corpo;
  2. Sindesmologia: descrição das junturas, cujas funções são dar mobilidade aos seguimentos dos ossos rígidos e mantê-los unidos através de fortes faixas fibrosas, os ligamentos;
  3. Miologia: descrição dos músculos e estruturas acessórias que funcionam para colocar os ossos e as articulações em movimentos;
  4. Esplancnologia: descrição das vísceras (incluindo os aparelhos digestivo, respiratório e urogenital, o peritônio e as glândulas endócrinas);

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  1. Angiologia: descrição dos órgãos da circulação (coração, artérias, veias, linfáticos e baço);
  2. Neurologia: descrição do sistema nervos, sua função é controlar e coordenar todos os outros órgãos e estruturas;
  3. Estesiologia: É o estudo dos órgãos dos sentidos que põem o indivíduo em contato com o meio ambiente e tegumentos, que funciona principalmente como um revestimento protetor do corpo, como uma parte importante do sistema regulador de temperatura.

Anatomia Topográfica:

Para que a posição e aferição das partes do corpo sejam indicadas precisamente, empregam-se certos termos descritivos que precisam ser conhecidos desde já.

  • Dorsal e Ventral;
  • Plano Mediano, Plano Frontal e Plano Transversal;
  • Cranial e Caudal.

Anatomia Aplicada:

Considera, o anatômico em relação a outras disciplinas como a cirurgia, semiologia, clínica, etc.

Nomenclatura Anatômica Veterinária:

Padronizar os termos empregados em todo o mundo.

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MM= Músculos; NN= Nervos; VV= Veias; RR= Ramos.

Divisão do corpo dos animais domésticos:

Dividi-se em cinco partes fundamentais:

Cabeça – pescoço – tronco – membros – cauda.

Obs:

Tronco: tórax, abdome, pelve. Membros: torácicos (anteriores) e pelvinos (posteriores).

Posição Anatômica:

Para evitar divergências na descrição do corpo dos animais, estabelece-se uma oposição fundamental de descrição anatômica para os Quadrúpedes que é a seguinte: O animal está de pé, com os quatro membros estendidos em firmemente apoiados no solo, o pescoço está encurvado para cima, formando um ângulo de cerca de 145º com o dorso, a cabeça se mantém mais ou menos ereta num plano horizontal de modo que as narinas estejam voltadas para à frente. E os olhos voltados para o horizonte.

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Planos e eixos do corpo dos animais domésticos:

São delimitados no espaço, na descrição anatômica do corpo dos animais, delimitar-se seis planos tangentes à superfície do corpo dos animais:

A – DOIS PLANOS HORIZONTAIS:

  • Um tangente ao dorso: Plano Dorsal;
  • Um tangente ao ventre: Plano Ventral; Obs: Todos os planos paralelos a estes dois e que cortam o corpo dos animas são chamados de PLANOS FRONTAIS.

B – QUATRO PLANOS VERTICAIS:

Dois tangente a um dos lados dos animais: Plano laterais Direito e Esquerdo. Obs: Todos os planos paralelos a estes dois e que cortam o corpo dos animais são denominados de PLANOS SAGITAIS OU PARAMEDIANOS: O Plano Sagital Mediano passa pelo meio do animal, dividindo-o em metades ou antímeros direito e esquerdo.

Um tangente à cabeça: PLANO CRANIAL. Um tangente à cauda: PLANO CAUDAL.

Obs: Todos os planos paralelos a estes dois e que cortam o corpo dos animais são denominados PLANOS TRANSVERSAIS.

Eixos:

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Quando as estruturas estão voltadas para os Planos Dorsal e Ventral são ditas Dorsal e Ventral e uma estrutura entre estas é dita MÉDIA. D – EXTERNO E INTERNO

Geralmente utilizados para designarem cavidades, órgãos ocos, com as respectivas faces voltadas para o exterior ou interior.

E – PROXIMAL E DISTAL

Termo utilizado para os membros e outros órgãos apendiculares (cauda, orelha, prepúcio, etc.), em relação à sua raiz ou inserção.

F – AXIAL E ABAXIAL

Termo utilizado para as espécies cujo eixo funcional do membro passa entre o 3º e 4º dedos como acontece nos ruminantes. A face do dedo voltada para o eixo é denominada AXIAL e a oposta é ABAXIAL, designam os lados dos dedos dos mamíferos.

G – ROSTRAL, SUPERIOR E INFERIOR

Rostral: utilizado em substituição ao cranial, para estruturas localizadas na cabeça, a fim de ser evitar inconveniências. Superior e inferior: muito utilizado na Anatomia Humana e pouco na Anatomia Veterinária. Exemplo: Pálpebra superior e inferior.

H – PALMAR E PLANTAR

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Termos utilizados para as partes dos membros voltados para o solo respectivos ao torácicos e pelvino.

Desenho relacionados aos termos de posição e direção

Imagem retirada do livro Anatomia dos Animais Domésticos / Autor: Getty

Princípios gerais de construção corpórea nos vertebrados:

a) – ESTRATIFICAÇÃO: São as camadas sucessivas que constituem o corpo dos animais. Exemplo: Pele, músculos, peritônio, cavidade peritonial, órgãos. b) – ANTIMERIA: O Plano mediano divide o corpo do indivíduo em duas metades, direita e esquerda, estas metades são denominadas ANTÍMEROS e são semelhantes morfológica e funcionalmente podendo dizer-se que os vertebrados são constituídos segundo o princípio da

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OSTEOLOGIA

CONCEITO:

Em um sentido restrito e etmológico, osteologia é o estudo dos ossos. Em sentido mais amplo inclui o estudo das formações intimamente relacionadas ou ligadas com os ossos e com eles formando um todo: o esqueleto, que é o conjunto de ossos, cartilagens e ligamentos que se interligam para formar o arcabouço do corpo dos animais domésticos e desempenham várias funções. Em zoologia, o termo se usa em sentido mais amplo, incluindo todas as estruturas duras que protegem outros tecidos.

Exemplo: O EXOESQUELETO é externo como as escamas dos peixes, a carapaça das tartarugas, penas das aves, etc. O ENDOESQUELETO está cercado de tecidos moles.

Algumas funções do esqueleto:

A – Proteção – órgãos delicados como o coração, S.N.C. etc. B- Armazenamento de íons – Ca e P. C- Sistema de alavancas que movimentadas pelos músculos permitem o deslocamento. D – Sistema de alavancas que movimentadas pelos músculos permitem o deslocamento. E- Local de produção de certas células do sangue. Tipos de esqueleto:

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  • ARTICULADO: Todas as peças reunidas.
  • DESARTICULADO: Peças isoladas.

O esqueleto articulado pode ser:

  • ARTICULADO NATURAL: Todas as peças reunidas por ligamentos e cartilagens.
  • ARTICULADO MISTO: Quando se usa os dois processos.

Divisão do esqueleto:

Divide-se em 3 partes:

  • ESQUELETO AXIAL: Coluna vertebral, costelas, esterno e crânio.
  • ESQUELETO APENDICULAR: Ossos dos membros.
  • ESQUELETO ESPLÂNCNICO OU VISCERAL: Ossos do pênis do cão e ossos do coração no boi e carneiro e hióide das aves.

A união entre os esqueletos axial e apendicular é feita por meio cinturas. A cintura escapular une o membro torácico ao tronco e a cintura pelvina une o membro pelvino ao tronco.

Número de ossos:

Varia segundo a idade, devido a fusão durante o crescimento de elementos ósseos que estão separados no feto e no animal jovem e critérios dos autores na contagem.

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Exemplo: Ossos do tarso, carpo e sesamóides, etc.

  • Tem a função de proteção contra choques.
  • Tem a função de diminuir a fricção ou mudança de direção dos tendões ou aumentar a força de alavanca para os músculos e tendões.

D – IRREGULARES: De conformações totalmente irregulares. Exemplo: Ossos como as vértebras ossos da base do crânio.

  • Possuem varias funções, não tendo claramente especializadas com aquelas das classes anteriores.

E – PNEUMÁTICOS: Apresenta uma ou mais cavidades de volume variável revestidas de mucosas e contendo ar, no seu interior. Exemplo: Frontal, maxilar, temporal, etmóide, esfenóide e palatino.

Estrutura dos ossos:

O osso é uma substância viva com vasos sangüíneos, vasos linfáticos e nervos. Ele cresce e está sujeito à doença, e quando fraturado cicatriza. Os ossos funcionam como armação do corpo e como alavanca e inserção dos músculos, proporciona proteção para algumas vísceras (como coração, pulmões, encéfalo e medula espinhal). Torna-se mais delgado e mais fraco pelo desuso e hipertrofia-se para suportar o peso aumentado. Ele é consideração um órgão hematopoiético, pois ele é a fonte de eritrócitos, hemoglobina, granulócitos e plaquetas. Constam principalmente de tecido ósseo, uma membrana que os envolvem o periósteo, a medula óssea e os vasos e nervos. Os ossos apresentam uma bainha externa, a substância compacta, que é densa, e

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dentro desta se encontra a substância esponjosa, menos densa, logo após, tem-se a medula óssea. Que ocupa os interstícios dos ossos esponjosos, e a cavidade medular dos ossos longos. Quanto à função e estrutura há três tipos de medula óssea: nos animais jovens a medula se encarrega da produção de corpúsculos vermelhos do sangue e células brancas (granulócitos) e por se apresentar avermelhada é denominada de medula óssea vermelha ou rubra. Nos animais adultos as células hemopoéticas são substituídas por células adiposas e a medula passa a ser chamada de medula óssea amarela ou flava. Com o avançar da idade as células adiposas são alteradas tornando-se amarelo- róseo, com aparência de gelatina e é chamada de medula óssea gelatinosa.

Cartilagem Epifisial:

Os ossos longos apresentam um corpo ou diáfise e duas extremidades ou epífises. A porção de transição entre a epífise e a diáfise é denominada de metáfise e neste ponto se encontra a cartilagem epifisial que por desenvolvimento, multiplicação e substituição por tecido ósseo promove o crescimento dos ossos em comprimento e com avançar da idade a cartilagem desaparece e o osso deixa de crescer.

Desenvolvimento e crescimento dos ossos:

O primitivo esqueleto embrionário consta de cartilagem e tecido fibroso nos quais se desenvolve os ossos. O processo se denomina de ossificação ou osteogêneses sendo realizado essencialmente por células produtoras de ossos, chamadas osteoblastos. Por isto costuma designar ossos membranosos aos que se desenvolvem no tecido fibroso (ossificação intramenbranosa) e como ossos cartilaginosos

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epicôndilo. As saliências lineares são denominadas de: linhas, crista, espinha e promontório. Freas lisas na superfície óssea, articulares ou não, são conhecidas como: Asa, ramo ou lâmina. Depressões, articulares ou não, são denominadas: cavidades, fossas, fossetas ou fóveas. Já as Fissuras, incisura, sulco, colo, arco e canal, são denominações que indicam os vários tipos de depressões não articulares encontradas nos ossos. Um buraco no osso é denominado forame e, geralmente, ele dá passagem a um vaso sangüíneo.

Periósteo e Endósteo: O periósteo é uma membrana conjuntiva que reveste os ossos, exceto nas superfícies articulares. Ele é constituído por uma camada fibrosa externa e uma camada interna mais celular com capacidade osteogênica. Durante o crescimento do animal, a camada interna é bastante desenvolvida. O endósteo é uma membrana conjuntiva delgada que reveste a superfície interna da substância compacta. O periósteo das extremidades das epífeses continua-se com a cápsula articular. Ele se presta também à inserção de tendões.

Vascularização e inervação:

Ossos são órgãos muito vascularizados. Eles recebem sua nutrição por meio de vasos periostais, das articulações e medulares. Os vasos do periósteo originam-se de artérias que correm próximas a ele. Eles distribuem-se tanto no periósteo quanto na substância compacta. As epífises recebem nutrição principalmente de vasos que suprem as articulações. A cavidade medular, especialmente a dos ossos longos, recebe nutrição por meio da artéria nutrícia. Estes vasos penetra no forame nutrício do osso localizado na diáfise, atravessa a substância compacta e se distribui na medula óssea e na própria substância compacta.

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Observe na imagem abaixo: F.n (Forame nutrício); C.m (Cavidade Medular); S.c (Substância Compacta); S.s (Substância Esponjosa). Note a maior espessura dá substância compacta da parte proximal da diáfise.

Secção Sagital do grande osso metatársico de eqüino (direito).

RELAÇÃO DOS OSSOS:

CRÂNIO: Divido o crânio em ossos crânicos: Occipital, interparietal, basiesfenóide, pré-esfenóide, pterigóide, temporal, parietal, frontal, etmóide e vômer e Faciais: Nasal, concha nasal ventral, maxilar, lacrimal, incisivo, palatino, zigomático, mandíbula e hióide.