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Guias e Dicas
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Aplicado em sala de aula, Esquemas de Administração Empresarial

Documento aplicado em sala de aula

Tipologia: Esquemas

2025

Compartilhado em 25/04/2025

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usuário desconhecido 🇧🇷

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Análise das
Demonstrações
Contábeis
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Análise das

Demonstrações

Contábeis

**- Usuários da Informação Contábil;

  • Análise das Demonstrações Contábeis por Meio de Quocientes;
  • Quocientes de Liquidez (Solvência).**
    • Abordar o universo de análise, demonstrando quais são as principais técnicas e quem são

os interessados nos resultados obtidos por meio do processo de análise;

  • Discutir os cuidados que devem ser tomados antes do processo de análise ser iniciado;
  • Estudar o tema liquidez, também conhecido como solvência, por intermédio dos quocien-

tes de liquidez, também chamados de índices de liquidez.

OBJETIVOS DE APRENDIZADO

Quocientes (Índices) de Liquidez

Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas:

Assim:

Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”;

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;

No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem.

Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte

Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais.

Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais.

Determine um horário fixo para estudar.

Aproveite as indicações de Material Complementar.

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma

Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado.

Aproveite as

Conserve seu material e local de estudos sempre organizados.

Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem.

Seja original! Nunca plagie trabalhos.

UNIDADE Quocientes (Índices) de Liquidez

Contextualização

Como os gerentes financeiros e contábeis avaliam o desempenho de uma em- presa e o comparam ao sucesso dos concorrentes? Uma maneira de as empresas avaliarem seu desempenho e comunicar essa informação aos investidores é por meio de suas demonstrações contábeis.

As empresas elaboram as demonstrações contábeis periodicamente para comu- nicar informações contábeis e financeiras à comunidade de investidores. Os pro- cedimentos de preparação e de análise desses demonstrativos são tão complexos que nem os mais completos manuais de contabilidade financeira e de análise das demonstrações contábeis abordam a totalidade dos possíveis assuntos pertinentes. Neste capítulo, analisaremos o assunto resumidamente, enfatizando o material que os investidores e gerentes financeiros precisam para tomar as decisões financeiras que discutiremos nesta unidade.

Discutiremos alguns dos índices financeiros que os investidores e analistas uti- lizam para avaliar o desempenho e o valor de uma empresa. As demonstrações contábeis (muitas vezes também denominadas “demonstrações financeiras”) são relatórios financeiros elaborados periodicamente pela empresa (mensal, trimestral, quadrimensal, semestral e anual) que contêm informações sobre seu desempenho. São ferramentas importantes pelas quais os investidores, analistas financeiros e ou- tras partes interessadas externas obtêm informações sobre uma empresa. São úteis também para os gerentes da própria empresa como fonte de informações para as decisões financeiras.

Tanto a prática como a literatura têm revelado que a análise financeira e de balan- ços é uma das tarefas mais difíceis e complexas, entre as inúmeras que os analistas financeiros possuem, para a missão de contribuir ao desenvolvimento das empresas.

Dentro desse cenário, é possível sintetizar ainda algumas razões para realçar a importância dessa análise para as empresas:

  • (^) Se bem manuseada, pode se constituir em um excelente e poderoso painel de controle da administração;
  • (^) Se não for feita a partir de uma contabilidade enviesada, pode trazer resultados bastante precisos;
  • (^) É uma poderosa ferramenta à disposição das pessoas que se relacionam ou pretendem se relacionar com a empresa, ou seja, os usuários da informação contábil ou financeira, sejam eles internos ou externos;
  • (^) Possibilita diagnosticar o empreendimento, revelando os pontos críticos, e apresenta um esboço das prioridades para a solução dos problemas;
  • (^) Identifica a estratégia dos planos da empresa, bem como estima o seu futuro, suas limitações e suas potencialidades.

UNIDADE Quocientes (Índices) de Liquidez

Usuários da Informação Contábil

As demonstrações contábeis elaboradas a partir das normas de contabilidade societária são destinadas especificamente aos investidores e credores da empresa. As demonstrações contábeis visam fornecer informações que sejam úteis nas toma- das de decisões desses usuários.

Outros usuários podem demandar informações de natureza contábil (gestores, governo, público em geral etc.), havendo, muitas vezes, a necessidade de adaptação da informação para esses usuários, que têm interesses diferentes dos investidores e credores. (CPC 00 (R1) – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro).

Investidores

Público em geral Informação contábil

Sindicatos

Governo

Outros usuários Gestores

Credores

Usuários primários, de acordo com as normas de contabilidade financeira

Figura 1

Para aprofundamento teórico sobre a elaboração e apresentação das demonstrações con-

tábeis, bem como usuários da informação contábil e suas utilidades, sugerimos a leitura

do CPC 00 (R1) – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-

-Financeiro, disponível no seguinte link: http://bit.ly/2Npk7tC

Explor

Análise das Demonstrações

Contábeis por Meio de Quocientes

As demonstrações contábeis constituem as bases para a análise financeira que se faz por meio de quocientes (frequentemente utiliza-se o termo “índice” em vez de “quociente”). Assim, a análise por quocientes é um processo de calcular a relação

numérica entre dois elementos (contas ou grupo de contas) que podem ser patrimo- niais ou de resultado:

Quociente Elemento Elemento

Consideremos, a título de exemplo, a conta patrimonial “Estoque de produtos” (saldo contábil de R$ 10.000) em relação à conta patrimonial “Fornecedores” (saldo contábil de R$ 5.000):

Quociente = =

Interpretação: para cada R$ 1,00 de dívidas com fornecedores a empresa possui R$ 2,00 de estoques de produtos (o dobro), ou seja, metade dos estoques já estão pagos e a outra metade está financiada por fornecedores (compra a prazo).

Entende-se por contas patrimoniais as contas representativas das transações e eventos que são registrados na contabilidade sem interferir o resultado, ou seja, contas de ativo, passivo e patrimônio líquido como, por exemplo, as contas “Caixa e equivalentes de caixa”, “Contas a receber”, Contas a pagar”, “Investimentos”, “Imobilizado” etc. Há também as contas de resultado, representando as receitas, os custos e as despesas incorridas pela empresa, por exemplo, “Receita de vendas”, “Custo das mercadorias vendidas” e “Despesas de salários”.

Elementos das demonstrações contábeis Apresentadas no Balanço Patrimonial (BP)

Contas patrimoniais Apresentadas no Balanço Patrimonial (BP)

Contas de resultado Apresentadas na Demonstração de Resultado do Exercício (DRE)

Ativo Passivo

Patrimônio Líquido

Receita Custo

Despesa

Figura 2

Além de relacionar contas patrimoniais entre si, também é possível relacionar contas de resultado entre si ou mesmo contas patrimoniais com contas de resulta- do, como no exemplo a seguir:

Conta patrimonial “Contas a receber de clientes” (saldo contábil de R$ 50.000) em relação à conta de resultado “Receita de vendas” (saldo contábil de R$ 250.000):

Quociente = 50 000 = 250 000

Análise comparativa: é a análise entre o real e um padrão; uma situação atual com a pretendida; entre

quocientes ou entre valores históricos da contabilidade; entre orçamentos e previsões de curto prazo. O

propósito das comparações é demonstrar a existência ou não de tendências ou benefícios esperados de

um projeto, quer de situações reais ou projetadas. Como exemplos temos as comparações de quocien-

tes históricos comparados com padrões orçamentários e de previsões em curto prazo.

Quocientes de Liquidez (Solvência)

Os quocientes contábeis comparam e investigam as relações entre as partes das informações contábeis contidas nas demonstrações contábeis. Os que refletem as medidas de liquidez são os quocientes de liquidez (solvência), também conhecidos como índices de liquidez. As relações entre o ativo e o passivo mostram as tendên- cias da capacidade de pagamento das empresas.

Entre o stakeholders , o grupo de credores como bancos, fornecedores e o go- verno, têm maior interesse nos índices de liquidez ou solvência. Nesse sentido, o gestor financeiro-contábil preocupa-se em manter o equilíbrio entre o ativo circu- lante e o passivo circulante como norma de controle gerencial.

O quociente de liquidez mede a viabilidade do negócio, isto é, a capacidade da empresa pagar suas obrigações e, assim, continuar as operações; e avalia a tendên- cia da capacidade de pagamento de passivos, tais como: folha de pagamento do pessoal, impostos e taxas, fornecedores e bancos.

Esse índice é utilizado pelos credores da empresa quando da concessão de crédi- tos e para cálculo das probabilidades de recebimento de seus créditos.

Os quocientes de liquidez são os seguintes:

Quociente de liquidez corrente

Quociente de liquidez imediata

Quociente de liquidez seca

Quociente de liquidez geral

Figura 3

A seguir, vamos explorar cada um desses quocientes de liquidez.

Quociente de liquidez corrente – QLC

O quociente de liquidez corrente é a medida frequentemente utilizada para sol- vência de curto prazo, ele relaciona os ativos circulantes com as solicitações de credores em curto prazo – é às vezes chamado de índice de capital de giro ou índice

UNIDADE Quocientes (Índices) de Liquidez

de liquidez corrente. O quociente de liquidez corrente é um indicador de solvência de curto prazo, indica a proteção dos credores em curto prazo por ativos, onde há uma expectativa que esses possam ser convertidos em dinheiro rapidamente. A fór- mula para se calcular o quociente de liquidez corrente é a seguinte:

QLC

Ativo circulante Passivo circulante

  • (^) Se QLC > 1, significa que a empresa possui meios de pagar suas obrigações;
  • (^) Se QLC = 1, significa que os bens/direitos e obrigações de curto prazo são iguais;
  • (^) Se QLC < 1, significa que os recursos são insuficientes para pagar as dívidas de curto prazo.

Quociente de liquidez seca – QLS

Mede a capacidade da empresa de pagar suas dívidas de curto prazo a partir de seus ativos mais líquidos. Também chamado de “índice de liquidez seca”, visa demonstrar a capacidade da empresa de saldar as obrigações de curto prazo sem depender da venda de estoques para isso. A fórmula do quociente de liquidez seca é a seguinte:

QLS

Ativo circulante Estoques Passivo circulante

 �   �

  • (^) Se QLS > 1, significa que a empresa possui meios de pagar suas obrigações sem depender da venda dos estoques;
  • (^) Se QLS = 1, significa que os bens/direitos (exceto os estoques) e obrigações de curto prazo são iguais;
  • (^) Se QLS < 1, significa que os recursos mais líquidos (já descontados os esto- ques) são insuficientes para pagar as dívidas de curto prazo.

Quociente de liquidez imediata – QLI

O quociente de liquidez imediata (“índice de liquidez imediata”) é uma relação entre os valores disponíveis em caixa e equivalentes de caixa e seu passivo circulante (dívi- das de curto prazo). Consideram-se caixa e equivalente de caixa os numerários em espécie (dinheiro vivo), depósitos bancários (valores depositados em conta corrente) e aplicações financeiras de liquidez imediata (aquelas que são conversíveis em dinheiro em um curto período de tempo e que não têm risco de alteração significativa e valor).

QLI

Caixa e equivalentes de caixa Passivo circulante

UNIDADE Quocientes (Índices) de Liquidez

Tabela 1 ATIVO PASSIVO Circulante 80.000 Circulante 45. Caixa 5.000 Fornecedores 22. Banco 25.000 Salários a pagar 13. Contas a receber 30.000 Impostos a pagar 10. Estoques 20. Não circulante 40. Não circulante 78.000 Empréstimos e financiamentos 40. Realizável a longo prazo 15. Contas a receber 15.000 Total do passivo 85. Investimentos 40. Investimentos em coligadas e controladas 28.000 PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PL) Propriedades para investimento 12.000 Capital social 35. Imobilizado 14.000 Reservas de lucros 25. Máquinas e equipamentos 10.000 Reservas de capital 13. Móveis e utensílios 8. Veículos 3.000 Total do patrimônio líquido 73. (–) Depreciação acumulada (7.000) Intangível 9. Softwares 5. Patentes 6. (–) Amortização acumulada (2.000)

Total do ativo 158.000 Total do passivo + PL 158.

A seguir, vamos calcular e interpretar cada um dos quocientes de liquidez (“índi- ces de liquidez”) da empresa.

QLC Ativo circulante Passivo circulante

Interpretação: para cada R$ 1,00 de dívidas de curto prazo, a empresa possui R$ 1,78 de recursos de curto prazo. Ou seja, os recursos de curto prazo são mais que suficientes para liquidar as dívidas de curto prazo.

QLS

Ativo circulante Estoques Passivo circulante

   

   .

Interpretação: para cada R$ 1,00 de dívidas de curto prazo, a empresa possui R$ 1,33 de recursos de curto prazo, excluindo-se os estoques. Ou seja, os recursos de curto prazo, já desprezando-se os estoques que ainda precisam ser vendidos para gerar caixa para a empresa, são mais que suficientes para liquidar as dívidas de curto prazo.

QLI Caixa e equivalentes de caixa Passivo circulante

   .

Interpretação: para cada R$ 1,00 de dívidas de curto prazo, a empresa possui R$ 0,67 de recursos imediatamente disponíveis (“caixa” e “banco”). Ou seja, os recursos imediatamente disponíveis não são suficientes para liquidar as dívidas de curto prazo.

QLG 

 Ativo circulante^ Ativo Realizável a Longo Prazo  Passivo cirrculante^ Passivo Não Circulante

   

 

Interpretação: para cada R$ 1,00 de dívidas totais, a empresa possui R$ 1, de recursos de curto prazo e realizáveis a longo prazo. Ou seja, os recursos de curto prazo e realizáveis a longo prazo são mais que suficientes para liquidar as dívidas totais.

O gráfico a seguir sintetiza os resultados encontrados no cálculo dos quocientes de liquidez.

Quocientes de liquidez

QLG

QLI

QLC

QLC

Figura 4

QLG, QLC e QLC: Quocientes que apresentam folga, pois são maiores que 1,00. Ou seja, há mais recursos para pagar as dívidas do que dívidas correspondentes. QLI: O quociente de liquidez imediata mostra que não há recursos disponí- veis imediantamente suficientes para cobrir as dívidas de curto prazo. Isso não significa, necessariamente, uma situação ruim, pois o passivo circulante vai levar até 12 meses para ser liquidado. O QLI de 0,67 é, aliás, bom. pois indica que 67% das dívidas vencíveis em até 12 meses poderiam ser pagos com disponibilidades imediatas.

Referências

ASSAF NETO, A.; SILVA, C. A. T. Administração de capital de giro. São Paulo: Atlas, 1995.

CAMARGO, C. Planejamento financeiro. 2. ed. Curitiba: IBPEX, 2007.

CHING, H. Y.; MARQUES, F.; PRADO, L. Contabilidade e finanças para não especialistas. 2. ed. São Paulo: Pearson, 2007.

GITMAN, L. J. Princípios de Administração Financeira: essencial. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.

HOJI, M. Administração financeira uma abordagem prática. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2001.

YOSHITAKE, M; HOJI, M. Gestão de Tesouraria – Controle e Análise de transa- ções financeiras em moeda forte. São Paulo: Atlas, 1997.