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Guias e Dicas
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Ferramentas de Qualidade para Melhorar Produtividade na Separação de Produtos, Exercícios de Produtividade

Uma pesquisa realizada em uma empresa com o objetivo de aumentar a produtividade no processo de separação de produtos, através da aplicação de ferramentas de qualidade, como brainstorming, cinco porquês, diagrama de ishikawa e o ciclo pdca. A pesquisa inclui uma análise teórica dos conceitos e uma aplicação prática para resolução de problemas, com o objetivo de identificar a causa raiz do problema e diminuir o acúmulo de horas extras dos funcionários.

Tipologia: Exercícios

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Boto92
Boto92 🇧🇷

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
RAFAEL MASSERI MARIANO
APLICAÇÃO DE FERRAMENTAS DA QUALIDADE PARA
AUMENTAR A PRODUTIVIDADE HOMEM/CAIXA NA SEPARAÇÃO
DE PRODUTOS EM UM CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO LOGISTISCO
DE UMA EMPRESA DE ALIMENTOS
LONDRINA
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Baixe Ferramentas de Qualidade para Melhorar Produtividade na Separação de Produtos e outras Exercícios em PDF para Produtividade, somente na Docsity!

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

RAFAEL MASSERI MARIANO

APLICAÇÃO DE FERRAMENTAS DA QUALIDADE PARA

AUMENTAR A PRODUTIVIDADE HOMEM/CAIXA NA SEPARAÇÃO

DE PRODUTOS EM UM CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO LOGISTISCO

DE UMA EMPRESA DE ALIMENTOS

LONDRINA

RAFAEL MASSERI MARIANO

APLICAÇÃO DE FERRAMENTAS DA QUALIDADE PARA

AUMENTAR A PRODUTIVIDADE HOMEM/CAIXA NA SEPARAÇÃO

DE PRODUTOS EM UM CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO LOGISTISCO

DE UMA EMPRESA DE ALIMENTOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Engenharia de Produção, do Departamento de Engenharia de Produção, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Orientador: Prof. Dr. Edilson Giffhorn LONDRINA 2021

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por sempre iluminar minha vida e minhas escolhas me dando força e pra seguir em frente na faculdade. Aos meus pais, avós e irmã, por me darem condições de cursar a faculdade e estarem juntos comigo sempre que precisei. Ao Prof. Edilson Giffhorn pela orientação e ensinamentos necessários para a conclusão deste trabalho. A Atlética XXVI de Novembro pelos ensinamentos que tive durante a faculdade. A minha namorada por me incentivar sempre na realização desse trabalho. Aos meus amigos por me apoiarem sempre durante a faculdade em especial, Mateus Romero e Vinicius Poccia.

RESUMO

Este estudo objetivou aplicar as ferramentas da qualidade em busca de melhoria continua em um centro de distribuição logístico do estado do Paraná, como forma de melhorar a produtividade caixa/homem/dia no processo de separação de produtos. Foi realizado um referencial teórico, abordando algumas ferramentas da qualidade e explicando a melhor maneira de utilizar as ferramentas. Posteriormente foi apresentada a aplicação das mesmas em um caso real e com isso avaliada a eficácia das ferramentas utilizadas. Como conclusão foi possível atestar a eficácia das ferramentas da qualidade aplicadas no processo de separação de produtos como apresentado nesse estudo de caso. Palavras-chave: Ferramentas da qualidade. Centro de distribuição logístico. Ciclo PDCA.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

1 INTRODUÇÃO

No setor logístico, caracterizado por uma dependência alta do trabalho manual de pessoas, a produtividade dos processos sempre foi muito valorizada. Dentre esses processos, o de separação de itens tem o desafio de manter a produtividade elevada, pois é diretamente dependente de fatores como agilidade e conhecimento do operador, com isso, o desenho do caminho de compra e um ambiente sem obstáculos para o operador faz com que sua produtividade melhore consideravelmente. Isto é uma realidade perceptível nos mais diversos setores industriais, dentre os quais, o setor de alimentos. Inserida nesse contexto está a empresa para a qual será apresentado o Estudo de Caso desenvolvido. Na empresa pesquisada, refletindo uma preocupação setorial recorrente, percebe-se que a preocupação dos profissionais envolvidos nessa área de logística de alimentos é que a produtividade de caixas homem/dia não atinja a meta, fazendo com que o gasto com horas extras seja maior que o estipulado no orçamento da empresa. Diante disso, a presente pesquisa foi desenvolvida em uma empresa localizada na cidade de Londrina-PR, visando melhorar a produtividade do time de separação, diminuindo perdas de tempo desnecessários para, assim, atingir todas as metas com sucesso. Como instrumentos de intervenção foram usadas ferramentas como diagrama de Ishikawa, brainstorming , cinco porquês e ciclo PDCA. Nessa pesquisa o foco será apenas na produtividade caixa homem/dia desconsiderando, assim, outros processos da empresa. 1.1 TEMA Aumento de produtividade caixa/homem/dia em um grande centro de distribuição logístico no setor de alimentos, localizado na cidade de Londrina-PR. 1.2 ÁREA Gestão da Qualidade.

1.3 SUBÁREA

Gestão estratégica e organizacional. 1.4 PROBLEMA Um processo de separação de itens mal elaborado, pode causar produtividade abaixo da meta, insatisfação de clientes pelo atraso da entrega de seus produtos e, consequentemente, aumento em custos com horas extras para suprir a deficiência. Às vezes, em centro de distribuições, a estratégia organizacional não é realizada com base em estudos fundamentados para garantir o máximo de produtividade do separador, e, nesse caso, uma estratégia organizacional aumentaria a produtividade do separador, diminuindo, por sua vez, o custo de horas extras da empresa. 1.4.1 Pergunta de Partida Com base no contexto apresentado e no problema de pesquisa evidenciado, a pergunta de pesquisa que norteou o desenvolvimento do trabalho aqui apresentado foi: Qual impacto da aplicação de ferramentas de Gestão da Qualidade no processo de separação de produtos em um centro de distribuição logístico do setor de alimentos? 1.5 JUSTIFICATIVA Considerando a baixa produtividade no processo de separação de produto na empresa do Estudo de Caso, justifica-se essa pesquisa por meio da aplicação de uma tentativa de melhoria no processo de separação no centro de distribuição logística localizado na cidade de Londrina-PR, aumentando, assim, a produtividade e diminuindo gastos com horas extras da empresa. 1.6 OBJETIVOS Esta seção apresenta os objetivos do trabalho e está dividida em objetivo geral e objetivos específicos.

2 MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA

Quanto à natureza, este trabalho é uma pesquisa-ação. Note-se que, além do estudo teórico dos conceitos, será apresentada uma aplicação na prática para resolução dos problemas encontrados e os resultados serão demonstrados. A pesquisa-ação é um tipo de pesquisa interpretativa que abarca um processo metodológico empírico. Compreende a identificação do problema dentro de um contexto social e/ou institucional, o levantamento de dados relativos ao problema, a análise e significação dos dados levantados pelos participantes, a identificação da necessidade de mudança, o levantamento de possíveis soluções e, por fim, a intervenção e/ou ação propriamente dita no sentido de aliar pesquisa e ação, simultaneamente. (KOERICK,2009). Quanto ao objetivo de pesquisa, será exploratória, já que necessitará de uma análise completa dos dados da produtividade no processo de separação de produtos, para, assim, descobrir novas maneiras de se separar produtos alimentícios, e, por consequência, diminuir o acúmulo de horas extra por funcionário da empresa. Quanto ao método de pesquisa, é um estudo de campo, pois serão feitas análises constantes no processo, coletando dados e, após a realização dessas análises, a realização de melhorias no processo. Com isso, a aproximação entre o pesquisador e objeto de pesquisa será necessária. 3 REFERENCIAL TEÓRICO

Esta seção destina-se a apresentar uma revisão dos principais assuntos abordados neste trabalho. 3.1 QUALIDADE E SUAS DEFINIÇÕES A qualidade sempre vem sendo utilizado pelo homem desde os primórdios, desde quando se aprimoravam ferramentas para caça de animais. Utilizava-se qualidade, também, no pensamento de melhorar o consumo de alimento (FERNANDES,2011). A qualidade é um tema antigo e é utilizada para otimizar as necessidades de cada um. A qualidade é subjetiva, pois é dependente de quem está utilizando, uma vez que o que é útil para alguns pode não ser útil para outros (OAKLAND,1994). O termo qualidade é antigo, mas se tornou uma ferramenta de acompanhamento gerencial de empresa, com o objetivo aperfeiçoar sempre os processos para, assim, entregar o melhor produto para o cliente e possibilitar o melhor posicionamento competitivo no mercado (GARVIN,2004). A partir do conceito de que qualidade é subjetiva e de percepção individual, aqui se expõem algumas definições de qualidades:

  • Qualidade é a ausência de deficiências (JURAN, 1992);
  • Qualidade é aquilo que para o cliente pode melhorar o produto (DEMING, 1993);
  • Qualidade é o estudo do processo por um todo, e a otimização de todas suas etapas (FEIGENBAUM, 1994);
  • Qualidade é produzir o melhor produto, com custo mais baixo e que satisfaça o consumidor (ISHIKAWA, 1993); e
  • Qualidade é entregar um produto, serviço no tempo certo, seguro e que atenda todas as necessidades do cliente (FALCONI,1992). Dentre várias técnicas existentes para melhorar a qualidade, uma delas é o cinco Porquês, tema do próximo subitem, que procura identificar a causa raiz dos problemas para sua eliminação, melhorando, assim, a qualidade. 3.1.1 Cinco Porquês Os Cinco Porquês é uma técnica da qualidade usada para encontrar a causa raiz de um problema. Parte da iniciativa de perguntar cinco vezes porque o problema

3.1.2 Método 8D Uma ferramenta que vem sendo muito usada na indústria para melhoria contínua é o método 8D (Oito disciplinas), este método é utilizado para encontrar e acabar com problemas constantes da empresa, assim otimizando o processo e evitando que erros aconteçam novamente. Este método é muito útil, pois ainda evita custos desnecessários do sistema produtivo. Para descobrir e corrigir os problemas do processo deve-se executar as oito disciplinas do Método 8D (RAMBUD, 2011). A metodologia 8D teve origem no exército dos Estados Unidos da América, sendo introduzido em 1974 para lidar com materiais que possuíam não conformidades. Sua principal meta é encontrar a causa raiz e acabar com as perdas, prevenir falhas constantes, aumento da qualidade e diminuir os custos de produção (BEHRENS, 2007). Entre todas as funções da metodologia 8D tem-se a solução de problemas, eliminação de seus efeitos e conhecimento da causa raiz, encontrar o modo de falha e criar ações preventivas (KEPNER e TREGOE, 2001). Como o próprio nome já esclarece, essa metodologia é separada em oito módulos, que podem ser vistos como oito consecutivos segmentos para serem resolvidos os problemas da empresa (GONZÁLES e MIGUEL, 1998). Os passos da metodologia 8D podem ser representados conforme a Figura 1. Figura 1 – Metodologia 8D. Fonte: Retirado de (GONZÁLES e MIGUEL, 1998).

  • Disciplina 1 (Formação da equipe): O primeiro passo é definir a equipe que irá participar do projeto. São essas pessoas que definirão seus objetivos, pois cada um deve estar ciente de sua função até o final do projeto;
  • Disciplina 2 (Descrição do Problema): Nesta etapa deve-se descrever completamente o problema encontrado, porque essas informações farão a diferença nos seguintes passos;
  • Disciplina 3 (Ações corretivas imediatas): Deve-se implantar medidas corretivas para que o problema não se alastre e se torne uma causa maior enquanto ações corretivas futuras sejam implantadas de maneira eficiente;
  • Disciplina 4 (Análise da causa raiz): Deve-se encontrar os defeitos que nos levem ao porquê do defeito inicial, esta etapa é muito importante, pois é a partir dela que as outras disciplinas seguirão. Deve-se verificar cada potencial de causa raiz, já tomando conhecimento de ações de como eliminá-las;
  • Disciplina 5 (Ações Corretivas): Nesta disciplina todas as ações verificadas na disciplina anterior serão realizadas, visando eliminar as causas raízes do problema, realizando, também, ações corretivas não conhecidas até o momento que foram descobertas no meio do processo;
  • Disciplina 6 (Comprovação da eficiência das ações): Após todas as ações corretivas serem realizadas, deve-se garantir que a mesma está sendo eficiente, com isso, é feita uma comparação de dados de antes das ações serem realizadas com o depois, para comprovarem sua eficácia;
  • Disciplina 7 (Ações preventivas): Depois de comprovada a eficácia das ações corretivas, revisa-se o processo de produção com intuito de encontrar maneiras de manter o padrão evitando que as mesmas causas voltem a acontecer. É nesta etapa que se criam, também, boas práticas e treinamentos para os colaboradores; e
  • Disciplina 8 (Análise de encerramento): Nesta etapa é onde se parabeniza os resultados obtidos, e se reconhece a equipe que gerou esforços para realizar o projeto. Apesar do potencial de contribuição para abordar o problema, a empresa do Estudo de Caso optou por não utilizar este instrumento da qualidade. A razão

Figura 2 – Diagrama de Ishikawa. Fonte: Retirado de (RODRIGUES,2010). Após identificadas as possíveis causas, se faz necessária uma forma de identificar formas de solucionar os problemas, como, por exemplo, por meio do Relatório A3. 3.1.4 Relatório A O Relatório A3 foi instituído pela Toyota, em 1960, para a resolução de problemas e encontrar maneiras de os solucionar dentro das empresas (ANDERSON, 2010). O intuito de solucionar problemas de forma eficaz ao encontrar sua causa raiz para solucioná-los é operacionalizado por meio de relatórios do projeto. Aplica-se, assim, um processo de análise específico, qualificando os principais problemas e as melhorias propostas (SOBEK e SMALLEY, 2010). A origem do nome A3 deve-se à folha de papel utilizada para se desenvolver o relatório, ou seja, é do tamanho A3 ( 297 mm x 420 mm), onde nela é desenhado o sistema inteiro e como este sistema funciona, permitindo visualizar claramente onde os problemas e falhas atuais ocorrem. Este relatório deve conter por onde o problema se estende, o percentual de problemas ocorridos e a quantidades de horas paradas ocasionas pelo problema (LIKER, 2004). Esse método possui características como: registrar um evento importante; melhorar a comunicação; implantar um modelo padrão de solucionar um problema;

confiar nos dados obtidos no chão de fábrica; encontrar a causa raiz do problema; trazer os colaboradores para dentro do projeto fazendo com que estes participem efetivamente da solução do problema; organizar treinamentos para, assim, expandir o aprendizado; sempre registrar o problema e sua solução encontrada para não haver problemas recorrentes (BRANDI, MOREIRA e CAMPOS, 2012). Os relatórios A3 ajudam líderes e diretores a dar funções para os colaboradores ao analisarem a causa raiz do problema, facilitando, também, o alinhamento de todos os departamentos da organização. Assim, todos trabalham por um mesmo objetivo. Esse método ajuda, também, as pessoas a aprenderem mais umas com as outras (SILVA e JUNIOR, 2011). O relatório A3 possui os seguintes elementos:

  • Título: primeiramente se define o problema;
  • Responsável/Data: designa-se o responsável pelo problema e se estabelece uma data para o fim do projeto;
  • Contexto: entende o problema em questão e classifica-o;
  • Condições atuais: coloca-se os pontos que se sabe atualmente do problema levantado;
  • Objetivos/Metas: propõe objetivos e metas a serem alcançadas;
  • Contramedidas propostas: levanta medidas ou contramedidas para se abordar o problema e conseguir atingir o objetivo;
  • Plano: executa um plano de ação designando seu líder e os colaboradores que farão parte já estabelecendo prazo final para ser alcançado o objetivo; e
  • Acompanhamento: elaboração de um processo de revisão para acompanhar o processo e evitar que problemas recorrentes venham acontecer no futuro. Esta técnica foi apresentada ao decisor da empresa do Estudo de Caso, que optou por não utilizá-la. Outra forma de organizar as informações para um plano de ação de melhoria é por meio de MASP, tema do próximo subitem.