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APLICAÇÃO DE FERRAMENTAS DA QUALIDADE NA INDÚSTRIA METAL AGROGEL LTDA, Manuais, Projetos, Pesquisas de Engenharia de Produção

Relatório de pesquisa de estudo de caso com aplicação de ferramentas da qualidade em indústria metal-mecânica

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2019

Compartilhado em 22/08/2019

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ANDRIELE COELHO DA COSTA KUSIAK
DAIANA LUIZA PREISSLER SAFCZUK
APLICAÇÃO DE FERRAMENTAS DA QUALIDADE NA INDÚSTRIA METAL AGROGEL
LTDA
Três de Maio/RS
2018
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ANDRIELE COELHO DA COSTA KUSIAK

DAIANA LUIZA PREISSLER SAFCZUK

APLICAÇÃO DE FERRAMENTAS DA QUALIDADE NA INDÚSTRIA METAL AGROGEL

LTDA

Três de Maio/RS

2018

ANDRIELI KUSIAK

DAIANA LUIZA PREISSLER SAFCZUK

APLICAÇÃO DE FERRAMENTAS DA QUALIDADE NA INDÚSTRIA METAL AGROGEL

LTDA

Relatório de pesquisa da disciplina de Metodologia da Pesquisa da Faculdade Três de Maio do curso de Engenharia de Produção.

Orientadora: Mestranda Ivete Linn Ruppenthal

Três de Maio/RS

RESUMO

A u�lização de ferramentas da qualidade em qualquer segmento industrial ou empresarial visa melhorar os processos e proporcionar um serviço ou produto de qualidade aos seus consumidores. Neste sentido, realizou-se este estudo na empresa Metal Agrogel Ltda, do município de Boa Vista do Buricá, a qual fabrica e vende produtos e equipamentos em inox para empresas e pessoas físicas. O objetivo é analisar a aplicabilidade das ferramentas da qualidade, Fluxograma e Diagrama de Causa e Efeito, na referida empresa. O problema de pesquisa é identificar como elaborar um novo Fluxograma para a empresa, visando à diminuição de perdas no seu processo produtivo. Para delinear a pesquisa, a mesma foi classificada em dois aspectos, quanto aos métodos de abordagem, foi de natureza dedutiva e qualitativa. Quanto aos procedimentos, a pesquisa foi descritiva, documental e estudo de caso. A coleta de dados se deu por meio de observação e entrevista, para posterior análise e discussão dos resultados, utilizando-se a análise descritiva do conteúdo e a ferramenta Lucidchart para resolução gráfica. Foi necessário observar os processos da empresa e realizar entrevista com o proprietário da mesma para, posteriormente, elaborar o Fluxograma e criar um Diagrama de Causa e Efeito de um de seus principais produtos, o resfriador de leite. Através deste estudo foi possível identificar que o novo Fluxograma desenvolvido define e especifica os processos da empresa de forma correta e pode, em opcional escolha, ser utilizado pela mesma. Também, o Diagrama de Causa e efeito é aplicável à empresa, auxiliando e facilitando a produção de um Resfriador de Leite e demonstrando a existência de falhas e defeitos no produto, quando houver.

Palavras Chave: Diagrama de causa e efeito. Ferramentas da qualidade.

Fluxograma. Processos.

LISTA DE FIGURAS

  • Figura 1: Fluxograma......................................................................................
  • Figura 2: Diagrama de Relacionamento..........................................................
  • Figura 3: Diagrama de Causa e Efeito............................................................
  • Figura 4: Diagrama de Pareto.........................................................................
  • Figura 5: Diagrama de Dispersão...................................................................
  • Figura 6: Histograma.......................................................................................
  • Figura 7: Lista de Verificação..........................................................................
  • Figura 8: Carta de Controle Estatístico...........................................................
  • Figura 9: Empresa Metal Agrogel Ltda............................................................
  • Figura 10: Fluxograma utilizado pela Empresa Metal Agrogel Ltda................
  • Figura 12: Fluxograma proposto para a Empresa Metal Agrogel Ltda............
  • Figura 13: Diagrama de Causa e Efeito de um Resfriador de Leite................
  • Figura 14: Resfriador de Leite produzido por Metal Agrogel Ltda...................
  • 1 contextualização da pesquisa.................................................................. SÚMARIO
  • 1.1 TEMA..........................................................................................................
  • 1.2 Delimitação do tema...................................................................................
  • 1.3 PROBLEMA DA PESQUISA.......................................................................
  • 1.4 OBJETIVOS................................................................................................
  • 1.4.1 Objetivo Geral............................................................................................
  • 1.4.2 Objetivos Específicos.............................................................................
  • 1.5 JUSTIFICATIVA........................................................................................
  • 1.6 METODOLOGIA.......................................................................................
  • 1.6.1 Métodos de Abordagem..........................................................................
  • 1.6.1.1 Abordagem Dedutiva.................................................................................
  • 1.6.1.2 Abordagem Qualitativa..............................................................................
  • 1.6.2 Métodos de Procedimentos....................................................................
  • 1.6.2.1 Pesquisa Bibliográfica...............................................................................
  • 1.6.2.2 Pesquisa Descritiva...................................................................................
  • 1.6.2.3 Pesquisa Documental................................................................................
  • 1.6.2.4 Estudo de Caso.........................................................................................
  • 1.6.3 Técnicas...................................................................................................
  • 1.6.3.1 Técnicas de coletas de dados...................................................................
  • 1.6.3.1.1 Observação...............................................................................................
  • 1.6.3.1.2 Entrevista..................................................................................................
  • 1.6.3.2 Técnicas de Análise de Dados..................................................................
  • 1.6.3.2.1 Lucidchart
  • 1.6.3.2.2 Análise de conteúdo.................................................................................
  • 2 REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................
  • 2.1 GESTÃO DA QUALIDADE.......................................................................
  • 2.1.1 As muitas faces da Gestão da Qualidade.............................................
  • 2.2 Qualidade – A visão da Operação e a Visão do Consumidor...................
  • 2.3 Conformidade à Especificação.................................................................
  • 2.4 Medida e Melhoria do Desempenho dos Processos.................................
  • 2.4.1 Medidas de Desempenho.......................................................................
  • 2.4.2 Prioridade de Melhoramento..................................................................
  • 2.5 Abordagens de melhoramento..................................................................
  • 2.5.1 Melhoramento Revolucionário...............................................................
  • 2.5.2 Melhoramento contínuo..........................................................................
  • 2.6 Ferramentas da Qualidade.......................................................................
  • 2.6.1 Fluxograma..............................................................................................
  • 2.6.2 Diagramas de Relacionamento..............................................................
  • 2.6.3 Diagramas de Causa e Efeito.................................................................
  • 2.6.4 Diagramas de Pareto...............................................................................
  • 2.6.5 Diagrama de Dispersão...........................................................................
  • 2.6.6 Histograma...............................................................................................
  • 2.6.7 Listas de Verificação...............................................................................
  • 2.6.8 Cartas de Controle..................................................................................
  • 3 Análise e Discussão dos Resultados....................................................
  • 3.1 Histórico da Empresa................................................................................
  • 3.2 Reestruturação do Fluxograma.................................................................
  • 3.3 Elaboração do Diagrama de Causa e Efeito.............................................
  • 3.4 Identificação das falhas do produto resfriador de leite..............................
  • 3.5 Sugestões de melhorias...........................................................................

INTRODUÇÃO

Atualmente, aliado ao bom preço, o fator qualidade tem sido preponderante na escolha de um produto pelo consumidor. Apesar de, a crise econômica ter atingido grande parte da população brasileira, empresas vem conseguindo se destacar nos mais diversos setores produtivos e, muito disso deve-se a capacidade do empresário de se adaptar as condições do mercado e do consumidor, visando atingir maior lucratividade e, ainda assim, garantir produtos de qualidade.

A qualidade é considerada um diferencial quando faz-se a escolha de um produto e para que esta seja garantida, é necessário que se faça uso de métodos e ferramentas que propiciem seu alcance. Segundo Yoshinaga (1988, p.80), “As ferramentas sempre devem ser encaradas como meios para atingir as metas ou objetivos”, os meios são as próprias ferramentas que podem ser utilizadas para identificar e melhorar aspectos da qualidade, enquanto a meta, por sua vez, é onde quer se chegar. De acordo com Marques (2011), a qualidade está diretamente ligada às ferramentas básicas utilizadas no controle, melhoria e planejamento de processos, em virtude de que estas fornecem dados que ajudam a compreender a razão dos problemas e proporcionar formas de eliminá-los.

Uma das empresas que conseguiu consistência e credibilidade em um mercado bem concorrido e em meio a empresas de grande porte, foi a Metal Agrogel Ltda. Esta pequena Metalúrgica do município de Boa Vista do Buricá-RS fabrica desde os mais simples produtos idealizados sob encomenda, como grades de ferro, até produtos padronizados e normatizados, como ordenhadeiras e resfriadores de leite, de todos os tamanhos.

A qualidade é considerada um diferencial desta empresa, porém, por meio da elaboração deste estudo, viu-se a necessidade de observar os seus processos e verificar se as ferramentas da qualidade existentes estão realmente sendo utilizadas pela mesma para que ocorra a padronização de seus produtos e atendimento às especificações. Também, busca-se identificar se estas ferramentas podem ser melhoradas ou, ainda, se possuem aplicabilidade na empresa.

As ferramentas da qualidade visam, por meio da ação sobre a causa (processo), extinguir e coibir o aparecimento de problemas (efeitos) (OLIVEIRA, ALLORA, SAKAMOTO, 2006). Tem-se, portanto, a sua importância, visto que as ferramentas mantém um alto padrão de qualidade, com constantes e contínuas melhorias, agregando sempre ações e informações pertinentes, e permitindo, ainda, o reconhecimento das causas fundamentais de prejuízos e perdas, auxiliando a gerência na tomada de decisões (ROCHA, GOMES, 1993).

Segundo Lobo e Silva (2014), as ferramentas básicas do controle da qualidade, desenvolvidas por Kaoru Ishikawa, podem ser divididas em: Fluxograma, Diagrama de Causa e Efeito, Diagrama de Pareto, Diagrama de Dispersão, Histograma, Listas de Verificação e Cartas de Controle. Estas 7 principais ferramentas visam o controle dos processos e trabalham com dados numéricos para resolução de problemas identificados no início do processo de gestão da qualidade processual de um sistema.

Diante de informações colhidas previamente sobre os processos e produtos da Metal Agrogel Ltda, optou-se por discorrer sobre as ferramentas da qualidade: Fluxograma, reestruturando e padronizando o presente na empresa e; Diagrama de Causa e Efeito de um produto especificado, o resfriador de leite, elencando as possíveis causas de defeitos e falhas na resolução final deste, para, após estudo, fazer os apontamentos necessárias.

A delimitação do tema do presente estudo é a utilização de duas ferramentas da qualidade – Fluxograma e Diagrama de Causa e Efeito- na Indústria Metal Agrogel Ltda, situada no Município de Boa Vista do Buricá, noroeste do Estado do RS, no período correspondente ao mês de fevereiro a junho de 2018.

PROBLEMA DA PESQUISA

De acordo com os autores Marconi e Lakatos (2003) apud Güllich, Lovato e

Evangelista (2007) , o problema explica e apresenta¸ em concordância ao tema proposto, as

dificuldades específicas que pretendem ser resolvidas ou esclarecidas utilizando o método da

pesquisa. Segundo Güllich, Lovato e Evangelista (2007), a falta de conhecimento sobre os

fatos, acontecimentos, fenômenos ou coisas a serem pesquisados, se referem e dizem respeito

ao próprio problema e conduzem o estudo a sua resolução.

Devido à empresa Metal Agrogel Ltda possuir um fluxograma que, nas medidas em

que foi elaborado e analisado, possui falhas na sua construção e pode não refletir a real

situação presente na empresa, o problema em estudo será: como elaborar um novo

fluxograma para a empresa, visando a diminuição de perdas no processo produtivo?

OBJETIVOS

Os objetivos permitem que se identifique e demonstre o que se quer buscar, provar e conhecer durante o desenvolvimento do estudo, englobando o objetivo geral e o objetivo específico, segundo Güllich, Lovato e Evangelista (2007).

Objetivo Geral

Para Marconi e Lakatos (2007) o objetivo geral está relacionado a uma visão geral e mais ampla acerca do tema, possuindo conteúdo essencial dos fatos analisados e, estando, diretamente ligado à tese do estudo.

O objetivo geral deste estudo é aplicar as ferramentas da qualidade na empresa Metal Agrogel Ltda.

Objetivos Específicos

Os objetivos específicos, segundo Güllich, Lovato e Evangelista (2007), possuem características individuais e pontuais e, procuram respostas tipificadas para se alcançar o objetivo geral, já que este deriva do mesmo.

Os objetivos específicos deste estudo são:

  • Remodelar o Fluxograma atual da empresa Metal Agrogel Ltda;
  • Elaborar um Diagrama de Causa e Efeito sobre um Resfriador de Leite;
  • Verificar os problemas que ocasionam falhas em um Resfriador de Leite;
  • Apresentar os resultados obtidos e, ainda, possibilitar a integração das ferramentas da qualidade à empresa.

JUSTIFICATIVA

Para Fachin (2001) apud Güllich, Lovato e Evangelista (2007), a justificativa narra de forma completa, porém breve, os fatores teóricos e práticos que serão utilizados no desenvolvimento da pesquisa, e o “por que” da realização de tal estudo.

A presente pesquisa tem sua realização justificada pelo fato de discorrer sobre as ferramentas da qualidade, visto que, estas são técnicas utilizadas com a finalidade de analisar e propor soluções para problemas que podem ser encontrados e, também, podem interferir no desempenho positivo dos processos de trabalho.

O Fluxograma auxilia na visualização e na representação do processo que ocorre dentro da empresa. Por meio deste, demonstra-se todas as etapas do processo, seu fluxo de elementos e informações, para que se atinja a máxima eficiência. Já o Diagrama de Causa e Efeito auxilia na identificação das causas de erros e problemas, possibilitando o reparado dos mesmos ou, até mesmo, representação gráfica, para que se atinja um determinado resultado.

Desta forma, o estudo claramente irá oferecer, com a obtenção de seus resultados, benefícios à empresa Metal Agrogel Ltda, visto que irá organizar, por meio do novo fluxograma, os processos da empresa e também, evitar o desperdício de matéria-prima e, recursos humanos e financeiros, com a apresentação do Diagrama de Causa e Efeito.

Também, ressalta-se a importância deste estudo, quando este, além de garantir maior credibilidade à empresa, caso utilizado por esta, irá exemplificar a situação vivida em pequenas indústrias como esta em questão, enfatizando a importância que o uso adequado de ferramentas da qualidade propicia às mesmas.

METODOLOGIA

Segundo Güllich, Lovato e Evangelista (2007) a metodologia científica tem por objetivo estudar os meios que demonstram os caminhos percorridos no decorrer da pesquisa, buscando atingir os objetivos propostos anteriormente. A especificação da metodologia da pesquisa é a que abrange maior número de itens, pois responde, a um só tempo, às questões como?, Com quê?, onde?, quanto? (MARCONI, LAKATOS, 2007).

1.6.1 Métodos de Abordagem..........................................................................

Segundo Lovato (2013) propõe-se para os métodos de abordagem, duas dimensões essenciais, a primeira se relaciona a espécie de raciocínio que é utilizada para se alcançar a conclusão e, a segunda, trata do uso, ou não, de números e de estatística. Partindo desta diferença de duas dimensões, segundo Marconi e Lakatos (2007), o método é identificado por conter uma abordagem mais ampla dos fenômenos, sejam eles, naturais ou sociais e, englobando, portanto, o método de abordagem indutiva, dedutiva, hipotético-dedutiva, dialética, qualitativa, quantitativa, quali-quantitativa e histórico-cultural.

No presente estudo se utilizou a Abordagem Dedutiva e a Abordagem Qualitativa para, por meio destes métodos, obter o conhecimento que propicionou chegar aos resultados.

A pesquisa documental foi utilizada quando se fez a obtenção dos registros mensais tabulados de produtividade de Refrigeradores de Leite e Ordenhadeiras, ocorridos na empresa Metal Agrogel Ltda e ainda, do fluxograma presente na mesma.

1.6.2.4 Estudo de Caso.........................................................................................

Segundo Güllich, Lovato e Evangelista (2007), o estudo de caso é aquele cujo objetivo é obter o máximo conhecimento, de forma aprofundada e cansativa, transmitindo uma realidade já definida.

O estudo de caso esteve diretamente ligado à realização de todo o presente estudo, visto que, o mesmo tratou de estudar o sistema produtivo de uma pequena empresa do ramo metal mecânico e transmitiu a situação observada, fazendo também, quando necessário, sugestões para o melhoramento de processos da empresa.

Técnicas

As técnicas “consideradas como um conjunto de preceitos ou processos de que se serve uma ciência, são, também, a habilidade para usar esses preceitos ou normas, na obtenção de seus propósitos. Correspondem, portanto, à parte prática da coleta de dados” (MARCONI, LAKATOS, 2007, p.224).

Durante o desenvolvimento deste estudo fez-se uso de técnicas para coletas de dados e de técnicas para análise de dados, visando proporcionar meios para alcançar os resultados da pesquisa.

1.6.3.1 Técnicas de coletas de dados...................................................................

Segundo Gil (1996), para que não ocorram erros no levantamento de dados do estudo, tanto por pesquisadores quanto por quaisquer outras pessoas, é importante que se supervisione a equipe coletora de dados de forma rigorosa. “É necessário também, à medida que os dados sejam coligidos, examiná- los para verificar se estão completos, claros, coerentes e precisos” (GIL, 1996, p. 102). Ainda, de acordo com Gil (1996) é importante selecionar algumas das amostras já estudadas e reaplicar a pesquisa. No momento em que houver uma diferença muito grande, é necessário que se reveja a amostra e/ou o método de aplicação pelo pesquisador. Desta forma, pode-se controlar erros durante a coleta.

No desenvolvimento deste estudo ocorreu o uso das técnicas de coleta de dados denominadas Observação e Entrevista, a fim de coletar as informações necessárias à obtenção dos resultados.

Observação

A observação “utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar fatos ou fenômenos que se deseja estudar” (MARKONI, LAKATOS, 2007, p.224).

A técnica de observação, neste caso, teve sua utilização justificada especificamente por ter observado os processos da empresa e, por analisar o atual fluxograma da mesma.

Entrevista

Segundo Markoni e Lakatos (2007) a entrevista é uma conversa realizada presencialmente, face a face e de forma metódica, dispondo ao entrevistador o conhecimento e informação buscados.

A entrevista foi realizada, de forma informal, com o proprietário da empresa Metal Agrogel Ltda para a obtenção de maiores informações sobre os processos que ocorrem na empresa, possibilitando assim, desenvolver um novo fluxograma dos processos da empresa e criar um Diagrama de Causa e Efeito

para corrigir alguma falha que possivelmente seja enfrentada no desenvolvimento de um produto da empresa.

1.6.3.2 Técnicas de Análise de Dados..................................................................

“O processo de análise dos dados envolve diversos procedimentos: codificação das respostas, tabulação dos dados e cálculos estatísticos” (GIL, 1996, p.102). Posteriormente, ou, em conjunto com a análise, pode-se realizar a interpretação dos dados, baseada em criar a ligação entre os resultados coletados com a pesquisa e outros já expostos e conhecidos, que são especialmente baseados em teorias e em outros estudos já efetuados.

As técnicas de análise de dados que foram utilizadas no presente estudo são o Lucidchart e a Análise do Conteúdo, em virtude das necessidades que foram verificadas quanto à obtenção dos resultados do estudo na empresa Metal Agrogel Ltda.

1.6.3.2.1 Lucidchart

O Lucidchat é um serviço comercial baseado na internet que permite aos usuários colaborar e trabalhar junto ao programa para criar Fluxogramas, Organogramas, Mapas Mentais, Protótipos de Software, Designs de UML e muitas outras formas de Diagramas, em tempo real , de acordo com Lucidchart (2010).

Neste caso, a ferramenta Lucidchart foi utilizada para gerar o Fluxograma e Diagrama de Causa e Efeito, desenvolvidos pelo grupo com base nas observações feitas na empresa Metal Agrogel Ltda.

1.6.3.2.2 Análise de conteúdo.................................................................................

A análise de conteúdo “permite a descrição sistemática, objetiva e quantitativa do conteúdo da comunicação” (GÜLLICH, LOVATO, EVANGELISTA, 2005, p. 26).

A análise do conteúdo foi realizada após a entrevista com o proprietário da empresa Metal Agrogel Ltda e, após o desenvolvimento dos mecanismos de qualidade Fluxograma e Diagrama de Causa e Efeito para, desta forma, identificar a aplicabilidade dos mesmos no sistema produtivo da empresa.

REFERENCIAL TEÓRICO

No referencial teórico aparecem os elementos de fundamentação teórica da pesquisa ou estudo e, também, nesta etapa ocorre a definição dos conceitos empregados, fundamentando a interpretação do pesquisador, de acordo com Marconi e Lakatos (2007).

“A abordagem baseada em manufatura preocupa-se em fazer produtos ou

proporcionar serviços que estão livres de erros que correspondem precisamente a

suas especificações de projeto” (SLACK et al, 1999, p.413).

• Abordagem baseada no usuário

“A abordagem baseada no usuário assegura que o produto ou serviço está

adequado ao seu propósito” (SLACK et al, 1999, p.414). Desta forma, esta

abordagem demostra preocupação com a adequação das especificações ao

consumidor e não somente, com a conformidade ente as especificações criadas.

• Abordagem baseada em produto

Nesta abordagem, Slack et al (1999) citam que a qualidade é um conjunto

mensurável, contabilizado e preciso quanto a sua característica, sendo idealizada de

forma a garantir a satisfação do consumidor.

• Abordagem baseada em valor

“A abordagem baseada em valor leva a definição de manufatura a um estágio além

e define qualidade em termos de custo e preço” (SLACK et al, 1999, p.414).

Segundo Slack et al (1999), um consumidor pode ter interesse em adquirir um

produto de qualidade menor, caso este tenha um preço menor.

2.2 Qualidade – A visão da Operação e a Visão do Consumidor...................

A qualidade dispõe-se em duas visões, a visão de qualidade da operação e a visão

da qualidade do consumidor. Quanto à operação, esta visão preocupa-se com tentar

atingir as expectativas que os consumidores possuem. Já a visão de qualidade do

consumidor se refere ao que ele percebe ser o produto ou o serviço prestado. Assim,

para criar uma visão unificada, a qualidade pode ser defendida como grau de

adequação entre as expectativas dos consumidores e a percepção deles do produto

ou serviço, como citam Slack et al (1999).

De acordo com Stefano (2010), a satisfação está ligada à qualidade do produto que

se oferece ou do serviço que se presta e, só que percebe a qualidade é quem

consome este mesmo produto ou serviço. Não adianta uma organização possuir

produtos de excelente qualidade sob o ponto de vista técnico, se, ao ser oferecido ao

mercado, o público consumidor não identifica essa qualidade.

Desta forma, segundo Slack et al (1999), se a experiência com o produto ou serviço

superar as expectativas, o consumidor estará satisfeito e o produto será considerado

de alta qualidade. Se o produto ou serviço estiver abaixo do esperado pelo

consumidor, a qualidade deste é baixa e ocorre insatisfação por parte do

consumidor. Caso o produto ou serviço esteja dentro dos padrões esperados pelo

consumidor e em conformidade à especificação, o seu índice de qualidade será

aceitável. Para a qualidade ser atestada, faz-se necessário sua conformidade à

especificação.

2.3 Conformidade à Especificação.................................................................

Segundo Slack et al (1999, p. 420), “conformidade à especificação significa produzir

um produto ou proporcionar um serviço conforme as suas especificações de projeto”,

Desta forma, durante a elaboração e aplicação do projeto de qualquer produto ou

serviço, seu conceito global, propósito, componentes e conexão entre estes, deverão

ter sido especificadas.

A conformidade à especificação é uma definição operacional, em virtude de que

busca sempre garantir que a operação reproduza o mesmo bem ou serviço,

extinguindo a variabilidade. De modo mais rigoroso, a conformidade à especificação

se apresenta quando bens e serviços estão equivalentes aos critérios de

julgamentos considerados relevantes para os clientes, de acordo com Oliveira et al

De acordo com Slack et al (1999), a atividade de garantir que os produtos e serviços

estejam conformes ao especificado se refere a própria estratégia de planejamento e

controle da qualidade. Estes, por sua vez, podem ser divididos em seis passos

sequenciais:

Passo 1: Definir as características de qualidade do produto ou serviços prestados;

Passo 2: Definir como fazer a medição de cada característica de qualidade citada;

Passo 3: Criar padrões de qualidade para cada característica de qualidade

elaborada;

Passo 4: Controlar a qualidade dos produtos ou serviços, quando relacionados aos

padrões impostos;

Passo 5: Encontrar erros e corrigir os fatores causadores de má qualidade;

Passo 6: Fazer melhoramentos contínuos.

Entretanto, segundo Slack et al (1999), algumas das características de qualidade de

um produto ou serviço não podem ser mensuradas, como ocorre, por exemplo, com

a cortesia oferecida por companhias aéreas, necessitando, nesses casos, tentar

medir, por meio da operação, as percepções de cortesia pelos consumidores, sejam

elas positivas ou negativas.

2.4 Medida e Melhoria do Desempenho dos Processos.................................

“Antes que os gerentes de produção possam idealizar sua abordagem para o

melhoramento de suas operações, eles precisam saber o quão boa ela já é” (SLACK

et al, 1999, p.444). A urgência, direção e prioridades de melhoramento serão

definidas de forma parcial por meio da identificação do desempenho atual de uma

operação, julgando-a boa, ruim ou indiferente, de acordo com Slack et al (1999).

No momento em que se tem uma abordagem de melhoramento determinada, uma operação deve criar técnicas de abordagem ou estratégia que possibilitem alcançar o processo de melhoramento. Duas particulares estratégias de melhoramento podem ser definidas, a de melhoramento revolucionário e a de melhoramento contínuo, segundo Slack et al (1999).

De acordo com Carvalho et al (2009), os dois tipos de melhoramentos buscam o foco na melhoria dos processos e aprimoramento de um padrão, porém com atitudes diferenciadas para chegar aos resultados.

Melhoramento Revolucionário

Segundo Slack et al (1999), também chamado de melhoramento baseado em inovação, o melhoramento revolucionário tem como base para o alcance do real melhoramento, uma grande e drástica mudança na forma como trabalha a operação. Como impacto desse tipo de melhoramento, tem-se que este é relativamente repentino e apresenta um degrau de mudança na prática, esperando-se que este também ocorra no desempenho.

Esses melhoramentos raramente são baratos, usualmente demandam grandes investimentos de capital, com frequência interrompendo ou perturbando os trabalhos em curso na operação, e frequentemente envolvendo mudanças nos produtos/ serviços ou na tecnologia do processo (SLACK et al, 1999, p.458).

O melhoramento revolucionário refere-se, portanto, à movimentação de grandes mudanças tecnológicas ou implantação de novos conceitos de administração e técnicas de produção, consistindo em reinventar e em melhorar de modo incremental o processo e, visando melhorar drasticamente o desempenho em termos de custos, qualidade, serviços e velocidade, como cita Carvalho et al (2009).

Melhoramento contínuo

O melhoramento contínuo propõe uma abordagem de melhoramento de desempenho que identifica e indica os menores passos de melhoramento incremental. O melhoramento contínuo não se preocupa somente com a promoção dos pequenos melhoramentos por si. Ele vê os pequenos melhoramentos, entretanto, como tendo uma vantagem sobre os grandes melhoramentos– eles podem ser seguidos de uma forma pouco perceptível por outros pequenos melhoramentos, segundo Slack et al (1999).

Desta forma, neste meio de melhoramento, o tamanho de cada passo não é o que importa. O importante é a efetividade e comprovação de que o processo de melhoramento vai ser sequencial e contínuo, ocorrendo em um determinado período alguma alteração eficaz, como cita Slack et al (1999).

O sucesso do melhoramento contínuo na organização depende do envolvimento de todos, com estratégias bem estruturas pela alta direção, desdobrando até a base operacional, buscando melhores resultados. É na base operacional, onde os colaboradores estão ligados diretamente ao processo, que serão abordados as estratégias de construção de equipes para foco na identificação das oportunidades de melhorias, com a participação de todos neste processo (CARVALHO ET AL, 2009).

2.6 Ferramentas da Qualidade.......................................................................

Importância das ferramentas para a obtenção da qualidade está baseada na sua utilização quando ocorre o desenvolvimento das metodologias utilizadas para a identificação e possível eliminação das falhas que ocorrem em um processo, de acordo com Seleme e Stadler (2012).

Muitas técnicas capazes de identificar problemas, criar soluções e proporcionar melhoramento processual ou de qualidade já foram citadas e, outras também podem ser destacadas, como as ferramentas da qualidade Cinco Sensos (5 Ss), os 5 Ws e os 2 Hs, de acordo com Seleme e Stadler (2012). Entretanto, existem outras ferramentas importantíssimas à operação que devem e merecem ser citadas, como é o caso dos Fluxogramas, dos Diagramas de Relacionamento, dos Diagramas de Causa e Efeito e dos Diagramas de Pareto, como propõe Nigel Slack et al (1999).

Segundo Lobo e Silva (2014), as ferramentas básicas do controle da qualidade, desenvolvidas por Kaoru Ishikawa, visam o controle dos processos e trabalham com dados numéricos facilitadores da resolução de muitos problemas que se identificam no início do processo de gestão da qualidade processual de um sistema, citando-se como sendo sete as principais ferramentas da qualidade: o Fluxograma, o Diagrama de Causa e Efeito, o Diagrama de Pareto, o Diagrama de Dispersão, o Histograma, as Listas de Verificação e as Cartas de Controle.

Fluxograma

Os diagramas de entrada-saída dão uma visão mais ampla, porém útil, dos processos e lacunas de melhoramento. Para se obter uma visão mais detalhada, uma ferramenta interessantíssima é o Fluxograma. Por meio deste, qualquer parte do processo em que ocorra algum fluxo torna-se bem detalhada e todos os estágios de passagem de informação, produtos, trabalho ou consumidores são registrados, a fim de garantir que todos estes estágios estejam descritos no plano de melhoramento e interligados por meio de uma sequência lógica. Além disso, e não menos importante, o fluxograma indica áreas problemas onde não há nenhum procedimento para lidar com um conjunto próprio de circunstâncias, como descreve Slack et al (1999).

O fluxograma trata-se de uma representação visual onde o registro de um processo industrial acontece com o uso de símbolos e seus significados, identificando os processos e informações pretendidos, de acordo com Seleme e Stadler (2012).

Figura 1: Fluxograma